domingo, 3 de abril de 2022

Gasolina atinge em março o maior preço em dois anos

 


O preço médio da gasolina nos postos do Brasil atingiu o maior valor em dois anos, fechando o mês de março em 7,288 reais por litro, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.

Em relação a março de 2020, quando o preço médio era de 4,598 reais, o combustível acumula alta de 58,5%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 27,26%. Já na comparação mensal com fevereiro deste ano, houve aumento de 5,94%.

A Petrobras, que responde pela maior parte do abastecimento do Brasil, anunciou no mês passado um reajuste de quase 19% para a gasolina, na esteira dos ganhos nas cotações no mercado internacional devido à guerra na Ucrânia.

Os dados da ValeCard mostram que nenhum Estado registrou queda no valor do combustível em março. Entre os Estados que registraram as maiores altas, estão Piauí (12,68%), Rio Grande do Norte (8,86%) e Paraná (8,70%).

Já o etanol registrou uma alta de 2,51% em março ante fevereiro, chegando a 4,852 reais por litro, em média. O biocombustível se mostrou mais vantajoso que a gasolina nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

O método utilizado na análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.

A ValeCard monitora os preços de combustíveis por meio das transações realizadas com seu cartão de abastecimento em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados.

Queda semanal

O preço médio do litro da gasolina recuou 0,11% nos postos do País nesta semana, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).O litro do combustível foi de R$ 7,210 para R$ 7,202. O preço máximo da gasolina foi de R$ 8,499 em Frutal, Minas Gerais.

O preço do diesel, por outro lado, passou de R$ 6,564 a R$ 6,593 nesta semana, de acordo com a pesquisa semanal da ANP. A alta foi de 0,44%. O valor máximo do diesel foi de R$ 7,979 em Brasília (DF).

O preço médio do litro do etanol também subiu devido à alta demanda do consumidor: foi de R$ 4,952 para R$ 4,990 essa semana, um aumento de 0,76%.

O valor do gás de cozinha de 13 kg, por sua vez, se manteve estável: passou de R$ 113,24 para R$ 113,63.

Política de preços

O mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores. Sem consenso para a análise, o Senado adiou, pela terceira vez, a votação de dois projetos com o objetivo de conter a alta de preços dos combustíveis.

Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

O presidente Jair Bolsonaro, mirando a campanha à reeleição, tem indicado, porém, que não deve deixar a estatal brasileira repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços do mercado interno. Ele disse que a paridade da empresa com os preços internacionais “não pode continuar”.

O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 40% no ano, e chegou a alcançar US$ 139.

De acordo com o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, mesmo com o novo reajuste, a defasagem ante a paridade de importação ainda é em torno de 20% (estava em -31,6% em 7 de março) no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras no Brasil e de 19% (estava em -34,1% em 7 de março) no diesel.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou o reajuste como “inadmissível” e “mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras”, uma vez que foi anunciado enquanto estava em votação no Senado Federal projeto de lei para a estabilização dos preços dos combustíveis.

“Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%”, afirmou, em nota, a FUP.

O Sul 

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A cama box possui placa de espuma blue que auxilia na hora do seu descanso devido a densidade do colchão. E o tecido possui tratamento de higienização que impede a formação e colonização de ácaros, fungos e bactérias. E ele conta com o selo verde que garante a procedência da madeira.

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Em seu primeiro ato oficial como governador gaúcho, Ranolfo Vieira Júnior lança programa de incentivo ao emprego

 


No primeiro ato oficial de Ranolfo Vieira Júnior como novo governador gaúcho, foi lançado nesta sexta-feira (1ª) o programa estadual “Avançar no Trabalho, Emprego e Renda”, prevendo investimento de R$ 24,4 milhões em iniciativas de formação e qualificação profissional, estímulo ao empreendedorismo e à geração de empregos.

Os detalhes foram apresentados em cerimônia no Palácio Piratini. Para políticas de formação e qualificação serão destinados R$ 8 milhões, sendo R$ 2 milhões para ações de empregabilidade no comércio e serviços/inovação e R$ 6 milhões aos núcleos de inovação para o trabalho, que devem beneficiar 3 mil estudantes e trabalhadores por ano.

