sexta-feira, 1 de abril de 2022

Dólar cai mais uma vez e encerra o 1º trimestre com desvalorização de mais de 14,5%

 


O dólar voltou a perder força no mercado doméstico de câmbio na sessão desta quinta-feira (31), último pregão de março. Nem mesmo a alta da moeda americana lá fora, em dia marcado por baixo apetite ao risco e perdas das bolsas em Nova York, tirou o brilho do real.

Operadores voltaram a relatar fluxo de recursos para ativos domésticos e destacar a busca dos estrangeiros por ganhos com o chamado “carry trade” (operação que explora diferencial de juros entre países). A entrada de capital externo teria levado à desmontagem de posições defensivas no mercado futuro, em meio à disputa pela formação da última taxa Ptax de março, referencial para liquidação de contratos futuros e confecção de balanços corporativos.

A queda do petróleo no mercado internacional para menos de US$ 110, com liberação de parte de reservas estratégicas dos EUA, e dados fracos da atividade industrial na China não abalaram a expectativa de que os preços das commodities sigam em níveis elevados, dado o prolongamento da guerra na Ucrânia.

Há a perspectiva de que os chineses adotem novas medidas de estímulo monetário para evitar uma desaceleração econômica provocada pelos lockdowns para combater a covid. O minério de ferro negociado em Qingdao, na China, subiu 3,2% nesta quinta.

Em queda desde a abertura dos negócios, o dólar registrou mínima no início da tarde, a R$ 4,7228. Passada a formação da Ptax (que encerrou março a R$ 4,7378, com perda 7,81% no mês e de 15,10% ano) e diante da aceleração dos ganhos da moeda americana no exterior, o dólar desacelerou o ritmo de baixa por aqui e voltou a ultrapassar a linha de R$ 4,75.

No fim da sessão, era cotado a R$ 4,7612, em queda de 0,54%, o que levou as perdas em março a 7,65% – a maior desvalorização mensal desde outubro de 2018 (-7,97%). A divisa fechou o primeiro trimestre de 2022 em baixa de 14,61%.

Embora divisas emergentes pares do real, como o rand sul-africano e os pesos chileno, colombiano e mexicano, também tenham se valorizado em relação ao dólar no primeiro trimestre, a moeda brasileira teve de longe a melhor performance, apresentando ganhos de dois dígitos.

“O real tem o melhor desempenho do trimestre. Isso se deve ao aumento dos preços das commodities, mas também a uma recuperação há muito atrasada de uma grande subvalorizacão”, afirma, em postagem no Twitter, o economista-chefe do Instituto Finanças internacionais (IIF), Robin Brooks.

A dobradinha formada por commodities nas alturas e taxa Selic em patamares elevados, com pelo menos mais uma alta de 1 ponto porcentual em maio, para 12,75% ao ano, dá sustentação ao real, afirmam analistas. Mesmo que o Federal Reserve (Fed, o banco Central americano) acelere o ritmo de alta da taxa básica nos EUA em maio, o diferencial de juros continuará ainda elevado no curto prazo.

Também nesta quinta, foi divulgado que o índice de preços de gastos ao consumo (PCE) nos EUA subiu 0,6% em fevereiro, com alta de 0,4% no núcleo, ambos em linha com o esperado. Na comparação anual, o PCE subiu 6,4% e seu núcleo, 5,4%. Segundo monitoramento do CME Group, as apostas em alta de 0,50 ponto porcentual da taxa básica americana em maio estão próximas de 70%.

Para Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, caso o Fed adote uma postura de aumentos mais agressivos da taxa de juros, o dólar pode subir pontualmente no mercado doméstico. Outro ponto de eventual pressão sobre a taxa de câmbio seria o processo eleitoral, já que há sempre um grau de incerteza em torno de um novo governo.

“Devemos ter volatilidade. Mas, passada a eleição, a nossa moeda pode continuar com um comportamento mais benéfico até o fim do ano”, afirma Quartaroli, ressaltando que há um fluxo forte de curto prazo para o Brasil, em meio à explosão dos preços das commodities provocada pela guerra na Ucrânia e ao diferencial de juros elevados.

O Sul

Bolsonaro mantém corte de IPI em 25% e estuda aumentar imposto sobre bancos

 


O presidente Jair Bolsonaro recuou e deve manter por mais 30 dias o corte de 25% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O aumento do corte da alíquota para 33% estava pronto para ser assinado nesta quinta-feira (31), mas por razões políticas o presidente não quis assinar o novo decreto para beneficiar os produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Na direção oposta, para bancar o Refis (programa de parcelamento de dívidas tributárias) dos pequenos negócios, o governo pretende aumentar imposto cobrado sobre os bancos.

