quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Jornal do Boris - 10/10/2024 - Notícias do dia com Boris Casoy
Jogos on-line, ChatGPT e 5G: estudo inédito revela consumo digital na América Latina em 2024
Uso de ferramentas de IA generativa na AL é maior que a média global
O uso por brasileiros e mexicanos de ChatGPT e ferramentas de IA generativa, como o Gemini, está acima da média global, revelou a pesquisa “Digital Consumer Insights 2024”, realizada pela consultoria Omdia e divulgada durante a programação da Futurecom nesta quarta-feira, 9.
Enquanto a média global do GenAI foi de 66%, a América Latina foi de 73% de acordo com a pesquisa. O Brasil fica atrás apenas de Índia, China, Egito e Arábia Saudita.
Essa estatística ressalta até que ponto a IA está se tornando parte da vida cotidiana e do trabalho na região, com consumidores digitais latino-americanos demonstrando notável curiosidade e interesse em adotar essas novas tecnologias.
A pesquisa revela ainda que, no Brasil, 40% dos consumidores digitais utilizam a IA principalmente para trabalho ou estudo, destacando uma forte adoção para uso profissional.
Brasileiros planejam aumentar os gastos com assinatura de jogos on-line
A pesquisa também trouxe novos elementos para entender os hábitos de consumo de serviços digitais por parte dos consumidores latino-americanos. O levantamento identificou que cerca de 39% dos entrevistados planejam aumentar os gastos com assinatura de jogos on-line, isso é mais do que o dobro das intenções de aumento de gasto com telefonia móvel.
A pesquisa também apontou que confiabilidade, bom sinal de Wi-Fi e bom suporte ao cliente são comparativamente mais importantes do que velocidade de internet mais rápidas no serviço de banda larga fixa.
Quanto ao 5G, 89% dos entrevistados entendem a tecnologia como simplesmente mais velocidade na internet móvel, e apenas 26% planejam comprar um telefone mais moderno por causa do 5G.
O estudo "Digital Consumers Insights" realizou 20 mil entrevistas em 20 países, em agosto deste ano (2024). Foram entrevistados consumidores com perguntas sobre temas como 5G, IA, serviços de streaming, banda larga. Ela busca entender os hábitos de consumo de serviços digitais. Países entrevistados: Austrália, Brasil, Canadá, China, Egito, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, Espanha, Turquia, EUA e Reino Unido.
Pandemia e leilões adiados atrasaram expansão da 5G
Embora a América Latina já tenha atingido 47 milhões de conexões 5G até ao primeiro trimestre de 2024, países importantes, como Argentina e Colômbia demoraram a disponibilizar o espectro. Os maiores países da região (Brasil e México) já fizeram investimentos mais intensos em 5G e fibra e outros estão apenas iniciando suas implementações. Chile, Porto Rico, Brasil e México, por exemplo, ultrapassaram a quota de 10% do 5G, enquanto outros, como a Argentina, o Peru e a Colômbia iniciaram a implementação do 5G tardiamente.
“A América Latina está ficando atrás não apenas dos países desenvolvidos, mas também de outras regiões em desenvolvimento, como Oriente Médio e Ásia, em termos de adoção do 5G. Uma primeira onda com poucos países, com pausa devido à pandemia, seguida por uma segunda onda com leilões realizados na República Dominicana, Chile e Brasil em 2021. Outro hiato é que os leilões de espectro foram adiados para o final de 2023 em países importantes como Colômbia e Argentina”, destaca Ari Lopes, gerente sênior de Service Providers Americas da Omdia.
“O que Omdia verificou em seu levantamento são pilotos e testes comerciais com 5G no segmento B2B, mas também de forma tímida porque na área corporativa o ciclo de adoção para novas tecnologias é mais longo porque as empresas não conectam tecnologia nova e não testada às suas atividades principais, além do custo elevado e baixa disponibilidade dos dispositivos”, explica Hermano Pinto, diretor do Futurecom.
Correio do Povo
Violência política cresceu 130% no período pré-eleitoral deste ano na comparação com 2020
Foram considerados casos de agressões físicas, ameaças, assassinatos, atentados, invasões, ofensas e criminalização
O período pré-eleitoral de 2024 registrou 145 casos de violência política, um aumento de 130% em relação às eleições municipais de 2020. É o que mostra a terceira edição pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil”, desenvolvida pelas organizações sociais Terra de Direitos e Justiça Global.
Foram considerados casos de agressões físicas, ameaças, assassinatos, atentados, invasões, ofensas e criminalização. O levantamento inclui apenas casos de violência que tenham sinais de motivação política.
Entre 1 de janeiro e 15 de agosto de 2024, os números da violência superaram todo ano de 2023, que teve 130 casos no ano. Em 2024 houve um caso de violência política durante a pré-campanha a cada um dia e meio. Nas eleições de 2020, a cada oito dias um caso foi registrado. Dos 145 casos de 2024, 14 foram de assassinatos. Um aumento de 170% comparado aos 8 homicídios que aconteceram em 2020. O tipo mais recorrente de violência é a ameaça (51,2%), já o local mais recorrente é o ambiente virtual (52,3%).
