quarta-feira, 1 de março de 2023
Equipes suspendem buscas em São Sebastião em razão de novas chuvas
Até o momento, 65 óbitos foram confirmados
As equipes de busca e salvamento do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil paralisaram os trabalhos na tarde de hoje (28) em São Sebastião (SP) em razão de fortes chuvas que voltaram a atingir região. As autoridades procuravam, no período da manhã, um homem desaparecido desde o temporal do último dia 19, no bairro da Vila Baleia Verde.
A Defesa Civil emitiu no fim da tarde de hoje um alerta para chuva forte na região, com possibilidade de novos deslizamentos de terra, válido até a próxima quinta-feira (2). “Há previsão para pancadas de chuvas, acompanhadas por descargas elétricas, fortes rajadas de vento e granizo”, diz o alerta. “Recomenda-se atenção especial às áreas mais vulneráveis, pois pode haver risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a raios, ventos e granizo”.
Segundo o governo do estado, até o momento, 65 óbitos foram confirmados em razão das fortes chuvas na região: 64 em São Sebastião e um em Ubatuba (SP). Foram identificados e liberados para sepultamento 57 corpos: 21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que sete pessoas estão internadas no Hospital Regional do Litoral Norte (HRLN), em Caraguatatuba (SP). O estado de saúde delas é estável. Outros 16 pacientes já receberam alta hospitalar e cinco foram transferidos para outras unidades. O governo contabilizada 1.090 desalojados e 1.126 desabrigados na região.
A Rodovia Mogi-Bertioga (SP-098) segue totalmente interditada em razão do rompimento de tubulação, na altura do quilômetro 82, em Biritiba Mirim (SP). As obras emergenciais foram iniciadas no último dia 21, com previsão de liberação do trânsito em dois meses e conclusão em até seis meses. No km 174 da Rio-Santos (SP-055), a via está sujeita a interrupções temporárias, de acordo com a condição climática.
Agência Brasil
Indústria de máquinas têm queda de 6,4% na receita no início do ano
Apesar da queda, setor manteve contratações em janeiro
Em janeiro de 2023, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou queda de 6,4% na receita líquida de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, com R$ 20,25 bilhões de venda. Esta é a oitava queda consecutiva, segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A queda está relacionada ao recuo na capacidade instalada do setor. No mês passado, as indústrias operaram com 75,5% da capacidade. Conforme os dados, houve uma queda de 2% na capacidade instalada em relação a janeiro do ano passado. "A piora observada nas atividades da indústria de forma geral e no setor agrícola levou a contração nos investimentos em máquinas e equipamentos nos últimos meses. Esse movimento continuou no início deste ano", afirma a entidade.
“Com isso, o ano de 2023 inicia-se com o pior desempenho dos últimos três anos, reforçando a percepção de desaceleração do setor”, diz. Para a Abimaq, o desempenho do setor este ano irá depender da economia nacional, da quantidade de crédito disponível e do custo aos produtores.
Emprego
Mesmo com a queda no faturamento, a associação informa que o setor manteve os processos de contratação em janeiro. O quadro de pessoal cresceu 0,7% quando comparado ao número de trabalhadores de dezembro de 2022. A alta representa mais de 390 mil pessoas empregadas na indústria de máquinas e equipamentos.
Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, as vagas abertas foram de aproximadamente 5 mil.
Exportações
Neste início do ano, foi registrada alta das exportações de todos os tipos de máquinas no comparativo interanual, com mais de US$ 1 bilhão em vendas. O destaque é para maquinário de logística e construção civil, que teve crescimento de 59,9% no período. Este setor correspondeu a 32,6% do total das exportações no período.
Já as importações apresentaram queda de 4,1% em relação ao mês anterior. No entanto, houve alta de 15,5% na comparação com janeiro. “O patamar das importações voltou ao nível observado em período anterior à crise financeira iniciada em 2015, cerca de US$ 2 bilhões”, diz nota da Abimaq.
Agência Brasil