quarta-feira, 8 de março de 2017

Bradesco acaba com rotativo do cartão de crédito a partir de abril

por TÁSSIA KASTNER

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O Bradesco decidiu acabar com a linha de crédito rotativo para se adequar às novas regras dos cartões de crédito, que começam a valer em abril.
O cliente que não conseguir quitar integralmente a fatura do cartão contratará automaticamente um parcelamento do valor devido em 12 vezes. A primeira parcela será paga na fatura do mês seguinte.
No final de janeiro, o CMN (Conselho Monetário Nacional) divulgou novas regras para impedir que bancos deixem seus clientes no crédito rotativo por mais de um mês. Depois desse período, a instituição é obrigada a parcelar o débito do cliente em condições mais favoráveis –ou seja, juros menores.
O cliente entra no rotativo quando paga um valor entre o mínimo de 15% e o máximo da fatura.
Na prática, o Bradesco está unificando as duas linhas. Os juros cobrados irão de 3,60% a 9%, diz Rômulo Dias, diretor-executivo do Bradesco. De acordo com ele, as taxas serão 30% menores que as pagas no rotativo.
Hoje, o banco cobra, em média, 17% ao mês no crédito rotativo e 8,02% no parcelamento de fatura, segundo dados do Banco Central.
"Além de ter taxas mais em conta, a pessoa vai poder se planejar melhor porque vai ter mais prazo para pagar e taxa menor. A parcela vai caber no bolso", diz.

FIM DO ROTATIVO
Em dezembro do ano passado, o presidente Michel Temer anunciou que nenhum banco poderia deixar clientes por mais de 30 dias no rotativo do cartão e que a medida reduziria os juros cobrados pela metade.
O que o governo anunciou foi uma medida que já vinha sendo discutida pela Abecs (associação da indústria de cartões). No entanto, emissores esperavam poder manter clientes no rotativo por mais meses, pelo menos três.
Em junho do ano passado, Marcelo Noronha, presidente da Abecs e diretor vice-presidente do Bradesco, afirmou à Folha que os bancos estudavam acabar com o rotativo, uma forma de pôr fim às taxas de quase 500% ao ano da linha e com a má fama dos cartões junto aos clientes.
O projeto-piloto do fim do rotativo ocorreu no Digio, cartão de crédito do banco CBSS (uma parceria do Banco do Brasil e do Bradesco). O produto, que concorre com o Nubank, não tem crédito rotativo, apenas parcelamento de fatura. O mercado entendeu o cartão como um experimento dos bancos controladores para acabar com a linha.

Fonte: Folha Online - 07/03/2017 e SOS Consumidor

Brasil enfrenta pior crise já registrada poucos anos após um boom econômico

por Karina Trevizan

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 (Foto: Arte/G1)

A economia brasileira passou nos últimos anos por uma brusca virada, saindo de um boom econômico para uma profunda recessão. O Brasil divulgou nesta terça-feira (7) seu segundo ano seguido de retração no Produto Interno Bruto (PIB), o pior resultado da economia já registrado pelo IBGE. Em 2016, a economia encolheu 3,6%. Em um passado recente, a realidade era inversa e o país registrou seu maior avanço do PIB em 20 anos em 2010, quando a economia cresceu 7,5%.

Essa mudança de rota atingiu em cheio o bolso da população e fez muitos brasileiros mudarem de vida – para pior. "Como o PIB caiu e a população ainda está crescendo, a gente teve três anos de queda no PIB per capita, uma redução de 9,1% no período. Isso significa um empobrecimento da população", disse nesta terça-feira (7) Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

O especialista em software Oswaldo Frausto, por exemplo, lembra que vivia um dos melhores momentos da sua carreira em 2010. Naquela época, foi promovido e ganhava bônus a cada seis meses. No seu orçamento, cabiam pós-graduação, viagens internacionais, barzinhos, cinema toda semana e shows de bandas estrangeiras. Foi nesse período que ele comprou seu carro e sua casa.

