domingo, 4 de fevereiro de 2024

Renato cita necessidade de até mais quatro reforços no Grêmio

 Treinador repetiu que elenco gremista está reduzido e direção segue trabalhando no mercado

Renato cita necessidade de até mais quatro reforços no Grêmio 

O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, citou que sua equipe precisa de "mais três ou quatro reforços" para encorpar o elenco ao longo da temporada. Apesar da vitória diante do Avenida, o treinador reconheceu que o time está com um número reduzido de opções.

"Nós estamos com um grupo muito reduzido, precisamos contratar. Nós precisamos de no mínimo 3 ou 4 jogadores", pontuou na noite deste sábado em Santa Cruz do Sul.

O comandante evitou citar nomes ou projetar um prazo para anúncios. O treinador defendeu o trabalho da direção que “não está parada”. “Se o Grêmio não estivesse trabalhando, eu estaria preocupado, mas não é o caso. Nós estamos atrás”.

Renato também fez cobranças para a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) pela condição do gramado do estádio dos Eucaliptos.

“A FGF cobra a dupla Gre-Nal mas aí vem para o interior e o vestiário é um horror, iluminação um horror, o campo é um horror. Não adianta contratar por 4 ou 5 milhões de euros e se machucar aqui nessa grama. Minha paciência tem limite", protestou.

Correio do Povo

Banhistas aproveitam praias de Porto Alegre mesmo com Guaíba mais baixo em nove meses

 No Lami, nova guarita para os guarda-vidas está pronta e funcional

Nível baixo da água no Lami não intimidou frequentadores neste sábado 

Todas as praias do Belém Novo e Lami, no extremo sul de Porto Alegre, estavam próprias para banho no final de semana, conforme monitoramento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Isto, somado ao forte calor presenciado neste sábado, são convites para banhistas e moradores em geral aproveitarem ambos os balneários. As águas calmas, ainda que muito baixas, proporcionam refresco, enquanto houve ainda quem acompanhe apenas da orla, enquanto prepara o almoço ou apenas observa a diversão.

O nível de 52 centímetros atingido hoje, às 11h15min, na régua de medição do Cais Mauá, no Centro Histórico, foi o mais baixo desde 1º de maio de 2023, conforme a régua de medição da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). O vento soprava de nordeste. Enquanto isso, no Belém Novo, o melhor horário no sábado para chegar à praia, segundo os frequentadores, é a partir das 8h ou 9h, quando a orla ainda não está tão cheia.

Morador do bairro Agronomia, o militar da reserva Paulo Sérgio Gonçalves estava hoje pela manhã acompanhado da família, em torno de 15 pessoas, na beira da praia, que ainda tinha diversos espaços disponíveis. Eles tomavam café e, logo mais, fariam o almoço. “Viemos cedo para cá para garantir nosso lugar. Está muito bom aqui e as águas estão muito tranquilas, boas para aproveitar mesmo”, comentou Gonçalves.

Junto a ele, a auxiliar de serviços gerais Franciele Cardoso, que mora no Belém Novo, concordou com a opinião. “A praia está segura e os banheiros são limpos. Os guarda-vidas também estão bastante atentos”, afirmou ela. A família pretendia permanecer no local até o final da tarde. Mais adiante, o operador de máquinas Marcos Lopes, morador da Restinga, já se preparava para o almoço, colocando pedaços de carne em uma churrasqueira. “Estamos aproveitando o dia de hoje, porque amanhã tenho que trabalhar”, informou ele.

Eles também haviam chegado cedo, por volta das 6h30min, para garantir o lugar para a instalação de uma barraca e demais equipamentos de lazer. “Se não fizer isso, é difícil conseguir um bom local”, salientou. Conforme Lopes, havia lixo espalhado na orla, como reflexo da grande movimentação de frequentadores no dia anterior, devido às celebrações de Nossa Senhora dos Navegantes, porém os entulhos já haviam sido recolhidos por funcionários da Cootravipa.



