quarta-feira, 1 de março de 2017

Presos serram grades e fogem de Delegacia de Polícia em Canoas

Eles aproveitaram o Carnaval para batucar e cantar enquanto serravam as grades

Paulo Ledur
paulo.ledur@rbstv.com.br

Foto: Paulo Ledur /RBSTV

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Quatro presos fugiram da Delegacia Central de Polícia de Canoas. Eles aproveitaram o Carnaval para batucar e cantar enquanto serravam as grades e fugiam pelos fundos do prédio. A fuga ocorreu na madrugada de segunda-feira (27).

Os fugitivos têm antecedentes por homicídio, tráfico de drogas e roubos, entre outros crimes. Eles foram identificados como Daniel Ricardo Bornemann, Paulo Luis Pereira, Paulo Anderson Rocha e David William Ferreira dos Santos.

No momento da fuga, havia quatro agentes da polícia e a delegada plantonista no local. Um dos presos na cela, que resolveu não fugir, contou como tudo aconteceu quando houve a troca de turno, às 7h da manhã.


Presos fugiram de delegacia em Canoas. Foto: Reprodução

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o delegado Fábio Motta Lopes, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, confirmou que os presos tiveram acesso a uma espécie de serra para romper a estrutura. "Isso pode ter passado pela revista dentro de alimentos levados por familiares", afirmou.

Segundo ele, alguns presos estavam na delegacia há mais de 20 dias por causa da ausência de vagas no sistema prisional.

"Esse é um local que tem sofrido com a superlotação. O que temos são salas de contenção, para os presos ficarem no máximo 24 horas. Depois disso, os eles deveriam ser levados para o sistema prisional. Não temos carcereiros, não temos estrutura para ficar com esses presos", afirmou, ao reforçar que a falta de estrutura pode incentivar outras fugas.

O prédio onde ocorreu a fuga é o mesmo que mantinha presos no pátio e algemados em corrimões. A delegacia na rua Dr. Sezefredo Azambuja Vieira, 2730, no bairro Moinho de Ventos, é uma das mais movimentadas da Região Metropolitana.

 

 

Rádio Gaúcha

Preço do leite sobe e pode aumentar mais

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A alta no preço do leite ocorreu no campo em fevereiro após uma sequência de quatro quedas e uma estabilidade em janeiro. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, pesquisa as principais bacias leiteiras do País.

Na média nacional, a alta foi de 2,2% em relação a janeiro e de 17% na comparação com fevereiro do ano passado. O preço recebido pelo produtor foi de R$ 1,22 por litro.

Segundo pesquisadores do Cepea, o motivo é a oferta menor com queda na captação de leite.

“Além do clima adverso, especialmente excesso de chuvas, em algumas bacias produtoras, que vem refletindo em queda na produção desde janeiro, os menores investimento na atividade leiteira – reforma e manutenção das pastagens, compra de animais, medicamentos – reforçam a diminuição na disponibilidade do produto. O típico aquecimento do consumo com o retorno das aulas contribuiu para as valorizações do leite, embora a demanda continue abaixo do esperado por agentes.”

A pesquisa da Associação Gaúcha de Supermercados aponta que o preço do leite já vem aumentando para o consumidor gaúcho. O litro do longa vida está custando em média R$ 2,58. Alta de 8% em dois meses.

Para março, a expectativa é que os preços do leite sigam em alta no campo, diz o Cepea. A entressafra começa em março ou abril. Ainda assim, não é esperada uma elevação tão forte de preços como ocorreu no ano passado. Por meses, o preço do leite foi a principal pressão sobre a inflação do consumidor.

“Isso porque os menores custos, influenciados principalmente pela desvalorização dos concentrados, podem estimular produtores de leite a aumentar a quantidade de ração fornecida aos animais, elevando o volume de leite produzido.”

 

Blog Acerto de Contas

Como estará o Brasil após o Carnaval? | Marco Antonio Villa

 

Publicado em 24 de fev de 2017

É o duplo padrão que mata!, por Rodrigo Constantino

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Quando Obama era presidente, um jornalista da Fox News afirmou que a primeira-dama era uma prostituta. O leitor está lembrado desse caso? Não? O motivo é simples: isso nunca aconteceu.

Agora pergunto: o leitor ficou sabendo do jornalista do NYT que afirmou que a primeira-dama Melania Trump é uma prostituta? Não? Pois é: saiba que isso aconteceu mesmo. Seu nome é Jacob Bernstein, e ele reconheceu a “estupidez” de seu ato. Era uma festa, ele tinha uma conversa informal, mas mesmo assim admitiu que jamais deveria ter sido tão leviano.