Assim como os tempos áureos do Brasil ficaram para trás, muitas das conquistas de Frausto foram perdidas. Ele foi demitido em 2015 e passou a trabalhar como músico. Para manter o carro e a casa, cortou seus gastos de lazer e reduziu o padrão de vida. Trocou o barzinho por festas na casa dos amigos. As revisões do carro, feitas na concessionária credenciada, foram para o mecânico de bairro. Em agosto de 2016, voltou a trabalhar na área de tecnologia, mas ainda não recuperou o poder aquisitivo que tinha antes da crise

Com o aumento do desemprego e da inflação, uma boa parte da população que havia conquistado novos hábitos de consumo quando a economia estava aquecida passou a perder oportunidades. “É bem triste verificar como as conquistas sociais, por menores que sejam, vêm de forma gradual, enquanto a destruição é abrupta”, compara Bruno de Conti, professor do Instituto de Economia da Unicamp.

Segundo o economista, essas perdas atingem, com mais força, as famílias de menor renda. “Por mais que o desemprego tenha atingido também as classes mais altas, evidentemente vai fazer com que a desigualdade aumente muito rapidamente. Quem tem patrimônio não sofre tanto, mas aqueles que dependem do salário do mês, muitas vezes, são condenados à miséria muito rapidamente.”

2010 x 2016

O cenário econômico em 2016 é diferente de 2010 por uma série de fatores internos e externos, apontam os economistas. “Em 2010, o Brasil vinha numa evolução muito grande em todos os aspectos, com a casa mais ou menos arrumada e com o boom das commodities”, explica Marcel Balassiano, pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV/IBRE. “Tivemos uma melhoria social, queda da pobreza. Depois disso, nesses 4 ou 5 anos, tivemos essa alteração de rumo que ocasionou a nossa chegada à maior recessão da história”, resume.

Após a crise internacional de 2008, o governo brasileiro adotou políticas para estimular o consumo interno para evitar assim que o Brasil embarcasse na recessão dos outros países. Entre elas estavam a redução dos juros e medidas que resultaram na queda dos impostos, aumento da renda das pessoas e da oferta de crédito. Foi nesse momento que muitos brasileiros de classe média viram sua vida melhorar e tiveram acesso a produtos e serviços que antes não estavam a seu alcance, como TV a cabo, plano de saúde, casa própria e carro zero.

Naquela época, o cenário externo também ajudava – especialmente pelo preço das commodities, que estavam em alta. O Brasil é um grande exportador de commodities como soja e minério de ferro, e a alta de seus preços traz um efeito positivo para a economia do país.

Nos últimos anos, a “ajuda” do cenário externo se dissipou, com a queda no preço das commodities. “Uma das razões que eu acho importante para entender a crise atual são as fragilidades estruturais da economia brasileira. Por muito tempo, ela foi dependente de commodities agrícolas e minerais, e oscila ao sabor do preço dessas commodities”, afirma Conti.

Internamente, as políticas de incentivo ao consumo continuaram em vigor. Mas o que chegou como um “remédio” para estimular a economia provocou um efeito colateral desagradável – um desequilíbrio das contas públicas que prejudicou a credibilidade do país. Os custos disso passaram a ser sentidos pela população. “Houve desonerações excessivas com o propósito de fazer uma política anticíclica, mas de uma forma totalmente equivocada. Ao fazer isso em um contexto de incertezas, as empresas não necessariamente vão pegar o dinheiro que não foi usado em tributos para investir. Elas embolsam e pronto”, analisa Conti.

“Isso acabou não dinamizando a economia como se esperaria. A contrapartida foi um problema de receita fiscal, já que o governo deixou de arrecadar um montante expressivo”, aponta Conti. Balassiano também destaca a “deterioração das contas públicas”, dizendo que “o grande problema do país, hoje, é fiscal”.

Além de fatores econômicos, o cenário político é outro ponto relevante que marca as diferenças do Brasil em 2010 e 2016. “Em 2010, no último ano de mandato do Lula, ele tinha a popularidade altíssima, tanto que elegeu sucessora”, lembra Balassiano, apontando em seguida para o clima de incertezas de 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff. Os especialistas ressaltam que a crise política de 2016 atrapalhou a economia, levando pessoas e empresas a segurarem seus gastos.

E agora?

A grande incógnita entre os economistas é se a economia brasileira já chegou ao fundo do poço ou se a crise ainda vai piorar. Não há consenso sobre quando a economia brasileira voltará a crescer e em que ritmo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem dito que a recessão já terminou. Após conseguir a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos, o governo tenta colocar em marcha a reforma da Previdência, a trabalhista e outras medidas econômicas para reverter a queda do PIB.

A inflação tem apresentado trégua e os juros começaram a cair, trazendo algumas avaliações de que a crise possa realmente estar no fim. Entre os economistas ouvidos pelo G1, no entanto, não há consenso sobre essa avaliação.

“A situação é muito grave do ponto de vista das mazelas sociais. Tem gente falando que chegamos ao fundo do poço, o governo está querendo fazer crer que estamos em recuperação, tudo isso por reformas que, na minha opinião, vão piorar a vida das pessoas. O quadro que eu vejo é uma situação ainda pior”, diz Conti.

Já Balassiano diz que “a recessão está próxima do fim. Já vêm se apresentando alguns sinais.”

Uma das questões que coloca em xeque a recuperação da economia é a continuidade do aumento do desemprego nos últimos meses. “O desemprego ainda vai subir mais para depois cair. É a última variável tanto a entrar na crise quanto a sair”, explica Balassiano.

Para Conti, a deterioração do emprego e renda são as principais marcas da crise que ficarão no país. "Quando a economia começar a reagir, os trabalhadores vão estar ganhando, em média, muito menos."

Fonte: G1 - 07/03/2017 e SOS Consumidor

OS RECURSOS DOS DEPUTADOS FEDERAIS AO STF!

1. Logo após a Constituinte de 1988, iniciou-se uma chuva de recursos dos deputados federais ao STF sempre que suas posições eram derrotadas em plenário ou que os governos –dentro de suas competências- tomavam decisões que desagradavam a oposição. Num debate em plenário, em 1990, quando deputados repetiam que iam recorrer ao Supremo, Paulo Delgado –deputado do PT- foi enfático: Desse jeito vocês vão transferir o poder legislativo ao judiciário.
2. E assim foi. Os excessos de recursos ao STF foi alcunhado como judicialização da política. E, naturalmente, o STF, assoberbado desses recursos, terminava por legislar a respeito. Nos últimos dois anos foram ao menos 45 vezes (G1, 07), ou uma ação a cada 15 dias.
3. O PSOL, com 3 deputados federais dos 513, é responsável por 20% dessas ações. Quando questionado a respeito, um deputado do PSOL driblou as razões e afirmou que recorrer ao STF –independente do resultado- era uma forma de “aumentar” a sua bancada ao envolver os ministro do STF e era uma forma de conquistar espaço na imprensa que sua mínima representatividade de 3 deputados não permitia. Ou seja, usar o STF para a para fazer-se maior e ganhar destaque que suas teses não conseguiam.
4. (G1, 07) 4.1. Embora sejam comuns as críticas de parlamentares de que o Poder Judiciário interfere no processo legislativo, deputados e senadores acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) ao menos 45 vezes nos últimos dois anos, com pedidos para que a Corte decida sobre assuntos internos do Congresso Nacional.
4.2. G1 levantou no sistema do STF o número de vezes em que os congressistas entraram com processos desse tipo na atual legislatura, iniciada em 2015. Em média, os deputados e senadores abriram uma ação no Supremo a cada 16 dias questionando decisões tomadas dentro do próprio Congresso.
4.3. Em discurso no dia em que foi reeleito presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez críticas à judicialização de questões internas da Casa. Somente contra a candidatura à reeleição dele, foram abertos cinco processos diferentes. "Muito se fala em independência, mas, mais uma vez, o ator principal da nossa eleição foi o Poder Judiciário e, por incrível que pareça, por decisão dos próprios políticos", disse Maia, no dia 2 de fevereiro. "Todas as nossas decisões acabam sendo levadas ao Judiciário", completou em tom de crítica.
4.4.  Os apelos feitos à Justiça envolvem diversas áreas: são questionados ritos de votação, funcionamento de comissões, tramitação de projetos, representatividade de partidos, abertura de CPIs, legitimidade do presidente da Casa, entre outros. O Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição. Com base nesse princípio, os parlamentares formulam as ações com o argumento de que o texto constitucional foi ferido ou interpretado de forma equivocada.
4.5. Em um caso recente, de ação aberta por deputados do PT e do PCdoB para tentar impedir a tramitação da proposta que criou um teto para o gasto público, o relator do processo, ministro Luis Roberto Barroso, usou a própria decisão para tecer uma crítica sutil. "Esta não é uma questão constitucional, mas política, a ser enfrentada com mobilização social e consciência cívica, e não com judicialização", escreveu na peça jurídica, em outubro do ano passado, ao negar o pedido feito pelos parlamentares.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