Correio do Povo

Biden vence primárias democratas na Carolina do Sul

 Com rivais do partido com poucas chances, votação é considerada uma avaliação da popularidade de Biden

Biden vence primárias democratas na Carolina do Sul 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, venceu neste sábado as primárias democratas na Carolina do Sul, e disse que fará do rival republicano Donald Trump 'um perdedor' nas eleições de novembro. Biden, 81, iniciou sua corrida pela indicação do Partido Democrata com uma vitória por ampla margem sobre os adversários, segundo projeções da imprensa norte-americana. Os democratas, no entanto, irão se debruçar sobre o resultado da votação, para ver se Biden, que luta contra baixos índices de aprovação, conquistou o apoio dos eleitores negros, que o impulsionaram até a Casa Branca quatro anos atrás. 'Agora, em 2024, o povo da Carolina do Sul se pronunciou novamente, e não tenho dúvida de que vocês nos colocaram no caminho para conquistar a presidência novamente e fazer de Donald Trump novamente um perdedor', declarou Biden. O estado do sul lançou Biden no caminho para a Casa Branca em 2020. O democrata tinha apenas dois oponentes nas primárias: o congressista Dean Phillips, que fez fortuna com uma empresa de sorvetes, e a autora de livros de autoajuda Marianne Williamson.

'Dos males, o menor'

'Dos males, o menor', estimou Noelle Paris, 63. 'Tinha que ser Biden, porque ele é novamente o candidato mais viável em termos de possibilidades. Mas é um candidato forte? Para mim, nem tanto.'Sem demonstrar entusiasmo com a candidatura, vários eleitores consideram o trabalho de Biden satisfatório e não querem que Trump vença. 'Quem são os outros dois candidatos? Sequer olhei', ironizou a aposentada Jane Douglas, 69, em Charleston. Os eleitores demoraram a chegar a vários colégios eleitorais visitados pela AFP na cidade histórica de Charleston, uma vez que muitos pareciam dar como garantida a vitória de Biden na Carolina do Sul. O presidente incentivou seus apoiadores a comparecerem às urnas, em vídeo publicado no X, antigo Twitter.Biden fez uma série de visitas à Carolina do Sul, mas não esteve presente neste sábado, um dia depois que ataques de represália dos Estados Unidos atingiram grupos ligados ao Irã na Síria e no Iraque, após a morte de três soldados americanos em ataques a uma base na Jordânia.

A participação eleitoral foi monitorada com atenção: os eleitores negros impulsionaram a vitória de Biden na Carolina do Sul em 2020, o que salvou a sua campanha, e depois o impulsionaram à Casa Branca.Pesquisas recentes mostraram que o apoio a Biden diminui entre os eleitores negros, principalmente os jovens, em meio à frustração por ele não ter discutido suas prioridades, apesar de eles o terem apoiado há quatro anos.Biden pressionou para que a Carolina do Sul estivesse à frente das primárias democratas deste ano, antes de New Hampshire, cuja população é quase inteiramente formada por pessoas brancas. Embora seja provável que a Carolina do Sul permaneça em mãos republicanas em novembro, como acontece continuamente desde 1980, Biden a considera um campo de testes da sua popularidade entre os eleitores negros.

Os democratas fizeram esforços de campanha significativos e Biden visitou a região duas vezes neste ano. Ontem, a vice-presidente, Kamala Harris, pediu a seus apoiadores que comparecessem para votar, durante um discurso inflamado em uma universidade historicamente negra.'Acho que ele fez o melhor que pôde', disse Annette Hamilton, 63, ao votar, em Charleston. 'Ele ganhará em novembro? Peço a Deus que sim. 'As primárias republicanas de 24 de fevereiro prometem ser mais disputadas do que as democratas, com Trump tentando desferir um golpe decisivo na ex-governadora da Carolina do Sul e embaixadora junto à ONU Nikki Haley em seu próprio território.

AFP e Correieo do Povo

Motta: “Privatização não é tema relevante na discussão do sistema prisional"

 


Roberto Motta analisou no programa Os Pingos Nos Is a possibilidade de privatização do sistema prisional brasileiro. Segundo o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida, a medida abriria espaço para a infiltração do crime organizado. #OsPingosNosIs

Autoridades apontadas como alvos de espionagem da “Abin paralela” pedem investigação e punição

 Nomes monitorados vão desde ex-integrantes do primeiro escalão de Bolsonaro a parlamentares de oposição, passando por inimigos políticos do ex-presidente

O esquema de espionagem com o aparato da Abin é investigado pela PF nas Operações Última Milha e Vigilância Aproximada 

As autoridades que foram apontadas pela Polícia Federal (PF) como alvos do monitoramento ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) reagiram às suspeitas de espionagem. Em publicações nos perfis oficiais, os nomes que entraram na mira dos 'softwares espiões' pediram rigor na investigação e, se confirmadas as suspeitas, clamaram pela punição dos envolvidos no caso da 'Abin paralela'.

O esquema de espionagem com o aparato da Abin é investigado pela PF nas Operações Última Milha e Vigilância Aproximada. Segundo as diligências, o monitoramento teve como alvos autoridades rompidas com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), senadores que compuseram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e até governadores estaduais. A informação foi divulgada na sexta-feira, 2, pelo programa de TV Jornal da Band.