A pesquisa foi feita usando notícias que relatassem os episódios, os pesquisadores fizeram um rastreamento automático usando um sistema programado em código Python. "Desde a primeira edição da pesquisa é possível identificar que em anos eleitorais há um acirramento da violência política. Nos casos registrados percebemos uma naturalização da violência dado os altos índices de assassinatos, atentados e ameaças. A pesquisa ainda identifica [que a violência política] afeta as mulheres de maneira desproporcional”, destaca a coordenadora de Incidência Política da Terra de Direitos, Gisele Barbieri, na nota de divulgação da pesquisa.
Segundo a pesquisa, 46% das ocorrências de violência foram contra mulheres. As parlamentares receberam 15 ameaças de estupro no período pesquisado. A maioria dos ataques aconteceu em ambientes do poder legislativo (73,5%) e quase a totalidade partiu de homens (80%). Os partidos de esquerda são os alvos mais comuns. O PT lidera a lista tendo sofrido 56, o PSOL vem em segundo com 36.
A pesquisa mostra que os principais alvos são políticos que estão exercendo seus mandatos (77%). Porém, quando se trata de categorias de violências que ameaçam a vida, os candidatos e pré-candidatos são os principais alvos (68%). "Na pesquisa, ao analisar o tipo de violência política cometido contra as mulheres, é possível identificar que existe um componente que se diferencia que é a ameaça de estupro, que está relacionada a sua condição de gênero. O levantamento não mapeou nenhum caso de ameaça de violência sexual contra os homens”, destaca a Diretora-executiva da Justiça Global, Glaucia Marinho, na nota de divulgação da pesquisa.
Em um recorte de raça e cor, a maioria das vítimas é formada por homens brancos (28%) e mulheres brancas (23,7%). Mas, a diferença não é grande se comparados a homens negros (23,7%) e mulheres negras (21%). Porém, a pesquisa destaca que com a menor representatividade da população negra tanto em cargos, quanto concorrendo a eles, proporcionalmente homens e mulheres negras são vítimas mais comuns da violência política.
Os registros aconteceram em 24 estados e no Distrito Federal. Porém, a pesquisa ressalta que é improvável que a violência política não aconteça em todo o país e aposta em baixa cobertura noticiosa em certas regiões.
Os registros se concentraram Sudeste (38,1%), Nordeste (29,8%), Centro-Oeste (15%). Os estados com maiores números são São Paulo, com 53 casos; Rio de Janeiro, com 32 casos; e Bahia e Minas Gerais que têm 25 episódios registrados em cada.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Furacão Milton: veja como times e esportes dos EUA serão afetados
A expectativa do furacão é de que ele chegue à Flórida na noite desta quarta
O furacão Milton, que preocupa os Estados Unidos, já causa impactos diretos nos esportes e equipes. A seleção argentina, que treina na Flórida antes de duelo com a Venezuela, pelas Eliminatórias, ficou presa nos EUA depois que seu voo para Maturín foi cancelado nesta terça-feira. O mesmo vale para franquias e equipes, que tiveram seus calendários alterados devido ao evento climático.
A partida contra a Venezuela está marcada para esta quinta-feira, às 18h (de Brasília). "Nos negaram a viagem, não foi possível hoje (terça-feira). Vamos apenas amanhã (quarta) se o tempo permitir. Esperamos treinar amanhã de manhã e depois partir. O mais importante agora é a saúde das pessoas e de todos nós que estamos aqui também”, afirmou Lionel Scaloni, treinador da seleção argentina.
De acordo com boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC), divulgado na manhã desta quarta, os ventos podem chegar a 250 km/h e o Milton é classificado como "extremamente perigoso”. A expectativa do furacão é de que ele chegue à Flórida na noite desta quarta.
Como não há voos diretos dos Estados Unidos para a Venezuela, a seleção argentina deve chegar à América do Sul somente na data da partida.
O fenômeno climático resultou em ordens de evacuação na Flórida. Além da seleção argentina, outras equipes precisaram mudar seus planos para se adequar à crise. O Tampa Bay Buccaneers, da National Football League (NFL), optou por viajar mais cedo para Luisiana, para enfrentar o New Orleans Saints neste domingo, às 14h (de Brasília) - evitando, assim, estar na Flórida durante a chegada do furacão.
Na National Hockey League (NHL), o Tampa Bay Lightning também deixou a Flórida antes da chegada do furacão, para se preparar para a estreia da temporada contra o Carolina Hurricanes. Além disso, o duelo entre Miami Heat e Atlanta Haws pela pré-temporada da NBA, foi adiado de quinta-feira para o dia 16 de outubro - mesmo que a cidade de Miami não deva sofrer grandes problemas com o Milton.
Ao redor do Estado, uma série de partidas universitárias e do ensino médio de basquete, beisebol e futebol americano precisaram ser canceladas.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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