sexta-feira, 11 de agosto de 2023

PF vai questionar Silvinei Vasques sobre reunião com Torres e "policiamento direcionado"

 Ex-diretor-geral da PRF presta depoimento na sede da Polícia Federal em Brasília na tarde desta quinta-feira

Silvinei Vasques foi preso no âmbito da Operação Constituição Cidadã 

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília na tarde desta quinta-feira, 10, para prestar depoimento na investigação sobre suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições 2022. O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso em Florianópolis nesta quarta, no bojo da Operação Constituição Cidadã.

Como mostrou o Estadão, os investigadores vasculharam endereços de Silvinei e apreenderam seu celular em busca de mensagens e documentos que tratem sobre reuniões das quais o ex-chefe da PRF participou às vésperas do segundo turno do ano passado.

A Polícia Federal tenta esclarecer a dinâmica de uma reunião que aconteceu no dia 19 de outubro de 2022, onze dias antes do segundo turno. Naquele dia, segundo Silvinei, foi realizada uma reunião do Conselho Superior da Polícia Rodoviária Federal sob o pretexto de votar uma resolução acerca da prática de educação física. Na reunião, estavam diretores, superintendentes e todos os coordenadores gerais e foi proibido o uso de celulares.

Mensagens trocadas em tal data entre o policial rodoviário federal Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de análise de inteligência da PRF, e o então diretor de inteligência Luís Carlos Reischak Júnior chamaram a atenção dos investigadores.

O diálogo indica "orientação de uma ação ostensiva a ser realizada no dia 30 de outubro (segundo turno), chamando a atenção um trecho no qual mencionam abordagens de 'ônibus que levam passageiros de São Paulo para o Nordeste'".

No mesmo dia, Reischak Júnior ainda relatou a Adiel que acompanharia Silvinei em uma reunião com o então ministro Anderson Torres. Na mesma data, a delegada Marília Alencar - com quem a PF encontrou fotos e planilhas que fizeram avançar a investigação da Constituição Cidadã - esteve em reunião com Torres até as 20h37, diz a PF.

A suspeita é a de que, naquele dia, após a reunião do Conselho Superior da PRF, teriam se reunido no gabinete do ministro da Justiça, Torres, Marília, Silvinei e Reischak Júnior.

Agência Estado e Correio do Povo

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Olímpia atropela o Flamengo e elimina rubro-negro da Libertadores

 Paraguaios conseguiram virada por 3 a 1 no Defensores del Chaco

Festa paraguaia no Defensores del Chaco 

A Copa Libertadores não tem mais seu defensor de título. Nesta quinta-feira, o Flamengo foi surpreendido e eliminado ao perder, por 3 a 1, de virada, para o Olímpia, no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai. O time rubro-negro jogava pelo empate, depois de vencer por 1 a 0, no Maracanã, no jogo de ida e até saiu na frente; mas não resistiu ao ímpeto dos paraguaios.

Com a classificação, o Olímpia vai enfrentar nas quartas de final o Fluminense, que derrotou o Argentinos Juniors, quarta-feira, no Maracanã, por 2 a 0, após empatar por 1 a 1, na Argentina.

O começo do jogo foi eletrizante. Empurrado pela frenética torcida, o Olímpia foi para cima do Flamengo, mas deixou espaços, principalmente pelo lado direito de sua defesa. O Flamengo aproveitou para acionar Bruno Henrique, sempre com passes envolventes de Arrascaeta. E o primeiro gol brasileiro saiu aos oito minutos exatamente com a dupla de ataque rubro-negra. Arrascaeta bateu falta e Bruno Henrique, com eleve toque, abriu o placar.

O Olímpia não se entregou e conseguiu reagir aos 12 minutos. González arrancou pela direita e cruzou para Iván Torres subir muito e desviar de Matheus Cunha: 1 a 1. As equipes mantiveram a postura ofensiva, mas acrescentaram catimba, principalmente do lado do Olímpia, cujos zagueiros buscaram intimidar os jogadores do Flamengo. Faltas duras foram cometidas pelos dois lados.

Apesar do clima tenso em campo, o juiz colombiano Wilmar Roldán só havia aplicado um cartão amarelo, dado para Ortiz, do Olímpia, até os 30 minutos. Quando os times resolveram jogar bola, o nível foi bom. Gabigol teve um gol anulado, aos 30 minutos, por causa do impedimento de Bruno Henrique no início da jogada. Já o Olímpia assustou com um chute de longe do zagueiro Gamarra, aos 35, e com Hugo Fernández, cuja finalização foi travada por Thiago Maia.

