quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Representantes da Educação divergem sobre aulas presenciais no RS

Governo do RS autorizou a retomada das atividades nas escolas a partir do dia 8 de setembro

O governador salientou que todas liberações ocorrerão mediante acompanhamento do avanço da doença no Estado

O governo do Rio Grande do Sul detalhou nesta terça-feira o calendário de retomada das aulas presenciais no Estado. A partir do dia 8 de setembro, as escolas da Educação Infantil estão autorizadas a retomar atividades presencias em regiões que estejam na bandeira laranja ou amarela por mais de duas semanas no modelo de Distanciamento Controlado.
De acordo com o cronograma divulgado, o Ensino Médio (geral) e o Ensino Superior retomam as aulas presenciais na mesma data: 21 de setembro. Já os estudantes do ensino médio de instituições estaduais voltam para as classes somente em 13 de outubro. O Ensino Fundamental – anos finais – volta em 28 de outubro e o Ensino Fundamental – anos iniciais – em 12 de novembro. O governador salientou que todas liberações ocorrerão mediante acompanhamento do avanço da doença no Estado.
Favorável a volta, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) avaliou de forma positiva a divulgação de um calendário, que servirá de guia para as escolas públicas e privadas elaborarem a retomada das suas atividades. Em nota, no entanto, o sindicato defende que a maioria das escolas privadas de Educação Básica e instituições de Ensino Superior está com seus planos de contingência prontos e "há um intervalo muito longo entre as datas propostas para o retorno dos segmentos de ensino", o que acaba não contemplando as necessidades das famílias e alunos. 
O Sinepe/RS também pede aos prefeitos que cumpram a decisão do Governo do Estado, que não necessariamente obriga os municípios a seguir a autorizar o retorno, e pede que, caso eles entendam que não tem segurança para abrir escolas públicas na cidade, que dêem opção às escolas privadas "prontas para acolher seus alunos". 
Contrário ao retorno no momento atual da pandemia no Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) entende que "não há nenhuma condição de volta às aulas presenciais enquanto os números da pandemia não derem sinais claros de redução e controle" e defende que os professores devem participar da definição de calendário, junto à comunidade escolar, pais, professores e funcionários. 



Correio do Povo

Kabby Borders, atriz e assistente de direção

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Kabby Borders é atriz e assistente de direção, conhecida por Noche de Juegos (2018), The Founder (2016) e The Dirt (2019). Veja a biografia completa »


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Novo decreto libera comércio aos sábados em Porto Alegre

Decreto foi publicado no fim da tarde desta terça-feira

Comércio poderá funcionar aos sábados em Porto Alegre

Em videoconferência com as entidades empresariais, o prefeito Nelson Marchezan Júnior confirmou, nesta terça-feira, a flexibilização das atividades econômicas a partir desta quarta-feira. O prefeito afirmou que o novo decreto, publicado no final da tarde desta terça, vai ampliar o horário de funcionamento do comércio e de shoppings, além de permitir a abertura aos sábados.
O prefeito determinou a redução percentual da ocupação de templos religiosos de 50% para 30%, mas ampliou o limite de pessoas para participar dos cultos para 250, com cerimônia com duração máxima de 50 minutos e necessidade de cumprir com protocolos sanitários.
Com a decisão, o comércio de rua e em centros comerciais poderão funcionar de segunda a sábado, das 9h às 17h. Restaurantes, bares e lanchonetes de rua poderão abrir das 11h às 22h. Nos shoppings, o prefeito confirmou que as lojas vão poder abrir das 12h às 20h, enquanto restaurantes poderão funcionar até 22h, de segunda a sábado. 

Feriado

Sobre o funcionamento das atividades econômicas no feriado de 7 de setembro, Marchezan afirmou que não há restrição para a abertura do comércio. Questionado sobre a restrição de circulação em trecho da Orla do Guaíba, o prefeito prometeu avaliar, a partir de hoje, abertura de bares e restaurantes durante a semana. "Estamos estudando fazer a liberação de segunda a sexta, talvez só de bares e restaurantes. Até agora não tem nada definido", frisou.
O prefeito também explicou que o retorno das aulas ainda deve passar por avaliação do Comitê Temporário de Enfrentamento ao Coronavírus. A ideia é produzir uma minuta com os protocolos a serem estabelecidos para todas as faixas de ensino. Marchezan ressaltou que seriam necessárias pelo menos duas semanas de preparação para reorganizar e retomar as aulas municipais. "Provavelmente a gente demore um tempo para construir alternativas", assinalou, reforçando que o debate sobre o tema deve avançar até sexta-feira.

Eventos

No que diz respeito à retomada de realização de eventos, o prefeito frisou que é preciso definir alguns protocolos para projetar o reinício das atividades de 'alguns tipos de eventos' em Porto Alegre. "Os cuidados que a gente entende que são factíveis, compreensíveis, fiscalizáveis, e que geram melhor resultado de proteção em relação à contaminação", frisou.
O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região  (Sindha) destacou a importância da ampliação do funcionamento de restaurantes, bares e lancherias de rua e de shoppings na Capital. "Estamos muito satisfeitos, avançamos muito e queremos agradecer pela sensibilidade de permitir funcionamento até 22h. O setor vai desafogar um pouco", projetou.

Entidades elogiam decisão 

O presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas/POA), Paulo Kruse, elogiou a iniciativa da prefeitura e garantiu que a abertura aos sábados é fundamental para o setor, mas criticou a decisão de manter restrito o horário de funcionamento de lojistas de centros comerciais até 17h. "Estamos penalizando pequenos lojistas que estão em centros comerciais e não estão na rua, porque o movimento deles é das 17 às 22h. Eles ficam alijados da venda justamente no horário forte deles", lembrou.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL) afirmou que é importante valorizar a ampliação do horário de funcionamento. "Acrescentar hora no funcionamento de rua e shopping e a possibilidade de abrir aos sábados é um alento para todos nós. Da nossa parte vamos fazer máximo para que tudo ocorra com segurança, continuar conscientizando as pessoas para que se cuidem", destacou.
Em nota, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) defende maior flexibilização das atividades econômicas e abertura do comércio também aos sábados. Além de destacar que a Capital passou para a bandeira laranja do modelo de Distanciamento Controlado do governo gaúcho, a entidade destaca que houve melhora da situação do município em relação ao controle da Covid-19.
Por conta disso, a Fiergs propõe a ampliação de horários e dias de funcionamento 'imediatamente' já a partir do próximo sábado, dia 5, e a manutenção dos protocolos de segurança em saúde para funcionários e clientes. A entidade reforça que o funcionamento do varejo, atualmente, está restrito apenas durante a semana, de segunda a sexta-feira.

Correio do Povo

Formação de ciclone traz ventos fortes ao RS nesta quarta-feira

Ar quente eleva as temperaturas no Estado, com máximas na casa dos 30°C em muitas cidades

Ventos fortes devem atingir o RS nesta quarta-feira

A formação de um ciclone no Rio da Prata traz ventos fortes, com presença de ar quente e seco no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira. Assim, a nebulosidade diminui e o sol aparece na maioria das áreas. Há registro de nuvens em parte da fronteira com o Uruguai e no Sul do Estado.
De acordo com a MetSul Meteorologia, as rajadas de vento mais fortes devem se concentrar no quadrante Norte, na área de Santa Maria e nos Vales. A temperatura se eleva e deve fazer calor em diversas cidades. 
Em Porto Alegre, sol aparece entre nuvens. A mínima na Capital deve ser de 14°C, e a máxima chega aos 29°C.
Impactos da ventania
Porto Alegre e outras cidades tiveram já na segunda-feira rajadas de vento acima de 60 km/h, sem qualquer relação com ciclone, efeito de diferenças de temperatura e pressão no Rio Grande do Sul.
O impacto dos ventos ciclônicos, que por horas sopram com rajadas fortes, será mais sentido no Uruguai em departamentos do Sul e do Leste do país. Aqui, o Litoral Sul pode ter rajadas mais fortes. Um efeito indireto será vento forte do quadrante Norte. Quando ciclone se aprofunda no Prata, o sistema induz a formação de corrente de jato em baixos níveos da atmosfera. É como um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude da Bolívia até o Rio Grande do Sul, trazendo ar seco e quente, e no caso de hoje também fumaça de queimadas no Paraguai e no Centro-Oeste.
Merece atenção que uma frente fria ao avançar até quinta pelo Estado encontrará este corrente de vento divergente na frente, o que pode gerar vento forte na sua passagem e episódios isolados severos de ventania com danos.

Mínimas e máximas no RS

Capão da Canoa 15°C / 25°C
Caxias do Sul 12°C / 27°C
São Miguel 16°C / 31°C
Cruz Alta 16°C / 30°C
Bagé 12°C / 23°C
Pelotas 13°C / 22°C
MetSul Meteorologia e Correio do Povo

"Calendário não obriga o retorno", diz Leite sobre retomada das aulas no RS

Governador detalhou levantamento das restrições às aulas presenciais e destacou manutenção de modelo híbrido

Retorno começará no dia 9 de setembro

O governador Eduardo Leite detalhou, em live nesta terça-feira, o calendário para volta às aulas no Rio Grande do Sul após seis meses de paralisação pela Covid-19. A partir do dia 8 de setembro, as escolas da Educação Infantil estão autorizadas a retomar atividades presencias em regiões que estejam na bandeira laranja ou amarela por mais de duas semanas no modelo de Distanciamento Controlado. Leite reiterou que não se trata de uma determinação estadual, mas sim, um "levantamento das restrições", cabendo aos prefeitos, as instituições de ensino e os pais, decidirem pelo retorno ou não. 
"Entendemos que o risco, neste momento, é menor que o percebido em outros momentos. Não é uma volta a qualquer custo, nem um retorno desorganizado ou um retorno ao normal", disse. "É um calendário para autorizar, ou deixar de restringir, mas não obrigar um retorno. Os municípios poderão tomar suas decisões, respeitando os prazos mínimos para o retorno, que começa em setembro, mas vai até novembro. Algumas pessoas entendem de maneira equivocada de que voltaremos agora a movimentação de milhares de alunos, o que não é verdade", apontou. 

Rede estadual reinicia a partir de 13 de outubro

De acordo com um calendário divulgado pelo governo do RS, o Ensino Médio (geral) e o Ensino Superior retomam as aulas presenciais na mesma data: 21 de setembro. Já os estudantes do ensino médio de instituições estaduais voltam para as classes somente em 13 de outubro. O Ensino Fundamental – anos finais – volta em 28 de outubro e o Ensino Fundamental – anos iniciais – em 12 de novembro. O governador salientou que todas liberações ocorrerão mediante acompanhamento do avanço da doença no Estado.
Além da estabilização da pandemia no Estado, segundo Leite, a decisão pelo levantamento da suspensão de aulas no Rio Grande do Sul se deu em função também da retomada da economia. "Muitos pais voltaram presencialmente ao trabalho e não têm com quem deixar seus filhos. Esta volta ao trabalho impõe a necessidade de lugares para o cuidado com as crianças, que são as escolas de Educação Infantil. Um local não somente de cuidado, mas de estímulo à criança naquela fase inicial da vida, capacidade motora, de convívio, socioemocional", salientou.

Modelo híbrido seguirá e escolas precisarão adotar protocolos

O governo do Estado também estabeleceu protocolos para que as escolas voltem a funcionar presencialmente. De acordo com Leite, o sistema híbrido estadual, mesclando atividades remotas com presencias, seguirá funcionando. "Este retorno se dará com uma série determinações. As escolas terão de manter distanciamento, os intervalos terão que ser desencontrados para evitar aglomerações, turmas terão de ser dividas em grupos, a escola poderá fazer aula um dia com um grupo, outro dia com um grupo, ou semanalmente, existem uma série de protocolos e de cuidados. Será obrigatória a criação de comitês de emergências, que serão estabelecidos na escola. Também sempre antes da entrada ocorrerá medição de temperatura", explicou. 
O secretário de Educação do RS, Faisal Karam, ressaltou que os pais poderão optar entre enviar seus filhos para aula presencial ou manter o aluno de forma remota. "Cabe ao Estado ter dois sistemas. Por isso chamamos de híbrido, o presencial e o não-presencial. Este sistema veio para ficar no Rio Grande do Sul, não será abandonado após a pandemia. Ele vem para reforçar, qualificar e dar alternativas em uma nova modelagem de ensino".
Calendário:
Ensino Infantil: 8 de setembro
Ensino Médio (geral): 21 de setembro
Ensino Superior: 21 de setembro
Ensino Médio (estadual): 13 de outubro
Ensino Fundamental – anos finais: 28 de outubro
Ensino Fundamental – anos iniciais: 12 de novembro

Famurs segue contrária ao retorno às escolas

A construção do calendário de volta às aulas, anunciado de forma oficial nesta terça-feira pelo governador Eduardo Leite, foi articulado pelas Secretarias da Educação, da Saúde e de Articulação e Apoio aos Municípios, com a parceria do Comitê de Dados do Palácio Piratini. Mais cedo, em reunião com o governo estadual, a Famurs - Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul - se manifestou contrária a retomada e a programação. A entidade afirmou que o estudo apresentado pelo Executivo não levou em consideração o estágio da pandemia no Estado, na comparação com outros estados brasileiros e países, e não considerou um programa efetivo de testagem.

O presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, entende que ainda não há uma estrutura mínima para garantir que os protocolos sejam cumpridos. “O Estado, que deveria ser o primeiro a nos dar segurança, só vai retornar daqui a 45 dias. Nós, municípios, teremos que fazer o experimento, o teste e correr o risco de ter alunos contaminados, enquanto o Estado espera e, se tudo der certo, voltar em 45 dias. Mais uma vez a responsabilidade fica com os prefeitos e prefeitas” reprovou. 
Em live, o governador Eduardo Leite frisou que a decisão pelo retorno ou não das aulas caberá aos prefeitos, que poderão ser "mais restritivos e é recomendável que sejam", se sentirem que há um risco maior da pandemia em sua cidade. No entanto, reiterou que existem cidades que desejam retomar as atividades. "Assim como tivemos prefeitos contrários, observamos vários prefeitos favoráveis ao nosso calendário e a forma como ele foi proposto". 

Correio do Povo

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