terça-feira, 1 de setembro de 2020

Europa volta a ter jogos entre seleções em meio aos efeitos da Covid-19

Jogos não poderão ter a presença de torcedores, algo que não acontecia desde a Segunda Guerra Mundial

Jogos entre seleções não poderão ter a presença de torcedores

Após um hiato de quase um ano, os jogos entre seleções nacionais voltam a ser realizados nesta semana, apenas na Europa. A janela internacional (conhecida também como "data Fifa") se anuncia atípica com partidas sem a presença de público, vigilância sanitária contra a Covid-19 e diferenças de condicionamento físico entre as equipes.
Embora a pandemia continue a assolar o mundo, o futebol internacional tenta regressar ao Velho Continente, apesar das restrições que estão sendo reforçadas em muitos países.
Apenas a Uefa, confederação europeia, conseguiu manter os seus jogos, dando início à segunda edição da Liga das Nações, competição criada para substituir os tradicionais amistosos do terceiro trimestre do ano, geralmente pouco atrativos.
Já as demais confederações, terão de esperar pelo menos até outubro, segundo decisão da Fifa, entidade que rege o futebol mundial, "em resposta às mudanças provocadas mundialmente pela pandemia da Covid-19".
Enquanto Neymar e Messi não terão amistosos para disputar com as seleções de seus países, Brasil e Argentina, respectivamente, o francês Kylian Mbappé, companheiro do atacante brasileiro no PSG, e o português Cristiano Ronaldo, da Juventus, reencontrarão suas equipes nacionais, pela primeira vez desde novembro de 2019, data da última convocação antes da chegada da pandemia.

Nenhum jogo terá torcedores

Foram cerca de dez meses sem jogos entre seleções, um período nunca visto em muitos países desde a Segunda Guerra Mundial, com uma consequência principal: o adiamento em um ano do Eurocopa 2020, agora remarcada para os meses de junho e julho de 2021.
E o mês de setembro começa com alguns clássicos agendados, como Alemanha x Espanha, no dia 3, e França x Croácia, no dia 8, reeditando a final da Copa do Mundo de 2018.
Mas, além do desafio esportivo, o que marcará essa retomada dos confrontos entre seleções nacionais será o desafio da saúde.
Tal como nas fases finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa, em agosto, a Uefa determinou que todos os jogos da da Liga das Nações serão disputados sem a presença de público, mesmo em países como a França, onde um certo número de espectadores é permitido.
Por isso, a Espanha escolheu receber a Ucrânia no dia 6 de setembro no pequeno estádio Alfredo di Stefano (6.000 lugares), no complexo esportivo do Real Madrid em Valdebebas (ao norte da capital Madri).

"É normal ver mais casos positivos"

Embora na tabela não tenha nenhuma partida agendada para campo neutro e as restrições às viagens tenham sido contornadas com a adoção de medidas especiais para o deslocamento de jogadores, comissões técnicas, equipes de apoio e dirigentes, a vigilância para evitar a propagação da Covid-19 será minuciosa, com o mesmo protocolo adotado durante as fases finais das competições continentais.
"Os jogadores serão testados antes de virem para Clairefontaine (o centro de treino da seleção francesa) e depois serão submetidos a testes regulares em laboratórios certificados pela Uefa", explicou Emmanuel Orhant, o diretor médico da Federação Francesa.
A obsessão de todas as federações é obviamente impedir o contágio no elenco. Em algumas seleções, foram diagnosticados casos positivos que levaram ao afastamento de jogadores, como no caso de Mikel Oyarzabal, na Espanha, ou Paul Pogba, com a França.
"Os jogadores viajaram para todos os lugares durante as férias, por isso é normal ver mais casos positivos", afirmou o professor Enrico Castellacci, presidente da Associação Italiana de Médicos de Futebol, à imprensa local.
É importante destacar que, para muitos, a retomada desses compromissos ocorre logo após o período de férias. É o caso da Espanha, Inglaterra ou Itália, onde o fim dos campeonatos locais foi prorrogado até julho, ou agosto, para os clubes que se destacaram nas competições europeias.
Assim, por exemplo, os jogadores do Real Madrid voltaram a treinar no domingo e os do Barcelona retornam nesta segunda-feira, o primeiro dia de concentração da seleção espanhola. Já os jogadores que atuaram no campeonato francês estão prontos porque a nova temporada da competição foi iniciada no dia 22 de agosto.
Alguns treinadores optaram por adaptar as suas listas de convocados: na Alemanha, Joachim Löw não relacionou os jogadores do Bayern de Munique, que há oito dias conquistaram a Liga dos Campeões e não tiveram período de descanso.

AFP e Correio do Povo

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.067,00 em 2021

Valor, reajustado apenas com base na inflação, é inferior ao estimado na proposta de LDO enviada ao Congresso em abril

Pelo segundo ano consecutivo, o valor tem apenas o reajuste com base na inflação

O governo federal propôs um salário mínimo de R$ 1.067 para o próximo ano, segundo o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2021 apresentado nesta segunda-feira pela equipe econômica. A Constituição determina que o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior. Na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso em abril, o governo tinha estimado que o piso de 2021 seria de R$ 1.079.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.045. O reajuste, se aprovado pelo Congresso, começará a valer em janeiro de 2021, com pagamento a partir de fevereiro. Os valores ainda podem mudar no decorrer deste ano, com base nas projeções de inflação para o ano de 2020 (utilizadas como parâmetro para correção).
O valor do salário mínimo proposto pelo governo para o ano que vem tem correção somente pela inflação, ou seja, pela estimativa do governo para o INPC. Esse formato já foi adotado neste ano, quando a área econômica concedeu reajuste somente com base na inflação do ano passado.
Com isso, o governo mudou a política de aumentos reais (acima da inflação) que vinha sendo implementada nos últimos anos, proposta pela presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso. A política de reajustes pela inflação e variação do Produto Interno Bruto (PIB) vigorou entre 2011 e 2019, mas nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação.
Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base na inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) teve retração. Por isso, para cumprir a fórmula proposta, somente a inflação serviu de base para o aumento.
Ao conceder um reajuste menor para o salário mínimo, o governo federal também gasta menos. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo. De acordo com cálculos do governo, o aumento de cada R$ 1 no salário mínimo implica despesa extra em 2020 de aproximadamente R$ 355 milhões.
Agência Estado e Correio do Povo