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STF vê indício de propina em doação eleitoral e torna réu senador Valdir Raupp

Breno Pires e Rafael Moraes Moura

Brasília

 

  • Roberto Jayme/UOL

    Senador Valdir Raupp (PMDB) virou réu no STF após denúncia da PGR

    Senador Valdir Raupp (PMDB) virou réu no STF após denúncia da PGR

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal aceitou por maioria, nesta terça-feira, 7, a denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e os assessores parlamentares Maria Cléia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A acusação da PGR é de que os R$ 500 mil doados oficialmente pela construtora Queiroz Galvão à campanha de Raupp ao Senado em 2010 seriam "propina disfarçada" e que teriam origem no esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Este é o primeiro julgamento em que o Supremo admite que doações eleitorais oficiais, no "caixa 1", "por dentro", podem ser consideradas pagamento de propina, tese defendida pela PGR. Essa discussão se aprofundará na análise da ação penal que será aberta contra Raupp - o quarto parlamentar atualmente em exercício do mandato a se tornar réu em processos relacionados à Lava Jato.

Propina como doação eleitoral legal

Os cinco ministros da 2ª Turma votaram para receber a denúncia contra Raupp por corrupção passiva, mas, quanto aos dois assessores, Gilmar Mendes e Dias Toffoli rejeitaram tal imputação. Também houve divergência sobre o crime de lavagem de dinheiro, com o relator Edson Fachin, Celso de Mello e Lewandoski acolhendo a denúncia, vencendo Mendes e Toffoli, que votaram contra.

A PGR sustentou que "o fato de a propina ser paga sob a forma de doação eleitoral oficial é irrelevante para análise da tipicidade da corrupção passiva". "Trata-se apenas de um método de disfarce do recebimento que não descaracteriza ilicitude, haja vista a circunstância em que foi solicitada", afirmou a subprocuradora-geral da República Ela Wiecko.

O decano do Supremo, ministro Celso de Mello, concordou. "Tenho para mim que a prestação de contas à Justiça eleitoral pode constituir meio instrumental viabilizador da prática do delito de lavagem de dinheiro, se os recursos financeiros doados, mesmo oficialmente a determinado candidato ou a certo partido político, tiverem origem criminosa resultante da prática de outro ilícito", afirmou.

"Configurado esse contexto que traduz uma engenhosa estratégia de lavagem de dinheiro, a prestação de contas atuará como um típico expediente de ocultação e até mais de dissimulação do caráter delituoso das quantias doadas em caráter oficial". O ministro chamou tal comportamento de "um gesto de indizível atrevimento e gravíssima ofensa à legislação da República, na medida em que os agentes da conduta criminosa, valendo-se do próprio aparelho de Estado, objetivam por intermédio da Justiça Eleitoral, e mediante fraudação da prestação de contas, conferir aparência de legitimidade a doações integradas por recursos financeiros manchados em sua origem pela nota da delituosidade".

O ministro Gilmar Mendes também assinalou "elementos indicando que poderia haver esse propósito subjacente às doações a políticos intermediadas pelo esquema". O ministro também admitiu que "uma doação eleitoral declarada pode em tese se prestar ao branqueamento de recursos ilícitos (lavagem de dinheiro)". Mas, no caso específico do Raupp, Gilmar Mendes entendeu que o recebimento das doações representaria a continuidade do crime de corrupção passiva, e que não haveria um outro ato que justificasse a acusação por lavagem de dinheiro.

No julgamento, travou-se também uma discussão sobre a validade de delações para basear a aceitação da denúncia.

A defesa do senador alegou que "todos os elementos trazidos mostram apenas que houve contato de A com o B, mas o teor desse contato está baseado exclusivamente na palavra do delator" e que o conteúdo de uma delação não seria suficiente "para que se instaure uma ação penal contra um senador da República ou qualquer um do povo".

Provas

O relator Edson Fachin discordou e apontou que "há outros indícios que reforçam as declarações prestadas pelos colaboradores, tais como dados telefônicos, informações policiais e documentos, o que basta neste momento (de recebimento de denúncia)".