A relação de autoridades monitoradas vai desde ex-integrantes do primeiro escalão de Bolsonaro a parlamentares de oposição, passando por inimigos políticos do ex-presidente. Nas redes sociais, os citados reagiram às suspeitas.

Opositores e membros da CPI da Covid

Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), senador que integrou a oposição ao governo de Jair Bolsonaro e a CPI da Covid, e hoje é líder do governo Lula no Congresso, lembrou que as investigações ainda estão em andamento, mas relacionou o uso da Abin para monitorar inimigos políticos a uma violação aos direitos à privacidade e ao sigilo. 'Quaisquer indícios de violações a tais direitos devem ser rigorosamente apuradas e punidas', declarou o senador em publicação nas redes sociais, ratificando uma declaração dada ao telejornal.

O senador Humberto Costa (PT-PE), que também integrou a CPI da Covid, disse ter recebido a informação com 'indignação'. Além de pedir pelo seguimento das diligências, o senador sugeriu que quaisquer informações coletadas pelas investigações que envolvam parlamentares devem ser entregues ao Congresso Nacional.

Segundo o senador, essa seria uma medida cabível pois a espionagem clandestina 'é um crime, acima de tudo, contra o exercício democrático'. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, já se manifestou neste sentido. Na quarta-feira, Pacheco encaminhou ao STF um pedido de informações sobre o inquérito da Abin, solicitando o nome dos congressistas citados como alvos de espionagem.

Parlamentares que foram aliados de Bolsonaro, mas romperam com a gestão do ex-presidente, também foram citados como alvos do aparato paralelo da Abin. São os casos da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP). 'Irei até as últimas consequências', disse Thronicke nas redes sociais. 'Os responsáveis por esse crime devem ir para a cadeia', disse Kataguiri ao Jornal da Band.

Inimigos políticos de Jair Bolsonaro

João Doria (sem partido), ex-governador de São Paulo, também foi citado entre os nomes monitorados pelo serviço de inteligência paralelo. 'Minha repulsa a este comportamento sórdido e condenável, não apenas no meu caso, mas de todos aqueles que estavam sendo ilegalmente espionados. A atitude transcende questões políticas e atinge a própria essência da democracia', pontua o ex-governador em nota encaminhada ao Estadão. Doria, que elegeu-se ao Palácio dos Bandeirantes apoiando Bolsonaro em 2018, tornou-se adversário do governo nos anos seguintes, principalmente no período da pandemia de covid-19.

Até ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro que romperam com o ex-chefe do Executivo federal foram alvos do esquema ilegal de espionagem, segundo o inquérito. É o caso de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação. 'Não tenho medo do que eles possam encontrar', disse Weintraub, afirmando 'não estar surpreso' com a suspeita de monitoramento ilegal.

A lista de alvos da espionagem ilegal ainda envolve outros ex-ministros de Bolsonaro: Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). Antigos aliados de Bolsonaro, Santos Cruz e Weintraub romperam com o ex-chefe do Executivo após deixarem as suas pastas.

A 'Abin paralela' monitorava também os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), que compuseram a mesa diretora do colegiado na CPI da Covid junto com Randolfe Rodrigues.

Outros senadores do colegiado monitorados teriam sido Rogério Carvalho (PT-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PI) e Alessandro Vieira (MDB-SE). Fora da CPI, a ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) também está na lista.

A Abin monitorou ainda o ex-deputado Alexandre Frota (sem partido-SP), que era aliado de Bolsonaro mas se afastou durante o mandato do ex-presidente. Outro alvo foi o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB-RJ).

A lista inclui também o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana, além dos ministros do STF Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

Investigações miram ‘softwares espiões’

As investigações sobre o suposto aparelhamento da Abin ocorrem desde outubro de 2023, com a deflagração da Operação Última Milha. O nome dessa investigação satiriza um software que ainda é peça-chave nas diligências, o FirstMile. Desenvolvido por uma empresa israelense, o programa permite ao usuário, entre outras funções, o monitoramento em tempo real da geolocalização de celulares.

Os investigadores já sabem que o FirstMile foi utilizado 60 mil vezes pela Abin entre 2019 e 2023, mas outros programas entraram no radar dos investigadores. Além disso, também já é de conhecimento dos investigadores que mais da metade dos acessos da Abin ao FirstMile ocorreu em 2020, ano de eleições municipais.

'O grupo teria criado uma estrutura paralela na Abin e utilizado ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal', diz um comunicado da PF sobre as investigações.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo