domingo, 3 de janeiro de 2021

Misturar vacinas contra a Covid-19 não é recomendável, diz Reino Unido

 Primeira opção deve ser sempre a de ministrar doses da mesmo imunizante para um mesmo paciente



A chefe de imunizações da Public Health England (PHE), Mary Ramsay, afirmou neste sábado (2) que misturar diferentes vacinas contra a Covid-19 não é recomendável, e que a primeira opção deve ser sempre a de ministrar doses da mesma vacina para um mesmo paciente. O pronunciamento vem após um documento do órgão afirmar que em determinados casos, a aplicação de doses de vacinas diferentes em um mesmo paciente é melhor do que não dar uma segunda dose por falta da mesma vacina.

O texto, publicado na quinta-feira (31), admite que não há evidências sobre a intercambiabilidade das imunizações. Nele, o órgão afirma que em casos de vacinação incompleta, em que uma pessoa vacinada deixar, por algum motivo, de receber a segunda dose no período correto, a vacinação deve ser retomada utilizando a mesma imunização, mas sem a repetição da primeira dose.

No entanto, em casos em que não houver a mesma vacina no local em que a pessoa tentar se vacinar ou em que não for possível determinar qual vacina ela tomou, é "razoável" que ela receba o produto que estiver disponível, de acordo com o documento.

"Esta opção é preferível se o indivíduo está propenso a se expor a um alto risco de forma imediata ou diante da conclusão de que ele provavelmente não voltará a buscar um serviço de saúde", afirma o documento. "Nestas circunstâncias, como ambas as vacinas têm como base a proteína S (spike) do vírus, é provável que a segunda dose ajude a aumentar a resposta à primeira."

No comunicado divulgado hoje, a chefe do PHE afirmou que "podem haver ocasiões extremamente raras" em que a mesma vacina dada na primeira dose não esteja disponível para uma segunda dose. "Todos os esforços devem ser feitos para que os pacientes recebam a mesma vacina, mas onde isso não for possível, é melhor dar a segunda dose de outra vacina do que nenhuma dose."

Atualmente, duas vacinas estão autorizadas para uso emergencial no Reino Unido, a da Pfizer em parceria com a BioNTech e a da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. As duas utilizam proteínas do vírus como base, mas a primeira emprega a tecnologia do chamado RNA mensageiro (mRNA), e a segunda, a do adenovírus de chimpanzés.

Agência Estado e Correio do Povo

Domingo tem sol e calor à tarde no Rio Grande do Sul

 Nuvens serão esparsas em diversas regiões do Estado



O sol aparece mais uma vez em todo o Rio Grande do Sul neste domingo, mas haverá nuvens esparsas em diversas regiões. A circulação oceânica gerada por ciclone no Sul do Atlântico traz nuvens do mar para o continente que podem gerar chuva muito isolada em pontos do Sul e do Leste do Estado, sobretudo na primeira metade do dia.

O calor que é típico desta época do ano se faz presente no período da tarde com as máximas mais altas novamente no Oeste e no Noroeste do Estado. Em Porto Alegre, a temperatura deve variar entre 17ºC e 32ºC. 


MetSul e Correio do Povo

Fiocruz quer importar 2 milhões de doses e vacinar contra Covid-19 ainda este mês

 Plano dependerá de aprovação emergencial da Anvisa



A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) articula a importação de 2 milhões de doses prontas da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca para começar o calendário de imunização contra a Covid-19 em janeiro. O laboratório brasileiro ainda informou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que irá pedir o aval para uso emergencial do produto na próxima semana.

Em ofício de 31 de dezembro de 2020, a Fiocruz pede que a Anvisa libere a importação excepcional destas doses. Importações deste tipo costumam ser avaliadas em reunião da diretoria colegiada da agência, que é formada por cinco membros.

A ideia do laboratório brasileiro era só entregar vacinas prontas em fevereiro. No mês anterior, chegaria ao Brasil o insumo farmacêutico da vacina, que terá fases finais de produção feitas na Fiocruz. O laboratório disse à Anvisa, porém, que busca formas de antecipar a entrega do produto finalizado, "considerando o grave quadro sanitário" e a "aceleração dos números de mortes associadas à Covid-19". Por isso, a estratégia passou a ser trazer algumas doses totalmente preparadas no exterior.

O Reino Unido autorizou em 30 de dezembro o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus, em regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses. Nos ofícios enviados à Anvisa, a Fiocruz não informa quantas pessoas pretende imunizar a partir dos dois milhões de doses, nem a data prevista para o início da campanha. O Ministério da Saúde afirma que, no melhor cenário, a vacinação começa em 20 de janeiro no País.

A Anvisa estima que avaliará pedidos de uso emergencial de vacinas em no máximo dez dias. A diretora responsável pela área de vacinas, Meiruze Fritas, disse que o aval pode ser dado até mais cedo, pois serão considerados os dados já apresentados pelas farmacêuticas. Com esta permissão, é possível começar a vacinação em grupos restritos pelo SUS, como de profissionais de saúde ou idosos.

A vacina que será fabricada na Fiocruz é a aposta do governo Jair Bolsonaro contra a Covid-19. A ideia é distribuir 210,4 milhões de doses em 2021, que serviriam para imunizar mais de 105 milhões de pessoas. O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.


Agência Estado e Correio do Povo


Domingo tem sol e calor à tarde no Rio Grande do Sul


Misturar vacinas contra a Covid-19 não é recomendável, diz Reino Unido


UE quer ajudar a aumentar produção de vacinas contra Covid-19, diz comissária


Decreto libera funcionamento de bares e restaurantes em Uruguaiana


Antes da decisão da Copa do Brasil, Grêmio tem sete jogos do Brasileirão em janeiro


Motociclista é flagrado a 190 km/h na ERS 474, em Santo Antônio da Patrulha


Mega-Sena acumula e poderá pagar R$ 4 milhões na quarta-feira


Melo reconhece que privatizar pode ser solução para Carris


Com uso de bombas de efeito moral, BM dispersa aglomeração de mais de três mil pessoas em Imbé


Fepam aponta 11 pontos impróprios para banho no RS


"Não há empecilho da Anvisa", diz diretora sobre vacinas no Brasil


Preços dos alimentos devem continuar em alta no início deste ano


Fies prorroga prazo de renegociação de financiamento até 31 de janeiro


Bolsonaro continua no litoral paulista e participa de pesca


Comércio abre, mas Porto Alegre tem primeiro sábado de pouco movimento em 2021


Inter faz primeiro treino com presença do novo presidente, Alessandro Barcellos


Grêmio busca manter Pepê para as finais da Copa do Brasil após sondagem da Europa


Grêmio vive expectativa pela renovação com Renato





sábado, 2 de janeiro de 2021

Presidente da Associação Gaúcha de Supermercados considera 2021 como o ano da reconstrução

 Antônio Cesa Longo avalia que o setor terá um dos papéis fundamentais no processo



O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, acredita que 2021 será o ano da reconstrução. “Sabemos que o setor de supermercados, assim como outros, terão papel fundamental neste processo”, afirmou na manhã desta sexta-feira à reportagem do Correio do Povo. “A essencialidade dos supermercados ficou comprovada na pandemia, e nos consolidamos como um agente de divulgação de cuidados e boas práticas de prevenção ao coronavírus”, observou.

“Acreditamos em um 2021 melhor para toda a economia, mas acima de tudo desafiador neste período de reconstrução que teremos pela frente”, acrescentou. Ressaltando o aprendizado com as dificuldades, Antônio Cesa Longo espera que "possamos cobrar o sacrifício de todos para esta reconstrução que virá com o advento da vacina".

De acordo com ele, "muitas reformas governamentais aconteceram e outras tantas estão por vir, acreditamos na consciência de todos os governos para o bem de todos". Para Longo, os hábitos de consumo foram afetados pela pandemia. “O número de visitas ao supermercado caiu, mas o tíquete médio aumentou. Há uma série de protocolos e cuidados sanitários que foram instaurados ou melhorados, e muitos deles certamente vão permanecer após a pandemia. Novos formatos de lojas surgiram, oportunizando a todos os tamanhos de empresas de supermercados ampliarem seus negócios”, lembrou.

O dirigente reconhece que o segmento “teve uma situação privilegiada em 2020 por sua essencialidade, mas entendemos que este foi um ano de sobrevivência para todos os setores”. Segundo ele, os estabelecimentos precisam do giro da economia para continuar crescendo e por isso “causa-nos preocupação que mais pessoas estivessem recebendo o auxílio emergencial do governo do que trabalhando formalmente”.

Na opinião do presidente da Agas, “não tivemos um crescimento sustentável, onde o mercado de embalagens foi pego de surpresa”. Antônio Cesa Longo disse também que “por momentos foi proibido de trabalhar, e em seguida indo à sua capacidade de produção, pelo ingresso destas pessoas ao mercado de consumo, aliados ao aumento dos insumos pela alta do dólar”. Ele torce “para o incremento e oportunidade de todos estarem inseridos em um mercado de consumo constante”.


Correio do Povo


Time boliviano que joga a mais de 4.000m de altitude garante vaga na Libertadores


Celta paga ao Inter valores da rescisão de Coudet


Grêmio vive expectativa pela renovação com Renato







Reino Unido dá primeiros passos como país 'independente' após Brexit

 Britânicos têm novas regras fronteiriças, importantes desafios e profundas divisões.



Depois de completar, no dia 31, o longo e turbulento processo do Brexit, o Reino Unido começou o ano, nesta sexta-feira , como país "independente", pela primeira vez em quase meio século. Tem novas regras fronteiriças, importantes desafios e profundas divisões.