Em sua manifestação, o chefe do Executivo destacou as políticas de acesso ao trabalho como essenciais para a promoção da dignidade. Também definiu esse política como decisiva para a retomada econômica do Rio Grande do Sul:

“É um anúncio fundamental para o desenvolvimento do Estado, oferecendo qualificação a quem busca colocação no mercado de trabalho, bem como apoio aos pequenos empreendedores que precisam de sustentabilidade aos seus negócios para gerar empregos. Já chegamos aos R$ 6,3 bilhões em investimentos destinados a todas as áreas no programa ‘Avançar’”.

Empregabilidade no comércio e serviços

– Capacitação profissional, por intermédio do Senac, para atender as demandas socioeducacionais de formação e de qualificação profissional, possibilitando tanto atualização como aperfeiçoamento profissional.

– Cursos de curta e média duração para 900 a 1.000 trabalhadores de baixa escolaridade, em que grau de instrução não seja pré-requisito para a aprendizagem.

Núcleos de Inovação para o Trabalho

– 31 escolas receberão os investimentos iniciais de modernização e disponibilizarão capacitações e qualificações nas seguintes áreas: eletrotécnica, eletromecânica, metalmecânica, informática, edificações, agroindústria, agronegócio e administração de empresas.

– Parceria com Secretaria da Educação e a Superintendência do Ensino Profissionalizante (Suepro) para modernizar as estruturas e metodologias de ensino utilizadas pelas escolas vinculadas.

– Para as ações de gestão de negócios, serão investidos R$ 15,1 milhões para incentivar modelos de gestão sustentável que gerem renda e emprego. Serão R$ 15 milhões para qualificação da gestão e assessoramento de micro e pequenas empresas e R$ 100 mil para inovação e inteligência.

Assessoramento a pequenas empresas

– Atendimento inicial de, pelo menos, 100 mil empresas.

– Atendimento individual on-line com especialistas, para auxiliar, no mínimo, 10 mil empresas.

– Consultoria individual avançada on-line, com carga horária de 13 a 17 horas, para 1.300 empresas.

Inovação e inteligência

– ERP (software) disponibilizado gratuitamente para desburocratizar as rotinas das empresas administradas por micro e pequenos empreendedores, integrando e realizando as ações de compras, estoque, comercial, fiscal, financeira e de produção.

– Possibilidade de acesso ao crédito com cartas de garantias do RS Garanti e linhas disponibilizadas pelos parceiros financeiros do RS TER.

– Mapeamento de parceiros comerciais, por meio da análise do sistema de inteligência artificial que o ERP tem.

– Na área de empregabilidade, serão investidos R$ 1,3 milhão no Serviço de Atendimento ao Trabalho Autônomo e R$ 40 mil para o desenvolvimento do Portal do Artesanato Gaúcho.

Trabalho Autônomo

– Aproximar prestadores de serviço e cidadãos que necessitem de prestação de serviços, na procura e ou oferta de mão de obra qualificada.

– Plataforma com recursos de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência e um sistema responsivo para utilização em computadores, tablets e smartphones.

– Entre 100 mil e 200 mil trabalhadores autônomos beneficiados diretamente.

Artesanato gaúcho

– Desenvolvimento, em parceria com a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), de um portal na internet para dar maior visibilidade aos profissionais vinculados ao Programa Gaúcho de Artesanato, oportunizando divulgação de seus trabalhos de forma mais abrangente e facilitando o acesso a iniciativas de qualificação e compartilhamento de informações quanto ao desenvolvimento do artesanato gaúcho. Público-alvo: cerca de 60 mil artesãos.

O Sul

Rio Grande do Sul tem superávit orçamentário de 2 bilhões e meio de reais no primeiro bimestre

 


O primeiro bimestre de 2022 mantém a tendência que foi registrada durante o exercício de 2021, quando as contas públicas gaúchas tiveram resultado positivo. É o que aponta o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) do 1º bimestre de 2022, elaborado pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), demonstrando superávit orçamentário de R$ 2,5 bilhões, acima do resultado do mesmo período de 2021 (positivo em R$ 785 milhões).

O governo atribui o resultado ao controle de despesas e ao que chamou de “medidas de modernização da receita executadas desde o início da gestão”, como a privatização da Sulgás (R$ 955,2 milhões), cuja transferência do controle ocorreu em janeiro deste ano, e o crescimento da Receita Tributária do Estado em R$ 435 milhões (deduzidos os recursos dos municípios e Fundeb).

