sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Presidente do Caxias se diz surpreso e chateado com final do Gauchão em dois jogos

Paulo César Santos lamentou que sua equipe ficará 28 dias parada até a primeira partida da decisão

Grêmio não aceitou decisão em jogo único

Com a decisão da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), que confirmou a final do Gauchão em dois jogos no dia 26 e 30 de agosto, o presidente do Caxias, Paulo César Santos, lamentou a ausência de consenso entre a equipe grená e o Grêmio, o que impossibilitou a definição do Estadual em um jogo único, já neste final de semana. 
"Realizamos uma reunião no início da tarde e logo na primeira manifestação o presidente Romildo disse que já tinha uma posição definida por ele e pelos dirigentes do Grêmio (pelos dois jogos) (...) Nos surpreende e nos deixa chateados, nos limita – e muito – nosso planejamento: 28 dias parados, sem realização de futebol", afirmou César Santos, em entrevista à Rádio Guaíba nesta quinta-feira. 
Pela longa paralisação que o clube terá de passar, o dirigente se vê prejudicado com a decisão e na sua visão, com todo o sacrifício feito para que o Gauchão pudesse ser finalizado seria melhor encerrar já neste final de semana. “A gente lutou até o final para ter um jogo mais equilibrado, em jogo único, mais justo”, apontou.
Na nota que informou a final em duas partidas, a FGF explica que o primeiro jogo não poderia ser realizado neste final de semana pela estreia do Grêmio no Brasileirão, contra o Fluminense, no domingo, às 19h e a não disponibilização da CBF de adiar o jogo – só seria possível adiar a partida caso o campeão saísse já neste final de semana, caso do Paulistão. 

Correio do Povo

FGF confirma final do Gauchão em dois jogos com partidas nos dias 26 e 30 de agosto

Segundo entidade, não houve consenso entre Grêmio e Caxias pela decisão em jogo único

Clubes realizaram reunião nesta quinta-feira

Por não ter um comum acordo entre as equipes de Grêmio e Caxias para transformar a decisão do Gauchão numa partida de jogo único, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) confirmou nesta quinta-feira que a final do Estadual será em dois jogos: ida no dia 26 de agosto, quarta-feira, no estádio Centenário, às 21h30min e volta no dia 30 de agosto, no domingo, na Arena do Grêmio, às 16h. 
Em nota, a entidade reitera que, por não haver consenso na reunião, "irá cumprir o artigo 16 do Regulamento Específico da Competição" colocando frente a frente, em ida e volta, o campeão da Taça Cel. Ewaldo Poeta e o campeão da Taça Francisco Novelletto Neto.
Ao contrário de alguns estaduais, que irão utilizar a primeira rodada do Brasileirão para realizar seus jogos, a FGF não realizar a partida de ida neste final de semana. De acordo com a entidade, a possibilidade de adiamento de jogos só havia sido cedida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) caso o campeão saísse já neste final de semana, o que não ocorrerá.

Correio do Povo

Comissão processante começa a apurar denúncia contra Marchezan

Esse é o primeiro processo de impeachment em tramitação na história da Câmara de Porto Alegre. Grupo apresentar parecer sobre impedimento ou não do prefeito da Capital

Reunião da comissão que analisa pedido de impeachment do prefeito municipal. Integrantes: vereadores Alvoni Medina (relator), Hamilton Sossmeier (presidente) e Ramiro Rosário

A Comissão Processante que analisará a denúncia que pede o impeachment do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) foi instalada na tarde desta quinta-feira. Os vereadores serão responsáveis por apresentar parecer encaminhando o arquivamento ou a necessidade de impedimento do prefeito, a partir das denúncias apuradas.  O impeachment somente ocorrerá se o relatório ter esse indicativo e o mesmo receber 24 votos favoráveis do plenário. 
 Em reunião, ficou determinado que o vereador Hamilton Sossmeier (PTB) será o presidente da comissão, e Alvoni Medina (Republicanos) será o relator. Além disso, o grupo tem a participação de Ramiro Rosário (PSDB), que é do mesmo partido do prefeito e foi o único, entre os três a ter votado contra a abertura da comissão. Esse é o primeiro processo de impeachment em tramitação na história da Câmara de Porto Alegre. 
“A Casa Legislativa tem um poder fiscalizador dos atos do Executivo e votamos a favor exatamente para dar uma resposta à sociedade, e também para que o senhor prefeito possa ter a oportunidade do contraponto e contraditório e fazer a sua defesa”, defendeu Sossmeier. 
Relator, Alvoni Medina ressaltou que o objetivo é identificar se houve de fato alguma irregularidade e buscar a verdade. “Nosso trabalho agora é analisar o fato tecnicamente. Queremos que a verdade seja esclarecida por meio da análise de fator e provas”, afirmou. Detalhou ainda que o trabalho da comissão será o de organizar o processo propriamente dito, porém, ressaltou que a palavra final será do plenário da Casa. 
Um dos primeiros atos da Comissão Processante é notificar o prefeito das denúncias, o que deve ocorrer amanhã. Marchezan terá o período de 10 dias para se pronunciar. Em seguida, a comissão terá mais cinco dias para avaliar as respostas e, por fim, mais cinco dias para contestações. Após, será apresentado um parecer prévio. A partir dele, o grupo ainda tem 90 dias para concluir o processo. 
Processo é 'simplório'
Durante evento da Carris, pela manhã, o prefeito manifestou-se sobre o processo. “Não é um momento de raiva. Podemos ter muitas convergências em relação ao coronavírus. Tentar politizar, partidarizar e tirar o foco do debate que interessa, a gente acaba ficando patético, como o prefeito de Itajaí (Volnei Morastoni) que sugeriu a alternativa do ozônio (no tratamento da Covid-19)”, afirmou. Ele enfatizou que existe uma perda de tempo, mas principalmente, perda de foco com a discussão do processo. “A causa de pedir (impeachment) me parece simplória, quase que inexistente, ou seja, gastar recursos do Fundo de Saúde em saúde e publicidade como determina a Constituição e decisões judiciais que são feitas por presidentes da República e por governadores que é cumprir a Constituição Federal e a lei de forma transparente”, afirmou.