Menos mal. Mas não muda o cerne da questão aqui: e se fosse o contrário? E se algum jornalista de um veículo mais conservador falasse algo parecido sobre Michelle Obama? Sabemos o que teria acontecido: o mundo teria vindo abaixo! Uma enorme marcha feminista seria organizada para protestar contra o machismo e o preconceito dos “ultraconservadores”. O episódio seria manchete dos principais jornais por semanas inteiras.

A mídia é bastante seletiva na hora de escolher suas pautas. A cantora negra que foi ao Grammy com um vestido em homenagem a Trump, e depois viu a venda de suas músicas disparar rumo ao topo do ranking, foi solenemente ignorada pela imprensa. Joy Villa é seu nome, mas o leitor provavelmente não saberia se dependesse dos grandes jornais. É como se a coisa não tivesse acontecido.

Esse duplo padrão é que mata! E já cansou, pois é possível enganar muita gente por pouco tempo, ou pouca gente por muito tempo, mas é bem mais difícil enganar muita gente por muito tempo. O público percebeu o viés ideológico, a torcida escancarada, o proselitismo político dos jornalistas. E demanda maior sinceridade.

Ironicamente, a mesma imprensa fala em “era da pós-verdade”, fingindo que não tem nada a ver com o fenômeno, que não tem deixado suas preferências partidárias falarem mais alto do que vossa excelência, o fato. Os manuais de jornalismo são rasgados em nome da agenda política, e os leitores sentem a traição, partem em busca de fontes alternativas de notícias e opinião.

Essa postura da imprensa explica boa parte do sucesso de Trump. Não há nada mais fácil no mundo do que odiar o “homem laranja”. Mas o ataque coordenado e mentiroso da grande imprensa é tão escancarado que até pessoas que normalmente teriam certa aversão pelo estilo bufão do magnata passam a defendê-lo nessa guerra contra o que chama de “Fake News”. Estão cansados de tantas inverdades vendidas como informação imparcial.

O jornalista deve ser transparente quanto à sua visão ideológica, em vez de tentar dissimulá-la. O público não é tão trouxa assim

Não é fácil deixar a própria visão de mundo fora das análises, claro. Mas o jornalista deve ao menos tentar. E mais importante: deve ser transparente quanto à sua visão ideológica, em vez de tentar dissimulá-la. O público não é tão trouxa assim.

IstoÉ

As pessoas que produzem sua própria cerveja – dentro de seus corpos

Por Tiago Cordeiro e Bruno Garattoni

 

AS 24 DOENÇAS MAIS RARAS (E ESTRANHAS) DO MUNDO: Síndrome da autofermentação

(Caio Stolf | Estúdio Alkemist)

AS 24 DOENÇAS MAIS RARAS (E ESTRANHAS) DO MUNDO
NÚMERO 1 | TODAS AS OUTRAS

Doença: Síndrome da autofermentação
Portadores: 20 (0,0000003% da população)

A doença é assim: se você comer alimentos ricos em carboidratos, como batata ou macarrão, fica bêbado. Pode parecer engraçado, mas é um problema sério, causado pelo fungo Saccharomyces cerevisiae, o mesmo usado na produção de cerveja. Em algumas pessoas, o sistema digestivo é colonizado por esse fungo, e passa a transformar carboidratos em álcool.

Um dos casos foi registrado em 2013, no Texas, quando um homem de 61 anos foi ao hospital reclamando de tonturas. Ele tinha bastante álcool no sangue, o equivalente a cinco cervejas. Foi mantido em observação por 24 horas, até ficar sóbrio. Recebeu alimentos ricos em carboidratos – e rapidamente ficou bêbado de novo. Um exame constatou a infecção.

O tratamento consiste em tomar remédios antifúngicos para matar o S. cerevisiae, mas nem sempre funciona. Foi o caso do estudante americano Matthew Hoag, que aos 20 anos descobriu a doença – e até hoje, aos 34, só consegue controlá-la evitando carboidratos.

No começo deste ano, a Justiça de Nova York inocentou uma mulher presa por dirigir embriagada, depois de descobrir que ela tinha a síndrome (e não sabia).

PRÓXIMA DOENÇA: Fibrodisplasia ossificante progressiva

 

 

Super Interessante