sábado, 5 de fevereiro de 2022

Assembleia debate ações para enfrentamento dos impactos da estiagem

 Presidente do Legislativo esteve no interior verificando a situação de perto


Com prejuízos que só crescem e a falta de chuvas consideráveis, os danos provocados pela estiagem pelo Estado não param de crescer. Segundo dados mais recentes da Defesa Civil do Estado, são quase 400 municípios que decretaram situação de emergência por causa da falta de chuvas. O alerta é maior porque compromete o desempenho da agricultura, tão importante na economia gaúcha.

Diante desse panorama, nos últimos dias, o presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), esteve conferindo de perto a realidade em propriedades rurais no Interior. Na próxima semana, o Legislativo gaúcho deverá constituir uma Comissão Externa para acompanhar a crise resultante da estiagem e propor ações concretas e imediatas que amenizem os efeitos negativos da forte seca.

Desde que tomou posse, Oliveira ressaltou que o enfrentamento da estiagem era uma das prioridades. Além disso, ele levará ao governador Eduardo Leite (PSDB), na próxima segunda-feira, um relato do que encontrou e das demandas apresentadas por agricultores. A Assembleia também reunirá parlamentares de diferentes siglas para ir a Brasília cobrar apoios do governo federal, além da ampliação da discussão no Senado e na Câmara Federal.

Movimento similar deverá ser feito por federações de trabalhadores na agricultura nos três estados do Sul. A estratégia é buscar ajuda por meio de emendas parlamentares. Nesse momento, todos os esforços são válidos.

Jerônimo Goergen cobra mobilização

O deputado federal Jerônimo Goergen (PP) cobrou, durante entrevista ao programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba, mobilização maior da bancada gaúcha em relação à estiagem. “Temos que dar um socorro”, enfatizou, complementando que essa deve ser a principal prioridade dos parlamentares gaúchos. Goergen afirmou ainda que esse será um ano atípico para ele na Câmara Federal, uma vez que não concorrerá à reeleição.


Correio do Povo

Família de Moïse será incluída em programa municipal de assistência no Rio

 Imigrante foi agredido até a morte após cobrar diárias que estariam atrasadas



A família de Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado ao cobrar diárias atrasadas em quiosque no Rio de Janeiro, será incluída em programas públicos de assistência. A decisão foi tomada pela secretária municipal de Assistência Social do Rio, Laura Carneiro, durante visita à casa da família.

“Desde o primeiro momento a prefeitura se colocou à disposição da família. Eles já estiveram com o prefeito Eduardo Paes e, agora, pediram que viesse para ouvi-los ainda mais e estarão sendo incluídos nos nossos programas socioassistenciais, tanto de transferência de renda, como de acolhimento e acompanhamento da família em vulnerabilidade”, declarou Laura Carneiro.

A secretária conversou com Ivana Lay, mãe de Moïse, e com os irmãos do jovem, Djojo Baraka, 21 anos, e Kevin, 7 anos, no apartamento, de 35 metros quadrados, onde vive a família.

Além da preocupação financeira, já que Moïse ajudava no sustento da casa, existe o temor de que a violência atinja a família, refugiada no Brasil para escapar dos horrores da guerra no Congo.

Inquérito

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) instaurou Inquérito Civil para apurar a morte de Moïse. Segundo informações da família, o jovem de 24 anos foi morto após cobrar duas diárias atrasadas. A investigação do MPT vai analisar a relação trabalhista entre as partes.

A denúncia aponta para o possível trabalho sem o reconhecimento de direitos trabalhistas, podendo configurar, inclusive, trabalho em condições análogas à de escravo, na modalidade trabalho forçado, de xenofobia e de racismo. O inquérito corre em paralelo com as investigações criminais.

Na manhã deste sábado, está marcado um protesto em frente ao quiosque Tropicália, reunindo defensores da causa negra e dos direitos humanos. Estão previstos protestos em outras cidades do Brasil e do exterior.

Agência Brasil e Correio do Povo

Buscas são encerradas e número de mortes por chuva sobe para 34 em São Paulo

 Foi localizada na noite desta sexta-feira a última vítima que estava desaparecida após temporal que atingiu Franco da Rocha



Foi localizada na noite desta sexta-feira a última vítima que estava desaparecida após a chuva que atingiu Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, no último final de semana. Com o encontro do corpo, aumentou para 18 o número de mortos no município e 34 no estado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, após a localização, a corporação encerrou os trabalhos de buscas.

Outras vítimas fatais do deslizamento haviam sido localizadas nas últimas horas. Uma delas foi identificada como Verlenia Rodrigues, de 63 anos. Na quinta, quatro pessoas foram localizadas nos escombros. Entre elas estava o casal Gabriel Souza Cardoso, de 26 anos, e Tamires Aparecida Ferreira Santos, de 31.

Na madrugada de quarta-feira, os corpos dos irmãos gêmeos Lucas e Letícia dos Santos Sampaio, de 16 anos, foram retirados dos escombros próximos de uma casa que acabou desabou durante os trabalhos de busca. Pouco tempo depois, o corpo de José Bonfim Filho, de 82 anos, avô dos gêmeos, também foi localizado.

Segundo informações da Prefeitura de Franco da Rocha, cinco homens, duas mulheres e uma criança já haviam sido retirados dos escombros nos primeiros dias de busca. Outras oito pessoas foram resgatadas com vida e encaminhadas a hospitais da região. Outras cidades bastante afetadas pela chuva foram Várzea Paulista (com cinco mortes) e Francisco Morato (quatro).

R7 e Correio do Povo

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Economia defende zerar imposto só de diesel e tenta barrar nova PEC

 A renúncia fiscal seria de cerca de R$ 19 bilhões e não de mais de R$ 100 bilhões, como prevê nova proposta



A equipe econômica trabalha para barrar o que apelidou de "PEC Kamikaze", uma segunda Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite a redução de impostos sobre combustíveis sem compensações e que, pelas projeções iniciais, tem impacto de mais de R$ 100 bilhões.

Com dois textos sobre o assunto, um no Senado e um na Câmara dos Deputados, o ministro Paulo Guedes e equipe vão insistir na aprovação de um projeto de lei complementar que prevê a redução de tributos apenas para o óleo diesel. Nesse caso, a renúncia fiscal é de cerca de R$ 19 bilhões e haveria uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para prever uma compensação do valor que deixará de ser arrecadado.

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) apresentou nesta sexta-feira, 4, uma nova PEC que permite reduzir impostos sobre combustíveis em 2022 e 2023, sem compensação fiscal. O texto, mais amplo que o do deputado Christino Áureo (PP-RJ), apresentado na quinta-feira, inclui o pagamento de um auxílio-diesel mensal de R$ 1.200 a caminhoneiros autônomos por até dois anos, subsídios ao transporte público e aumento da cobertura do vale-gás a famílias de baixa renda.

Áureo já havia apresentado uma PEC sobre o tema, que, segundo a equipe econômica, representa uma renúncia entre R$ 52 bilhões e R$ 54 bilhões. O número, no entanto, pode chegar a R$ 75 bilhões se incluir corte de tributos para energia elétrica.

A proposta de Áureo foi redigida na Casa Civil, embora o Ministério da Economia seja contrário ao teor do texto. O autor é o subchefe adjunto de Finanças Públicas da pasta, Oliveira Alves Pereira Filho. É possível identificar a informação nas propriedades do documento, que foi autenticado na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara.

Ao ampliar o rombo, a proposta do Senado caiu como uma bomba no Ministério da Economia. Nos bastidores da pasta, o texto de Fávaro ganhou o apelido de "PEC Kamikaze", em uma referência aos pilotos japoneses que usavam seus aviões como bomba na Segunda Guerra Mundial.

A avaliação do time de Guedes é que, se a primeira proposta da Câmara é "ruim", a do Senado é "suicida", porque levará a um desarranjo fiscal grande, com alta do dólar e juros. Isso faria com que os malefícios superassem os benefícios de auxílios pontuais, acabando por prejudicar mais a população do que ajudá-la, na avaliação da pasta. Disparada do dólar afetaria a inflação, provocando inclusive aumento no preço dos combustíveis. Além disso, haveria um incentivo para combustíveis fósseis em um momento em que o mundo discute taxar o mercado de carbono.

Propostas

A medida do senador Fávaro autoriza o governo federal, os Estados, o Distrito Federal (DF) e os municípios a reduzir os impostos sobre diesel, biodiesel, gasolina, gás e energia elétrica, além de prever a criação do auxílio temporário aos caminhoneiros autônomos. Também inclui um aumento da cobertura do vale-gás destinado a famílias de baixa renda de 50% para 100% do valor do botijão.

"Compreendo que uma PEC nesse sentido já foi apresentada na Câmara dos Deputados, mas ainda de forma superficial, podendo ser engolida pela continuidade do aumento dos preços no mercado internacional. Por isso venho com uma proposta mais profunda", disse o senador, que recolhe assinaturas para protocolar a proposta no Senado.

A PEC ainda destinaria R$ 5 bilhões em recursos da União para que Estados e municípios invistam no transporte público coletivo, com objetivo de assegurar a mobilidade de idosos.

Assim como a proposta da Câmara, a matéria apresentada no Senado dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros.

De acordo com Fávaro, a PEC usaria recursos dos dividendos distribuídos pela Petrobras ao governo. "Não quero discutir os dividendos privados da Petrobras, mas a parcela que cabe à União como principal acionista deve servir sim às políticas públicas", disse o senador.

"A Petrobras está gerando um superávit gigantesco. Enquanto a média das grandes petroleiras mundiais foi de um lucro de cerca de 6%, nossa estatal acumulou mais de 38% por conta dessa política de preços que penalizou o consumidor", acrescentou Fávaro.

A PEC do senador vem na esteira da proposta que foi apresentada na Câmara. A proposta de Áureo também permite ao governo federal, Estados, DF e municípios reduzir ou zerar os impostos sobre os combustíveis e gás, mas não inclui energia elétrica e também não prevê auxílio a caminhoneiros, subsídio ao transporte público e aumento da cobertura do vale-gás.

Por outro lado, a proposta da Câmara permite que o governo federal reduza em 2022 e 2023 as alíquotas de tributos de caráter extrafiscal, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ainda que não incidentes sobre combustíveis e gás, sem necessidade de compensar a perda de arrecadação.

Entenda as propostas da Câmara e do Senado para reduzir os preços dos combustíveis

PEC da Câmara

- Permite ao governo federal, Estados, DF e municípios reduzir ou zerar os impostos que incidem sobre combustíveis (diesel, gasolina e etanol);

- A medida vale para 2022 e 2023;

- Inclui a possibilidade de redução de tributos de caráter extrafiscal, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);

- Dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros;

Impacto estimado pela equipe econômica: entre R$ 52 bilhões e R$ 54 bilhões, podendo chegar a R$ 75 bilhões se incluir redução de tributos para energia elétrica.

PEC do Senado

- Permite ao governo federal, Estados, DF e municípios reduzir ou zerar os impostos que incidem sobre combustíveis (diesel, gasolina e etanol) e energia elétrica;

- A medida vale para 2022 e 2023;

- Dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros;

- Inclui auxílio-diesel para caminhoneiros autônomos, por até dois anos, no valor de até R$ 1.200 por mês;

Prevê a destinação de R$ 5 bilhões em recursos da União para que Estados e municípios invistam no transporte público coletivo;

- Eleva a cobertura do vale-gás destinado a famílias de baixa renda de 50% para 100% do valor do botijão;

Usa recursos do pré-sal e de dividendos que a Petrobras paga ao governo;

- Impacto estimado pela equipe econômica: mais de R$ 100 bilhões.

Agência Estado e Correio do Povo