O resultado primário, indicador que evidencia o impacto da política fiscal nas contas públicas (exclui as receitas e despesas financeiras), também apresentou resultado positivo de R$ 1,1 bilhão, 10% acima do R$ 1 bilhão apurado em 2021.

Regularização de dívidas com a União

No final de fevereiro, foram celebrados dois novos contratos de refinanciamento de dívidas com a União, autorizados pelas leis complementares estaduais 15.138/2018 e 15.720/2021. Com isso, o Estado avançou no processo de regularização das respectivas pendências judiciais, tendo protocolado no dia 25 de fevereiro petição de desistência das ações de suspensão dos pagamentos da dívida, o que, associado às reformas estruturais e ao ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), viabilizará a retomada gradual e sustentável do pagamento da dívida com a União.

O efeito prático foi o cancelamento de Restos a Pagar (de 2017 a 2021) e de Empenhos do exercício de 2022 no montante total de R$ 14,8 bilhões, referente às parcelas de julho de 2017 a janeiro de 2022, cujo pagamento estava suspenso por conta da liminar concedida pelo STF. Considerando a parcela de fevereiro de 2022, que não foi efetivamente empenhada, o montante refinanciado foi de R$ 15,1 bilhões.

Dessa forma, se não fossem esses efeitos da adesão ao RRF, as despesas do 1º bimestre de 2022 estariam acrescidas de R$ 600 milhões referentes ao serviço da dívida com a União (amortização e encargos) e o resultado orçamentário seria de R$ 1,9 bilhão, ainda assim R$ 1,1 bilhão acima do apurado no mesmo período em 2021.

O Sul

Sérgio Moro afirma que “não desistiu de nada” e ala do União Brasil ameaça desfiliá-lo do partido

 


Após divulgar nota na qual anunciava que abriria mão, “neste momento”, de sua pré-candidatura à Presidência e se filiaria ao União Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro afirmou nesta sexta-feira (1º), em um pronunciamento à imprensa, que não desistiu “de nada”, mas que não pretende concorrer a deputado federal, como vinha sendo cogitado.

A declaração provocou imediata reação da ala oriunda do DEM no União Brasil. O secretário-geral do partido, ACM Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disseram que vão pedir a desfiliação do ex-juiz caso ele não desista de ser candidato a presidente. “Se ele for se filiar para ser candidato a presidente, vamos pedir a impugnação da filiação dele agora”, afirmou Caiado.

“Eu não desisti de nada, muito pelo contrário, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil”, afirmou Moro à imprensa em um hotel em São Paulo. “Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Não tenho necessidade de foro ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal”, afirmou.

Moro se filiou ao Podemos em novembro do ano passado para ser candidato ao Palácio do Planalto, mas enfrentou dificuldades dentro e fora do partido. Na última quinta (31), filiou-se ao União Brasil, partido que é resultado da fusão do DEM com o PSL. A filiação de Moro foi negociada com a ala oriunda do PSL, como o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, e o deputado Júnior Bozzella, que está à frente da sigla em São Paulo.

O ex-juiz mudou o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo e poderia ser candidato a deputado federal.

No entanto, a ala do partido que era do DEM só aceitou a filiação de Moro com a condição de que ele deixasse de ser presidenciável. A avaliação é que ter o ex-ministro como candidato ao Planalto atrapalharia a eleição para governadores, senadores e deputados. Caiado, em Goiás, e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, na Bahia, são pré-candidatos a governadores e querem deixar o palanque presidencial aberto. Eles temem que a vinculação com Moro prejudique suas futuras candidaturas.

Na Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem muita força. Além disso, Neto tem uma aliança fechada com o PDT, de Ciro Gomes, presidenciável crítico de Moro. Já em Goiás é um Estado ruralista onde o bolsonarismo é muito presente.

Em seu pronunciamento, Moro falou como presidenciável. Defendeu candidatura única da chamada terceira via e pediu “gestos de desprendimento” de Luiz Felipe d’Avila (Novo), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante), e de lideranças partidárias, para “fazer prosperar essa articulação democrática”. Ele atribuiu ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar, os esforços de liderar a união da terceira via.

O Sul