domingo, 31 de dezembro de 2023

Mais de 45 mil veículos devem passar na freeway

 Segundo empresa, 1 milhão de automóveis devem circular nas BRs no feriadão de Ano Novo

Estimativa é que 45,5 mil motoristas se desloquem para o litoral gaúcho neste sábado 

No início da tarde deste sábado, quase 40 mil veículos passaram pela Freeway rumo ao litoral gaúcho. A CCR ViaSul, concessionária que administra o trecho, projeta que o índice de carros se deslocando para as praias deve chegar a 45,5 mil motoristas.

Segundo a empresa, 1 milhão de automóveis devem circular na BR 290 (Freeway), BR 101, BR 386 e BR 448 no feriadão de Ano Novo. Conforme a empresa, mais de 423 mil veículos deverão se deslocar pela Freeway em ambos os sentidos, dos quais quase 190 mil seguirão rumo ao litoral e cerca de 235 mil condutores viajarão no sentido da capital gaúcha.

Na volta do Réveillon, a partir da segunda-feira, devem circular pela Freeway no sentido para Porto Alegre 72,2 mil motoristas. Porém, o tráfego mais intenso será concentrado na terça-feira, quando quase 87 mil veículos estarão retornando à capital.

A CCR ViaSul orienta aos motoristas que evitem trafegar na terça-feira devido ao excesso de veículos durante todo o dia. O ideal é que os condutores se programem para viajar na segunda-feira antes das 15h ou na quarta-feira, após às 9h.

Correio do Povo

Banhistas trocam litoral por praias em Porto Alegre

 Praia do Lami atrai veranistas na Capital

Praia do Lami é alternativa para banhistas no extremo Sul de Porto Alegre 

Apesar do fluxo intenso de passageiros rumo ao litoral gaúcho no feriado de Ano Novo, há aqueles que preferiram ficar em Porto Alegre. Aos que decidiram permanecer na Capital, as praias da região Sul são uma alternativa para aproveitar o verão. Além da proximidade, os locais acabam sendo também uma opção mais econômica e segura para os banhistas.

A autônoma Andressa Vicerinne, de 27 anos, planejava passar o Réveillon em Tramandaí, ao lado dos filhos de 5, 9 e 14 anos. A amiga Tainara Goulart, de 26, que trabalha como cuidadora no Hospital São Pedro, e a filha dela, de 6, também passariam a virada do ano no litoral Norte.

Após alugarem uma casa pela internet, no entanto, as mulheres descobriram foram vítimas de um golpe. Resignadas, elas e as crianças foram aproveitar as águas da Praia do Lami, no extremo Sul de Porto Alegre. “Ficar em Porto Alegre acabou sendo a opção mais barata. Além disso, as crianças adoram brincar aqui”, disse Andressa.

A Praia do Lami fica sob a responsabilidade de dois guarda-vidas, os soldados Thiago Pereira da Silva e João Paulo Mancuso, do 1° Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar. A dupla vigia os banhistas percorrendo as areias da praia, já que as chuvas elevaram o nível da água a ponto de submergir parte das guaridas, que correm risco de desabar.

Thiago garante que as águas são seguras no perímetro vigiado. Segundo ele, o maior risco aos visitantes são os entulhos acumulados na areia. “As cheias recentes geraram o acúmulo de entulhos na beira da praia. Isso gera risco para as crianças, que podem cortas os pés em cacos de vidro e pregos”, destacou o militar.

A lavadeira Lisiane Ricardo, de 53 anos, trouxe a família para acampar na Praia do Lami. O plano é celebrar o Ano Novo e passar mais 20 dias na localidade. Segundo ela, trata-se de uma tradição familiar. “Acampo aqui há mais de 40 anos. Quero que meus bisnetos aproveitem esse lugar, assim como minha bisavó. Muitas pessoas saem para se arriscar nas estradas, quando temos esse lugar maravilhoso em Porto Alegre.”

Já na Orla de Ipanema, na zona Sul, o gerente de TI Eduardo Franzen, de 35 anos, o militar da reserva João Geraldo, 51, o autônomo de logística Mauri Ferrari, 42, costumam aproveitar a água, que é imprópria para banho. Os três amigos, moradores do bairro Hípica, se exercitam em caiaques no local.

“Aproveitamos o ano inteiro. No verão andamos de caiaque e no inverno, pescamos. O mais fantástico é a natureza. Há pouco vi um mergulhão sair da água com um peixe no bico”, afirmou Ferrari.



Correio do Povo

Ano Novo 2024: veja as comemorações pelo mundo

 Nova Zelândia foi um dos primeiros lugares no mundo a comemorar a chegada de 2024

Austrália aguarda chegada de 2024 com fogos de artifícios 

Já é 2024 em algumas partes do mundo. Com fuso horário 16 horas à frente de Brasília, Nova Zelândia fou um dos primeiros lugares do mundo a celebrar a virada do ano. O país recebeu 2024 com as tradicionais queimas de fogosna capital Wellington e em Auckland.


Austrália

Com 14 horas à frente do fuso horário brasileiro, a Austrália comemorou com antecedência a chegada de 2024. Três horas antes da meia-noite, os fogos de artifícios já coloriam o céu de Sydney.

  | Foto: IZHAR KHAN / AFP

Mas o espetáculo mesmo veio com os fogos de artifício sobre a Sydney Harbour Bridge e a Sydney Opera House.

  | Foto: David Gray / AFP / CP

Japão

A população se concentrou no cruzamento de Shibuya algumas horas antes da meia-noite da véspera de Ano Novo no Centro de Tóquio. A movimentação ocorreu apesar das restrições do governo local para reduzir o consumo de álcool e do cancelamento de quaisquer eventos de contagem regressiva pelo quarto ano consecutivo.

  | Foto: Richard A. Brooks / AFP / CP

Coreia do Sul

Pessoas se reuniram para um evento de contagem regressiva para celebrar o Ano Novo no Centro de Seul antes da meia-noite.

  | Foto: Jung Yeon-Je / AFP / CP  Dançarinos no Ano Novo da Coreia do Sul | Foto: Jung Yeon-je / AFP / CP

Filipinas

Pessoas observam fogos de artifício iluminando o céu sobre o Parque Rizal, inaugurando o Ano Novo, em Manila.

  | Foto: JAMILLAH STA. ROSA / AFP / CP

China

Fogos de artifício explodiram no Victoria Harbour para celebrar o Ano Novo em Hong Kong.

  | Foto: Peter PARKS / AFP / CP

Correio do Povo

A Globo registrou no último domingo, 24 de dezembro, a menor audiência da história

 Enfraquecida pela véspera de Natal, que naturalmente diminui a atratividade da TV, a maior emissora do mercado teve de se contentar com uma média de 8 pontos na Grande São Paulo, o equivalente a 1,7 milhão de espectadores por minuto.

Para a Globo, a boa notícia foi o mau desempenho das concorrentes. O SBT não bateu recorde negativo, mas caiu para 2,7 pontos –costuma dar 4.
A Record anotou 2. Tirando a Band, com 0,9 ponto, todas as outras redes abertas e pagas oscilaram entre 0,1 e 0,4.
Fundamental citar: o streaming também recebeu um presente de grego no dia 24, oscilando dos habituais 8 pontos para 6,9. Via. O Antagonista




Fonte: https://www.facebook.com/100063940514729/posts/786519680156042/?mibextid=rS40aB7S9Ucbxw6v

Mais de 70% das medidas provisórias de Lula “caducam” no Congresso em 2023

 Levantamento mostra que, até o dia 20 de dezembro, Lula viu 20 medidas provisórias perderem a validade e apenas sete serem aprovadas pelos parlamentares federais