Sua saída da União Europeia, que dominou a política britânica desde o polêmico referendo de 2016, completou-se uma hora antes da meia-noite, quando, com o fim do período de transição pós-Brexit, o país abandonou completamente o bloco em que havia entrado em janeiro de 1973. Entre o triunfalismo e a preocupação, a imprensa britânica refletia em suas manchetes essa mudança histórica, mas profundamente divisiva.

"Nosso Futuro, Nosso Reino Unido, Nosso Destino" é a manchete do tabloide ultranacionalista Daily Express, sobre uma imagem da bandeira britânica marcada com a palavra "Liberdade". O jornal pró-europeu The Independent questionou, por sua vez, se os britânicos estão "libertos, ou abandonados à deriva?".

Com a separação da UE, terminou na sexta-feira a livre-circulação de pessoas entre as duas margens do Canal da Mancha. A partir de agora, cidadãos de todos os 27 países europeus precisarão de visto para trabalhar e estudar no Reino Unido, embora aqueles que residiam lá antes da separação manterão seus direitos.

Também nas fronteiras de um país que importa grande parte do que consome voltam a ser realizados controles aduaneiros esquecidos durante décadas, apesar da assinatura de um acordo comercial com Bruxelas que evitou o caos nas trocas.

Fluidez nas fronteiras

Durante a noite, quase 200 caminhões cruzaram sem problema o túnel subaquático que liga o continente europeu à Grã-Bretanha. "Todos os caminhões cumpriram as formalidades" agora impostas pelo Brexit, "não houve recusas", disse um porta-voz à AFP.

Natacha Bouchart, prefeita da cidade francesa de Calais, onde fica a entrada continental do túnel, apertou simbolicamente o botão que autorizou a passagem do primeiro caminhão após a meia-noite. "Este é um momento histórico (...) são 48 anos de retrocesso com consequências para as quais ainda não temos todas as dimensões", declarou.

Também chegaram de madrugada ao porto britânico de Dover, sem atraso e sem confusão, os primeiros veículos pesados transportados por balsa. "É bom ver que o porto foi preparado e que não há atrasos", disse Alan Leigh, 52, enquanto caminhava ao longo das falésias com vista para o cais.

A associação setorial britânica de transporte rodoviário estimou que, agora, cerca de 220 milhões de novos formulários terão de ser preenchidos a cada ano para permitir que o comércio flua com os países da UE. "Esta é uma mudança revolucionária", disse o diretor-geral da associação, Rod McKenzie, ao The Times esta semana.

Outra mudança histórica foi anunciada ontem pela ministra espanhola dos Assuntos Exteriores, Arancha González Laya: Londres e Madri chegaram a um acordo de último minuto para deixar aberta a fronteira entre Espanha e Gibraltar.

O pequeno território britânico situado no extremo sul da Península Ibérica será integrado ao espaço Schengen europeu para, ao contrário do restante do Reino Unido, manter a liberdade de circulação das pessoas. Desaparece, assim, o "portão" histórico, a fronteira fechada em 1969 pelo ditador espanhol Francisco Franco, em que a passagem livre - sob controle - foi restaurada somente em 1985, dez anos após sua morte.

Separatismo escocês

Também na Irlanda do Norte se vigiará de perto a fronteira com a vizinha República da Irlanda - um país-membro da UE -, para garantir que o movimento continue sem restrições. Este é um elemento-chave do Acordo de Paz da Sexta-feira Santa, que encerrou, em 1998, três décadas de um sangrento conflito entre republicanos católicos e unionistas protestantes.

Enquanto isso, na Escócia pró-europeia, a primeira-ministra pró-independência, Nicola Sturgeon, alertou sobre a batalha iminente que se aproxima para conseguir um novo referendo de autodeterminação. Os separatistas já foram derrotados em uma consulta em 2014.

"A Escócia estará de volta em breve, Europa. Deixem as luzes acesas", tuitou Sturgeon, cujo partido SNP espera que sua país possa um dia reintegrar a UE como um estado independente.

Apesar das divisões e dos desafios, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, surgiu otimista em um artigo de opinião publicado no Daily Telegraph nesta sexta-feira.

O Brexit apresenta "oportunidades desconhecidas para a memória moderna", escreveu este polêmico e carismático jornalista que se tornou político. "Precisamos da oportunidade que o Brexit nos dá para impulsionar os setores em que nos destacamos", acrescentou, fazendo particular referência à ciência.

Cientistas da Universidade de Oxford, juntamente com o laboratório britânico AstraZeneca, acabam de ver sua vacina contra a covid-19 aprovada. Esta é, hoje, a principal esperança para um Reino Unido onde a pandemia continua a piorar, devido ao surgimento de uma nova cepa do coronavírus, muito mais contagiosa. Já são mais de 73.500 mortos no território.


AFP e Correio do Povo