quarta-feira, 9 de outubro de 2024
“Questão de vida ou morte”: Flórida pede que população saia antes de furacão Milton chegar
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, esta pode ser a pior tempestade dos últimos 100 anos
As autoridades de Flórida intensificaram, nesta terça-feira (8), os pedidos de evacuação antes da chegada do furacão Milton, que deve atingir a costa na noite de quarta-feira e pode ser "a pior tempestade" a atingir a península em um século, alertou o presidente Joe Biden.
Já afetada pelo destrutivo avanço de Helene há dez dias, furacão que deixou mais de 234 mortos, "toda a península da Flórida está sob algum tipo de alerta ou aviso", afirmou o governador Ron DeSantis.
O furacão recuperou força nesta terça-feira (8) e voltou a ser uma tempestade de categoria 5, com ventos máximos sustentados de 270 quilômetros por hora, enquanto avança em direção ao estado da Flórida, segundo o NHC.
"É provável que haja flutuações na intensidade enquanto Milton se desloca pelo leste do Golfo do México, mas espera-se que seja um furacão importante e perigoso quando chegar à costa centro-oeste da Flórida na noite de quarta-feira", informou a agência.
Biden afirmou que Milton pode ser "a pior tempestade na Flórida em um século" e pediu aos americanos em áreas de risco para "se retirarem agora, agora, agora".
"É uma questão de vida ou morte", acrescentou o mandatário.
As companhias aéreas habilitaram voos adicionais partindo de Tampa, Orlando, Fort Myers e Sarasota, como forma de aliviar o congestionamento nas estradas.
Milton pode ser "a pior" tempestade a atingir a região de Tampa em mais de 100 anos, segundo o NHC.
O especialista em furacões Michael Lowry alertou que a maré de tempestade causada pelo furacão Milton na região de Tampa, com cerca de três milhões de habitantes,"poderia dobrar os níveis" registrados há duas semanas durante a passagem de Helene, que já provocou grandes inundações.
"Se ficarem, vão morrer"
"Helene foi um alerta. É literalmente uma catástrofe", disse na segunda-feira à CNN Jane Castor, prefeita da cidade de Tampa. "Posso dizer isso sem exagerar: se escolherem ficar em uma das áreas de evacuação, vão morrer".
Geradores, alimentos, água e lonas estão sendo distribuídos por toda a Flórida, e muitos moradores estão protegendo suas casas ou planejam sair.
Milton passou perto da península de Yucatán, no México, na noite de segunda-feira, provocando intensas chuvas, ventos fortes e ondas, mas sem que danos maiores fossem registrados.
A vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, pediu aos moradores da Flórida que "levem a sério" as autoridades locais.
"Moradores da Flórida, vocês são pessoas resilientes que sofreram muito, mas este será diferente", advertiu ela na rede ABC.
Em uma demonstração da gravidade da situação, Biden suspendeu uma viagem que tinha programada para Alemanha e Angola nesta semana, informou a Casa Branca nesta terça-feira.
Filas em Tampa
O sudeste dos Estados Unidos ainda se recupera do impacto devastador do furacão Helene.
Em uma cena frenética que se repetia em vários lugares da Flórida, dezenas de carros formavam fila em um ginásio em Tampa para pegar sacos de areia para proteger suas casas das inundações que Milton trará.
John Gómez, de 75 anos, ignorou as recomendações e viajou de Chicago para tentar salvar a casa que tem na Flórida.
"Acho que é melhor estar aqui caso algo aconteça", disse Gómez enquanto esperava na fila.
Os cientistas sustentam que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões, pois as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor d'água, o que fornece mais energia às tempestades e, consequentemente, intensifica seus ventos.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) havia previsto em maio que a temporada de furacões no Atlântico Norte (de junho a novembro) seria especialmente turbulenta este ano devido à temperatura dos oceanos.
AFP e Correio do Povo
Empresário diz à CPI ter rebaixado 42 clubes e lucrado R$ 300 milhões com manipulações
William Pereira Rogatto, gestor do Santa Maria no último Candangão, ele confirmou ter utilizado a estrutura do clube para adulterar resultados
Em depoimento remoto à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, do Senado, nesta terça-feira, o empresário William Pereira Rogatto confessou ter sido o responsável pelo rebaixamento de 42 equipes de futebol nos 26 estados, além do Distrito Federal.
"Rebaixei 42 times e sou conhecido como 'rei do rebaixamento', não dá para ganhar dinheiro sem rebaixá-los. Não estou matando nem roubando ninguém. O sistema é falho e estou indo contra o sistema", afirmou Rogatto, convocado pela CPI como suspeito de chefiar um esquema de apostas ilegais no Distrito Federal neste ano.
Gestor do Santa Maria no último Candangão, como é conhecido o estadual do Distrito Federal, ele confirmou ter utilizado a estrutura do clube para adulterar resultados e pediu desculpas aos dirigentes da agremiação.
