quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Ministro recebe defensores de aplicação retal de ozônio para tratar Covid-19

Prática ganhou notoriedade após o prefeito de Itajaí (SC) defender a aplicação de ozônio, pelo ânus, em casos que tiveram diagnóstico do novo coronavírus

Médicos analisam com preocupação a aplicação retal de ozônio como tratamento para pacientes com Covid-19

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu na última segunda-feira defensores do uso do ozônio como forma de tratamento para o novo coronavírus. O deputado Giovani Cherini (PL-RS) participou do encontro e apresentou o projeto de tratamento da Ozonioterapia em pacientes com Covid-19. A prática ganhou notoriedade após o prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni, defender a aplicação de ozônio, pelo ânus, em casos que tiveram diagnóstico do novo coronavírus.
Segundo Cherini, hospitais do Rio Grande do Sul já estão implantando a "Ozonioterapia" como opção de tratamento. "Um deles é o do Hospital Vila Nova, de Porto Alegre", afirma. O grupo foi liderado pela médica Maria Emília Gadelha Serra. Nas redes sociais, ela comemorou: "Ozonioterapia na Saúde!", em foto ao lado de Pazuello.
Participaram da reunião, o assessor parlamentar da pasta, Gustavo Machado Pires, o diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges), Vinícius Nunes Azevedo. Também estiveram com o ministro os deputados Osmar Terra (MDB-RS), e Darsísio Perondi, além de Airton Antônio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, assessor especial do ministro.

Preocupação

Médicos também analisam com preocupação a aplicação retal de ozônio como tratamento para pacientes com Covid-19. "Esta medida não tem nenhuma evidência científica. Até o momento, não temos nenhum medicamento comprovadamente eficaz e seguro nem para a prevenção nem para o tratamento da doença", afirma Leonardo Weissmann, consultor da SBI.
Segundo o infectologista, ações preventivas continuam sendo fundamentais para reduzir o número de casos. "Medidas de distanciamento de 1,5 a 2 metros entre as pessoas, o uso de máscaras de proteção facial por todos, além de lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar o álcool gel a 70%". "Se alguém sugere algum tratamento fora do usual, precisa ter justificativa técnica que explique o tratamento. Os experimentos com ozônio não tem nenhuma base científica ou lógica que consigam explicar sua ação no coronavírus", avalia Lauro Ferreira Pinto Neto, infectologista da SBI e professor da Santa Casa de Vitória.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) afirmou que médicos estão proibidos de prescrever ozonioterapia dentro de consultórios e hospitais por força de uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM 2181/2018). "A exceção pode acontecer em caso de participação dos pacientes em estudos de caráter experimental, com base em protocolos clínicos e critérios definidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa", indicou o órgão em nota.
Agência Estado e Correio do Povo

Osmar Terra: “Culpa do contágio no Estado não é das lojas abertas. É do frio!”

Número de candidatos deve crescer bem mais do que de eleitores nas Eleições 2020

TSE prevê que mais de 700 mil políticos sejam candidatos em novembro

Barroso disse que aumento de candidatos deve ocorrer por causa do fim das coligações

Os eleitores brasileiros terão de escolher prefeitos e vereadores neste ano considerando um volume muito maior de candidatos em relação a eleições anteriores, de acordo com estimativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgada nesta quarta-feira, 5.
O TSE prevê que mais de 700 mil políticos sejam candidatos nas eleições de novembro. No último pleito municipal, em 2016, o número foi 46% menor: 479,9 mil. Enquanto isso, o eleitorado apto a votar cresceu só 2,66% entre uma eleição e outra.
O aumento, de acordo com o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, deve ocorrer por causa do fim das coligações. "O aumento relevante do número de candidatos tem relação sobretudo com a vedação pelo Congresso, também em boa hora, das coligações proporcionais. Portanto, todos os partidos estão lançando candidaturas próprias", disse o ministro em entrevista coletiva de imprensa.
Esta será a primeira eleição municipal sem as coligações, regra que permitia partidos formarem blocos para o lançamento de candidatos. Formalmente isolados neste ano, cada legenda poderá lançar mais postulantes às vagas das Câmaras Municipais em comparação com anos anteriores.
Neste ano, com uma marca de 150 milhões de eleitores no País, o Brasil é a "quarta maior democracia do mundo", classificou Barroso, atrás de Índia, Estados Unidos e Indonésia. Nas eleições municipais de 2020, 147.918.483 brasileiros estarão aptos a votar (habitantes do Distrito Federal, de Fernando de Noronha e residentes no exterior não votam).
Entre os eleitores autorizados a ir às urnas, as mulheres são maioria e superam em mais de 7 milhões a quantidade de homens votantes: 52,49% do sexo feminino e 47,48% do sexo masculino. Há ainda um volume de 0,03% de eleitores que não informam o sexo no título de eleitoral, conforme aval da legislação. Nas eleições de novembro, 7.645 pessoas estão aptas a votar com o nome social, o que beneficia, por exemplo, homens e mulheres trans.
Além do fim das coligações, a cláusula de barreira também deve impactar no número de partidos políticos no País nos próximos anos, disse Barroso. Atualmente, 33 legendas estão oficializadas no TSE. Existem, porém, outros 84 partidos em fase de formação à espera de um carimbo da corte.
Recentemente, partidos menores foram incorporados por legendas maiores em função da cláusula de desempenho, que limita a distribuição do fundo partidário e do fundo eleitoral conforme o tamanho das bancadas no Congresso Nacional. A intenção é proibir repasses de recursos públicos para siglas nanicas.
Agência Estado e Correio do Povo