O segundo tempo começou em ritmo bem inferior ao primeiro. O Flamengo buscou ficar mais com a bola, forçando maior movimentação do Olímpia em busca da marcação. Aos seis minutos, o agitado Jorge Sampaoli recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso. O Flamengo pareceu não sentir a falta de seu comandante à beira do gramado e quase fez o segundo em bela jogada de todo o ataque. Bruno Henrique bateu para a primeira defesa do goleiro Espíndola no jogo.

Quando parecia que o jogo estava dominado pelo Flamengo, o lance de bola parada se mostrou decisivo mais uma vez. Após escanteio cobrado da esquerda, Ortiz nem precisou pular para tocar de cabeça e fazer o gol da virada do Olímpia, aos 24 minutos. O Flamengo sentiu o gol e o Olímpia teve duas chances de ampliar a vantagem no placar. Em uma delas, Filipe Luís errou feio na saída de bola. Mas o pior estava por vir.

Aos 34, o Olímpia fez o terceiro com Bruera em lance muito semelhante ao gol de Ortiz. Novo escanteio da esquerda e o atacante grandalhão cabeceou firme para vencer Matheus Cunha. Com os três gols de cabeça, o Olímpia se fechou na defesa e o desespero tomou conta do Flamengo, que chegou a marcar o terceiro gol, com Victor Hugo, aos 45 minutos, mas o VAR flagrou impedimento de Gabigol e terminou com as esperanças dos cariocas.

Agência Estado e Correio do Povo

RS contabiliza 95 homicídios em julho, o menor número em 13 anos

 Governo estadual também anunciou queda no número de feminicídios, latrocínios e outros crimes no período

Governador se reuniu com autoridades de segurança e de outros órgãos para divulgas índices criminais. 

O Rio Grande do Sul teve o menor número de homicídios registrados desde o início da série histórica de monitoramento iniciada em 2010. Foram 95 casos em julho, o que representa uma queda de 25,2%, na comparação com o mesmo mês no ano passado. Também houve redução de 10% no número de feminicídios, considerando-se julho de 2022, e, na mesma lógica, diminuição de 66,7% no número de latrocínios.

“Estamos falando sobre vidas humanas e todas as perdas nós lamentamos, mas, do ponto de vista estatístico, de ações de segurança, conseguimos observar uma redução importante”, disse o governador Eduardo Leite, durante a divulgação à imprensa dos índices de criminalidade de julho, nesta quinta-feira. 

O governador elogiou a união entre as polícias. “Temos observado, dentro desse processo de integração, de um esforço coordenado entre todas as instituições de segurança pública, uma capacidade de resposta”, afirmou Leite. Ele ainda garantiu que seguirão trabalhando em busca de reduções “mais expressivas, consistentes e constantes”.

Na contramão, cresce roubo a transporte coletivo

O único índice negativo entre os apresentados foi de roubo a transporte coletivo: subiu de 36 para 57 casos. A Brigada Militar monitora os crimes, especialmente, em duas cidades: Porto Alegre e Rio Grande. 

“Estamos verificando ações de prevenção nas operações que fazemos, as chamadas Operações Ônibus, em que os policiais militares fazem barreiras e revistas aleatórias nas linhas que apresentam a mancha criminal”, detalhou o comandante-geral da BM, coronel Cláudio dos Santos Feoli. Ele ainda afirmou que há integração de dados sobre criminosos com a Polícia Civil.

Homicídios

Nos casos de homicídio, as autoridades afirmaram que os casos têm ligação direta com facções. “De cada 10 homicídios, oito têm como motivação o envolvimento de pessoas com o tráfico de drogas ou com o crime organizado”, detalhou o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron. Segundo ele, o dado é semelhante em todo o país. 

Conforme o secretário da Segurança, a maior redução desses crimes foi em Porto Alegre. Caron também afirmou que, aproximadamente, 50% dos homicídios ocorrem em municípios onde atua o programa do governo RS Seguro, sendo a maioria da Região Metropolitana, entre outras regiões (confira a lista de municípios do programa abaixo).

