sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Candidatos de Porto Alegre fazem debate acalorado a duas semanas das eleições

 Os quatro principais postulantes ao Paço Municipal abordaram, entre outros temas, ações para o empreendedorismo e para a prevenção contra as enchentes na Capital

Os quatro principais candidatos à prefeitura de Porto Alegre participaram de debate no Palácio do Comércio 

A quase duas semanas das eleições, o tom dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre tende a se elevar com críticas aos concorrentes e com apresentação de propostas efetivas que cativem os eleitores. Foi assim no debate ocorrido nesta quinta-feira, entre os quatro principais postulantes ao Paço Municipal, no Palácio do Comércio. Sebastião Melo (MDB), Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo) tiveram confrontos diretos e abordaram, entre outros temas, ações para o empreendedorismo e para os impactos das enchentes.

O primeiro de quatro blocos teve uma pergunta em comum para os candidatos, tratando das soluções para as cheias na Capital. Juliana afirmou que quer subir o painel de controle das casas de bombas para que não sejam afetados pelas chuvas, além da colocação de geradores internos. Também, propôs a criação de um sistema de monitoramento e alerta da população.

Para Rosário, o ideal é a conjugação de manutenção e obras, realizadas com recursos federais e em caixa no Dmae. “Eu não procuro culpados, mas hora de eleição é de aferir responsabilidades”, disse, criticando o atual prefeito. Melo, no entanto, falou que os recursos federais ainda não chegaram, apesar dos “muitos anúncios até agora”. O prefeito comentou que o sistema de proteção às cheias se mostrou insuficiente pela quantidade de chuvas que chegaram em maio.

O candidato do Novo, por sua vez, disse ver duas narrativas: uma que o prefeito diz ter feito tudo que estava ao seu alcance e outra em que tudo é culpa do prefeito. Classificou as versões como “meias-verdades”.

Segundo bloco teve confrontos mais acalorados

Abrindo o segundo bloco, Juliana Brizola e Maria do Rosário tensionaram o debate. A pedetista questionou Rosário sobre como planeja ser uma prefeita articuladora se não conseguiu reverter o veto do presidente Lula (PT), do mesmo partido, ao projeto apresentado por ela que isentaria impostos de móveis e eletrodomésticos comprados por moradores de áreas atingidas por desastres naturais. A petista reafirmou que confia “na palavra do presidente” e que ele confia nela, ressaltando que “dialogar não significa concordar”.

Juliana Brizola, candidata do PDT à prefeitura de Porto Alegre Juliana Brizola, candidata do PDT à prefeitura de Porto Alegre | Foto: Mauro Schaefer

"Já conhecemos a forma de governar do PT. Deixem suas diferenças de lado e sentem na mesma mesa”, argumentou Juliana. Se afastando do assunto, Rosário terminou o confronto mostrando preocupação com as obras no Centro de Porto Alegre e com os lojistas da região.

Maria do Rosário, candidata do PT à prefeitura de Porto Alegre Maria do Rosário, candidata do PT à prefeitura de Porto Alegre | Foto: Mauro Schaefer

Entre a petista e Melo, o tema foi educação e os resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Você assume a responsabilidade na educação?”, perguntou Rosário. A resposta de Melo iniciou com exaltações de obras como a recuperação do Mercado Público e a demolição do Esqueletão, mas reconheceu problemas na área. Ele afirmou que o plano de Rosário visa a criação de 16 estruturas novas e cargos de comissão “sem parar”. A candidata afirmou que quer alugar casas para transformar em creches e proporcionar uniformes em todos os estudantes da rede municipal.

Sebastião Melo, candidato do MDB à prefeitura de Porto Alegre Sebastião Melo, candidato do MDB à prefeitura de Porto Alegre | Foto: Mauro Schaefer

Para Juliana, Camozzato criticou o governador Eduardo Leite (PSDB), que apoia a candidatura do PDT, e questionou sobre antigas discordâncias entre ela e Leite, enquanto a pedetista era deputada estadual. "Resolvemos deixar as divergências de lado porque o momento pede muito diálogo e respeito”, abordou Juliana.

Felipe Camozzato, candidato do Novo à prefeitura de Porto Alegre Felipe Camozzato, candidato do Novo à prefeitura de Porto Alegre | Foto: Mauro Schaefer

Com Melo e Camozzato, o assunto principal foi segurança pública. O candidato do Novo elogiou a iniciativa da gestão de Melo de reduzir a idade de entrada na Guarda Municipal, mas argumentou que os efetivos poderiam estar patrulhando mais a cidade. Falou, também, sobre casos de assédio no Parque da Redenção, afirmando que câmeras não estavam funcionando. O prefeito falou que os dois candidatos convergem muito nesta área e exaltou iniciativas como os totens interativos de segurança. Criticou, porém, o governo estadual e a escassez de policiais nos municípios.

