segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Segunda-feira será de tempo aberto no RS

 Sem a presença de fumaça na atmosfera, os gaúchos verão o céu azul na maior parte das regiões

Dia será de temperaturas agradáveis do Estado 

O sol aparece com nuvens nesta segunda-feira, mas algumas áreas terão momentos de céu mais nublado.

No Leste do estado, especialmente na costa, entre Mostardas e Torres, as nuvens podem trazer garoa ou chuva leve isolada e passageira. Chance de nevoeiro ou neblina em setores localizados ao amanhecer.

O Rio Grande do Sul terá um dia de temperatura agradável. Faz um pouco de frio na madrugada e de manhã enquanto a tarde tende a ser amena na maioria das localidades gaúchas.

Sem presença de fumaça, a segunda-feira será outro dia com boa qualidade do ar.

Confira as mínimas e máximas em algumas cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina:

  | Foto: Leandro Maciel / CP

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

domingo, 15 de setembro de 2024

Líder Indígena HUMILHA LULA e o faz perder o controle AO VIVO!

 Vídeo de Mundo Polarizado

Fonte: https://www.youtube.com/live/Wzx9KlZOziI?si=VxsTJV26zCzHKe2o

Força Nacional do SUS reforça apoio a estados afetados por queimadas

 Depois de SP, equipes seguem para o Acre, Amazonas e Rondônia

SUS vai ampliar a atuação nos estados e municípios afetados pelas queimadas 

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar a atuação nos estados e municípios afetados pelas queimadas. A partir desta segunda-feira (16), serão realizadas visitas de equipes nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A mobilização é uma demanda do Ministério da Saúde e tem como objetivo avaliar a situação e apoiar gestores estaduais e municipais.

De acordo com nota divulgada neste sábado pelo ministério, o apoio da Força Nacional ocorrerá em três níveis. O primeiro deles envolve a orientação e organização da rede assistencial, reforçando os serviços, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a maior parte dos problemas pode ser resolvida.

O segundo nível de apoio inclui a expansão da oferta a partir de pontos de hidratação. Já o terceiro nível, se necessário, prevê o uso de estruturas maiores, com espaços otimizados dentro das próprias Unidades Básicas de Saúde ou a partir de estruturas externas, como hospitais de campanha, caso a rede colapse, o que não é o cenário atual.

São Paulo

Na sexta-feira (13), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participaram de reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para tratar da crise climática que atinge o estado.

Técnicos da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES) do Ministério da Saúde foram para Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para apoiar os gestores na construção de planos de ação.

De acordo com Nísia Trindade, tanto o Ministério da Saúde quanto o Ministério do Meio Ambiente têm a palavra prevenção como chave. "Iremos trabalhar junto com o governo de São Paulo e com outros governos para ações mais estruturantes para o plano de adaptação, mitigação e mesmo de transformação na linha que o presidente Lula vem externando”, ressaltou a ministra.

Sala de situação

Em julho, foi criada a Sala de Situação Nacional de Emergência Climática em Saúde do Ministério da Saúde, juntamente com representantes de estados e municípios e do Distrito Federal, além de instituições de saúde e meio ambiente.

Além das orientações para a população, os informes já publicados pelo Ministério trazem as recomendações de ações a serem implementadas pelos profissionais da vigilância em saúde ambiental. Uma das iniciativas foi a publicação de orientações para a proteção e monitoramento da saúde dos brigadistas florestais.

O Ministério da Saúde mantém monitoramento das áreas afetadas pelas queimadas e incêndios florestais por meio da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VigiAr). A qualidade da água também é monitorada através do VigiÁgua, e em colaboração com outros órgãos orienta as áreas afetadas em relação ao provimento de água potável.

Agência Brasil e Correio do Povo

Radiação ultravioleta atingirá risco extremo quinta-feira em São Paulo

 Poluição do ar é um dos fatores que, ao afetar a camada de ozônio, oportuniza que mais radiação UV chegue à terra

Temperatura poderá subir para 34ºC 

Os paulistanos estarão expostos ao índice ultravioleta (IUV) 11, considerado extremo pela Organização Mundial da Saúde, a partir da próxima quinta-feira (19). A informação é do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo a previsão, o índice permanece no ponto mais alto pelo menos até sexta-feira.

O IUV, que pode variar de zero a 11, mede a intensidade dos raios ultravioleta que podem causar queimaduras na pele e danos aos olhos, entre outros problemas de saúde.

A poluição do ar é um dos fatores que, ao afetar a camada de ozônio, oportuniza que mais radiação UV chegue à terra. A qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo teve piora na última semana, quando a capital paulista foi considerada a cidade mais poluída do mundo. Além da emissão de poluentes, a população sofre com a fumaça provocada por incêndios florestais, a baixa umidade do ar e a onda de calor. Para a próxima sexta-feira (20), o CPTEC prevê que a temperatura chegue a 34ºC na cidade.