"Réu confesso, totalmente. Comecei a trazer jogadores de nome, mostrando para ela que eu iria fazer um excelente campeonato", disse Rogatto, referindo-se a Dayana Nunes, presidente do Santa Maria. "Depois, falei que os jogadores meus de nome não tinham condições de ir, mas que ia dar tudo certo. E, infelizmente, eu vim a rebaixar o Santa Maria. Peço perdão para as pessoas."
William Rogatto, que vive em Portugal, disse temer por sua segurança e que não poderia falar tudo o que sabia. Ele se dispôs a encontrar parlamentares na Europa para oferecer as provas e prometeu novas revelações. Também revelou já ter recebido cerca de R$ 300 milhões com a manipulação de resultados.
Rogatto ainda citou o dono da SAF do Botafogo, John Textor, que frequentemente faz acusações de manipulação de resultados no futebol brasileiro. "Não sei as provas que ele têm, mas posso falar que as pessoas que trabalharam para mim também trabalharam contra ele neste campeonato. Garanto que o John Textor não está totalmente errado. Chamam ele de louco, mas não é tão louco assim", comentou.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
PSDB deve decidir nesta quarta apoio à reeleição de Melo em Porto Alegre
'Sabemos com quem não vamos estar', afirmou o presidente municipal tucano, ressaltando que o PSDB é oposição ao PT e indicando nova aliança com o MDB
O PSDB ainda não bateu o martelo, mas está muito próximo de anunciar apoio à reeleição de Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre. Após uma série de reunião, a decisão final deve ficar para esta quarta-feira.
Nesta terça-feira, Melo teve encontro a portas fechadas com o governador Eduardo Leite (PSDB), o vice Gabriel Souza (MDB), o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Artur Lemos Júnior (PSDB), o presidente estadual do MDB, deputado Vilmar Zanchin, e o presidente municipal tucano, Moisés Barboza. Em seguida, ele foi para a sede estadual do partido para conversar com os vereadores do PSDB.
“O governador é a liderança máxima do PSDB no Estado. A relação do PSDB e MDB é histórica. Governou com (Antônio) Britto-Bogo (Vicente), com (Germano) Rigotto-Hohlfeldt (Antônio) e estamos governando o Estado. O PSDB é um dos poucos partidos que é oficialmente oposição ao PT no Brasil. Sabemos com quem não queremos estar”, disse Barboza, após encontro com Melo, já indicando que caminho os tucanos devem seguir.
“Queremos o PSDB conosco e queremos que nos ajude a governar a cidade se vencermos. Respeitando o tempo, está feito o convite. O Moisés é vice-líder do governo e a bancada do PSDB foi decisiva na Câmara (de Vereadores). Não teria previdência reformada, Carris vendida, tantas coisas não fosse o aval do Legislativo”, disse Melo.
Emedebista pede apoio a Leite, que segue em aberto
Leite não concedeu entrevistas após encontro com o prefeito da cidade onde reside. Além da confirmação do apoio de seu partido a Melo, há também expectativa acerca de qual será o papel do governador na campanha.
“Nós pedimos a presença do governador na campanha, ressaltando a importância do seu apoio. O Governador recebeu muito bem a conversa. Temos grande chance de termos o apoio do governador”, relatou Gabriel.
“Nós gostaríamos da presença do governador em programa de televisão, em atos de campanha, em atividade na rua o máximo possível. O governo do Estado tem uma boa aprovação em Porto Alegre. Nós fizemos, em 2022, 70% dos votos da cidade”, seguiu.
“Vim fazer uma visita de cortesia a ele e falar da eleição. Ele disse que a decisão é do PSDB local. Nós conversamos sobre questões de Porto Alegre, que envolvem o governo do Estado e a prefeitura. Vejo o governador no nosso campo político”, disse Melo, após o encontro no Piratini.
Se o apoio tucano for confirmado, a aliança de Melo chegará a 11 partidos: MDB, PL, Podemos, PP, PRD, PSD, Republicanos, Solidariedade, Novo e, possivelmente, PSDB e Cidadania (que estão federados). Melo também busca o apoio do União Brasil, muito devido à proximidade que mantém com o governador Ronaldo Caiado, de Goiás.
Negociação em Porto Alegre deve reverberar em eleições de Caxias do Sul e Santa Maria
A decisão do PSDB de Porto Alegre de apoiar ou não a reeleição de Sebastião Melo (MDB) deve reverberar em outros municípios. Afinal, Porto Alegre é a capital e, com esse movimento, o partido espera atrair seus possíveis parceiros do MDB para campanhas tucanas pelo Estado.
“Respeitamos as posições dos diretórios municipais dessas cidades, mas é evidente que a posição do PSDB da Capital em relação à candidatura do Melo vai ter muito peso nas decisões de Caxias e Santa Maria”, afirmou Vilmar Zanchin.
Em Caxias do Sul, o PSDB concorre à reeleição com o prefeito Adiló Didomênico contra o PL de Maurício Scalco. Em Santa Maria, o PSDB concorre com o candidato Rodrigo Decimo, que enfrenta o PT de Valdeci Oliveira no segundo turno.
Correio do Povo
Jornal do Boris - 9/10/2024 - Notícias do dia com Boris Casoy