Miss Líbano passa por cirurgia de 6 horas após se ferir em explosão

Nadine Nassib Njeim teve o apartamento destruído em Beirute

Nadine Nassib Njeim teve apartamento destruído por explosão

A Miss Líbano 2004, Nadine Nassib Njeim passou por uma cirurgia de seis horas após ter se ferido na explosão que atingiu Beirute, no Líbano, na terça-feira, dia 4. 
A irmã da atriz e modelo, Rima Njeim, deu detalhes sobre o estado de saúde dela na manhã desta quarta-feira. 
"A todos que me perguntam sobre Nadine, ela foi ferida pela explosão, passou por uma longa cirurgia que durou seis horas, mas está melhor", contou nas redes sociais.
Horas depois da explosão, a própria Miss Líbano mostrou imagens do apartamento onde ela mora completamente destruído, além de sangue espalhado por toda parte.
Nadine ainda agradeceu por ter sobrevivido: "Agradeço a Deus por me dar uma segunda chance".

R7 e Correio do Povo

Senado aprova uso do salário-educação para pagar professores durante a pandemia

Agora texto será encaminhado à Câmara dos Deputados

O projeto foi relatado pelo senador Veneziano Vital do Rego (PSB-PB)

O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira o PL (Projeto de Lei) 2.906/2020, que permite, em caráter excepcional, o uso dos recursos do salário-educação para o pagamento de professores durante a pandemia da Covid-19. O texto será encaminhado à Câmara dos Deputados.
A Lei 9.766, de 1998, atualmente proíbe pagar funcionários com os recursos vindos do salário-educação. O PL 2.906/2020 modifica o artigo 7º da norma para excluir essa proibição enquanto estiver valendo o Decreto Legislativo 6, de 2020 (decretação do estado de calamidade pública em razão da Covid-19) ou até o fim de 2020, o que for mais longínquo, isto é, a autorização valerá até a data que ocorrer mais tarde.
O salário-educação é uma contribuição social destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica pública. Os recursos são repartidos em cotas, sendo os destinatários a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
O projeto foi relatado pelo senador Veneziano Vital do Rego (PSB-PB), que acatou três emendas de igual teor apresentadas em Plenário pelos senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e  Paulo Paim (PT-RS) e pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN).
As emendas condicionam o uso do salário educação para a remuneração dos professores à preservação dos programas suplementares da educação básica referidos no inciso VII do artigo 208 da Constituição (material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde).
Veneziano Vital do Rego rejeitou as emendas das senadoras Kátia Abreu (PP-TO) e Rose de Freitas (Podemos-ES), que permitiam o uso dos recursos em ações de acesso remoto às aulas e em iniciativas de caráter preventivo para viabilizar o retorno às escolas. O relator afirmou que não existe impedimento à utilização dos recursos para essas iniciativas.

Perda de receita

O autor do projeto, senador Dário Berger (MDB-SC), lembra que a educação pública perderá financiamento com a queda na arrecadação de impostos. Ele apresentou dados da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) segundo os quais a receita líquida de impostos, no cenário mais otimista, encolherá 7% (R$ 63,2 bilhões a menos). No pior cenário, essa queda poderá ser da ordem de 21% (R$ 189,6 bilhões de perda).
Segundo esses cálculos, a educação básica pública perderia, assim, R$ 17,2 bilhões no melhor cenário e R$ 52,4 bilhões no pior. Entre os entes federados, a queda nas receitas para a educação poderá variar de 4% a 27%, em função das características da arrecadação e do cenário de retração econômica.
“Tal medida dará certo fôlego aos entes federados, que têm na folha de pagamento um dos seus mais pesados compromissos financeiros, e contribuirá também para que os sistemas de ensino lidem com o desafio das demandas extras que podem surgir”, afirma Dário Berger.
Como demandas extras, Dário Berger enumera o aumento de matrículas na rede pública (em decorrência da crise econômica), a provisão de recursos tecnológicos para a educação a distância e o atendimento a exigências sanitárias para as aulas presenciais.



R7 e Correio do Povo