Reunião

A situação do ar em São Paulo e a crise climática em todo o estado motivaram reunião ontem (13) entre a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Por causa de incêndios no estado, o governo de São Paulo prorrogou até o dia 29 o fechamento de 81 unidades de conservação, ampliou para 102 pessoas o efetivo de bombeiros civis e destinou R$ 5,9 milhões para a contratação de aeronaves de combate ao fogo.

Técnicos da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (Saes) do Ministério da Saúde estiveram na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para elaboração de planos de ação para atendimento da população que sofreu com a alta de incêndios nas últimas semanas.

Entre outras medidas, o Ministério da Saúde recomenda aos gestores reforçar a atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA); garantir a oferta de pontos de hidratação e nebulização; e monitorar a qualidade da água e do ar.

Para a população, as orientações são aumentar a ingestão de água potável; ficar abrigado em locais mais frescos; evitar atividades físicas em áreas abertas e ficar longe dos focos de queimadas.

Além do estado de São Paulo, o governo federal monitora e assiste outras regiões afetadas pela seca e por queimadas. Na próxima semana, o Ministério da Saúde informou que a Força Nacional do SUS fará visitas aos estados do Acre, Amazonas e Rondônia.

Agência Brasil e Correio do Povo

Fim do Esqueletão: de centro comercial a ameaça de desabamento no centro de Porto Alegre

 Prédio de 1950 abrigou por décadas a Galeria XV de Novembro e foi morada para famílias

Prédio de 1950 abrigou por décadas a Galeria XV de Novembro e foi morada para famílias 

O Esqueletão tem 19 andares e pode ser visto de diversos pontos da cidade. Tido por muitos como ponto de referência, o prédio está localizado na rua Marechal Floriano Peixoto, próximo a espaços importantes de Porto Alegre: do Mercado Público, da estação de trem, do Paço Municipal e da charmosa avenida Borges de Medeiros. No térreo da construção funcionava a Galeria XV de Novembro, vizinha da Galeria do Rosário, ambos centros comerciais construídos na década de 50.

O prédio com características de potencial arranha-céu, à época, carrega, na verdade, uma estrutura inacabada e esquelética. Além dos estabelecimentos comerciais do térreo, chegou até mesmo a ser morada improvisada de famílias nos três andares acima. Os projetos de transformar a parte superior em hotel nunca foram concluídos – ou por falência ou por falecimento dos investidores.

Contou com diversos proprietários – mais de 30, por último –, alguns deles que nunca viram seus apartamentos construídos. Esse número é ainda maior, visto que a prefeitura de Porto Alegre não conseguiu identificar alguns deles.

Galeria XV de Novembro em 1998 Galeria XV de Novembro em 1998 | Foto: João Carlos Rangel / CP Memória

Depois de 36 anos de tramitações jurídicas, o Esqueletão começou a ser demolido em agosto deste ano. O plano de trabalho prevê etapas, entre manuais e a implosão final. A previsão é que a construção desapareça da paisagem do Centro até o fim do ano.

Ao longo do tempo, o prédio passou por três interdições: 1988, 1990 e 2019. Entre elas, laudos, audiências, mandados de desocupação, e um período de paralisação por conta da pandemia. Os débitos de impostos, que gira na casa de bilhões, estão sendo cobrados pela Prefeitura na Justiça.

A desocupação total só ocorreu em setembro de 2021. Não houve indenização financeira pra quem teve que sair de surpresa. As duas portas de acesso ao Esqueletão hoje estão cobertas por cartazes que informam o paradeiro dos antigos comerciantes, a maioria ainda no centrão. Com sorte, os clientes vão atrás.

O futuro do terreno é uma incógnita.

As duas portas de acesso ao Esqueletão estão cobertas por cartazes As duas portas de acesso ao Esqueletão estão cobertas por cartazes | Foto: Mauro Schaefer

“A mãe viu minha casa e me abençoou”

Com um grande manto estendido no chão, de costas para as ruínas da antiga casa, Índio vende roupas e acessórios usados Histórias de moradores e comerciantes do Esqueletão | Foto: Mauro Schaefer

A mãe de Índio viajou cerca de 630 quilômetros, de Uruguaiana a Porto Alegre, para conferir com os próprios olhos a vida que o filho levava. O CEP era da Galeria XV de Novembro, o popular ‘Esqueletão’. O domicílio em si era um quarto, estilo JK, no 6º andar. “A mãe viu minha casa e me abençoou”.

Malton Marlon Batista Duarte, o “Índio”, conta com orgulho da época que tinha uma morada e um trabalho de que se achava merecedor. Tudo começou em um dia comum que passava em frente ao Esqueletão à procura de emprego. Não precisou nem entrar na galeria. Encontrou os irmãos Marcos e Sônia, da família Figueiredo, em frente ao prédio. Eles eram proprietários de uma expressiva parte do empreendimento comercial, construído em 1950.

