Resenha Brasileira
Fonte: https://www.instagram.com/p/DAEk3UhSFMf/?e=9be316de-1408-4d7a-b72e-7676dc705527&g=5
Governo Maduro apresentou documento em que o ex-embaixador reconheceria resultado eleitoral
O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, adversário do presidente Nicolás Maduro nas contestadas eleições presidenciais de 28 de julho, foi vítimas de uma "chantagem" por parte do governo para forçar seu exílio na Espanha, disse nesta quarta-feira (18) à AFP seu advogado.
O governo de Maduro pulicou mais cedo uma carta assinada pelo ex-embaixador de 75 anos, na qual ele garante que "respeita" a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou a reeleição do mandatário em meio a denúncias de fraude e ao não reconhecimento de vários países.
Em um vídeo gravado da Espanha, González explicou que assinou essa carta "sob coação" para poder deixar o país e buscar asilo político.
"Trata-se de chantagem, coação, pressão indevida que, do ponto de vista técnico e jurídico, constitui um vício de consentimento que leva à nulidade absoluta do documento", afirmou à AFP o advogado José Vicente Haro. "Deram-lhe praticamente as opções de sair pela via do asilo ou ser privado de liberdade", acrescentou.
Haro também comentou a saída repentina de González do país na noite de sábado, 7 de setembro: "A última vez que falamos, antes de sua partida, o vi sob muita pressão, em uma situação de coação, com poucas possibilidades de se expressar."
"Foi uma videoconferência na qual eu vi uma pessoa psicologicamente e emocionalmente abalada, sem condições de exercer seu livre-arbítrio, sua liberdade e consciência para tomar decisões", descreveu o advogado.
Haro também afirmou que González não fará "nenhum pronunciamento sobre as considerações feitas pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez", que lidera as negociações para sua saída para a Espanha.
Isso aconteceu após Rodríguez exigir que o candidato opositor se retratasse, sob a ameaça de divulgar vídeos dessas conversas. González "reafirma seu compromisso com a luta pelo restabelecimento da democracia na Venezuela", disse Haro, com base em uma conversa com o líder nesta quarta-feira.
A oposição reivindica a vitória nas eleições presidenciais, alegando, com o que diz serem cópias das atas eleitorais, que González venceu com mais de 60% dos votos.
O TSJ validou a reeleição de Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 52% dos votos. O CNE, no entanto, não divulgou as atas detalhadas das votações, como prevê a lei, alegando ter sido alvo de um ataque cibernético, uma justificativa que a oposição e observadores internacionais consideram pouco convincente.
AFP e Correio do Povo
Aparelhos estavam programados e continham materiais explosivos inseridos junto à bateria
Ao menos 20 pessoas morreram e 450 ficaram feridas nesta quarta-feira (18) em explosões de walkie-talkies do Hezbollah no Líbano, aumentando o temor de uma guerra regional total, um dia após explosões de pagers pertencentes a membros do movimento islamita pró-Irã matarem 12 pessoas.
Em dois dias, essas explosões, atribuídas pelo Hezbollah a Israel, deixaram 32 mortos e mais de 3 mil feridos, segundo balanços oficiais libaneses. Uma fonte próxima do Hezbollah informou hoje que aparelhos de comunicação “explodiram no subúrbio ao sul de Beirute”, um dos seus redutos, enquanto veículos de comunicação estatais anunciaram explosões no sul e leste do país.
"A onda de explosões inimigas dirigidas contra walkie-talkies matou 20 pessoas e feriu mais de 450”, informou o Ministério da Saúde libanês. A AFPTV registrou imagens de pessoas correndo para se proteger, após uma explosão ocorrida durante o funeral de quatro militantes do Hezbollah mortos ontem na primeira onda de explosões de aparelhos de comunicação no subúrbio de Beirute.
Esse ataque, no qual centenas de pagers usados pelo Hezbollah explodiram, deixou 12 mortos e 2.800 feridos, centenas deles membros do grupo pró-iraniano, que prometeu um "castigo justo”. Segundo uma fonte da segurança libanesa, uma investigação preliminar apontou que os pagers “estavam programados para explodir e continham materiais explosivos inseridos junto à bateria”.
Os pagers são aparelhos de troca de mensagens e localização de pequeno porte, que não precisam de cartão SIM, nem conexão com a internet. No hospital Hôtel-Dieu de Beirute, a socorrista Joelle Khadra relatou que a maioria dos feridos apresentava ferimentos nos olhos e mãos, com amputações de dedos e alguns casos de perda de visão.
Israel não fez qualquer comentários sobre estas explosões. A primeira ocorreu horas depois de Israel anunciar a extensão para sua fronteira com o Líbano dos objetivos da guerra que trava há mais de 11 meses com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse hoje que "o centro de gravidade” do conflito “se desloca para o norte”, e que “uma nova fase” se inicia. O Hamas condenou “energicamente a agressão sionista contra o povo irmão libanês” e ressaltou que essas operações “ameaçam a segurança e estabilidade” da região.
O chanceler libanês, Abdallah Bou Habib, advertiu que "o ataque flagrante à soberania e segurança do Líbano pode ser o indício de uma guerra mais ampla”. Os Estados Unidos alertaram para uma “escalada” e vão se reunir amanhã em Paris com países europeus para discutir as negociações de trégua na Faixa de Gaza e a situação no Líbano, segundo fontes diplomáticas, antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU prevista para sexta-feira.
A Assembleia Geral da ONU pediu o fim da ocupação israelense dos territórios palestinos em um prazo de 12 meses, em uma resolução não vinculante denunciada por Israel.
Os ataques representaram um duro revés para o Hezbollah, já preocupado com a segurança de suas comunicações, após perder comandantes em ataques aéreos seletivos nos últimos meses. Segundo uma fonte próxima do grupo, esse foi "o maior golpe já desferido contra a formação” por Israel. O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fará um pronunciamento público amanhã.
Desde o começo do conflito em Gaza, a fronteira com o Líbano tornou-se cenário de confrontos de artilharia quase diários entre o Exército israelense e o Hezbollah, o que causou o deslocamento de dezenas de milhares de civis em ambos os países.O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse que o ataque de terça-feira ocorreu em um "momento extremamente instável” e considerou “inaceitável” seu impacto na população civil.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou que "objetos civis” não deveriam ser transformados em armas. O conflito em Gaza foi desencadeado pela incursão letal de comandos do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que provocou a morte de 1.205 pessoas, em sua maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Dos 251 sequestrados durante a incursão, 97 continuam retidos em Gaza, dos quais 33 foram declarados mortos pelo Exército israelense. Os bombardeios e operações terrestres israelenses destruíram o território palestino e causaram a morte de pelo menos 41.272 palestinos, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.
AFP e Correio do Povo
O Tribunal Superior Eleitoral fabricou quase 220 mil urnas para substituir equipamentos, confeccionados entre 2009 e 2011, que chegaram ao fim da vida útil
A eleição 2024 marca a estreia de um novo modelo de urna eletrônica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu a fabricação quase 220 mil UE2022, nome do equipamento recém chegado aos tribunais regionais, inclusive do Rio Grande do Sul.
As versões mais atuais das urnas começaram a ser produzidas ainda em maio de 2023. As UE2022 substituirão as urnas eletrônicas modelo 2009, 2010 e 2011, que já chegaram ao término do ciclo de vida útil. Os equipamentos são projetados para serem usados durante 10 anos, ou seis eleições consecutivas.
A previsão é que, nas Eleições Municipais de 2024, que serão realizadas nos dias 6 de outubro (1º turno) e 27 de outubro (eventual 2º turno), 77% das urnas eletrônicas usadas para colher os votos do eleitorado sejam dos modelos 2022 e 2020. Atualmente, o Brasil conta com mais de 153 milhões de pessoas aptas a votar. Com urnas mais modernas, a expectativa é a de que a votação transcorra de maneira ágil, segura e estável.
Segundo o TSE, o modelo 2022 conta com as mesmas inovações da urna 2020. Além de processador mais potente – 18 vezes mais rápido que o existente na versão de 2015 –, os novos equipamentos possuem perímetro criptográfico certificado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil) e mecanismo de criptografia aprimorado, com o uso de algoritmo do tipo E521 (ou EdDSA), considerado um dos mais apurados do mundo.
Esta é a segunda maior remessa de aparelhos adquiridos pela Justiça Eleitoral, superada apenas pelo modelo UE2020 (224.999), fabricado antes das últimas eleições gerais. Ao todo, 571.024 urnas eletrônicas estarão em uso no dia 6 de outubro, durante o primeiro turno do pleito.
Correio do Povo
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