Camozzato: "Incentivar o turismo é fazer com que o PT não governe”

No terceiro bloco, a pergunta direcionada para o candidato do Novo foi em relação ao turismo na Capital. Ele ressaltou espaços como o Cais Embarcadero, o Cais Mauá e o Pontal do Estaleiro, mas afirmou que o principal incentivo ao turismo é não deixar que o PT assuma o poder da cidade.

Melo: “Chegada e saída do Porto Seco estão completamente afogadas”

Para o atual prefeito, o questionamento do terceiro bloco foi sobre a infraestrutura no acesso a Porto Alegre. Melo enalteceu obras nas avenidas Tronco e Severo Dullius, mas disse que na região do Porto Seco, há problemas. “Chegada e saída estão completamente afogadas”, falou sobre a localidade.

Juliana: “Andamos em Porto Alegre e encontramos entulhos das enchentes”

A pedetista criticou a gestão de Melo em relação à limpeza da Capital, comentando que vê entulhos das enchentes quando anda pela cidade “do Sarandi ao Lami”. Segundo ela, o maior exemplo da falha de gestão é a situação do lixo.

Rosário: “Centro tem que ser mais seguro com a presença da GM e da BM”

Segurança pública foi o tema abordado por Rosário no terceiro bloco. Ela se disse favorável à criação de centros de segurança em bairros e a um concurso maior da Guarda Municipal. “Tudo o que tiver dado certo, vamos manter”, ressaltou.

Alvos de críticas

Alguns momentos de tensão e críticas aos candidatos marcaram o debate. Após Juliana tecer comentários negativos sobre a gestão do lixo no município, Melo disse que a candidata “só anda pela cidade a cada quatro anos” e disse que os socialistas viram liberais quando entram no Palácio do Comércio.

Sebastião Melo (MDB) e Juliana Brizola (PDT) durante intervalo do debate Sebastião Melo (MDB) e Juliana Brizola (PDT) durante intervalo do debate | Foto: Mauro Schaefer

"Quero dizer para o Melo que não sou socialista, sou trabalhista. Ele me conhece tanto que me escolheu para ser vice dele”, retrucou Juliana, citando as eleições de 2016, quando foi vice na chapa do atual prefeito.

Camozzato e Melo, que fizeram dobradinhas em outros debates, também se alfinetaram. “Melo não teve coragem para conceder o Dmae”, disse o candidato do Novo. “Quando estava quase perto (de enviar à Câmara Municipal), veio o censo que diminiui a população em 70 mil pessoas”, respondeu o prefeito.

Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo (MDB) conversando no intervalo de debate Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo (MDB) conversando no intervalo de debate | Foto: Mauro Schaefer

Rosário criticou o prefeito sobre a tragédia climática de maio, falando que ele foi avisado por técnicos do Dmae, mas “não ouviu”. “Não use a tragédia para fazer politicagem”, respondeu Melo para a petista.

Correio do Povo

Aparelhos que explodiram foram manipulados por Israel antes de entrarem no Líbano, dizem autoridades

 Pagers e walkie-talkies explodiram enquanto seus usuários faziam tarefas do dia a dia, mergulhando o país no pânico

"Investigações iniciais mostraram que os dispositivos foram armados profissionalmente", diz carta 

Uma investigação inicial das autoridades libanesas revelou que os dispositivos de comunicação que explodiram nesta semana foram armados com explosivos antes de entrarem no país, afirmou a missão do Líbano nas Nações Unidas em uma carta nesta quinta-feira, 19.

"As investigações iniciais mostraram que os dispositivos foram armados profissionalmente... Antes de chegarem ao Líbano, e foram detonados pelo envio de mensagens aos dispositivos", diz a carta, vista pela AFP e que responsabiliza Israel pelos ataques.

As explosões, que mataram 37 pessoas e feriram quase 3.000 em dois dias, tinham como alvo dispositivos de comunicação utilizados pelo movimento xiita libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã.

“Pagers” e “walkie-talkies” explodiram enquanto seus usuários faziam compras em supermercados, caminhavam nas ruas e participavam de funerais, mergulhando o país no pânico.

Israel não comentou sobre a operação, mas disse que expandirá o alcance de sua guerra em Gaza com a abertura de uma frente no Líbano.

A missão libanesa disse que o ataque foi "sem precedentes em sua brutalidade" e compromete os esforços diplomáticos para interromper os combates em Gaza e no sul do Líbano.

Também pediu ao Conselho de Segurança da ONU que condene o ataque, às vésperas de uma reunião de emergência nesta sexta-feira para discutir as explosões.

O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, deve participar do encontro, segundo fontes diplomáticas contatadas pela AFP.

O Hezbollah, apoiado pelo Irã, é aliado do grupo islamista palestino Hamas, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde seu ataque mortal de 7 de outubro de 2023.