A redução da alíquota de IPI de 25% para 33% tinha sido prometida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que está num movimento de aproveitar o aumento forte de arrecadação para cortar tributos.

Em transmissão ao vivo, o presidente já tinha demonstrado irritação com o assunto. Ele criticou o Pros por acionar a Justiça contra o corte no IPI e chamou o relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “prezado ministro”.

“O partido Pros está contra a redução de IPI de automóveis, motocicletas, produtos da linha branca. E está na mão do prezado ministro Alexandre de Moraes se vai mandar arquivar esse meu decreto ou vai dizer que está valendo. Se mandar arquivar – atenção, pessoal -, vai subir IPI de carros, motocicletas, geladeira, fogão”, declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

O Pros foi ao STF por entender que a medida compromete a existência da Zona Franca de Manaus, por reduzir o atrativo tributário na região. Quando o governo promoveu o corte linear de 25% da alíquota do IPI, no final de fevereiro, os produtores instalados no parque industrial da Zona Franca de Manaus criticaram a medida, alegando que perderiam a vantagem competitiva que têm hoje em relação às demais empresas instaladas em outras partes do Brasil. A pressão tinha surtido efeito e o governo estava pronto para fazer a mudança. Agora, deve recuar.

Bancos

Na direção contrária da queda de tributos, o governo avalia aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos para compensar a renúncia tributária com o Refis do Simples que o Congresso aprovou, o presidente vetou e depois os parlamentares derrubaram o veto.

O aumento deve ficar em vigor até o final de 2022. Essa medida já foi cogitada no início do ano antes da sanção da lei, mas o governo optou em vetar o projeto. A Lei de Responsabilidade Fiscal exige medidas de compensação para renúncias. Mas no caso dos Refis, há controvérsia jurídica de que se trata de uma renúncia de tributos.

Em março, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, criticou duramente as tentativas em Brasília de elevar impostos para bancos e afirmou que o setor bancário brasileiro é o que mais paga tributos no mundo. “Mais imposto para banco pode até dar voto, mas é aumento de custo na veia para o tomador de crédito”, afirmou o presidente da Febraban no Ciclo de Diálogos do Mercado Financeiro e de Capitais.

O Sul

Ranolfo Vieira Júnior assume em definitivo o governo do Rio Grande do Sul até o fim do ano

 


O Rio Grande do Sul tem um novo governador até o final de dezembro: Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Ele exercia o cargo de vice do também tucano Eduardo Leite (que renunciou ao mandato para tratar de assuntos relacionados às eleição presidencial) e foi empossado em duas solenidades na tarde desta quinta-feira (31), uma na Assembleia Legislativa e outra no Palácio Piratini.

Ranolfo, que completará 56 anos na próxima quinta-feira (7), continuará acumulando a chefia da Secretaria da Segurança Pública. E embora falte uma confirmação oficial, é provável que ele dispute nas urnas (em outubro/novembro) um segundo mandato à frente do Executivo gaúcho – em tal hipótese, não há necessidade de se desincompatibilizar.

Em seu discurso de posse, ele garantiu estar preparado para assumir em definitivo o comando do Estado, função que desempenhou esporadicamente como interino durante períodos de afastamento de Eduardo Leite por motivo de viagem ou férias.

“É uma vida, eu me preparei para isso”, frisou. “Não vamos reinventar a roda. Vamos dar prosseguimento a tudo o que foi feito até aqui. Conseguimos o equilíbrio fiscal e vamos seguir nesta linha. Não me inquietam os desafios, que assumo serenamente.”

Na Assembleia Legislativa, o novo governador se dirigiu aos deputados estaduais e outras autoridades. Foram 20 minutos de fala durante a qual ressaltou, dentre outros aspectos, que pelos próximos nove meses manterá a política fiscal da gestão iniciada em 2019.

“Resistência à demagogia, à solução fácil e à irresponsabilidade na gestão, bem como abertura às mudanças para sair da zona de conforto e enfrentar sem medo os problemas”, mencionou como filosofia de trabalho a ser mantida. “Vamos trabalhar para que o Rio Grande do Sul seja ainda mais competitivo no ambiente de negócios e supere impasses.”

Trajetória ligada à segurança pública

Natural de Esteio (Região Metropolitana de Porto Alegre), Ranolfo Vieira Júnior tem 55 anos (18 a mais que Eduardo Leite), é casado com Sônia há 26 anos e pai de Guilherme, Gustavo e Gabriela.

No que se refere à sua trajetória profissional, é bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Sinos (1996), com especialização em Gestão de Segurança Pública – área com a qual mantém forte vínculo.

Ele ingressou no serviço público na década de 1980, tornou-se delegado de Polícia em 1998 (começando por Rio Grande, no Litoral Sul gaúcho) e comandou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por seis anos.

De 2011 a 2014 (durante o governo de Tarso Genro, do PT) exerceu a chefia de Polícia do Rio Grande do Sul – período em que também presidiu o Conselho Nacional da categoria e instituiu o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O currículo inclui, ainda, atividades como professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) por quase 15 anos – atualmente está licenciado – e da Academia da Polícia Civil (Acadepol) por dez anos.

Em Canoas (Região Metropolitana), foi o titular da Secretaria Municipal da Segurança Pública e Cidadania em 2017-2018, até ser convidado para compor a chapa como vice-candidato ao governo do Estado. Ele ainda estava vinculado ao PTB mas migrou para o PSDB em setembro do ano passado.

Futuro de Eduardo Leite

Mais jovem governador em atividade no País até esta quinta-feira e um dos mais novos a exercerem o cargo na história política do Rio Grande do Sul, o pelotense Eduardo Leite tinha apenas 33 anos e 10 meses quando tomou posse, em janeiro de 2019. Ele permaneceu 39 meses na chefia do Executivo.

Sua opção pela renúncia foi motivada pelo plano de concorrer à Presidência da República pelo PSDB. Leite quase trocou o partido pelo PSD para disputar o pleito deste ano, já que os tucanos escolheram (via eleição interna, em novembro passado) João Doria como postulante ao Palácio do Planalto – o governador paulista também abdicou nesta quinta-feira, reiterando intenção de se manter candidato.

“É com pesar, mas também com a convicção de que o faço para poder seguir colaborando com o Rio Grande, que, após profunda reflexão, tomei a difícil decisão de renunciar ao mandato que a população gaúcha me outorgou para governar nosso Estado”, escreveu o gaúcho ao protocolar a sua renúncia na Assembleia Legislativa.


O Sul

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Bolsonaro dá posse a novos ministros; veja quem entra e quem sai

 


Os ministros que deixaram os cargos nesta quinta-feira (31) participaram de cerimônias em Brasília (DF) para transferir os cargos aos seus subordinados.

Ao todo, o governo publicou no “Diário Oficial” dez trocas de ministros. A lei eleitoral exige a saída dos ministros que vão disputar as eleições seis meses antes do pleito. O primeiro turno deste ano está marcado para 2 de outubro.

Entre os ministros que deixaram os cargos nesta quinta estão Walter Souza Braga Netto (Defesa), cotado para ser candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro; Tereza Cristina (Agricultura); Flavia Arruda (Secretaria de Governo); Gilson Machado (Turismo); e Tarcísio Freitas (Infraestrutura).

Mais cedo, nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro organizou um ato de despedida dos ministros e de posse dos substitutos.

No evento, Bolsonaro elogiou ditadores, exaltou feitos da ditadura militar no Brasil e ignorou as mortes e as torturas cometidas pelo regime.

Ele também defendeu o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por participar de atos antidemocráticos e ataques às instituições.

Depois, omitindo a violência do regime, a perseguição a opositores e a cassação de direitos individuais, disse que, na época, todos tinham direito de ir e vir.

Lista de ministros

Ministros que deixaram os cargos:

• Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional
• Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
• Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura
• Marcos Pontes, ministro da Ciência, da Tecnologia e das Inovações
• João Roma, ministro da Cidadania
• Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
• Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e da Previdência
• Gilson Machado, ministro do Turismo
• Flávia Arruda, ministra da Secretaria de Governo

Quem assume os ministérios na gestão Bolsonaro:

• Ministério do Desenvolvimento Regional: Daniel de Oliveira Duarte
• Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: Cristiane Britto
• Ministério da Infraestrutura: Marcelo Sampaio
• Ministério da Ciência, da Tecnologia e das Inovações: Paulo Alvim
• Ministério da Cidadania: Ronaldo Vieira Bento
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Marcos Montes
• Ministério do Trabalho e da Previdência: José Carlos Oliveira
• Ministério do Turismo: Carlos Alberto Gomes de Brito
• Ministério da Secretaria de Governo: Célio Faria Júnior.

O Sul