Lula encerra seu primeiro ano de mandato com mais medidas provisórias que perderam validade do que aprovadas no Congresso 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra seu primeiro ano de mandato com mais medidas provisórias que perderam validade do que aprovadas no Congresso. Desde 2003, quando o petista tomou posse para seu primeiro mandato, apenas em 2019 e 2020, com Jair Bolsonaro (PL), e em 2023, o presidente da República fechou o ano com menos MPs aprovadas do que caducadas. Neste último caso, porém, a proporção é bem maior.
Levantamento feito pelo Estadão/Broadcast mostra que, até o dia 20 de dezembro, Lula viu 20 medidas provisórias perderem a validade e apenas sete serem aprovadas pelos parlamentares federais.
Em 2020, 54 MPs assinadas por Bolsonaro perderam validade antes que fossem analisadas pelo Congresso. Outras 53 foram aprovadas pelos parlamentares e sancionadas pelo então chefe do Executivo. Em 2019, a proporção foi semelhante: 23 medidas provisórias caducaram antes de serem votadas e 22 foram aprovadas.
Em todos os outros anos (de 2003 a 2018 e de 2021 a 2022), os presidentes da República conseguiram aprovar mais MPs no Congresso, mesmo com bases parlamentares frágeis em alguns momentos.
Normas editadas com força de lei pelo presidente da República, as medidas provisórias são previstas em situações de relevância e urgência. Não é incomum o Executivo ser alvo de críticas pelo excesso de uso do instrumento. No apagar do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, a publicação da MP que reonera a folha de pagamento para 17 setores que mais empregam no País provocou críticas e protestos do setor produtivo e da classe política. O Congresso havia prorrogado a desoneração até 2027.
A medida provisória foi anunciada na quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e publicada na sexta, último dia útil do ano, no Diário Oficial da União. Ela deve projetar embate entre Executivo e Legislativo no início de 2024. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a medida provisória causou "estranheza" e que o seu teor legal será analisado.
RITO
O baixo número de medidas provisórias que tiveram o aval dos parlamentares neste primeiro ano do terceiro mandato de Lula se explica, em grande parte, pela disputa no Legislativo em torno do rito de tramitação das MPs.
Pela Constituição, as medidas provisórias precisam ser analisadas por comissões mistas, para somente então serem encaminhadas primeiro à Câmara dos Deputados e depois ao Senado. As relatorias nos colegiados mistos são alternadas - uma MP é relatada por um deputado e a seguinte, por um senador, visando dar equilíbrio de protagonismo às duas Casas. A escolha do relator na comissão mista é importante porque empodera o parlamentar definido para negociar com o governo e com seus pares.
LIRA
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa próximos a ele se recusaram a indicar integrantes de diversas comissões mistas. Lira também avisou ao governo que não pautaria algumas MPs para votação no plenário da Câmara, orientando que as propostas fossem reencaminhadas como projetos de lei.
Diversas proposições passaram por esse entrave no Congresso. A MP que tratava da tributação de offshores, por exemplo, teve de ser enviada novamente ao Congresso no formato de projeto de lei. O mesmo ocorreu com a proposta que retomava o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O efeito prático foi que o governo perdeu tempo de debate dos assuntos e teve de lidar com negociações pontuais com líderes da Câmara e do Senado em relação aos temas. Para evitar desgastes, principalmente com Lira, em quase todas as oportunidades o Palácio do Planalto preferiu atender aos pedidos e enviar os projetos de lei ao Legislativo.
Uma das únicas vezes em que o governo bateu o pé e insistiu na tramitação de uma medida provisória foi com a mudança nas subvenções do ICMS, aprovada no Senado em dezembro e enviada à sanção presidencial. O motivo: como a regra de tributação foi instituída por meio de medida provisória, não teria de passar por um período de "quarentena" antes de entrar em vigência. Se fosse aprovada por meio de um projeto de lei, só valeria a partir de abril - e o governo perderia a nova arrecadação nos primeiros meses de 2024.
REJEITADAS
Em seu primeiro mandato, Lula teve de enfrentar outro tipo de resistência do Congresso. De 2004 a 2006, 20 medidas provisórias assinadas pelo petista foram rejeitadas pelos presidentes do Congresso à época. Estiveram à frente do Legislativo, naquele período, os senadores José Sarney (MDB-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), que tinham uma postura de independência em relação ao PT.
Mesmo assim, na grande maioria das vezes, não havia resistências por parte dos parlamentares com o instrumento legislativo da medida provisória - Lula teve 160 MPs aprovadas nesse período.
Nos últimos anos, porém, tornou-se mais frequente o Congresso deixar de analisar medidas provisórias assinadas pelo presidente da República. Em 2014, a então presidente Dilma Rousseff (PT) viu 14 MPs suas perderem validade antes de serem votadas. Em 2017, com Michel Temer (MDB), esse número aumentou ainda mais: foram 23.
Além do fortalecimento do Congresso nos últimos anos, com cada vez mais espaço no Orçamento da União por meio de emendas parlamentares, outro motivo para esses altos números de MPs que perdem validade antes de serem votadas está nas aberturas de créditos extraordinários. De 2017 até hoje, por exemplo, 62 das 175 medidas provisórias que perderam validade diziam respeito a esses créditos. Na prática, uma vez que os recursos são destinados, as medidas provisórias ficam sem função e não precisam virar lei.
Nas duas últimas décadas, foram constantes as queixas e os embates envolvendo o número de medidas provisórias enviadas pelo Executivo ao Legislativo. O uso abusivo do instrumento já foi denunciado por autoridades dos outros Poderes ao longo dos últimos anos, em diferentes governos.
“ROLETA-RUSSA”
Em 2017, na gestão Temer, o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a anunciar que não votaria mais este instrumento no plenário da Casa. Já em 2008, durante o segundo mandato de Lula, o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o que chamou de excesso de medidas provisórias e trancamento de pautas no Congresso.
À época, o então presidente do STF defendeu a fixação de um número que limitasse a edição de MPs pelo Executivo. "É como se estivéssemos numa roleta-russa com todas as balas no revólver", comparou Gilmar na ocasião.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo