quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

1o CONGRESSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PRÓ-SOCIEDADE

por MP Pró-Sociedade. Artigo publicado em 04.12.2018

NOTA DO EDITOR
É promissora para a sociedade a notícia de que membros do Ministério Público constituem associação para conceber formas de tornar mais efetivas suas atribuições constitucionais voltadas para a defesa e proteção da sociedade.

Os membros do Ministério Público brasileiro, reunidos no 1º Congresso do Ministério Público Pró-Sociedade, realizado na sede da Fundação Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em Brasília, DF, nos dias 29 e 30 de dezembro de 2018,

CONSIDERANDO que, segundo a Constituição da República, o Ministério Público é função essencial à justiça, incumbe-lhe defender a ordem jurídica, o regime democrático e os direitos sociais e individuais indisponíveis dos brasileiros;

CONSIDERANDO que as funções do Ministério Público devem-se exercer em prol dos indivíduos, das famílias e da Sociedade;

CONSIDERANDO que o Ministério Público não deve ser "agente de transformação social", pois é a Sociedade que tem legitimidade para se transformar;

CONSIDERANDO que os representantes eleitos pelo povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte, instituíram um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma Sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgando, sob a proteção de Deus, a Constituição da República de 1988;

CONSIDERANDO que toda atuação do Ministério Público deve fundamentar-se na ordem, na liberdade e na justiça, conforme estabelecido pelos legítimos representantes eleitos pela Sociedade, desde a Constituição e até a legislação infraconstitucional;

CONSIDERANDO que as ideologias são dogmáticas que colocam objetivos e doutrinas seculares no lugar de objetivos e doutrinas religiosas; e que prometem derrubar “dominações presentes” para erigir novas formas de dominações;

CONSIDERANDO que as ideologias estão fundamentadas apenas em ideias, sonhos, abstrações em oposição à concretude dos fatos, da realidade, da verdade;

CONSIDERANDO que as ideologias buscam impor de formas variadas – derramamento de sangue, destruição da religião, da cultura, da moral, do direito etc. - revoluções que destroem a ordem, a liberdade e a justiça, para, sobe os seus escombros, construir Sociedades totalitárias; CONSIDERANDO que a “ideologia de gênero” é experimento totalitário de engenharia social que destrói a identidade natural do ser humano, usando as escolas como laboratórios e os estudantes (crianças e adolescentes) como cobaias;

CONSIDERANDO que, apesar de sua universalidade e oponibilidade, não apenas ao Estado, mas a qualquer pessoa ou entidade, os direitos humanos das vítimas têm sido relegados ao desprezo e ao esquecimento;

CONSIDERANDO a afirmação do psiquiatra Anthony Daniels, conhecido pelo pseudônimo Theodor Dalrymple, na obra “A pobreza do mal”, no sentido de que “a única causa inquestionável da violência, tanto política como criminosa, é a decisão pessoal de a cometer”;

CONSIDERANDO que conservadorismo não é ideologia, mas expressão da realidade pautada na ordem, na liberdade e na justiça; e

CONSIDERANDO que as Sociedades não desejam que a ordem, a liberdade e a justiça sejam destruídas para, sobre seus escombros, erigirem-se utopias ideológicas de qualquer natureza,

RESOLVEM aprovar e tornar público aos demais membros do Ministério Público e à Sociedade brasileira os seguintes enunciados:

Enunciado 1 – O Ministério Público deve zelar pelos fundamentos do Estado Democrático de Direito, instituído pela Constituição, notadamente: a soberania, a cidadania, a dignidade humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político (art. 1º, caput, incisos I ao V, da Constituição).

Enunciado 2 – O Ministério Público deve promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, religião, filosofia, política, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso III, da Constituição).

Enunciado 3 – O Ministério Público deve defender a inviolabilidade dos direitos à vida, desde a concepção, à liberdade, à igualdade, à propriedade, à segurança (art. 5º da Constituição).

Enunciado 4 – O Ministério Público deve proteger especialmente a família como base da Sociedade (art. 226 da Constituição).

Enunciado 5 – O Ministério Público deve garantir que a Constituição e as leis sejam aplicáveis também nas salas de aula de escolas e universidades.

Enunciado 6 – É dever do Ministério Público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (art. 227 da Constituição).

Enunciado 7. O Ministério Público deve reconhecer que as crianças e os adolescentes são pessoas em desenvolvimento e lhes garantir que não sejam expostas a conteúdo pornográfico ou obsceno, a fim de lhes preservar a sua integridade e dignidade sexual, em todo o território nacional, inclusive em salas de aula, eventos artísticos etc. (art. 227 da Constituição).

Enunciado 8 – O Ministério Público deve reconhecer que, nas relações escolares e acadêmicas, os estudantes (crianças, adolescentes), por ser pessoas em desenvolvimento, estão em situação de vulnerabilidade diante de professores e autoridades.

Enunciado 9 – O Ministério Público deve garantir aos pais, e quando for o caso aos tutores, o direito a que seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja acorde com suas próprias convicções (art. 12, item 4, da Convenção Americana dos Direitos Humanos, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto nº 678/1992).

Enunciado 10 – O Ministério Público deve garantir à criança e ao adolescente o direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; direito de ser respeitado por seus educadores; direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; o direito de organização e participação em entidades estudantis; o acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência (art. 53, incisos I ao V, do Estatuto da Criança e do Adolescente).

Enunciado 11 – O Ministério Público deve garantir aos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes o direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais escolares (art. 53, parágrafo único, do Estatuto da Criança e do Adolescente).

Enunciado 12 – O Ministério Público deve proteger a dignidade da criança e do adolescente de “práticas pedagógicas” abusivas, entendidas, entre outras condutas, a estimulação sexual, a doutrinação ideológica, política ou partidária, ainda que a pretexto educacional, promovendo a responsabilização administrativa, cível e criminal dos atos abusivos (art. 1º, inciso III, da Constituição, 927 a 954 do Código Civil, 225 a 258-C do Estatuto da Criança e do Adolescente).

Enunciado 13 – O Ministério Público deve garantir aos pais ou responsáveis o acesso à informação e ciência do conteúdo das aulas ministradas aos seus filhos ou incapazes sob guarda, tutela ou curatela, inclusive mediante registro audiovisual, para cumprimento dos direitos e deveres inerentes ao poder familiar, guarda, tutela ou curatela (art. 5º, inciso XIV, da Constituição, 1.630 a 1.638, 1.728 a 1.783 do Código Civil, 33 a 38 do Estatuto da Criança e do Adolescente).

Enunciado 14 – O Ministério Público deve, perante a existência de indícios de que as escolas estão sendo usadas para fins de estimulação sexual, doutrinação ideológica, política ou partidária, adotar as medidas destinadas a prevenir e reprimir a ocorrência de lesão aos direitos da criança e do adolescente, no termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 70).

Enunciado 15 – O Ministério Público, diante de indícios de alienação parental com participação de professor ou autoridade escolar, deverá tomar as medidas adequadas à proteção dos direitos da criança e do adolescente e ao exercício do poder familiar, guarda ou tutela (art. 2º, caput, parágrafo único da Lei nº 12.318/2010).

Enunciado 16 – O Ministério Público deve reconhecer que as liberdades de informação, opinião e expressão nos meios de comunicação em geral, inclusive na internet, consubstanciam direito humano à comunicação, que não devem ser objeto de censura ilícita, a pretexto de combate, por exemplo, a “fake news” ou “notícias falsas”.

Enunciado 17 – O Ministério Público deve zelar pelo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância às liberdades de informação, opinião e expressão, que consubstanciam direito humano à comunicação.

Enunciado 18 – O Ministério Público deve combater toda forma de censura ilícita às liberdades de informação, opinião e expressão nos meios de comunicação social, inclusive na internet.

Enunciado 19 – Os participantes do 1º Congresso do Ministério Público Pró-Sociedade solicitarão ao Conselho Nacional do Ministério Público, ao Conselho Nacional dos Procuradores-gerais de Justiça e aos Ministérios Públicos que instituam, nas suas respectivas estruturas, comissão de defesa dos direitos humanos das vítimas.

Enunciado 20 – Os participantes do 1º Congresso do Ministério Público Pró-Sociedade solicitarão que, nos eventos de qualificação profissional promovidos pelos ramos do Ministério Público, pelas suas escolas vinculadas e pelo Conselho Nacional do Ministério Público, deve-se garantir a pluralidade de informações, opiniões e ideias mediante incentivo do debate de diferentes visões de proteção da Sociedade.

