quarta-feira, 6 de abril de 2022

Preço das passagens aéreas no Brasil já subiu mais de 50% em 2022 e deve seguir em alta

 


Os preços das passagens de avião no Brasil aumentaram em março e devem seguir em alta este mês. A subida do preço do petróleo em meio à guerra da Ucrânia está afetando um dos principais insumos das aéreas, o querosene de aviação.

Levantamentos realizados pelas plataformas Kayak e Decolar, tendo como base as tarifas médias praticadas no mês passado, mostram subidas acentuadas nas rotas de alta demanda, especialmente no mercado doméstico.

Na comparação com fevereiro, um levantamento da plataforma Decolar que leva em conta as rotas que têm origem nos aeroportos de São Paulo (Congonhas e Guarulhos) mostra aumentos entre 16% e 40%.

O bilhete de São Paulo ao Rio de Janeiro, por exemplo, custava ao passageiro R$ 504,19 em média em fevereiro e passou a R$ 598,99 no mês passado, uma alta de 19%. Para Recife, passou de R$ 559,82 para R$ 783,57, alta de 40%.

No levantamento da Kayak, que considera a média das passagens de diferentes origens, a alta é ainda maior. Na comparação com o mês de janeiro, os preços de passagens para São Paulo e Rio de Janeiro partindo de diferentes locais subiram 49% e 47% no período, respectivamente. O preço médio de um bilhete a São Paulo em março foi de R$ 1.021 e ao Rio, R$ 1.037.

Os dez destinos nacionais com maior demanda tiveram aumentos de preço superior a 30% na comparação entre janeiro e março. A lista inclui Recife, Salvador, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Brasília, Natal e Florianópolis. A subida mais acentuada foi a da capital catarinense, de 51%.

No caso das passagens internacionais, os reajustes de fevereiro a março têm sido menores, segundo as pesquisas das duas plataformas.

De acordo com o Kayak, o preço médio aumentou 13% a Lisboa e caiu 4% a Buenos Aires no período. São os dois destinos mais buscados por brasileiros no momento.

Dólar mais barato

Já o Decolar observou a mesma queda de 4% na passagem de São Paulo a Buenos Aires, para onde o brasileiro poderia viajar, em média, por R$ 1.310 em fevereiro e por R$ 1.260 em março. Os bilhetes de São Paulo a Milão, outro destino muito procurado por brasileiros na plataforma, passaram de R$ 3.288 a R$ 3.511 no mesmo período, subida de 7%.

A diretora de voos da Decolar, Daniela Araújo, afirma que a demanda doméstica mais aquecida ajuda a explicar a diferença entre os reajustes da aviação regional e da internacional.

“O aumento dos preços e combustível de aviação conta muito nessa alta, mas na aviação doméstica há ainda a demanda que estava aquecida nos últimos meses, diferentemente do cenário da aviação internacional, cuja demanda tem crescido mais nas últimas semanas com a flexibilização de algumas barreiras sanitárias, especialmente na Europa”, afirma a executiva.

Daniela destaca ainda a queda do dólar nas últimas semanas, que ficou na menor cotação em dois anos. A valorização do real ajuda a mitigar em parte a alta do combustível e pode ser um estímulo também para viagens ao exterior.

Para André Castellini, sócio da consultoria Bain&Company, as margens das companhias aéreas são apertadas, e as empresas já têm operado no prejuízo, mesmo com o aquecimento recente:

“Elas não têm espaço para segurar aumentos de custo ao consumidor, houve queda na demanda por passagens, principalmente no Brasil. As empresas são obrigadas a cortar voos, o que atrasa a retomada completa do setor.”

O especialista lembra que o preço do barril de petróleo já vinha subindo antes da guerra na Ucrânia, o que fez o querosene de aviação quase dobrar de preço em 2021. Agora, com o conflito, o preço do combustível voltou a subir.

Recuperação adiada

A situação atual fez com que a consultoria reajustasse para baixo suas previsões de retomada para a aviação doméstica brasileira.

“Prevemos que, em julho, a demanda esteja em 90% do que era antes da pandemia, mas revisamos a estimativa para dezembro, que estava entre 100% e 105%, para 95%. O impacto vai ser maior na baixa temporada”, diz o executivo.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio do litro de querosene de aviação subiu 15,7% de janeiro a março. O combustível responde no geral por cerca de 35% dos custos das companhias aéreas. Na última sexta-feira (1º), o preço do combustível foi reajustado em 18%.

O Sul

Governador gaúcho diz que a retomada de voo direto para Europa é abertura do Rio Grande do Sul para o mundo

 


A retomada do voo direto entre Porto Alegre e Lisboa foi tratada, nesta segunda-feira (04), em reunião entre o governador Ranolfo Vieira Júnior e a CEO da Tap Air Portugal, Christine Ourmières-Widener. Em 29 de março, a companhia aérea voltou a fazer a rota, suspensa há dois anos em razão da pandemia de coronoavírus. A ligação direta foi iniciada em junho de 2011.

O governador Ranolfo destacou que a iniciativa da Tap é a abertura do Rio Grande do Sul para o mundo. “Nós, que retomamos o equilíbrio fiscal e realizamos uma série de investimentos no Estado, louvamos esta importante decisão para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul”, acrescenta.

Para o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin “é muito importante essa retomada encurtando distâncias e na busca de novos investidores para o Estado”. As frequências são terças, quintas e sábados.

“Neste momento, são três voos semanais, mas, se houver demanda, não está descartado o aumento deste número”, afirmou a executiva da companhia aérea. Ranolfo destacou que o Rio Grande do Sul tem potencial para ampliar a frequência. O governador lembrou o avanço que o Estado registra na aviação regional. São 12 municípios com ligação aérea para a capital gaúcha ou São Paulo.

O encontro também contou com a presença do diretor de promoção comercial e assuntos internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Leonardo Neves; e do líder do governo da Assembleia Legislativa, Frederico Antunes. No final da reunião, os executivos da TAP conheceram o histórico Palácio Piratini.

No total, são 11 as cidades do Brasil que a TAP liga diretamente à Europa. O voo Lisboa–Porto Alegre é o segundo mais longo operado pela TAP, apenas depois de San Francisco (EUA).

O Sul

Em evento com militares, Bolsonaro diz que tropas podem fazer o País “rumar para a normalidade”

 


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa terça-feira (5) que “em última análise” as Forças Armadas poderão fazer o País “rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”. O presidente afirmou que dos 23 ministros que fazem parte do governo, o da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, é o que “mais se destaca” por ter “a tropa em suas mãos”.

“Tenho 23 ministros. Todos são importantes, mas um se destaca. É o da Defesa. Porque tem a tropa em suas mãos. É o que, em última análise, poderá fazer o país rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”, disse, em cerimônia de cumprimento a oficiais-generais promovidos, no Palácio do Planalto.

Bolsonaro repetiu que se a pátria voltar a chamar os militares, as Forças Armadas farão “tudo”, “até mesmo em sacrifício da própria vida”. O presidente ainda disse que os militares sempre agiram “ao lado da legalidade”.

“Deveres, garantias e responsabilidades, nós sempre estivemos ao lado da legalidade. E tenha certeza. Se a pátria um dia voltar a nos chamar, por ela tudo faremos, até mesmo em sacrifício da própria vida”, disse.

Na semana passada, quando foram comemorados 58 anos do golpe militar de 1964, o ministério da Defesa disse que o golpe é um “marco histórico da evolução política brasileira” e que “respondeu aos anseios” da sociedade à época.

Na mesma data, Bolsonaro defendeu a ditadura militar e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que algumas pessoas não atrapalhem, coloquem suas togas e parem de “encher o saco”.

No evento com militares nessa terça, Bolsonaro mencionou novamente “alguns poucos que podem muito, mas não podem tudo” para falar dos problemas internos enfrentados no Brasil e dos “açoites diários” para, segundo ele, defender interesses pessoais. O presidente não deu detalhes, mas costuma se referir aos ministros do STF como autoridades que extrapolam o poder.

Nas redes sociais, os ataques ao Supremo, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aos seus ministros voltaram a ganhar fôlego entre perfis bolsonaristas. No YouTube e no Instagram, as menções às instituições e aos magistrados superam as referências ao principal rival do presidente na disputa eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e as citações aos demais pré-candidatos.

Na última sexta (1º), o presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que a Justiça Eleitoral está sob ataque e a democracia ameaçada. Sem citar nomes, o ministro declarou que não vai “aguçar o circo de narrativas conspiratórias das redes sociais”, numa referência às acusações de fraudes, sem provas, envolvendo o sistema eletrônico de votação usado no Brasil. Também defendeu “dissipar o flerte com o retrocesso”, assegurando a prevalência da institucionalidade sobre “a ordem de coisas inconstitucional”.

“Temos à nossa frente um período turbulento. Espero que, com serenidade e sabedoria, encontremos soluções e superemos desafios. A Justiça Eleitoral está sob ataque. A democracia está ameaçada. A sociedade constitucional está em alerta. Impende, no cumprimento dos deveres inerentes à legalidade constitucional, defender a Justiça Eleitoral, a democracia e o processo eleitoral”, disse Fachin em encontro com os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do Nordeste.

Corrupção

Em meio às suspeitas de corrupção no Ministério da Educação, Bolsonaro voltou a dizer que “o vírus da corrupção” está “praticamente vencido”. Nessa terça, prefeitos relataram à Comissão de Educação no Senado os pedidos de propina feitos por dois pastores para facilitar o acesso à recursos da pasta.

“Aqui é um mesclado de civis e militares que se entendem, que interagem, que tem amor à sua pátria, e quer o melhor do seu país. E essa interação se vê, inclusive, no combate a um vírus, um dos mais mortais que se teve notícia ao longo de décadas no nosso país, o vírus da corrupção. Praticamente vencido. Tenho dito, se um dia aparecer alguma coisa vamos atrás.”

O Sul

Luna Play Plus Fuchsia Foreo - Escova de Limpeza Facial

 


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“É um crime o que o Google faz no Brasil hoje”, diz o deputado do Projeto de Lei das Fake News

 


Relator do projeto das Fake News, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) acusa plataformas digitais de abuso de poder econômico para interferir no debate público sobre a proposta, que institui uma regulamentação do setor. As críticas mais contundentes são direcionadas ao Google, que, segundo o parlamentar, resiste a remunerar conteúdo jornalístico como forma de combate à desinformação.

1-O senhor continua trabalhando para votar o projeto nesta semana?

Não tenho prazo para votar, mas para concluir o meu trabalho. O que está programado é conversar com o presidente (da Câmara) Arthur Lira, para pactuar qual é o caminho.

2-O governo sempre se colocou contra a moderação de conteúdo feita pelas plataformas. É possível que haja modificação neste sentido?

Concordo que as plataformas digitais não podem se converter em censores privados. Ao mesmo tempo, impedir que elas façam moderação seria como colocar uma mordaça. Isso não é democrático. É uma obrigação fazer a moderação. Agora, para essa moderação de conteúdo, que ocorre quando ela retira uma publicação, rotula uma postagem, diminui o alcance, é necessário que haja um devido processo.

3-O trecho que estende a imunidade parlamentar ao uso das plataformas não pode provocar insegurança jurídica para a moderação das redes?

O que o texto faz é reproduzir o que está escrito no artigo 53 da Constituição. A imunidade parlamentar não é escudo para crime nem criminoso. Tanto é assim que há parlamentares que estão sendo processados. Estou seguro de que não há nenhum risco de blindagem de político, mas, até a última hora, vou procurar a melhor redação para que não pairem dúvidas quanto ao que está pretendido ali, que é a defesa da liberdade de expressão, de opinião e de votos parlamentares.

4-O senhor pretende fazer mais ajustes?

Estou satisfeito com o texto. Agora, o debate está se dando. Muitas sugestões têm chegado até mim. Isso vai depender da posição do presidente Arthur Lira sobre como conduzir o tema. Se o comando for para aprofundar, fazer ajustes, em itens indicados ou sugeridos pelos líderes, nós o faremos. Mas, na minha percepção, chegamos num ponto adequado para votar o texto.

5-O texto passou a exigir uma representação jurídica das plataformas? O que muda?

O texto do Senado falava em ter sedes no Brasil. Considerei um pouco demasiado e que poderíamos ter uma representação no Brasil. Foi a posição em dezembro. De lá pra cá, na consulta às bancadas, houve o questionamento de que uma mera representação, sem que tivesse capacidade técnica, jurídica e econômica de responder demandas, seja do Poder Executivo, seja do Judiciário, poderia ser uma representação esvaziada.

6-A alteração no artigo 7º do projeto partiu da crítica das redes? Como o senhor vê as campanhas contra o projeto?

No caso do artigo 7º, a crítica era que nós poderíamos inviabilizar a publicidade de pequenos negócios. O meu ponto é proteger a privacidade dos usuários. Portanto, os dados pessoais que são coletados pelas plataformas precisam ser compartilhados para serviço de terceiros segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Com essa redação, pelo que entendi, as plataformas estão de acordo. Agora, o que nós vimos no Brasil, sobretudo a partir de empresas como a Meta (Facebook e Instagram) e Alphabet (Google e YouTube), foi o abuso do poder econômico. Elas usaram da força econômica que têm para tentar interferir no debate público. É por essas e outras que defendo que o conteúdo jornalístico tem que ser remunerado.

O Sul