“Perguntei se tinha algum trabalho. Ela disse ‘vá lá na esquina e pegue um cigarro pra mim’. Saí correndo, feliz da vida”, lembra, mostrando o caminho que fez com o dedo indicador. O ambiente do Esqueletão, hoje em processo judicial de demolição, e da loja da esquina, que de ‘boteco’ virou um comércio de roupas, ainda faz parte da vida de Índio. Só que de um jeito bem diferente. Com um grande manto estendido no chão, de costas para as ruínas da antiga casa, vende roupas e acessórios usados. Divide a vida de camelô e o aluguel num hotel simples da região com a namorada.

Índio não lembra das datas e tampouco de quantos anos levou a vida que “era boa”. Guarda com carinho as memórias do prédio, que era lar para outras 20 famílias, e a amigável convivência entre moradores e comerciantes do térreo.

Ao lado, de vigília

Luiz Carlos dos Santos em frente ao Esqueletão  Luiz Carlos dos Santos em frente ao Esqueletão | Foto: Mauro Schaefer

Nem em seus piores pesadelos Luiz Carlos dos Santos pensou que aquele seria o futuro do Esqueletão. Foram mais de 40 anos abrindo e fechando, de segunda a sábado, o bazar de produtos para caça e pesca no andar térreo da galeria. Na primeira vez tinha 17 anos apenas. Mais tarde, em 1998, virou proprietário do negócio.

Na década de 1990, os Figueiredos compraram a parte de cima do prédio com a proposta de arrumar o imóvel e destinar aquele espaço à moradia. “A entrada do Esqueletão foi parcialmente fechada para início das obras. Chegavam caminhões de areia”, conta Luiz. Toda a movimentação, no entanto, não era visível por transeuntes, que seguiam com a imagem do prédio inacabado. “Em vez de arrumarem a parte de fora, foram passar reboco na parte de dentro. O proprietário de um cartório de Viamão aumentou o valor do investimento, mas também não arrumaram o lado de fora do prédio.” Com o falecimento dos proprietários, o projeto de moradia nos três andares acima ficou abandonado.

A aparência da galeria, com os tijolos à mostra e andares faltando os pedaços, sempre destoou na paisagem do centro comercial da região. Essa característica, inclusive, fez com que o preço de aluguel das lojas girassem em torno de R$2,5 mil por mês – muito abaixo do praticado no bairro. O bazar de pesca e caça agora ocupa a primeira loja da galeria Rosário, a de melhor localização, e banca o custo mensal de R$8 mil. O despejo do Esqueletão também reverteu nenhuma indenização ou ajuda financeira, alegam os comerciantes entrevistados.

Para além de sua loja, Luiz ocupava a função de presidente da Associação dos Proprietários e Inquilinos do Andar Térreo da Galeria XV de Novembro, com a adesão das 20 lojas.

Conta que acompanhou todas as audiências na Justiça em relação à demolição do prédio. No decorrer do trâmite chegou a pagar um laudo sobre as condições da construção. “Aquele prédio não cai. Podem cair todos os prédios de Porto Alegre, mas aquele não cai”, afirma. O que o preocupa mesmo é o impacto da demolição em prédios encostados, com a possibilidade de rachaduras, por exemplo.

Em agosto de 2022, um estudo minucioso feito pelo Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais da UFRGS (Leme) apontou que o Esqueletão tem chances de ruir, e que nada pode ser feito para evitar. O documento, a pedido da Prefeitura, foi entregue ao juiz responsável pelo caso. Concreto esfarelando, desgastes na estrutura de ferro e infiltrações foram os principais motivos sinalizados no estudo. Para atender aos critérios do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI), as escadas do interior precisam ser alargadas também, o que implica em uma obra complexa.

A mudança

Cezar Fraga guarda boas relações que fez com os colegas comerciantes e moradores dos andares superiores Cezar Fraga guarda boas relações que fez com os colegas do Esqueletão | Foto: Mauro Schaefer

A poucos metros de distância do Esqueletão fica a Galeria do Rosário, construída na mesma época, em 1955. Diferente do prédio inacabado, ela logo de cara ganhou a relevância de um dos principais centros comerciais.

“Era o shopping da cidade, como se fosse o Shopping Iguatemi de hoje. Muitas pessoas chegavam do Interior para comprar mercadoria. Iam direto na Rosário. Relojoeiros chegavam na Casa das Pilhas e saiam com caixas e caixas de pilhas”, conta Cezar Fraga, ex -comerciante do Esqueletão.

Há dois anos, se antecipando à decisão judicial, ele transferiu a loja de óculos que ocupava um espaço alugado no térreo do Esqueletão para uma confortável sala no 6º andar de um prédio de apartamentos comerciais, com portaria em tempo integral, silêncio e ar condicionado. “Fiquei com medo de deixar um ponto que era de calçada, onde as pessoas passavam, por um lugar ‘escondido’.” Mas nem deu tempo do sofrimento e os clientes do Cezar já estavam visitando o estabelecimento repaginado. Hoje goza da boa troca e trabalha na reabertura da segunda unidade do negócio, em outro bairro.

Do Esqueletão guarda boas relações que fez com os colegas comerciantes e moradores dos andares superiores. Sempre guarda um tempo para visitar a loja de caça e pesca do Luiz e deixar um aceno para o Índio.

Correio do Povo