Por quase um ano, o foco do poderio bélico de Israel tem sido o pequeno território palestino, mas suas tropas também têm se envolvido em confrontos quase que diários com milicianos do Hezbollah ao longo de sua fronteira norte.

Centenas de pessoas foram mortas no Líbano, a maioria combatentes, e dezenas em Israel, incluindo soldados.

As trocas de disparos forçaram dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira a fugirem de suas casas.

AFP e Correio do Povo

“É um problema particular dele e que possa resolver”, diz presidente do Grêmio sobre auxiliar afastado

 Auxíliar-técnico do clube, e parceiro histórico do treinador Renato Portaluppi, está afasta do clube desde o dia 17 de setembro

“Só se torna do Grêmio porque ele é funcionário do clube", disse Guerra 

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, afirmou que, ao clube, cabe apenas afastar o auxiliar Alexandre Mendes, para que ele trate de seus problemas particulares. A declaração foi dada ao repórter Lucas Mello, nesta sexta-feira. Mendes, de 60 anos, é alvo de inquérito na 2ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre, por suspeita de violência doméstica.

“Fizemos aquilo que cabia ao clube, que era afastar o Alexandre Mendes. Para que ele resolva o problema que é dele particularmente”, disse Guerra. Ainda segundo o presidente, os problemas são de caráter particular, e “só se tornam do Grêmio porque ele é funcionário do clube. É um problema particular dele e que possa resolver”, reforçou.

Mendes está afastado do clube desde o dia 17 de setembro, segundo nota divulgada nesta quinta-feira, 19, para que consta o motivo de resolver “problemas particulares”.

O profissional, de 60 anos, está sendo investigado por suspeita de violência contra a ex-mulher. Em nota oficial, a Polícia Civil confirmou que o inquérito está em andamento e corre em sigilo: “A Polícia Civil, através da 2ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre, tomou conhecimento dos fatos explanados nas redes sociais da influenciadora, que já estão sob investigação. Não serão informados quaisquer detalhes do procedimento pois o Inquérito Policial corre em sigilo”.

Correio do Povo

Policial militar da reserva impede assalto na Faculdade Belas Artes em São Paulo

 



A Faculdade Belas Artes, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, foi alvo de uma tentativa de assalto na manhã desta quinta-feira (19). O incidente ocorreu no estacionamento do campus, quando um dos assaltantes, ao abordar um carro, foi surpreendido por um policial militar da reserva, que perseguiu e disparou contra os criminosos, que fugiram de moto do local.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para atender a ocorrência, mas ainda não há informações sobre possíveis prisões. Nas redes sociais, alunos relataram ter ouvido disparos a caminho da faculdade.

Em nota, o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo comunicou que não houve vítimas e que “a instituição está colaborando ativamente com as autoridades competentes para esclarecer os detalhes do ocorrido”.


Jovem Pan News

Fonte: https://www.instagram.com/p/DAH7S_EN9g5/?e=25da8f39-5a0c-4524-b6a2-baafe52fce93&g=5

PRF está proibida de fechar estrada em dia de eleição sem avisar Justiça

 Portaria tenta coibir ações como as do pleito de 2022, no Nordeste, que levaram à prisão do ex-diretor da corporação, Silvinei Vasques


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está proibida de bloquear estradas nos dias de votação nas eleições de 2024. A decisão veio de uma portaria assinada nesta quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, órgão ao qual a PRF é subordinada. Para que uma via seja bloqueada, será necessário comunicar a Justiça Eleitoral pelo menos 48 horas antes.

De acordo também com o documento, a PRF não poderá impedir a circulação de eleitores até o local de votação por motivos administrativos - como a carteira de habilitação cassada por excesso de infrações, por exemplo. Para um veículo ser abordado, será necessária a comprovação de que a situação está colocando em risco a vida de pessoas. Por fim, a portaria ressalta a necessidade de a PRF "exercer suas competências para garantir a livre circulação de pessoas eleitoras nos dias de votação”.

O documento foi assinado pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, e pelo titular da pasta da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Durante o segundo turno da eleição presidencial de 2022, a PRF, então sob a direção de Silvinei Vasques, realizou blitze em várias rodovias do Brasil. Essas ações foram interpretadas como uma tentativa de obstruir o acesso de eleitores aos locais de votação, beneficiando assim o então presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava se reeleger.

A Região Nordeste, conhecida por sua tendência de voto favorável ao então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o foco das operações, levantando suspeitas sobre a motivação política da PRF.


A Operação Constituição Cidadã, conduzida pela Polícia Federal em agosto do ano passado, foi deflagrada para investigar o episódio. Dela resultou a prisão de Vasques. O ex-diretor da PRF foi acusado de usar a estrutura do órgão que comandava para interferir no resultado da eleição presidencial. No início do mês passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar Vasques. Ele entendeu que a liberdade do ex-diretor da PRF não representava mais risco para as investigações. Vasques deixou a prisão e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo