segunda-feira, 4 de abril de 2022

Ucrânia denuncia ataque russo contra hospital, com um morto e três feridos

 Bombardeio na cidade de Rubishne aconteceu neste domingo (3)



Uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um bombardeio russo neste domingo (3) contra um hospital em Rubishne, no leste da Ucrânia, segundo informou o governador regional, Serguei Gaïdaï.

"Um morteiro inimigo atingiu o hospital de Rubishne", escreveu no Telegram, postando uma foto de socorristas entre os escombros.

Acompanhe o avanço das tropas russas na Ucrânia a cada dia

Esta cidade localizada perto de Lugansk, na região do Donbas, já foi alvo de inúmeros bombardeios desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

As autoridades ucranianas estimaram no sábado que as tropas russas estão se retirando do norte da Ucrânia para reforçar sua presença no leste e sul do país.

O exército russo, por sua vez, anunciou recentemente que concentraria sua ofensiva no Donbas, no leste.

AFP e Correio do Povo

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Governo procura nome para chefiar Conselho da Petrobras após desistência de Landim

 Presidente do Flamengo quer focar no time de futebol. Substituto, ainda indefinido, será referendado em assembleia em 13 de abril



Após a desistência de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras, o Ministério de Minas e Energia procura por um novo nome que possa ocupar o cargo. O substituto, ainda indefinido, será referendado em assembleia no dia 13 de abril.

"Estamos avaliando, com a responsabilidade que a situação requer, um outro nome para à Presidência do Conselho", disse o ministério em nota divulgada neste domingo (3).

presidente do Flamengo agradeceu em carta encaminhada ao ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) a indicação ao posto, mas rejeitou a oferta, argumentando que dedicará tempo e esforço ao time de futebol.

"Seria para mim um grande orgulho poder voltar a contribuir para essa tão importante companhia, em especial pela relação que construí durante os mais de 26 anos em que lá estive trabalhando", disse.

"Como já é de seu conhecimento, fruto de conversas anteriores que tivemos, o meu compromisso com o Flamengo se tornou minha prioridade de vida profissional a partir do momento que os sócios e torcedores do clube depositaram em mim a sua confiança ao me eleger", completou.

Landim destaca que, caso fosse conduzido à presidência do Conselho da Petrobras, não conseguiria exercer ambas as funções com a excelência desejada e à altura que a estatal e o time de futebol merecem.

A indicação de Landim havia sido feita após a saída do presidente do grupo, almirante Eduardo Bacellar Leal, que deixou a empresa no início do mês de março alegando motivos pessoais.

A estatal também sofreu outra baixa, desta vez na presidência. O presidente Jair Bolsonaro demitiu o então presidente, general Joaquim Silva e Luna, por estar insatisfeito com a política de preços da estatal. O governo indicou, então, o economista Adriano Pires, especialista em óleo e gás, para o posto.

A forma usada pela Petrobras é a PPI (Polícia de Paridade Internacional), que faz com que os preços da gasolina, do etanol e do óleo diesel acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a do dólar.

R7 e Correio do Povo

Quadrilha ataca hipermercado e leva eletrodomésticos e celulares em Porto Alegre

 Criminosos utilizaram três carros, renderam os guardas do complexo e ameaçaram funcionários com o emprego de armas de fogo


Seis criminosos roubaram, na manhã deste domingo (3), um supermercado, localizado na avenida Plinio Brasil Milano, na zona Norte de Porto Alegre. Conforme a Polícia Civil, foram levados eletrodomésticos e aparelhos celulares, e o prejuízo pode chegar a R$ 100 mil.

Segundo o registro da ocorrência, os criminosos utilizaram três carros, renderam os guardas do complexo e ameaçaram funcionários com o emprego de armas de fogo. Ninguém ficou ferido.

A Polícia identificou as placas dos veículos utilizados no crime, mas o delegado Alexandre Vieira, que vai investigar o caso, reconhece que, provavelmente, sejam “frias”. A 9ª Delegacia de Polícia abriu inquérito sobre o ocorrido.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

Ucrânia e países ocidentais acusam a Rússia de crimes de guerra após massacres de civis

 Presidente ucraniano cobrou responsabilização do governo russo por massacre



Os países ocidentais e a Ucrânia acusaram, neste domingo, as tropas russas de crimes de guerra depois que valas comuns contendo centenas de corpos foram descobertas em cidades perto de Kiev, retomadas pelas forças ucranianas. A Ucrânia, que neste fim de semana recuperou o controle de toda a região de Kiev, acusou Moscou de um "massacre deliberado" na cidade de Bucha, 30 quilômetros a noroeste da capital. Seu presidente, Volodymyr Zelensky, chegou a acusar a Rússia de cometer "genocídio" de civis em seu país e responsabilizou as autoridades russas.

"Quero que todos os líderes da Federação Russa vejam como suas ordens estão sendo executadas. Esse tipo de ordem. Esse tipo de cumprimento. E há uma responsabilidade comum. Por esses assassinatos, pelas torturas, pelos braços arrancados nas explosões, pelos tiros na nuca", denunciou Zelensky.

Neste domingo, as equipes de resgate encontraram 75 corpos em uma vala comum em Bucha. Os corpos de 410 civis também foram encontrados em outros territórios perto de Kiev, retomados pelas tropas ucranianas, segundo informou a procuradora-geral ucraniana, Iryna Venediktova.

No dia anterior, jornalistas da AFP viram cerca de 20 corpos espalhados em uma rua em Bucha e o prefeito da cidade, Anatoly Fedoruk, informou que 280 cadáveres foram enterrados em valas comuns. As imagens correram o mundo e desencadearam uma série de condenações internacionais, bem como os pedidos para endurecer as sanções contra Moscou.

"Inaceitáveis"

"Estou profundamente chocado com as imagens de civis assassinados em Bucha, na Ucrânia", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Segundo a organização internacional, que pede uma investigação independente e preservação de provas, a descoberta de valas comuns levanta sérias questões sobre possíveis crimes de guerra. No entanto, também disse que não pode ser descartado que os corpos incluíssem os de "soldados ucranianos ou russos mortos durante as hostilidades".

Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália e União Europeia (UE) expressaram seu horror e pediram que os responsáveis sejam levados perante o tribunal internacional de Haia.

O TPI já abriu recentemente uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Ucrânia, com alguns líderes ocidentais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamando o presidente russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra".

Os Estados Unidos e a Otan também se mostraram horrorizados e alertaram que a retirada das tropas russas não implicava o fim da violência. Os assassinatos de civis em Bucha são "horríveis" e "inaceitáveis", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, chamou-os de "um soco no estômago".

A Rússia, por outro lado, rejeitou as acusações e alegou que as imagens de civis assassinados eram fabricação ucraniana. "Durante o tempo em que esta cidade esteve sob o controle das forças armadas russas, nenhum morador local sofreu ações violentas", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.

Os países ocidentais pedem sanções mais duras contra Moscou. "Mais sanções e ajuda da UE estão a caminho", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, neste domingo.

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Bombardeio contra hospital

A guerra na Ucrânia deixou, até agora, cerca de 20.000 mortos, segundo as autoridades ucranianas.

De acordo com a ONU, mais de 4 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão e, no total, há mais de 10 milhões de pessoas deslocadas.

E embora mais de 500.000 pessoas tenham retornado ao país desde o início do conflito, de acordo com o Ministério do Interior ucraniano, as forças russas continuam bombardeando cidades no sul e leste.

"O que vemos não é uma retirada. A Rússia está apenas reposicionando suas tropas", declarou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

Em Rubishne, uma cidade perto de Lugansk, no leste da Ucrânia, uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um bombardeio russo contra um hospital, informou o governador Serguei Gaïdaï.

Mais ao sul, em Mykolaiv, um bombardeio russo deixou uma pessoa morta e 14 feridos, segundo o governador da região, Vitaliy Kim. Localizada na estrada para Odessa, principal porto da Ucrânia no Mar Negro, Mykolaiv tem sido alvo de ataques russos nas últimas semanas.

Explosões também foram ouvidas em Odessa no início da manhã, segundo jornalistas da AFP. Os ataques não fizeram vítimas, de acordo com um oficial do comando regional do Sul, Vladislav Nazarov.

A Rússia informou a destruição de uma refinaria e de depósitos de combustível. As instalações forneciam combustível para as forças ucranianas em direção a Mykolaiv, disse o Ministério da Defesa russo.

Odessa é considerada estratégica por seu grande porto que permite o acesso ao Mar Negro e ao resto da Ucrânia.

Os esforços russos para consolidar seu controle no sul e no leste da Ucrânia até agora foram prejudicados pela resistência em Mariupol, apesar de semanas de ataques devastadores.

Pelo menos 5.000 pessoas morreram no cerco desta cidade portuária no sul do país, segundo as autoridades locais, enquanto as 160.000 que permanecem sofrem com a falta de alimentos, água e eletricidade.

Negociações de paz

Os ataques deste domingo (3) acontecem quando o principal enviado humanitário da ONU, Martin Griffiths, busca neste domingo em Moscou um cessar-fogo nos combates.

O chefe dos negociadores russos nas negociações de paz com a Ucrânia, Vladimir Medinski, elogiou neste domingo (3) uma posição "mais realista" de Kiev, disposta sob condições a aceitar um status de neutralidade, como exige Moscou. Medinski observou que um projeto de acordo adequado ainda não está pronto para ser apresentado aos presidentes de ambos os países.

O governo ucraniano propõe a neutralidade da Ucrânia e renuncia à adesão à Otan, mas com a condição de que sua segurança seja garantida por outros países contra a Rússia. Também propõe negociações para resolver o status do Donbas ucraniano e da Crimeia.

AFP e Correio do Povo