segunda-feira, 7 de junho de 2021

O PETISMO ENRUSTIDO DE FHC - 07.06.21

 por Percival Puggina


 


As relações entre FHC e Lula produziriam excelente conteúdo para um drama recheado de conflitos shakespearianos.


Fernando Henrique atravessou muita avenida de braços dados com Lula em históricas manifestações. Durante a Constituinte (1987-1988), FHC liderava a bancada do PMDB e Lula a bancada do PT. FHC formou o MUP (Movimento pela Unidade Progressista), que seria a plataforma de lançamento do PSDB e juntos empurraram a Constituição para o lado esquerdo onde estamos até hoje atolados.


 


Em 1994, num encontro ocorrido em Princeton, combinaram a estratégia eficiente que manteria a esquerda no poder por um quarto de século. O destino agiu dentro do previsto e, logo após, colocou FHC no caminho de Lula. Quando, em qualquer confronto político com petistas, se configura essa situação, começa uma guerra.


 


No caso do conflito petistas x tucanos, a guerra foi claramente unilateral. Lula rosnava e FHC sorria. Lula atacava e FHC sequer se defendia. O MST invadia a fazenda de FHC e este não tocava no assunto. A gritaria petista contra Bolsonaro é como hora de recreio em escola infantil comparada com o berreiro que o partido armava contra FHC, fazendo dele, de modo permanente, o último pau de seu galinheiro. Ele era o cara da “privataria”, do “apê de Paris”, o fundador emérito da corrupção na Petrobras. No entanto, quando Lula foi preso, Fernando Henrique experimentou uma viuvez política.


 


Agora, olhos postos em 2022, num primeiro movimento, FHC se reúne com Lula e diz que o apoiará numa disputa contra Bolsonaro. Num movimento subsequente, pressionado pelo PSDB, diz que os tucanos terão candidato e que a afirmação anterior se aplica ao caso de esse candidato não chegar ao segundo turno. O remendo não funcionou. Estava de novo descredenciado e descartado o futuro candidato tucano, seja quem for, como aconteceu com José Serra e com Geraldo Alckmin.


 


FHC sempre viu Lula e o petismo como subprodutos de seu próprio projeto para o Brasil e para o continente. Há diferenças, por certo, entre ambos. A maior delas é de natureza psicológica. Lula gostaria de ter sido FHC e este gostaria de ter sido Lula. Aquele nutre indisfarçável sentimento de inferioridade em relação ao cacique tucano. Este se constrange com a própria formação acadêmica e gostaria de ter sido um líder popular. FHC trocaria tudo pela capacidade agitar as massas num comício de operários do ABC. Há um indiscutível pigarro petista enrustido nas falas, afeições  e na alma do tucano.


 


Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


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REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM POA - NOVA EMENDA PROTOCOLADA

 O Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PELO 002/20), que trata da aposentadoria dos servidores vinculados ao regime próprio de Previdência Social, recebeu mais uma emenda de autoria do Executivo. O líder do governo, Idenir Cecchim, protocolou na Câmara Municipal de Porto Alegre, na tarde deste sexta-feira, 4, emenda que é considerada alternativa, minimizando os efeitos negativos nas finanças do Município e no próprio regime de Previdência. Com esta, o PELO já conta com uma mensagem retificativa, duas emendas e uma subemenda.  


A nova emenda prevê abono permanência, limita até quem entrou em 2003, cálculo dos proventos para quem ingressou até a aprovação da LC, média de 100% de todas as contribuições (na subemenda ao PELO eram as 90% melhores contribuições, excluía 10% das piores); cálculo dos proventos para os novos servidores igual à EC 103 e referenda alíquotas maiores. O governo segue articulando junto aos vereadores para votar o projeto. Por modificar a Lei Orgânica, são necessários dois turnos de votação com 2/3 ou 24 votos, com dez dias de intervalo entre cada um dos turnos.


Todos os dias, a Prefeitura de Porto Alegre precisa reservar R$ 3,5 milhões para a previdência de 30 mil municipários, dos quais metade já estão aposentados. O Município está em período de transição entre o regime financeiro (dos servidores que ingressaram antes de 2001) e do regime capitalizado (após 2001). Sem a reforma, já neste ano de 2021 os aportes à previdência municipal podem chegar a R$ 1,3 bilhão, o que representa mais de 17% de toda a receita municipal.


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AINDA SOBRE O CRESCIMENTO DE 1,2% DO PIB BRASILEIRO

 BOLA DE CRISTAL DO MERCADO

Na semana passada, o tema dominante para aqueles que se preocupam com saúde da nossa economia foi, sem a menor dúvida, a divulgação da taxa de crescimento, de 1,2%, do PIB. O assunto ganhou um destaque maior porque os ANALISTAS DE ARAQUE, como referi no editorial do dia 2 de junho, projetavam um percentual de crescimento bem menor, na ordem de 0,8%. Como se vê, a taxa informada pelo IBGE ficou 50% maior do que mostrava a trincada BOLA DE CRISTAL DO MERCADO. 


FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO

Entretanto, o que me faz voltar ao tema é o FATO RELEVANTE, que pouco ou nada foi explorado e/ou informado aos interessados, o qual diz respeito à FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO  (FBCF), que avançou 4,6% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao período anterior, somando R$ 397,5 bilhões, acumulando assim TRÊS TRIMESTRES SEGUIDOS DE ALTA.


DETALHE IMPORTANTE

Um detalhe muito importante, que precisa ser levado em conta, é que a FBCF, - na comparação com igual período do ano passado, disparou fantásticos 17,0%. Mais: este importante índice, que (repito) mede os investimentos dentro do PIB, já havia crescido 20% no quarto trimestre de 2020, em relação aos três meses antecedentes, a MAIOR TAXA para este tipo de comparação desde o início da série histórica, em 1996, como foi divulgado pelo IBGE.


PRODUÇÃO DE BENS

Vale lembrar que esse indicador -FBCF-, calculado trimestralmente pelo IBGE, mede O QUANTO AS EMPRESAS AUMENTARAM OS SEUS BENS DE CAPITAL, ou seja, aqueles bens que são utilizados para a produção de outros bens, como máquinas, equipamentos e material de construção. Ele é pra lá de importante porque indica se a CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DO PAÍS está crescendo e também se os empresários estão confiantes no futuro.


OFERTA, DEMANDA E INVESTIMENTOS

Faço esta observação com destaque porque quem realmente faz a RODA DA ECONOMIA GIRAR é a OFERTA. E, para que a OFERTA aconteça de tal forma que possa suprir a não menos importante DEMANDA, só existe um combustível: INVESTIMENTOS. Para tanto, o ambiente exige CONFIANÇA. Pois, pelo que informam as seguidas e consistentes altas do crescimento da FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO, tudo leva a crer que o Brasil voltou a entusiasmar os INVESTIDORES.   


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Após ameaça contra Amado Batista, #LulaLadrao fica entre destaques do Twitter

 

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Após ameaça contra Amado Batista, #LulaLadrao fica entre destaques do Twitter

Presidente da CPI conversa com adversários políticos de Bolsonaro