quarta-feira, 8 de março de 2017

Câmara aprova regras de segurança em boates quatro anos após tragédia da Kiss

Caminhada faz homenagem às vítimas da Boate Kiss

Fachada da Boate Kiss, em Santa Maria (RS)Wilson Dias/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (7) a votação do Projeto de Lei (PL) 2020/07, que estabelece normas de segurança para o funcionamento de casas de espetáculos. O texto traça diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndios e desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público. A iniciativa ganhou impulso após o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), em janeiro de 2013, que vitimou 242 pessoas. O texto agora vai a sanção presidencial.

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Pelo projeto, locais como casa de shows, boates, teatros e locais cercados, onde se concentre público superior a 500 pessoas, terão que contar com sistemas de alarme e de combate a incêndio, além de saídas de emergência com sinalização visual adequada, inclusive para pessoas com deficiência.

A iniciativa também determina a presença de seguranças e a instalação de equipamentos de sistema contínuo de gravação de imagens e detectores de metais. Em evento com público superior a 1,5 mil pessoas, será necessária a instalação de aparelhos de raios X. A medida, entretanto, não valerá para os estabelecimentos situados em municípios com menos de 100 mil habitantes.

Os proprietários dos estabelecimentos também deverão adotar medidas para coibir o ingresso de armas de fogo nos recintos. Ainda está prevista a divulgação de mensagens educativas que tratem da proibição de venda de bebidas alcoólicas e cigarros a menores de idade; alerta quanto aos riscos das doenças sexualmente transmissíveis e contra a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes.

Os estabelecimentos terão o prazo de um ano, após a sanção da lei, para se adaptar às mudanças. Quem infringir as regras ficará sujeito a penalidades que vão de advertência, passando por multa até a interdição do local.

O texto, de autoria da deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), foi aprovado pela Câmara pouco mais de um ano após a tragédia na boate, quando foi encaminhado ao Senado. Nessa terça-feira, pouco mais de dois anos após ter recebido as alterações dos senadores, os deputados rejeitaram as emendas aprovadas pela outra Casa. A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ), considerou que as alterações desfiguravam o texto da Câmara. “Essa mudança inviabilizaria o projeto aprovado unanimemente nesta Casa”, disse.

 

 

Agência Brasil

 

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Violência contra a mulher

Alexander Zemlianichenko/AP

Uma a cada três brasileiras com 16 anos ou mais foi espancada, xingada, ameaçada, agarrada, perseguida, esfaqueada, empurrada ou chutada nos últimos 12 meses.
É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que entrevistou mulheres de todo o país. O levantamento revela que 29% delas afirmaram ter sofrido violência física, verbal ou psicológica em 2016.

 

A luta pela lei

AFP/Arquivo - 19/10/2016

Enquanto movimentos feministas impulsionam a realização de um dia sem mulheres em mais de 50 países, a América Latina leva às passeatas deste 8 de março a ideia de Nenhuma a Menos (Ni Una Menos), impulsionada pelo coletivo argentino que luta contra os feminicídios.
Hoje, em São Paulo, acontecem dois atos: um na avenida Paulista, feito por coletivos feministas, e outro na praça da Sé, apoiado pela CUT, que também critica a reforma da Previdência. Outros protestos devem ocorrer também no Rio de Janeiro e em capitais do Nordeste e do Sul do Brasil. Em comum, todos abraçam a ideia promovida pelo grupo argentino. Leia mais

 

Acareação na Odebrecht

Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress

O ministro Herman Benjamin, do TSE, determinou que seja realizada uma acareação entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht, e os ex-executivos da empresa, Cláudio Melo Filho e Hilberto Mascarenhas. A acareação foi marcada para a próxima sexta-feira (10), por meio de videoconferência.
Hoje, Luiz Eduardo da Rocha Soares, ex-diretor da Odebrecht, e Beckembauer Rivelino de Alencar Braga, um dos donos da empresa VTPB, testemunhas do processo que tramita no TSE e pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vão ser ouvidos em São Paulo. Leia mais

Aloysio Nunes: reciprocidade será palavra-chave da política externa brasileira

Ao tomar posse nesta terça-feira (7) como ministro das Relações Exteriores, o senador Aloysio Nunes Ferreira afirmou que a palavra-chave de sua gestão será “reciprocidade”, ao se referir às negociações bilaterais. Em um discurso com um tom mais político e alinhado ao do seu antecessor, José Serra, o novo chanceler frisou que a política externa brasileira não será mais de “prova de ingenuidade voluntarista de curto prazo e concessões unilaterais”.

Brasília - Novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, discursa durante solenidade de transmissão de cargo, no Palácio Itamaraty (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, disse que pretende intensificar o trabalho da promoção comercial e investimentosValter Campanato/Agência Brasil

“O certo é que, com o mesmo tenor que você [Serra], tratarei de assegurar que a nossa política externa esteja sempre alinhada aos reais valores e legítimos interesses nacionais”, discursou Nunes. “Reciprocidade é a palavra-chave e não apenas na frente econômico-comercial. Isso sempre foi assim na política externa brasileira”.

Ressaltando o “poderio agroindustrial”, a matriz energética “limpa e diversificada” do país e o que considerou como “presença positiva e agregadora” do Brasil nos organismos internacionais, Nunes prometeu ampliar e aprofundar a participação brasileira na economia mundial “por meio de negociações que produzam resultados equilibrados e atendam os interesses de todas as partes”.

“Pretendemos intensificar o trabalho da promoção comercial, investimentos, reforçada pela vinculação da Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos] ao Itamaraty. Essa instituição é animada pela ideia de que uma boa política externa deve conciliar a primazia do interesse nacional com o papel que cabe a um país da estrutura do Brasil, por suas dimensões, seu peso, sua história como membro da comunidade internacional”.

Ator global

Aloysio Nunes disse ainda que o Brasil tem que ter a consciência de que é “um ator global” e que, por isso, “sua política externa tem que ter a marca do universalismo, sem esquecer a prioridade do relacionamento com as nações da Américas do Sul, Central e do Caribe”.

Brasília -O ex-ministro José Serra e o novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, durante a solenidade de transmissão de cargo, no Palácio Itamaraty (Valter Campanato/Agência Brasil)

Aloysio Nunes Ferreira assumiu o Ministério das Relações Exteriores substituindo José SerraValter Campanato/Agência Brasil

O novo ministro da Relações Exteriores disse ainda que pretende priorizar as relações com a Argentina, país destino da sua primeira viagem oficial, e buscar uma “aproximação maior” com os países da Aliança do Pacífico.

Em relação à Europa, o novo chancelar disse estar otimista com a possibilidade de o Brasil adquirir “uma nova dimensão”.  “O acordo entre o Mercosul e a União Europeia está na ordem do dia e poderá propiciar um salto qualitativo das nossas relações com a Europa e não pode ser vista apenas como a degravação de algumas linhas tarifárias”.

Aloysio Nunes Ferreira disse que sua gestão também será marcada por um “novo patamar” no relacionamento com a continente africano. “A África é um continente em transformação rápida, em crescimento acelerado que nas últimas décadas cresceu mais que o dobro da América Latina. As lideranças mais expressivas têm afirmado com insistência que não querem compaixão assistencial, mas querem investimentos, parcerias, negócios em maior densidade”.

 

Agência Brasil

 

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Causas naturais

Divulgação

O cantor britânico George Michael, que faleceu em 25 de dezembro do ano passado, morreu por causas naturais. A informação foi dada hoje pelo juiz Darren Salter, que está a cargo do caso.
O músico, encontrado sem vida pelo atual parceiro, o libanês Fadi Fawaz, morreu por uma 'cardiomiopatia dilatada com miocardite', conforme os resultados dos testes feitos.Leia mais

 

Reparos no Maracanã

REUTERS/Nacho Doce

A Justiça determinou que o Comitê Rio-206 faça as obras de reparo do Maracanã em até 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
A juíza Maria Paula Gouveia Galhador acolheu pedido feito pelo governo do Rio, que entende que tanto o Maracanã quanto o Maracanãzinho devem ser devolvidos nas mesmas condições que foram entregues para os Jogos Olímpicos. Leia mais

O QUE O PIB TEM A VER COM A SUA VIDA?

Economia encolhe 3,6% em 2016 e país tem recessão mais longa já registrada

Do UOL, em São Paulo

 

Veja quais presidentes do Brasil tiveram Desde 1948, quando o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil começou a ser medido, oito presidentes enfrentaram anos de "pibinho", quando a economia brasileira cresceu menos de 1%, parou, ou até encolheu. Clique nas fotos acima e veja quais foramImagem: Arte/UOL

A economia brasileira despencou 3,6% em 2016 e emendou o segundo ano seguido de queda, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (7). É a mais longa recessão pela qual o país já passou. O PIB (Produto Interno Bruto) já havia tombado 3,8% em 2015

O Brasil nunca havia registrado dois anos seguidos de encolhimento da economia, segundo a atual pesquisa do instituto, que começa em 1996, e a pesquisa anterior, iniciada em 1948.

Analistas consultados pela agência de notícias Reuters previam queda de 3,5% no PIB. Já o Banco Central projetava resultado pior, com encolhimento de 4,55%.

Em valores atuais, o PIB de 2016 alcançou R$ 6,3 trilhões.

Piores tombos

Veja os anos em que a economia brasileira teve pior desempenho:

  • 2016: -3,6%
  • 2015: -3,8%
  • 1990: -4,3% (quando Fernando Collor de Mello assumiu o governo e decretou o confisco da poupança)
  • 1981: -4,3% (no governo militar de João Figueiredo)
Agricultura despenca 6,6%

Todos os setores da economia tiveram forte queda no ano passado.

O mais afetado foi a agropecuária, que caiu 6,6%, principalmente devido à atividade agrícola, de acordo com o IBGE.

Na indústria (-3,8%), o setor de transformação, que fornece equipamentos e insumos para outros setores, despencou 5,2% no ano, mesma queda registrada pela construção. Por outro lado, a indústria ligada a energia, gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 4,7%.

No setor de serviços (-2,7%), o pior recuo foi o de transporte, armazenagem e correio (-7,1%), seguido pelo comércio (-6,3%).

Queda de 0,9% no quarto trimestre

No quarto trimestre, a economia encolheu 0,9% em relação aos três meses anteriores e 2,5% na comparação com o mesmo período de 2015. O resultado é pior que o esperado e indica que a recessão se aprofundou no final do ano passado.

Foi o décimo primeiro trimestre seguido de queda, na comparação anual, e o oitavo na comparação com o trimestre anterior. Em ambas as medições, trata-se da maior sequência de resultados trimestrais negativos em 20 anos, desde 1996, quando começou a atual pesquisa.

Recessão sob Temer

O presidente Temer assumiu interinamente em 12 de maio, quando a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada. Assumiu em definitivo em 31 de agosto, com aaprovação do impeachment no Senado. Temer esteve à frente do governo, portanto, durante a maior parte de 2016.

Apesar dos dados ruins, alguns indicadores econômicos têm mostrado que a atividade já começou a dar sinais de recuperação, ainda que de maneira tímida. Entre eles, estão a melhora da confiança de empresários.

A desaceleração da inflação, que fechou 2016 abaixo do esperado, também pode ajudar neste cenário, uma vez que o Banco Central já iniciou processo de redução da taxa básica de juros, em outubro passado, o que tende a baratear o crédito e estimular o consumo.

De lá para cá, o BC cortou a Selic de 14,25% para 12,25%, e a expectativa é de que o órgão corte ainda mais os juros neste ano.

O que entra na conta do PIB?

O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país. Os dados consideram a metodologia atualizada do cálculo.

(Com agências de notícias)

O QUE O PIB TEM A VER COM A SUA VIDA?

UOL Economia

Aneel confirma R$1,1 bi de fundo setorial para Eletrobras pagar dívida com Petrobras

(Reuters) - A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em reunião nesta terça-feira a inclusão de 1,1 bilhão de reais no orçamento de um fundo do setor elétrico em 2017 para custear o pagamento de dívidas da Eletrobras com a petroleira Petrobras pelo fornecimento de combustível a usinas de geração.

Os repasses serão feitos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), abastecida com um encargo cobrado nas contas de luz, e servirão para que a Eletrobras quite entre janeiro e dezembro de 2017 as parcelas de dívidas já negociadas junto à petroleira estatal.

A inclusão dos valores no orçamento da CDE para 2017 havia sido autorizada na semana passada por meio de portaria do Ministério de Minas e Energia no Diário Oficial da União.

(Por Luciano Costa)

 

UOL Economia