terça-feira, 4 de agosto de 2020

Onyx confessa caixa 2 e assina acordo com PGR

Ministro admitiu ter recebido R$ 300 mil em doações não contabilizadas do grupo que controla a empresa JBS

Onyx se comprometeu a pagar R$ 189,1 mil de multa para que a investigação seja encerrada

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem um acordo sigiloso assinado com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em que o político confessa ter cometido o crime de caixa 2. Ele se comprometeu a pagar R$ 189,1 mil de multa para que a investigação seja encerrada.
O acordo de não persecução penal ainda precisa ser analisado pelo relator do caso no Supremo, ministro Marco Aurélio Mello. Se homologado, impedirá Onyx de ser punido e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, a qual estaria sujeito caso a investigação resultasse em condenação.
É a primeira vez que a PGR assina um acordo desse tipo, introduzido na legislação brasileira após sanção do pacote anticrime, proposto pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro no ano passado. O modelo aprovado pelo Congresso, porém, é baseado numa proposta do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Pela lei, essa ferramenta jurídica é permitida quando a pena mínima é inferior a quatro anos, "desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime".
Onyx admitiu ter recebido R$ 300 mil em doações não contabilizadas do grupo que controla a empresa JBS, sendo R$ 100 mil nas eleições de 2012 e R$ 200 mil em 2014. O caixa 2 foi revelado por delatores da empresa. Logo após a delação da JBS sair, em maio de 2017, Onyx admitiu ter recebido apenas um dos dois pagamentos, o de R$ 100 mil, e negou o outro.
A investigação estava em um impasse, pois faltava o Supremo decidir sobre um recurso da defesa que buscava impedir o envio do caso à primeira instância. Nos bastidores da PGR, o caso é descrito como importante e pode ser o primeiro de outros acordos de não persecução penal que o órgão espera firmar.
Advogado de Onyx, Daniel Bialski disse que aguarda a confirmação do acordo. Segundo ele, o ministro usará um empréstimo para fazer o pagamento. "Diante da nova legislação processual e com a intenção do ministro em solucionar isso de uma vez por todas, foi postulado junto à PGR o acordo de não persecução penal. Agora esperamos que o Supremo homologue o acordo e a causa seja extinta", disse o advogado de Onyx.
Agência Estado e Correio do Povo

China acusa EUA de "intimidação" pela venda forçada do TikTok

App encerrará as atividades no país ocidental "a menos que a Microsoft ou alguém possa comprá-lo e concluir um acordo"


Trump fixou 15 de setembro como

A China acusou nesta terça-feira o governo dos Estados Unidos de "intimidação pura e simples" depois que o presidente Donald Trump ordenou a venda até meados de setembro do popular aplicativo TikTok, que pertence à empresa chinesa ByteDance. O app encerrará as atividades no país em 15 de setembro "a menos que a Microsoft ou alguém possa comprá-lo e concluir um acordo", anunciou na segunda-feira o presidente Donald Trump.
Em um contexto de tensões políticas e comerciais com Pequim, Washington acusa há vários meses a plataforma de ser utilizada pelos serviços de inteligência chineses para vigilância. Ao ser questionado sobre o anúncio de Trump, o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, acusou o governo dos Estados Unidos de atacar de maneira frequente as empresas estrangeiras abusando da noção de segurança nacional.
"Isto vai contra os princípios da economia de mercado e os princípios de abertura, transparência e não discriminação da OMC", afirmou o porta-voz. "Trata-se de intimidação pura e simples. A China se opõe de maneira firme", completou. Sem mencionar medidas de represália, Wang considerou que Washington está abrindo "a caixa de Pandora".
"Se todo mundo imitar os Estados Unidos, qualquer país poderá adotar medidas similares contra empresas americanas em nome da segurança nacional", advertiu.
AFP e Correio do Povo

Mais vagas de emprego em Porto Alegre - 04.08.2020

Lucro de bancos supera R$ 10 bilhões entre abril e junho

Mesmo com cifra alta, número representa queda na comparação com o mesmo período do ano passado

Lucro superou a casa dos R$ 10 bilhões

Os três maiores bancos privados do País tiveram lucro líquido de R$ 10,2 bilhões no segundo trimestre, queda de 40% em um ano, quando o ganho conjunto havia sido de R$ 17,1 bilhões. O resultado foi impactado pelo reforço de reservas para absorver o esperado aumento da inadimplência devido à pandemia de coronavírus. "Este foi um dos piores trimestres da história do Brasil, em termos de desempenho econômico", disse o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, em nota à imprensa.
Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander gastaram R$ 23,6 bilhões com calotes no segundo trimestre, salto de quase 90% em relação ao mesmo período de 2019. Frente ao primeiro trimestre, as despesas com provisões subiram em 8,56%. De abril a junho, Santander e Bradesco seguiram ampliando as reservas, enquanto o Itaú fez o movimento contrário.
Agência Estado e Correio do Povo

Novo Hamburgo (RS) prepara flexibilização para atividades econômicas

Segundo o Executivo, a mudança ocorre em razão da melhoria nos indicadores do Distanciamento Controlado

Porém, esta flexibilização não se estende a lancherias e lanchonetes

A Prefeitura de Novo Hamburgo publica nesta terça-feira um novo decreto que flexibiliza algumas atividades econômicas na cidade. Segundo a prefeita Fátima Daudt, a mudança ocorre em razão da melhoria de vários indicadores no sistema de distanciamento controlado aplicado no município.
"Nós respeitamos este modelo de distanciamento adotado pelo governo do Estado, mas consideramos justificável uma adequação”, afirma, lembrando que os indicadores do município têm apresentado uma sistemática melhora nas últimas três semanas.
Entre as melhorias, a prefeita destaca o aumento no número de leitos clínicos e de UTI para atendimento de pacientes de Covid-19 e a acentuada queda nas internações clínicas e de UTI na cidade. “Todos lembramos que há cerca de três semanas vivíamos a expectativa de irmos para a bandeira preta. Agora, já há duas semanas estamos na iminência da bandeira laranja. Isso precisa ser reconhecido”, reforça Fátima. A prefeita lembra que a Região 07 está entrando na sétima semana em bandeira vermelha, com fortes impactos na economia.
O decreto municipal, que já passa a valer nesta terça, permite o funcionamento do comércio não essencial na proporção de um cliente por atendente; também permite a abertura de restaurantes ala carte e prato feito, além de bufê desde que o prato seja servido pelo funcionário do restaurante, sempre com até 50% da capacidade do restaurante. Porém, esta flexibilização não se estende a lancherias e lanchonetes.
Além disso, fica determinado o fechamento de todos os estabelecimentos à noite, a partir das 23 horas. “Achamos fundamental seguir com restrições na vida social noturna, pois é onde o contágio pode ocorrer com força”, pondera a prefeita, corroborando que o município seguirá as demais restrições previstas na bandeira vermelha.
Correio do Povo