Trensurb registra maior média de passageiros desde junho

Levantamento semanal leva em conta apenas dias úteis

Trensurb registrou maior número em média de passageiros desde junho

A Trensurb registrou, na quinta-feira da semana passada, a maior média de embarques por dia útil desde o mês de junho. Os 79.908 usuários superaram os 70.811 da quarta-feira, dia em que o sistema voltou a ultrapassar a marca de 70 mil, mesmo durante a pandemia de coronavírus. Desde 18 de agosto, a tendência é de crescimento no volume diário de passageiros, o que mostra um recuo no isolamento social.
Ainda assim, a cifra mais alta representa uma queda de mais de 50% na comparação com a primeira quinzena de março. Nos fins de semana, a procura volta a diminuir. No sábado, foram registrados mais de 37 mil embarques e no domingo outros 13 mil.
Veja os números divulgados pela Trensurb
Terça-feira (18): 66.529 usuários
Quarta-feira (19): 65.058
Quinta-feira (20): 65.821
Sexta-feira (21): 66.408
Sábado (22): 35.406
Domingo (23): 15.934
Segunda-feira (24): 69.777
Terça-feira (25): 69.597
Quarta-feira (26): 70.811
Quinta-feira (27): 79.908
Sexta-feira (28): 69.593
Sábado (29): 37.068
Domingo (30): 13.068
Rádio Guaíba e Correio do Povo

CONVERSÃO DE FÉRIAS E ADICIONAIS EM DOBRO NOS TRIBUNAIS FEDERAIS

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Pasmem!
CONVERSÃO DE FÉRIAS E ADICIONAIS EM DOBRO NOS TRIBUNAIS FEDERAIS
Percival Puggina, com informação do Diário do Poder

Governo desiste de adiar Censo e prevê R$ 2 bilhões para pesquisa em 2021

Proposta de adiamento foi duramente criticada por especialistas em políticas públicas

Governo cogitou adiamento do Censo para inflar orçamento do Ministério da Defesa

O governo desistiu de adiar o Censo Demográfico para 2022 e garantiu R$ 2 bilhões na proposta de Orçamento de 2021 para a realização da pesquisa, a mais detalhada sobre a realidade de cada pedaço do Brasil e considerada imprescindível para a definição de políticas públicas.
Como revelou o Estadão, o governo Jair Bolsonaro cogitou adiar o levantamento para turbinar os recursos para o Ministério da Defesa. A proposta foi fortemente criticada por economistas e especialistas em políticas públicas.
O Censo seria realizado neste ano, mas foi adiado devido à pandemia do novo coronavírus, já que requer a ida dos entrevistadores a todos os domicílios do País. Um novo adiamento poderia prejudicar as séries históricas de dados, algumas das quais já estão defasadas porque o IBGE, responsável pelo Censo, não recebeu em 2015 o dinheiro que bancaria a contagem populacional (uma pesquisa intermediária, realizadas entre os censos).
Em entrevista ao Estadão há duas semanas, o ex-presidente do IBGE Roberto Olinto disse que seria um "escândalo inaceitável" se o governo decidisse adiar o Censo para 2022 para irrigar recursos ao Ministério da Defesa. Para ele, o risco de fazer a pesquisa em ano de eleição é usá-la para fazer propaganda do governo.
"Ter o Censo também é fazer a defesa do País", afirmou Olinto, que dedicou 39 anos de sua vida ao IBGE, onde foi coordenador das Contas Nacionais por 10 anos, diretor de Pesquisas de 2014 a 2017 e presidente entre 2017 e 2019. Agora pesquisador associado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele avisou que o adiamento da pesquisa traria consequências gravíssimas para os municípios e o planejamento do País.
Os dados da população brasileira são atualizados a cada dez anos. Hoje, o que se sabe da população é com base em estimativa do Censo de 2010. Quanto mais se afasta da base do Censo, mais impreciso fica o dado para a definição de políticas públicas, inclusive distribuição de recursos para Estados e Municípios.
Os pesquisados do Censo visitam a casa de todos os brasileiros para traçar uma radiografia da situação de vida da população nos municípios e seus recortes internos, como distritos, bairros e outras realidades. Esse nível de minúcia não é alcançado em outras pesquisas do IBGE feitas por amostragem, que entrevistam apenas parcela da população.
A formulação do Bolsa Família, por exemplo, é baseada em informações sobre as famílias que estão em situação de pobreza, levantadas a partir de pesquisas como a Pnad, que traz dados sobre emprego e renda no País. A definição da amostra populacional que será ouvida na Pnad para fazer o retrato mais fiel possível do País é guiada pelos dados disponíveis sobre o total da população - ou seja, pelo Censo.
No caso de divisão de recursos federais, há casos de municípios que recorreram à Justiça para tentar ampliar os valores recebidos da União para políticas na área de saúde, por exemplo. A justificativa é que os dados do IBGE, que só tem conseguido fazer projeções da população, já não demonstram o real crescimento do número de pessoas vivendo em determinadas cidades. A pesquisa também é importante para que empresas possam tomar suas decisões de investimento.

Agência Estado e Correio do Povo