O ministro, no entanto, fez a ressalva de que "o Ministério Público terá o ônus de provar suas alegações". Citando precedentes no Supremo, afirmou que "nenhuma condenação penal poderá ter por único fundamento as declarações do agente colaborador".

O ministro Gilmar Mendes também reforçou este ponto. "Entendo que esse colegiado há de exigir da acusação uma demonstração de nexo contundente entre as doações e o compromisso do denunciado de atuar de forma ilícita em favor do interesse dos corruptores".

"É fundamental que nós façamos uma investigação, um escrutínio severo das hipóteses já em sede de análise da própria denúncia. Do contrário, temos um encontro marcado com uma absolvição", afirmou.

O caso

Apresentada no dia 16 de setembro de 2016, a denúncia narra que Valdir Raupp, com o auxílio de seus assessores Maria Clélia Santos e Pedro Roberto Rocha - seu cunhado -, recebeu propina de R$ 500 mil, em 2010, do esquema de corrupção instalado na Petrobrás.

Segundo Janot, os três 'tinham total conhecimento de todos os aspectos ilícitos envolvidos e agiram de forma concertada, mediante divisão de tarefas'.

"A solicitação ocorreu entre o final do primeiro semestre e o início do segundo semestre de 2010 e o recebimento deu-se mediante duas doações eleitorais "oficiais" realizadas nos dias 27 de agosto de 2010 e 1 de setembro de 2010 em favor do Diretório Estadual do PMDB de Rondônia, nos valores, respectivamente, de R$ 300 mil e R$ 200 mil", diz a denúncia. Os valores, afirma Janot, abasteceram a campanha eleitoral de Raupp ao Senado.

"Não há dúvidas, portanto, de que o sistema eleitoral foi utilizado, no caso, para o pagamento disfarçado da propina em favor de Valdir Raupp de Matos", acusa o procurador.

Outro lado

Em nota, o senador Valdir Raupp disse que respeita a decisão do STF mas que "continuo a acreditar que contribuição oficial de campanha devidamente declarada, não pode ser considerada como indício e/ou prova de ilicitude".

"Esclareço também que as contribuições da campanha de 2010, que são objeto da causa, foram feitas diretamente ao Diretório Regional do PMDB do Estado de Rondônia, tendo sido as contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO)", disse o senador.

Raupp também afirmou que "durante a instrução do processo, a defesa terá oportunidade de provar suas teses que, certamente, levarão à conclusão da legalidade das contribuições".

 

Estadão Conteúdo e UOL Notícias

 

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Dia da Mulher em SP

Fabio Braga/Folhapress

O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, inspira eventos culturais espalhados pela capital paulista. Na Sala São Paulo, sob regência da americana Marin Alsop e da italiana Valentina Peleggi, o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo vai executar obras de três compositoras: Maddalena Casulana, Roxanna Panufnik e Lili Boulanger.
Para quem prefere música sertaneja, Roberta Miranda se apresenta no Espaço das Américas e vai receber no palco artistas da nova cena do estilo, como Marília Mendonça e a dupla Simone e Simaria. Ainda hoje, no Museu de Arte Moderna do Ibirapuera, a cantora Iara Rennó abre a programação da Semana de Artes HeForShe, movimento mundial lançado pela ONU Mulher 2014 pela igualdade de gêneros. A programação completa dos eventos pela cidade você encontra no aplicativo Guia UOL. Leia mais

 

Atrações do Rock in Rio

Chris Pizzello/Invision/AP e Katarina Benzova/Divulgação

Depois de muita especulação, está confirmado: o The Who finalmente vem ao Brasil pela primeira vez na história para fechar a noite do dia 23 de setembro no Rock in Rio. Autores de clássicos como My Generation e Behind Blue Eyes, entre outros, o grupo britânico formado em 1964 é uma das poucas lendas do rock que nunca havia tocado por aqui.
Outro clássico do festival retorna ao Brasil: o Guns N' Roses, dividindo o palco Mundo na mesma noite. Leia mais

TSE fará acareação de executivos da Odebrecht em ação contra chapa Dilma-Temer

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Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que seja realizada uma acareação entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht, e os ex-executivos da empresa Cláudio Melo Filho e Hilberto Mascarenhas.

A acareação foi marcada para a próxima sexta-feira (10), às 10h, por meio de videoconferência. Benjamin investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer durante a campanha de 2014. Desde a semana passada, ele resolveu incluir nas investigações os indícios de doações ilegais de campanha provenientes da Odebrecht, revelados pela Operação Lava Jato.

Na última quarta-feira (1º), Benjamin interrogou o ex-presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho de 2015 em Curitiba. O ministro ouviu também outros cinco ex-executivos da empresa: Benedicto Júnior, Fernando Reis, Cláudio Melo Filho, Alexandrino de Salles Ramos e Hilberto Mascarenhas.

Todos os executivos ouvidos por Benjamin assinaram com a Justiça acordos de colaboração premiada, nos quais detalharam o esquema instalado na Odebrecht de pagamento de propinas a políticos e partidos. Conforme informações vazadas pela imprensa, eles confirmaram ao ministro o pagamento de caixa dois a partidos e políticos durante a campanha de 2014.

Segundo as reportagens, Marcelo Odebrecht relatou a doação de R$ 150 milhões em caixa dois para a chapa Dilma-Temer, confirmando também ter se reunido com o então vice-presidente Michel Temer para discutir doações a seu partido, o PMDB. Em nota após o depoimento, o presidente Temer confirmou ter se reunido com Marcelo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, mas negou ter discutido valores na ocasião.

A nota divulgada pela Presidência da República confirma ainda que a Odebrecht deu um auxílio financeiro de R$ 11,3 milhões a campanhas do PMDB e que o montante foi declarado ao TSE.

A ex-presidente Dilma Rousseff disse, por meio de nota, ser “mentirosa” a declaração de Marcelo Odebrecht de que ela teria pedido recursos a ele ou a quaisquer empresários. Ela negou também ter solicitado o pagamento a fornecedores da campanha por meio de contas fora do país.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas. Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil do presidente e do vice é julgada em conjunto. Se for comprovado o abuso de poder político e econômico na campanha de 2014, o processo resultaria na inelegibilidade de Dilma Rousseff e na cassação de Temer.

 

 

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Propinoduto

Beto Barata-16.abr.2015/Folhapress

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal aceitou por maioria a denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e os assessores parlamentares Maria Cléia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A acusação da PGR é de que os R$ 500 mil doados oficialmente pela construtora Queiroz Galvão à campanha de Raupp ao Senado em 2010 seriam "propina disfarçada" e que teriam origem no esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Leia mais

 

Maior prêmio do ano

Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Acumulada há sete sorteios, a Mega-Sena pode pagar R$ 58 milhões a quem acertar as seis dezenas do concurso que vai ser realizado hoje.
As apostas podem ser feitas em qualquer casa lotérica até as 19h, horário de Brasília. O jogo simples, com apenas seis números, custa R$ 3,50. Leia mais

 

Vitória aguerrida, empate amargo

AP

Chapecoense e Atlético-PR foram os dois primeiros times brasileiros a estrear na fase de grupos da Libertadores.
O Atlético-PR vencia a Universidad Católica por 2 a 0 até os 40 minutos do 2º tempo, mas vacilou e levou o empate. Já a Chapecoense, que disputa pela primeira vez a competição, suportou a pressão e venceu o Zulia por 2 a 1 na Venezuela. Leia mais

 

Quarta recheada de futebol

Christian Hartmann/Reuters

Mais dois jogos definem hoje outros dois times classificados para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Às 16h45, o Barcelona precisa vencer o Paris Saint-Germain por cinco gols de diferença para manter vivo o sonho de mais um título continental. No mesmo horário, o Borussia Dortmund enfrenta o Benfica e precisa reverter a derrota por 1 a 0 sofrida na partida de ida.
Pela Libertadores, às 19h30, o Atlético-MG estreia contra o Godoy Cruz, na Argentina. Um pouco mais tarde, às 21h45, o Palmeiras também visita a Argentina para enfrentar o Atlético Tucuman, e o Flamengo pega o San Lorenzo no Maracanã. Pela Copa do Brasil, o destaque vai para o São Paulo, que recebe o ABC no Morumbi, às 19h30, e para o Internacional, que joga contra o Sampaio Correa, no Maranhão, às 21h45. Você acompanha todos esses jogos pelo aplicativo Placar UOL ou pelo site uol.com.br.Leia mais