sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Operação da PF com Bolsonaro como alvo repercute entre parlamentares do RS

 Políticos gaúchos dividem-se entre duas visões: defesa da responsabilização pelos atos do dia 8 de janeiro e perseguição aos opositores de Lula



A operação da Polícia Federal que apura a participação de pessoas na tentativa de golpe em 8 de janeiro do ano passado, realizada nesta quinta-feira em dez estados e que teve Jair Bolsonaro como um dos alvos, gerou repercussão em parlamentares gaúchos. Defensores e opositores do ex-presidente dividiram-se em visões que chamam de “perseguição” aos opositores de Lula e quem cobra a responsabilização aos envolvidos como mentores intelectuais do plano golpista que contestava a eleição de 2022.

Vice-líder do governo Lula no Congresso, o deputado federal gaúcho Elvino Bohn Gass (PT) afirmou que as instituições caminham para punir todos os golpistas. “A operação da Polícia Federal, hoje, foi embasada em provas de que aconteceram, sim, reuniões para tratar da minuta (ou das minutas; foram várias) golpista. Portanto, a tese bolsonarista de que não houve a tentativa de golpe, cai por terra. Tentaram, sim. Só não conseguiram”, escreveu em seu perfil na rede social X.

Correio do Povo

Lula planta árvore na embaixada da Palestina antes de jantar com embaixadores e ministros

 Representante palestino destacou para o presidente brasileiro que ele estava “plantando esperança”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de evento de apoio a Palestina, nesta quinta-feira, realizado na Embaixada da Palestina em jantar organizado em sua homenagem pelas representações de países árabes e islâmicos. Antes de começar o jantar, plantou uma oliveira com o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

"O senhor está plantando esperança para o povo palestino”, disse o embaixador a Lula. O presidente da República e seu grupo político têm relação histórica com a causa palestina. O petista já fez críticas aos ataques israelenses à Faixa de Gaza, em resposta ao ato terrorista do Hamas no dia 7 de outubro de 2023.

Acompanharam Lula o ex-ministro Celso Amorim, principal conselheiro do presidente em questões internacionais, e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Ricardo Lewandowski (Justiça) e Paulo Pimenta (Secom). Também o vice-presidente Geraldo Alckmin e a primeira-dama, Janja Lula da Silva. Haddad e Alckmin têm ascendência libanesa.


Correio do Povo

Exército diz acompanhar investigação sobre golpe, e Marinha afirma seguir a lei

 Operação atingiu série de oficiais-superiores e generais


Com oficiais-generais e ex-comandantes na mira da Polícia Federal, o Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil se pronunciaram nesta quinta-feira, sobre a Operação Tempus Veritatis. A investigação atingiu integrantes da cúpula do governo Jair Bolsonaro, além do próprio ex-presidente, e expôs detalhes do envolvimento de militares no que foi descrito pelos investigadores como uma tentativa de golpe de Estado.

Em nota, o Exército afirmou que colabora com as investigações, em tom similar ao adotado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. O comando da Força Terrestre foi avisado previamente pela Polícia Federal. "O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Exército Brasileiro (EB) acompanha a operação deflagrada pela polícia Federal na manhã desta quinta-feira (8 de fevereiro de 2024), prestando todas as informações necessárias às investigações conduzidas por aquele órgão”, afirma o comunicado oficial.

A operação atingiu uma série de oficiais-superiores e generais. Entre eles, estão três ex-ministros militares, todos generais de quatro estrelas: Walter Souza Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa). Dois dos alvos também comandaram as Forças Armadas durante o governo Bolsonaro. Além do próprio general Paulo Sérgio, do Exército, o almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, da Marinha, estão entre os alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim). A PF apura ainda a participação de outros 13 militares, entre integrantes da ativa e da reserva.

O Centro de Comunicação Social da Marinha emitiu uma nota que evita citar o teor das acusações, apesar de o Supremo Tribunal Federal ter divulgado os detalhes e suspeitas que embasaram a operação. "Em relação à Operação da Polícia Federal ‘Tempus Veritatis’, a Marinha do Brasil (MB) reitera que não se manifesta sobre processos investigatórios em curso, sob sigilo, no âmbito do Poder Judiciário. Consciente de sua missão constitucional, a MB, Instituição nacional, permanente e regular, reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência”, diz o texto da Força Naval. A Força Aérea Brasileira (FAB) foi a única das três Forças Armadas a não se manifestar.

A investigação cita o ex-comandante-geral, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, mas até o momento ele não se tornou alvo. Segundo a PF, uma nota conjunta dos então comandantes assinada em 2022 teria sido relevante para "manutenção e intensificação das manifestações antidemocráticas, em vista do suposto respaldo das Forças Armadas ao movimento”.

Os investigadores identificaram que Almir Garnier, Baptista Junior e o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes foram convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para reunião em que o mandatário apresentou a minuta de um decreto golpista e pressionou os comandantes a aderirem. O conteúdo da investigação mostra que o então comandante da FAB foi pressionado, entre outros, pelo ex-ministro Braga Netto e considerado 'traidor da pátria', em tese, por não aderir ao intento.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Fundador do PT é contratado para dar curso a juízes de tribunal que condenou Lula

 



É inacreditável! O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou Lula e aumentou sua pena, contratou o petista Célio Golin para “desenvolver e realizar cursos” para o seu quadro de desembargadores no RS. Em 1986, Golin fundou o PT no município Nonoai, RS. Ele fez campanha aberta para lula nas redes sociais em 2022.

Saiba mais: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/fundador-pt-curso-lula

Carla Zambelli

Fonte: https://www.instagram.com/p/C3BHNyMuTjG/?igsh=MWV5MGVzOXdhNHF2Zw%3D%3D

Pepita de ouro aprendida com Valdemar Costa Neto é de garimpo, aponta primeira perícia da PF

 Defesa do presidente do PL argumenta que material tem baixo valor, tratando-se de relíquia de família


Uma perícia preliminar da Polícia Federal (PF) identificou que a quantidade de ouro encontrada em casa de Valdemar Costa Neto é de garimpo. O presidente nacional do PL foi preso em flagrante nesta quinta-feira, 8, por porte ilegal de arma de fogo. O político é um dos investigados na Operação Tempus Veritatis e foi flagrado pela PF com uma arma em situação irregular durante buscas. A defesa do presidente nacional do PL afirma que não há fato relevante algum e que a pedra tem baixo valor.

Além da arma ilegal, a equipe também encontrou a pepita de ouro, pesando 39,18 gramas, com 95,26% de grau de pureza, segundo a perícia. Costa Neto pode ficar preso pela posse ilegal de arma de fogo e usurpação mineral. Para a prisão, não há fiança. Agora, a perícia vai tentar confirmar a origem do ouro encontrado com Valdemar e identificar de onde foi extraído.

Já a defesa de Costa Neto afirmou que posse da pedra não configura delito, segundo a própria jurisprudência. Além disso, em nota, também apontou que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente próximo e que foi esquecida há vários anos no apartamento dele. “Em outras palavras: Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que, segundo a própria auditoria da Polícia Federal, vale cerca de 10 mil reais?”, argumenta a defesa.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo