segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Falta de contêineres tem atrasado as exportações brasileiras

 


A falta generalizada de contêineres nos portos brasileiros, situação que tem atrasado em vários dias a exportação da indústria e do agronegócio e multiplicado o preço do frete, não é um efeito passageiro e ainda vai se arrastar por um longo período, com impacto direto na balança comercial e na inflação. Especialistas do setor portuário e representantes de empresas de contêineres avaliam que a situação tende a apresentar alguma melhora no início do ano que vem, mas que só vai normalizar, efetivamente, no segundo semestre de 2022.

O estrangulamento do setor deve-se, basicamente, aos efeitos que a pandemia da covid-19 causou em todo o mundo, retraindo operações logísticas com a paralisação ou redução de quase todas as atividades. Agora, com a retomada econômica em boa parte dos países, as grandes caixas de lata tornaram-se um dos itens mais disputados, e o Brasil está longe de ser um grande usuário dos contêineres, quando comparado com gigantes asiáticos e os Estados Unidos.

“Basicamente, temos visto que o atraso médio nos portos tem aumentado de forma significativa. Em 2020, o tempo médio de atraso foi na ordem de cinco dias em todo o mundo. Em agosto de 2021, passa dos sete dias, na média global. Em alguns portos, a situação chega a ser ainda pior”, diz o pesquisador Thiago Guilherme Péra, coordenador do Grupo de Logística da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

A Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC) tem falado com representantes do setor, com o governo e toda a indústria para tentar encontrar formas de minimizar o problemas, mas trata-se de uma equação difícil, porque está relacionada a uma realidade global de mercado. “A retomada da economia mundial e a alta demanda nos grandes portos exportadores, como Ásia, Estados Unidos e Europa, tem gerado grandes dificuldades aos armadores. Além disso, algumas medidas adotadas pelas autoridades para evitar a propagação do covid-19 têm contribuído para a escassez de equipamentos”, diz Wagner Rodrigo Cruz de Souza, diretor-executivo da ABTTC.

Souza afirma que no porto de Santos (SP), por exemplo, o maior da América Latina, saídas que normalmente eram atendidas com frequência semanal passaram a ter escalas a cada 10, 11 ou 12 dias, retendo no porto um volume considerável de cargas destinadas à exportação. “Infelizmente a expectativa é que só será percebida uma leve melhora no cenário a partir de janeiro de 2022, podendo a situação ser equacionada, de fato, só no fim do segundo semestre de 2022, e isso desde que ocorram algumas transformações no mercado exportador brasileiro.”

Frete nas alturas

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez um diagnóstico sobre o aumento no preço do frete para cada contêiner que chega ou sai do Brasil. Uma unidade que venha da Ásia, por exemplo, viu seu preço de frete – em dólar – aumentar nada menos que 446% entre janeiro de 2020 e setembro de 2021.

O custo do frete também explodiu quando se trata das exportações nacionais. Entre janeiro de 2020 e setembro de 2021, o preço dolarizado do frete de um contêiner com destino aos Estados Unidos subiu até 433%. Se o destino for a costa oeste da América do Sul, a alta registrada chega a 510% no mesmo intervalo.

A CNI alerta sobre algumas particularidades brasileiras que ajudam a agravar os efeitos da crise global para o transporte. A primeira é que a posição brasileira no comércio internacional de contêineres tem pouca relevância e responde por apenas 1% dos contêineres movimentados globalmente. Isso significa que o País está fora das principais rotas de navegação.

Em agosto, com o objetivo de mapear os problemas enfrentados desde o início da pandemia, a CNI fez um levantamento com 128 empresas e associações industriais. Quando questionadas sobre suas exportações, 76% observaram aumento no valor do frete de exportação; 70% relataram ter sofrido com a falta de contêineres ou de navios; e 65% sofreram com cancelamento, suspensão de escala ou serviço regular.

A fotografia não melhora em nada quando se trata de importações que dependem dos contêineres. Dos entrevistados, 96% observaram aumento no valor do frete de exportação; 60% relataram ter sofrido com a falta de contêineres ou de navios; e 50% registraram cancelamento, suspensão de escala ou serviço regular.

O diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, menciona casos abusivos de cobrança. “Para o transporte, o principal reflexo é o aumento dos preços do frete marítimo. O custo de envio de um contêiner de Xangai para a América do Sul, por exemplo, quase quadruplicou desde o início da crise sanitária”, diz.

Bruno Batista também admite que há um consenso de que os problemas logísticos para o transporte de cargas se estenderão por boa parte de 2022.

O Sul

Kit Bolsa Polo London Club Pequena Tote + Carteira Feminina

 


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Ministro da Saúde diz que testou negativo para covid e voltará ao Brasil

 


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou negativo para Covid-19  neste domingo (3) e deve retornar ao Brasil ainda nesta segunda-feira (4).

“Meu novo exame de RT-PCR deu negativo para a Covid-19. Em breve retorno ao BR! Agradeço a todos que enviaram boas vibrações. Vamos em frente!”, publicou Queiroga em uma rede social.

Na sexta-feira (1º), o ministro havia informado que recebeu novo resultado positivo para Covid no exame realizado na quinta-feira (30).

Queiroga permaneceu em isolamento nos Estados Unidos, para onde viajou na comitiva do presidente Jair Bolsonaro. O presidente foi a Nova York para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Queiroga foi diagnosticado com Covid no último dia 21, após participar de uma série de compromissos públicos com representantes brasileiros e de outros países no evento da ONU – incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente da Polônia, Andrezj Duda.

Convocação à CPI

Após testar negativo para Covid-19,  Queiroga retorna ao Brasil já com a discussão de seu nome para nova convocação à CPI da Covid no Senado Federal.

Os senadores vinham cogitando uma terceira convocação do titular do Ministério da Saúde há semanas. No entanto, Queiroga foi diagnosticado com cCovid-19 em 21 de setembro, após participar de uma série de compromissos públicos com representantes brasileiros e de outros países na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Médicos da Prevent Senior

Três médicos que trabalhavam na operadora de saúde Prevent Senior e ajudaram na construção do dossiê investigado pela CPI da Covid, em entrevista, narraram pressão da operadora de saúde para a alta precoce de pacientes, a fim de diminuir custos e liberar leitos de UTI nos hospitais da empresa.

George Joppert, Walter Correa e Andressa Joppert dizem que vivem atualmente uma rotina de medo, apreensão e insegurança, após as denúncias contra a operadora se tornarem públicas.

Na entrevista, reafirmam a pressão para prescrição de ‘kit Covid’ nos hospitais da empresa e confirmam a meta para que os médicos atendessem 60 pacientes por cada plantão de 12 horas nos hospitais.

“A intenção de denunciar também é expor a fraude. Expor a fraude do tratamento precoce, a fraude de suposto sucesso de gestão”, disse Walter Correa para a TV Globo.

“Nós estamos fazendo a coisa certa. Nós não somos criminosos. O bem social acho que tem que prevalecer acima de qualquer outra definição, ou de dinheiro ou de lucro”, afirmou George Joppert.

“São vidas que eles estão cuidando, e não estão cuidando como deveriam cuidar”, declarou Andressa Joppert. Os três fazem parte do grupo de 12 médicos que escreveram o dossiê contra a operadora e devem ser ouvidos pela CPI da Covid nos próximos dias.

Os três médicos contam que, no ano passado, houve muita pressão da Prevent Senior para que eles receitassem o chamado “kit Covid”, que é o pacote com os remédios ineficazes contra a covid-19, que era distribuído para os clientes do plano de saúde no momento das consultas.

Segundo os profissionais, não havia autonomia dos médicos para decidir ou não pela prescrição desses remédios durante a pandemia.

O Sul

Ministério da Saúde prepara abandono da Coronavac a partir do ano que vem

 


Com o fim do contrato da Coronavac previsto para este mês, o Ministério da Saúde não tem mais a intenção de adquirir novos lotes do imunizante, segundo fontes da pasta. “A Coronavac ainda está com o registro emergencial pela Anvisa. Assim, compras futuras (dentro do planejamento do próximo ano) não mais se justificam legalmente por órgão público nessa situação”, alegou um integrante do órgão federal.

Na discussão interna, também apresenta-se como justificativa a inexistência de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação da Coronavac em adolescentes. Outro argumento consiste no fato de que as normas técnicas não recomendam, como dose de reforço, a aplicação da fórmula desenvolvida em parceria do laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan.