Correio do Povo

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Ministério da Justiça diz ao STF que não investiga opositores nem faz "dossiês"

Pasta também afirmou não poder compartilhar informações de inteligência produzidas pela Seopi

Manifestação, aprovada pelo ministro da Justiça, foi endereçada à ministra Cármen Lúcia, do STF

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) não investigar opositores do governo, mas disse que não pode compartilhar informações de inteligência produzidas pela sua Secretaria de Operações Integradas (Seopi). Segundo a pasta, "não seria menos catastrófico abrir-se o acesso ao Poder Judiciário a relatórios de inteligência".
A manifestação, aprovada pelo ministro da Justiça, André Mendonça, foi endereçada à ministra Cármen Lúcia, do STF, que cobrou esclarecimentos sobre o monitoramento de servidores públicos antifascistas, revelado pelo site UOL. O prazo de 48 horas fixado pela ministra se esgotou hoje.
"A atividade de Inteligência dedica-se a produzir conhecimentos para assessorar o processo decisório das autoridades públicas. Assim, é dever dizer que não há qualquer procedimento investigativo instaurado contra qualquer pessoa específica no âmbito da Seopi, muito menos com caráter penal ou policial. Noutras palavras, não compete à Seopi produzir 'dossiê' contra nenhum cidadão e nem mesmo instaurar procedimentos de cunho inquisitorial", informou o Ministério da Justiça.
O ministério disse que a produção de relatórios em secretarias da pasta é "atividade essencial para a segurança do Estado e dos cidadãos". A pasta afirmou que a Seopi "não se coloca à serviço de grupos, ideologias e objetivos mutáveis e sujeito às conjunturas político-partidárias".
"Não se pode deixar de consignar que o vazamento de informações de inteligência é fato grave e que coloca em risco tanto atividades essenciais do Estado Brasileiro como pessoas eventualmente citadas nos relatórios, ainda que por simples pertinência temática com o assunto a ser abordado", observou a pasta.
Ao considerar "catastrófico" abrir o acesso de relatórios internos ao Poder Judiciário, o Ministério da Justiça sustenta que os sistemas de inteligência sofreriam com "crescentes instabilidade e insegurança" se as informações fossem divulgadas.
Entre os riscos apontados pelo governo estão o aumento do risco de exposição dos métodos e procedimentos dos órgãos, a inibição da atuação de agentes e intimidação de eventuais fontes de informações e o "colapso do sistema". "Relegaria a segunda plano o órgão legalmente vocacionado para promover o controle externo - Congresso Nacional - e, em última análise, permitiria, ainda que de forma transversa e em tese, que milhares de magistrados pudessem acessar relatórios de inteligência", diz a manifestação enviada pelo Ministério da Justiça.
A documentação do governo foi enviada ao Supremo depois de Cármen Lúcia cobrar explicações sobre um dossiê elaborado pela Seopi contra 579 servidores federais e estaduais identificados como integrantes do "movimento antifascismo".
A decisão de Cármen foi tomada em ação da Rede Sustentabilidade, que pediu ao STF a abertura de inquérito na Polícia Federal sobre o caso. "A gravidade do quadro descrito - a se comprovar verdadeiro - escancara comportamento incompatível com os mais basilares princípios democráticos do estado de direito e põe em risco a rigorosa e intransponível observância dos preceitos fundamentais da Constituição da República", escreveu a ministra.
O ministério defende o arquivamento da ação apresentada pela Rede Sustentabilidade, sob argumento que o partido político não conseguiu demonstrar a existência dos atos que descreveu.
Em um trecho da manifestação, o ministério pede "parcimônia e sensibilidade do Supremo Tribunal Federal", para que deixe a Comissão de Controle Externo da Atividade de Inteligência do Congresso Nacional fazer a análise sobre o tema, evitando "invadir esfera de competência do Poder Legislativo".

Demissão

Mendonça anunciou nesta semana a demissão do diretor de Inteligência da Seopi, coronel reformado Gilson Libório. O coronel - e praticamente toda a cúpula da Seopi - foi nomeada pelo próprio Mendonça, que assumiu a pasta no lugar de Sérgio Moro, em abril.
A Seopi foi criada por Moro para agrupar operações policiais contra o crime organizado, mas, sob Mendonça, mudou de diretores, nomeando pessoas próximas e ele, e de foco. Levantamento do Estadão mostrou que o atual ministro da Justiça trocou nove de um total de 14 pessoas indicadas pelo antecessor para compor a chefia da Seopi. O trabalho da secretaria virou alvo do Ministério Público após a revelação do UOL de que o órgão produziu relatório contra opositores do governo Jair Bolsonaro. Domingo, Mendonça anunciou uma sindicância interna.

Agência Estado e Correio do Povo