Enunciado 21 – Os participantes do 1º Congresso do Ministério Público Pró-Sociedade apoiam o Efetivismo Penal, mediante implantação de novas políticas e alterações legislativas criminais que resultem no aumento da eficácia do sistema socioeducativo, dentre elas, a redução da maioridade penal para 16 anos e a definição dos tipos penais sobre os quais deve incidir a regra do aumento do tempo de cumprimento das medidas, cujos limites precisam ser debatidos.

Enunciado 22 – O Efetivismo Penal repudia a política de soltura indiscriminada de criminosos e recomenda a diminuição da lotação carcerária mediante criação de vagas no sistema prisional, com os recursos existentes no Fundo Penitenciário Nacional.

Enunciado 23 – O Ministério Público deve reconhecer que a prática do crime é, essencialmente, uma decisão pessoal.

Brasília, 30 de novembro de 2018.

Ailton Benedito de Souza
Procurador da República
Relator

Renato Barão Varalda
Promotor de Justiça – MPDFT
Coordenador do Congresso

Adriano Alves Marreiros
Promotor de Justiça
Coordenador do Congresso

Puggina.org

Putin alerta que se EUA construírem mísseis, Rússia fará o mesmo

Presidente russo reagiu à declaração de que Washington deixará de cumprir obrigações de tratado de forças nucleares

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Putin também negou que Rússia tenha violado tratado | Foto: Maxim Shemetov / POOL / AFP / CP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou nesta quarta-feira que se os Estados Unidos se retirarem de um importante tratado nuclear e começarem a desenvolver mísseis de médio alcance banidos pelo acordo, Moscou fará o mesmo. Os comentários de Putin, divulgados por agências de notícias russas, vieram um dia depois de o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciar durante reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que Washington irá suspender obrigações previstas no Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, pela sigla em inglês) em 60 dias, devido à suposta violação do acordo por Moscou. O governo russo nega que tenha violado o tratado, assinado em 1987.

No mês passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou decisão de abandonar o INF, que vem sendo considerado um marco da segurança global, com a alegação de que Rússia e China - que não é signatária do tratado - de violá-lo.

Putin disse hoje que a decisão dos EUA significa que Washington quer desenvolver mísseis de alcance intermediário. A resposta de Moscou, disse o presidente russo, será "fazer o mesmo".

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

SÉRIE

Netflix renova "Narcos: México" para segunda temporada

MÚSICA

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Kamasi Washington, embaixador do jazz, fará show em Porto Alegre

TEATRO

3ª edição do Festival Estadual de Teatro começa nesta quinta

CINEMA

Comediante Kevin Hart vai apresentar o Oscar 2019


VÍDEO

Robôs auxiliam funcionários em nova biblioteca na Finlândia

Ministério Público Eleitoral denuncia Marcelo Crivella por abuso de poder político

Prefeito do Rio é acusado de usar a máquina pública para beneficiar um candidato a deputado federal nas últimas eleições: https://tinyurl.com/y8jqvq94 #GloboNews

G1.GLOBO.COM

Ministério Público Eleitoral denuncia Marcelo Crivella por abuso de poder político

“Faria tudo mil vezes e repito, eu tenho vergonha do STF”, diz advogado que recebeu ordem de prisão de Lewandowski em entrevista ao MBL News


Na última quarta-feira, 5, o Brasil ficou horrorizado ao descobrir que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, deu ordem de prisão a um advogado que falou o que a grande maioria da população pensa: o STF é uma vergonha.

O fato aconteceu durante um voo de São Paulo com destino a Brasília. Cristiano Caiado de Acioli, 39 anos, estava sentado próximo ao ministro e fez uma gravação de protesto com seu celular. Na filmagem é possível escutar Lewandowski, no auto de seu autoritarismo de toga, perguntando: “Vem cá… você quer ser preso?”. Abismado, Cristiano reage: “Chama a Polícia Federal então.” Assim que o avião pousou, Cristiano foi “preso” por um servidor de Lewandowski, que sequer era policial e não quis se identificar. Não foi informado dos motivos pelos quais estava sendo conduzido para a Superintendência da PF em Brasília. “Ele não quis me informar”.  Com o vídeo circulando pelas redes sociais, todo o país se sentiu ofendido pela atitude autoritária do ministro. No Twitter, a hashtag #MePrendeLewandowski chegou aos trending topics.

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Mov. Brasil Livre@MBLivre

VERGONHA! Ministro do STF, Lewandowski mandou prender um jovem que falou que o STF era uma vergonha.

17,6 mil

11:40 - 4 de dez de 2018

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Às 20h00 de ontem, o Movimento Brasil Livre de Brasília fez uma projeção nas paredes do arcaico prédio da Suprema Corte. “Esse é o prédio do Supremo Tribunal Federal. A gente tá aqui porque eles tem que encarar a verdade. O povo brasileiro vai lutar contra qualquer tipo de censura. Não vai ser na base da carteirada que eles vão impedir nossa liberdade de expressão”, diz Gabryel Rios, um dos coordenadores do MBL em Brasília.

Vídeo incorporado

Mov. Brasil Livre@MBLivre

MBL em frente ao STF agora protestando CONTRA O AUTORITARISMO DO LEWANDOWSKI. Mandar prender cidadão que chamou o STF de vergonha? #MePrendeLewandowski

23,7 mil

21:18 - 4 de dez de 2018

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“Criou-se agora o crime de opinião no Brasil. Basicamente, se você expressa a sua opinião, e se ela desagrada alguém que se acha um Deus que caminha sobre a terra, como o ministro Lewandowski, você pode ir preso. Isso é um absurdo. O Lewandowski está extrapolando todo e qualquer poder que a instituição do STF poderia dar pra ele. Isso não pode existir em uma democracia”, disse Pedro Deyrot, fundador e coordenador nacional do MBL, em um vídeo publicado no canal do movimento no Youtube.

Nossa equipe procurou Cristiano para saber como foi o fato, e ficamos surpresos ao descobrir que ele é um dos apoiadores do movimento. Abismado com a atitude de Lewandowski, o advogado relatou a ordem de prisão arbitrária e disse que se sentiu ofendido “enquanto ser espiritual, humano, cidadão, advogado e brasileiro”. Também contou sobre a postura da Polícia Federal durante a condução. “Foi um dia muito confuso”. De fato.

Leia a seguir a entrevista com Cristiano na íntegra:

Como foi que aconteceu a ordem de prisão? Qual foi a justificativa que te apresentaram?

Cristiano: “Eu não acompanhei a ordem de “prisão”, fiquei muito paralisado ao entender que iria ser preso por ter feito a minha manifestação pontual e respeitosa ao Ministro. Em Congonhas eu notei apenas que ele deu uma ordem de chamar a Polícia Federal. Quando eles entraram na aeronave, eles apenas me questionaram sobre o que estava ocorrendo. Eu disse que nada e lhes contei que apenas havia feito uma manifestação pessoal e respeitosa ao Ministro de acordo com os limites constitucionais. Em Brasília, assim que o avião pousou, quem primeiro adentrou na aeronave e veio me “prender” foi uma sujeito que não era policial, mas se fez passar por um sem sê-lo. Eu perguntei porque eu estava sendo preso, ele não quis me informar. Eu lhe questionei quem era ele, que também não respondeu isso.”

Como foi o processo de atendimento na Polícia Federal?

Cristiano: “Os policiais que me conduziram na viatura da PF até a superintendência foram muito corteses e educados comigo o tempo todo. Eles diziam que não estavam me prendendo, mas em nenhum momento me deram qualquer opção que não fosse a de ser conduzido para a minha detenção. Uma vez na Polícia Federal eu vivenciei um dia muito confuso. Ninguém sabia me explicar a razão, ou fulcro legal da minha detenção. Em nenhum momento me apresentaram uma razão que justificasse a minha detenção. O atendimento da Polícia Federal foi muito moroso, e como disse anteriormente, muito confuso. Ninguém sabia explicar absolutamente nada.”

O que você achou da atitude do Lewandowski? Você irá tomar medidas jurídicas contra o ministro, como, por exemplo, pedir o impeachment dele?

Cristiano: “A atitude do Min. Lewandowski me ofendeu enquanto ser espiritual, ser humano, cidadão, advogado, brasileiro. O episódio deixou patente a vilipendiação dos direitos mais básicos, houve de forma estranha a utilização de toda a estrutura do Estado para reprimir a um anseio democrático. Justo de alguém a quem muitos gostam de enaltecer como um Ministro garantista. Para a minha pessoa não foi dada nenhuma garantia. Nenhum indivíduo deve ser tolhido de seu direito mais puro de se expressar, e a liberdade deveria ser a regra máxima para àqueles que nenhum crime cometeram, para a sociedade. Uma conduta de impor o medo à crítica não é característica de uma democracia, é ferramenta de regimes despóticos. Que país é esse onde temos medo de tudo e agora devemos ter medo até de ter vergonha?”

Sua ação gerou muita comoção. Como você se sente sabendo que as palavras dele se tornaram um símbolo contra a sombra de injustiça que o STF vem lançando sobre o Brasil?

Cristiano: “Eu me sinto imensamente realizado em poder ter dado uma pequena colaboração para injetar coragem, alegria, otimismo e patriotismo em todo o nosso país. As pessoas precisam sim se indignar, elas tem o direito absoluto para isso, e em nosso caso, possuem também todas as razões para tanto. O que me causa tristeza é ver um povo achando normal viver na inversão de valores e submisso ao medo e à apatia. A sociedade brasileira precisa de bons símbolos e precisa lutar para fazer prevalecer uma simbologia que nos erga. O pensamento tem poder, as palavras muito mais, e delas saem grandes e pequenas atitudes que alteraram o universo. O Supremo Tribunal Federal precisa ser repensado, assim como outras instituições, pois os seus componentes não respondem nem a Deus. A Justiça surge não apenas da lei, mas de uma correspondência entre os julgadores e os julgados. Quando se tem uma corte composta por 11 ilhas sem qualquer comprometimento com o distante continente das pessoas com as suas dores e realidade, esse quadro sempre impedirá que tenhamos bons julgados que nos encha de orgulho. Eu não diria que o STF vem lançando uma sombra de injustiça, eu acho que dado todos os acontecimentos, o STF é a própria escuridão.”

O que você achou da projeção da frase “O STF é uma vergonha” nas paredes do prédio do Supremo?

Cristiano: “A projeção da frase “O STF é uma vergonha” nas paredes do prédio do Supremo é um gesto de quem desafia o medo, que jamais deveria ser vivenciado dessa forma em uma democracia; é uma frase de esperança e de conforto para todos que tem otimismo, é um raio luminoso que vai muito além do sentido da visão, é acima de tudo uma porta para que a própria Justiça possa escapar da escuridão a qual ela estar presa. A Justiça quer servir, ela quer ser justa, ela quer realizar. Essa projeção é uma homenagem singela à Justiça, foi um ato de solidariedade a cada brasileiro que acha o absurdo normal, àquele que está sem voz, é sem dúvida alguma algo engasgado na garganta de todos nós.”

Você acha que sofrerá retaliações?

Cristiano: “Eu não acho que eu irei sofrer retaliações. Eu já estou sofrendo, desde ontem, ao ser detido sem crime. É uma luta extremamente desigual. A minha vida pessoal está vasculhada, a minha existência profissional ameaçada. Em todos os campos eu estou enfrentando uma batalha. Toda a estrutura do Estado está sendo usada contra a minha pessoa. Desde ontem eu sou um inimigo do Estado. E quanto ao Ministro nada… Com todo o respeito, eu preferiria estar no lugar de David. Faz parte, não existe vitória sem luta. Faria tudo mil vezes e repito, eu tenho vergonha do STF. Eu queria dedicar as palavras a todas as lideranças que estão nos inspirando a ter coragem. Parabéns pela sua luta MBL.”

***

O Movimento Brasil Livre continuará acompanhando os desdobramentos do caso e dando o suporte necessário para garantir que a liberdade de expressão não será vítima de nenhum aspirante a ditador de toga.

MBL News

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Gilmar Mendes pede vista e adia julgamento da liberdade de Lula

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O Supremo Tribunal Federal não terminou hoje o julgamento do sétimo (não perca as contas!) pedido de Habeas Corpus para o ex-presidente Lula, preso em Curitiba para cumprir pena por ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Dessa vez, a defesa de Lula alega que Moro perdeu a imparcialidade de julgar o petista, já que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça e Segurança Pública. Os advogados pedem a anulação de todas as ações de Moro no caso.

Se o pedido de Lula e seus advogados for aceito, ele será solto.

Votaram contra o Habeas Corpus os Ministros Edson Fachin e Carmen Lúcia. Gilmar Mendes pediu vista e suspendeu o julgamento. Faltam ainda os ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

MBL News