Neste e em outros crimes, o chefe de Polícia do Estado, delegado Fernando Sodré, garante que “grandes operações” estão sendo realizadas para desarticular criminosos efetuando prisões, apreensões de drogas e armas, além de “asfixia financeira”, com investigações de lavagem de dinheiro. “Nestes primeiros 7 meses do ano, ampliamos nossas operações, em relação ao ano passado, em 28%, chegamos a 380”, disse Sodré. 

Outros Crimes

Crimes que não envolvem mortes também registraram queda. Os roubos de veículos reduziram 19,4%, em julho, na comparação com o mesmo mês de 2022, passando de 320 para 258. Em Porto Alegre, a diminuição foi de 4,6%.

Também houve queda no número de crimes contra bancos, com redução de 66,7%. Conforme o governador, em julho de 2015 foram registrados 27 casos, enquanto neste ano o mesmo mês teve uma única ocorrência do tipo. Nos casos de abigeato julho de 2023 teve queda de 26,3% em comparação com julho de 2022.

Atuação policial

O governador comentou, na ocasião, outros temas, como as câmeras corporais nos policiais militares. Ele entende o projeto como um piloto, que protegeria a sociedade de excessos e policiais de falsas acusações. “Para ninguém interessa na sociedade uma polícia com medo de agir”, pontuou Leite. Conforme a Brigada Militar, o processo de contratação dos equipamentos está em andamento, mas ainda sem prazo para finalização. 

Sobre as recentes manifestações de policiais, o governador afirmou que respeita, mas que, por questões orçamentárias, não vai haver reajuste no momento. “Trabalhamos para que o Estado possa voltar a ter condição, o mais breve possível, de oferecer as devidas recompensas aos servidores”, disse Leite.

Cidade do RS Seguro: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Tramandaí e Viamão, Bento Gonçalves, Cruz Alta, Farroupilha, Ijuí e Lajeado.

Correio do Povo

BC projeta fim do crédito rotativo, com parcelamento fixo a juros de 181% ao ano

 Presidente da autoridade monetária salientou trabalho para encerrar prática que chega a gerar juros de 437%

Campos Neto falou para senadores nesta quinta-feira 

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou a senadores, nesta quinta-feira, que o crédito rotativo no cartão deve ser extinto. Segundo ele, o grupo de trabalho formado por BC, Ministério da Fazenda e bancos para analisar o tema deve apresentar nos próximos 90 dias uma solução no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN). "A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito possa ir direto para o parcelamento (mensal), e seja uma taxa ao redor de 9% (de juro mensal, equivalente a 181% em 12 meses)", afirmou ele, durante audiência pública no plenário do Senado.

O rotativo é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. O exemplo mais comum é a quitação do chamado valor mínimo da fatura. O rotativo, porém, passa a valer quando o consumidor paga qualquer quantia que não seja o valor integral. A diferença entre o valor total e o que foi pago de fato se transforma em um empréstimo. Assim, passam a ser cobrados juros sobre o valor que faltou pagar. A taxa média de juros do crédito rotativo cobrada pelos bancos está em torno de 437% ao ano. No mês passado, a inadimplência na modalidade ficou em 49,1%.

No entanto, o entendimento do setor é de que apenas o fim da modalidade, com a dívida sendo automaticamente parcelada com juros mais baixos, não deve ser suficiente para realmente baixar as taxas. Desde 2017, na segunda fatura depois que o consumidor recorre ao rotativo os bancos são obrigados a transferir a dívida para um parcelamento com juros mais baixos. Nessa modalidade, as taxas hoje estão em 196,1% ao ano.

Além do grupo de trabalho, a Câmara também discute os juros do rotativo como parte da Medida Provisória do Desenrola, programa de renegociação de dívidas para quem está com o nome sujo. O relator da MP, deputado Alencar Santana (PT-SP), deve incluir no texto um dispositivo que obrigaria a autorregulação dos bancos sobre os juros do rotativo. Nesse caso, se os bancos não estabelecessem uma norma em 90 dias, seriam obrigados a cobrar no máximo 8% ao mês - o teto das taxas do cheque especial, uma outra modalidade de crédito.

Para aceitar a autorregulação, porém, os bancos querem limitar o parcelamento de compras no cartão em até 12 meses. As instituições dizem que o parcelamento sem juros e a inadimplência implicam cobrança de taxas maiores no cartão de crédito.

Agência Estado e Correio do Povo