Isso porque estudos mostram que há maior efetividade com o esquema heterólogo – aplicação de vacina com outra tecnologia como dose adicional – e a proteção da Coronavac cai com o tempo nas faixas mais altas de idade.

O Ministério da Saúde também sustenta que 100% da população acima de 18 anos recebeu a primeira dose, e há imunizantes suficientes para garantir a segunda aplicação para todos os brasileiros – inclusive os que tomaram Coronavac.

“Como o sistema não identifica essa informação, estamos fazendo um levantamento, junto aos municípios, para ver se há ainda pessoas nessa faixa etária que precisam iniciar o esquema vacinal. [E para isso] Poderíamos enviar as doses que temos em nosso estoque de Coronavac”, ressalta.

Butantan

Na última semana, o Instituto Butantan já se adiantou à possibilidade de ficar de fora das novas compras do Ministério da Saúde e anunciou a venda de doses da Coronavac a cinco estados. O governo federal, entretanto, reagiu e apontou que o acordo com a farmacêutica prevê exclusividade total até o fim do contrato.

A pasta declarou que o instituto vinculado ao governo paulista poderá pagar R$ 31 milhões em multas, caso descumpra os acordos. Entre janeiro e fevereiro deste ano, a pasta federal assinou dois contratos com a entidade: um para a aquisição de 46 milhões de doses, e o outro para compra de 54 milhões de vacinas, totalizando 100 milhões de unidades.

Em nota, o Butantan alegou que o Ministério da Saúde “não tem direito de impedir que estados e municípios ajam com celeridade para proteger suas populações” e afirmou que a entrega de vacinas ao governo federal foi concluída no dia 15 de setembro. A substituição dos lotes interditados pela Anvisa já teria sido iniciada. Em nota divulgada na semana passada, o instituto informou que havia recolhido 1,8 milhão de doses.

Anvisa

A Anvisa afirmou que “o pedido de registro é uma decisão do laboratório e, até o momento, não foi apresentado à agência”. A Coronavac recebeu autorização de uso emergencial no dia 17 de janeiro deste ano, após análise da Anvisa quanto ao resultado de testes nas fases 1, 2 e 3.

O Sul

Presidente da Câmara dos Deputados se reúne com líderes partidários nesta segunda para discutir acordo sobre preço dos combustíveis

 


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenta costurar um entendimento entre líderes de partidos para poder votar, esta semana, projetos relacionados ao preço dos combustíveis. No final da tarde desta segunda-feira (4), Lira terá uma reunião com deputados para tentar levar o assunto ao plenário.

No fim de semana, o presidente da Câmara manteve o diálogo com parlamentares. De olho na alta dos derivados do petróleo, conversou sobre a possibilidade de estruturar um “fundo estabilizador”, que protegeria os consumidores das oscilações do preço dos combustíveis.

Como confirmou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, lucro e tributos repassados pela estatal à União pode compor esse fundo.

Também está em negociação projeto que trata de um novo modelo para a cobrança do ICMS, imposto estadual, sobre o gás, gasolina e diesel. O texto debatido pela Câmara torna a cobrança uniforme em todo o país, com percentual pactuado entre os estados.

A redação atual, porém, gera resistência de boa parte da Câmara e também de governadores, pois pode causar perda de arrecadação e de autonomia.

Nas últimas semanas, Lira e o presidente Jair Bolsonaro cobraram uma solução para a alta dos preços, que contribui diretamente para a pressão inflacionária. Eles tentam achar soluções para que haja uma queda nos valores cobrados ao consumidor.

Após uma semana de forte pressão sobre a Petrobras, o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, afirmou que se o preço da gasolina for represado, o país vai ter desabastecimento.

Segundo ele, não há espaço para uma política artificial de preços, pois a importação responde por cerca de 30% da gasolina e do diesel no país. Ele ressalta que a Petrobras é responsável apenas por uma fração do preço cobrado nas bombas. E atribui a uma tempestade perfeita, causada por fatores como pandemia e crise hídrica, a disparada nos preços.

Na semana passada, a estatal anunciou que destinaria R$ 300 milhões para a compra do botijão por famílias de baixa renda. No mesmo sentido, a Câmara aprovou um projeto, agora em discussão no Senado, que cria um subsídio para a concessão de 50% do valor do botijão aos mais vulneráveis.

O Sul