sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Banhistas se despedem de 2020 aproveitando o mar no Litoral Norte

 Na praia de Salinas, em Cidreira, o céu levemente nublado não afastou quem quis a aproveitar a água



No último dia do ano, banhistas se despediram de 2020 lavando a alma no mar. Na praia de Salinas, em Cidreira, o céu levemente nublado não afastou quem quis a aproveitar a água, limpa e numa temperatura propício. O banho só é proibido nos dois lados da Plataforma, pela força dos repuxos das ondas.

Nas proximidades, onde o estacionamento de veículos é tradicional na faixa de areia, famílias inteiras estenderam tendas para curtir a orla, ao som dos carros. Os 28 graus do clima convidaram as crianças para construir castelos na areia. "Ah, elas gostam muito. Só saem para ir no mar", conta Renata Oliveira, de Porto Alegre, que levou os quatro filhos para a praia enquanto o marido, Júlio, estava em casa preparando a ceia do Réveillon.

O movimento é bastante inferior ao de orlas como a de Capão da Canoa ou Tramandaí. Foi o que fez Everson Lemos, também morador da Capital, escolher Salinas, onde fica até o final de semana. "Praias assim beneficiam o distanciamento social, importante nessa pandemia", salientou, enquanto passeava com a esposa Graziele e a mistura de cocker e poodle Anucha.

Além de veranistas, a Plataforma de Cidreira recebe muitos pescadores com molinetes e anzóis a postos. Um recife formador natural de algas atrai tainhas e outros peixes. "Deveremos receber mais pessoas nos próximos dias", projetou Marcos Luis da Silva, da administração da plataforma.


Correio do Povo

Após vaga na final, Romildo celebra manutenção da filosofia e equilíbrio financeiro do Grêmio

 Em 2020 atípico, presidente avaliou que clube conseguiu conservar sua essência



Quando as atividades esportivas pararam no mundo por conta das restrições para combate à pandemia de Covid-19, o cenário de incerteza era uma ameaça aos clubes em diferentes frentes, em distintos países. Especialmente para o Grêmio, o trabalho da presidência de Romildo Bolzan Jr., marcada pelo equilíbrio nas contas, estava ameaçado – um 2020 atípico, sem receitas de público e uma crise que foi além da área sanitária, poderia fazer o legado de sua gestão se esvair. Neste final do ano, o dirigente comemorou não apenas a classificação à final da Copa do Brasil após empate em 0 a 0 com o São Paulo na noite de quarta: celebrou também que o time conseguiu manter a sua filosofia, apesar das dificuldades enfrentadas.

"Fizemos toda organização pra ficar esses seis meses parados, fizemos esse diagnóstico de que a ideia era deixar o Grêmio sólido e forte, de modo que não nos comprometêssemos demais para 2021. Conseguimos ter sucesso nessa política, na forma de organização. O que foi implementado e decidido foi efetivamente realizado e deu para o Grêmio uma dimensão importante de controle e segurança financeira. E os conceitos do clube estão todos presentes: equilíbrio econômico, financeiro, da formação", avaliou.

Romildo comentou que a equipe comandada por Renato Portaluppi também consegue se manter competitiva, apesar de perdas importantes, como casos de Covid-19 e a venda Everton "Cebolinha" para o Benfica. "Quando se apresentam campeonatos que podemos chegar, estamos chegando, porque a competitividade é um dos nossos pilares. E queremos chegar ainda mais perto no Campeonato Brasileiro", disse. O Tricolor encerra o ano com 45 pontos no Brasileirão, na quinta colocação; tem dois a menos que o quarto, Inter, e 11 de desvantagem ante o líder São Paulo.

Para o dirigente, o mês de janeiro será bastante complicado, com o objetivo de subir na tabela da competição. "Será extremamente difícil. Vamos enfrentar os adversários que estão ponteando o campeonato, por isso temos que ter a visão da continuidade", comentou.

"Vamos combinar, não ganhamos nada"

Sobre a partida de ontem, Romildo disse que se sente "contemplado e realizado". "Todos nós nos empenhamos muito para que isso acontecesse, respaldado todos os trabalhos da comissão técnica, que diga-se de passagem foi brilhante, jogadores também, num jogo extremamente tático, inteligente, estudado", disse, afirmando que este foi apenas um pequeno passo rumo a um objetivo maior.

"Meu sentimento é de chegar a uma final, o Grêmio tem chegado muito próximo a finais. Chegamos em mais uma, mas vamos combinar, não ganhamos nada. Estamos cumprindo uma etapa de classificação, vamos ver se festejamos esse título em fevereiro que será uma coisa muito mais deliciosa", concluiu.


Correio do Povo

Comerciantes do Mercado Público relatam redução de até 40% nas vendas de Ano Novo

 Mesmo com grande procura na véspera da virada do ano, movimento foi menor em comparação com 2019



Comerciantes do Mercado Público de Porto Alegre, localizado no Centro de Porto Alegre, relataram que bebidas, carnes, fiambres e frutas foram os itens mais procurados na véspera de Ano Novo. Mesmo com a tradicional “corrida” causada por aqueles que deixaram para comprar na última hora os ingredientes da ceia, o movimento foi menor em comparação com 2019.

Essa queda foi sentida nas vendas deste ano, como conta o gerente da banca 38, Robson Franzen. “A procura caiu em torno de 30% a 40% em relação ao período anterior”, comparou. Essa é a mesma impressão do balconista Édipo Rocha Leindenz, que trabalha numa banca que comercializa frutas. “A procura está mais devagar”, percebeu e salientou que uva, romã, pêssego, ameixa e abacaxi tiveram mais saída. O açougueiro da banca 89, Casa de Carnes Santo Ângelo, Raul Medeiros, disse que os cortes costela e vazio bovinos e lombo, pernil e costela suínas se destacaram na preferência dos consumidores, mas foi insuficiente para manter ou superar o faturamento obtido na virada de 2019 para 2020. “A demanda diminuiu de 30% a 40%”, calcula.

A secretária Neuza Mendes deixou as compras para a véspera porque estava na praia. “Comprei componentes para preparar uma torta fria”, explicou. Já para a aposentada Zoila Maria Gonçalves Siqueira o motivo de ir buscar a paleta de cordeiro no último dia foi outro. “Falta de tempo”, esclareceu. A ausência de tempo também foi a justificativa para os irmãos Cinara Quevedo e João Quevedo que ficarem na fila para levar uma carne para a ceia da família. “Compramos uma costela bovina”, explicaram.

O Mercado Público funcionou na véspera de Ano Novo, 31, das 7h30min às 17h. O local estará fechado no dia 1º de janeiro e reabrirá no sábado, 2 de janeiro, das 7h30min até as 18h30min.


Correio do Povo

Venezuela e Argentina estão entre os países da América do Sul que mais tiveram queda no PIB, por conta de longo período de restrições ao comércio

 As marcas catastróficas do "Fica em casa" a "Economia a gente vê depois".


Tá aí... O depois chegou!

Os dados são da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL).



Fonte: https://www.facebook.com/ZambelliOficial/photos/a.1400595753364260/3727907340633078/?type=3&source=48

Reino Unido corta definitivamente os laços com a União Europeia

 Às 23h locais, o país abandonou a união alfandegária da UE para um futuro solitário repleto de desafios



O Reino Unido cortou definitivamente nesta quinta-feira seus laços com a União Europeia (UE), encerrando 48 anos de uma relação agitada, para se tornar um "país livre", com um futuro solitário repleto de desafios.

"Quando o sol sair amanhã, em 2021, o Reino Unido será livre para fazer as coisas de forma diferente e, se for necessário, melhor do que nossos amigos da UE. Livre para fechar acordos comerciais em todo o mundo e livre para impulsionar nossa ambição", declarou o premier Boris Johnson, em uma mensagem de fim de ano mais centrada no novo coronavírus do que no Brexit.

Às 23h locais, o país abandonou definitivamente a união alfandegária da UE. Devido à pandemia, não houve celebrações. Apenas o Big Ben, situado na torre do Parlamento britânico e em restauração desde 2017, quebrou seu silêncio excepcionalmente e suas badaladas anunciaram o momento histórico.

Johnson vive uma importante vitória pessoal após assumir as rédeas do Brexit, em julho de 2019. Seu Executivo ainda evitou um choque de última hora, chegando a um acordo com o governo espanhol nesta quinta-feira para manter a fronteira com Gibraltar aberta: o pequeno enclave britânico no extremo sul da Península Ibérica será integrado à zona Schengen de livre circulação de pessoas.

Esperança e preocupação

Após anos de caos e confronto político, o Reino Unido deixou oficialmente a UE em 31 de janeiro, colocando em prática o que os britânicos decidiram por 52% dos votos em um polêmico referendo de junho de 2016. No entanto, durante onze meses, o país viveu o chamado "período de transição", durante o qual continuou a aplicar as regras europeias enquanto negociava a sua futura relação com os seus 27 antigos parceiros.

Impedida pela pandemia do coronavírus e pela resolução de Londres de "recuperar sua total soberania" e pela UE de "proteger o mercado único", a negociação parecia condenada em várias ocasiões. Porém, em 24 de dezembro, acabou dando frutos: a façanha de chegar ao acordo de livre comércio mais completo e abrangente possível no prazo recorde de dez meses, em vez dos vários anos que esses acordos costumam exigir.

Com ele, a UE oferece ao seu ex-parceiro acesso sem precedentes sem tarifas e sem cotas ao seu enorme mercado de 450 milhões de consumidores em troca do compromisso do Reino Unido de respeitar uma série de regras que irão evoluir ao longo do tempo sobre o meio ambiente, trabalho e direitos fiscais para evitar qualquer concorrência desleal.

Isso evitará que o caos se instale nas fronteiras britânicas às 11:00 GMT (20h, Brasília), meia-noite na Europa continental, seus portos sejam bloqueados pelo acúmulo de cargas sujeitas a procedimentos aduaneiros deixando o Reino em escassez de produtos em meio a um terceiro pelo alta dos casos de coronavírus.

No entanto, apesar do acordo, a burocracia vai aumentar e os despachantes aduaneiros de Dover, principal porto britânico no Canal da Mancha, estão preocupados com os novos procedimentos. "Será melhor, devemos nos autogovernar e ser nossos próprios patrões", disse Maureen Martin, uma inglesa aposentada, à AFP, enquanto Kirk Hughes, um funcionário de TI, reconheceu estar "um pouco ansioso" com possíveis transtornos durante as "semanas de transição".

Olhar para o futuro

Os desafios são consideráveis para o governo Johnson, que prometeu dar ao Reino Unido um novo lugar no mundo. No entanto, ele está prestes a perder um aliado poderoso com a saída de Donald Trump, um apoiador do Brexit que será substituído na Casa Branca pelo democrata mais pró-europeu Joe Biden.

Em nível nacional, o Executivo conservador deve se esforçar para reunificar os britânicos, divididos por um Brexit que contrariou a Escócia e a Irlanda do Norte. "Deixamos um lugar vazio à mesa na Europa" mas "não ficará vazio por muito tempo", ameaçou na quarta-feira o deputado escocês pró-independência Ian Blackford, cujo partido, o SNP, exige um novo referendo sobre autodeterminação, depois do vencido em 2014, com a esperança de poder reintegrar a UE como um Estado independente.

Desde a sua entrada na Comunidade Econômica Europeia, em 1973, a relação britânica com o bloco tem sido marcada por conflitos. Mais interessado na integração econômica do que política, Londres se recusou em 1985 a participar dos acordos de Schengen e em 1993 da moeda única europeia, além de pedir redução na contribuição do orçamento comum.

Agora, a UE perde definitivamente este importante membro, de 66 milhões de habitantes e uma economia de 2,85 trilhões de dólares, e ganha o medo de que outros nacionalismos populistas sigam o exemplo. Porém, livre dos freios britânicos, poderá continuar trabalhando em seu projeto de maior integração política.

"Foi um longo caminho. É hora de deixar o Brexit para trás. Nosso futuro se constrói na Europa", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.


AFP e Correio do Povo