sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Na contramão das grandes, pequenas empresas voltam a abrir vagas

Captura de Tela 2016-11-03 a?s 22.13.46.pngTaxa de desemprego no trimestre encerrado em julho foi de 11,6%, 0,4 ponto percentual acima do trimestre anterior; é o pior resultado da série histórica da Pnad Contínua.

Há um ano e meio, o Brasil mais fecha do que abre vagas com carteira assinada. Essa trajetória, porém, dá sinais de reversão entre as micro e pequenas empresas.
Em agosto e setembro, os negócios de menor porte (com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões) registraram saldo positivo de 6.645 novos postos, de acordo com análise do Sebrae de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
Já as médias e grandes companhias encerraram mais de 75 mil empregos.
O número é tímido diante do encolhimento total do trabalho formal (de janeiro a setembro, foram fechadas, no total, 683,6 mil vagas no país), mas pode sinalizar os primeiros sinais de otimismo do empresariado com os rumos da economia.
Os pequenos negócios concentram a maior parte dos trabalhadores no Brasil. Em 2015 (dado mais recente disponível), 54% dos empregados com carteira trabalhavam em empresas desse porte.

DEPOIS DO CARNAVAL
A Embalagens Carrão, distribuidora do produto com 15 anos de mercado em São Paulo, reduziu o quadro de sete pessoas para apenas o sócio Antônio de Oliveira e sua mulher, Cláudia de Souza.
A empresa já não caminhava bem desde 2011, mas a crise potencializou esse enxugamento, diz o proprietário.
Recentemente, porém, Oliveira percebeu um aumento da demanda, fruto principalmente da entrada de novos clientes. Com a melhora recente e boas expectativas para os próximos meses, ele contratou uma nova funcionária e, caso o cenário positivo se confirme, ele deve abrir mais uma vaga depois do Carnaval.
"Alguns sinais da economia já começam a se refletir na atividade da pequena empresa, principalmente no campo de serviços e comércio, até porque o final de ano está se aproximando e o pessoal está se preparando", diz Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.
O índice de confiança do pequeno e médio empresário para o quarto trimestre subiu 8% em relação ao trimestre anterior e 18,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Insper. O indicador é elaborado em parceria com o banco Santander.
SAZONALIDADE
Economistas recomendam cautela na análise desses dados. "A alta temporada do final de ano é provavelmente o grande motor desse movimento. Obviamente isso acontece dentro de um quadro de melhora gradual da economia, mas as duas coisas precisam ser vistas juntas", diz Bruno Ottoni, da Fundação Getulio Vargas.
Ele também afirma que a queda recente na taxa de juros (no mês passado, o Banco Central reduziu a taxa básica pela primeira vez em quatro anos, para 14% anuais) e a sinalização de novas reduções nos próximos meses podem ter reanimado o pequeno empresário.
Já Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), acredita que o saldo positivo registrado ainda é muito pequeno para permitir a retirada de alguma conclusão.
"A queda de empregos em setembro na economia como um todo foi menor que no ano passado. Isso é um sinal bom, mas mil novos empregos ainda é muito pouco", afirma.

Fonte: Folha Online - 03/11/2016 e SOS Consumidor

 

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A pré-venda do livro já começou: para reservar um exemplar, clique aqui.

 

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PREFERÊNCIA PELO PT CAIU DE 36% PARA 11% ENTRE 2013 E 2016!

(José Roberto Toledo - Estado de S. Paulo, 03) 1 Pela primeira vez em 15 anos o PMDB empatou em simpatizantes com o PT. Ambos aparecem juntos em primeiro lugar, com 11% de citações em pesquisa nacional do Ibope. Desde junho de 2001, o instituto registrava mais petistas do que peemedebistas na sua série histórica de preferência partidária. A mudança coincide com as eleições municipais, quando o PT sofreu a maior derrota eleitoral de sua história. Essa não foi a única mudança nas cores do eleitorado, porém. Nem foi a maior.
2. A queda da simpatia pelo PT não é novidade. O partido está em decadência na opinião pública desde junho de 2013 – quando centenas de passeatas percorreram o País em protestos contra quase tudo, especialmente contra o sistema de representação. O governo Dilma foi voluntário para ser alvo das manifestações. E o PT, pela primeira vez em décadas, perdeu o domínio das ruas. De abril a junho de 2013, a preferência pelo PT caiu de 36% para 25%. Desde então, está ladeira abaixo: 20% em julho de 2014, 15% em outubro de 2014, 12% em outubro de 2015 e 11% agora.
3. Durante um ano e meio, de junho de 2013 ao fim de 2014, nenhuma outra sigla se beneficiou da perda de simpatia pelo PT. Todas permaneceram com preferências de um dígito. O que cresceu nesse período foi o contingente de brasileiros sem simpatia por partido algum. Os sem-partido, que eram 45% da população antes de junho de 2013, se multiplicaram e bateram o recorde da série histórica justamente em outubro de 2014: 73%. Desde então, o fenômeno oposto vem acontecendo. Parte dos sem-partido começou, lentamente, a declarar simpatia por alguma agremiação. A disputa PT-PSDB que marcou todas as eleições presidenciais brasileiras desde 1994 começou a despolarizar.
4. Vários partidos de diversos tamanhos se beneficiaram da mudança do eleitorado. Siglas que não eram citadas ou tinham menos de 1% começaram a marcar um, dois, três pontos no Ibope. Na série histórica, o conjunto dos “outros partidos” pulou de 3% para 19% das preferências partidárias entre outubros, de 2014 a 2016.  A demonstrar que o movimento não é um ponto fora da curva ou uma miragem estatística, nunca tantos partidos elegeram tantos prefeitos quanto em 2016. A pulverização foi recorde: 14 partidos governarão 26 capitais.
5. Diferentemente do PT, PSDB e PMDB também pegaram carona na nova onda da “repartidarização”. Os simpatizantes peemedebistas saltaram de 3% em outubro de 2014 para 10% em outubro de 2015, e 11% agora. É a maior preferência pelo PMDB desde 2007. No caso dos tucanos, a preferência dobrou: de 5% em outubro de 2014 para 10% em outubro de 2015, e estabilizou: 9% um ano depois. 
6. Apesar de os três – PT, PMDB e PSDB – estarem quase empatados em primeiro lugar no ranking das preferências partidárias, sua situação é distinta. Os petistas estão em decadência, enquanto tucanos e peemedebistas ensaiam uma recuperação. Essa tendência se manterá até a eleição presidencial de 2018?  Lava Jato à parte, vai depender do desempenho de PMDB e PSDB à frente do poder federal e municipal. O destino de ambos está ligado ao ritmo de recuperação da economia. Por mais tensões que apareçam na relação entre eles, tucanos e peemedebistas estarão amarrados e no mesmo barco. Do lado de fora, esperando sua chance, não está mais só o PT, mas dezenas de outros partidos.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

O mito do liberalismo como culpado pela crise de 1929


Por Instituto Liberal

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Filipe Altamir*

Algo que se aprende corriqueiramente na grade de ensino do padrão MEC é a história da grande depressão americana e do crash de 1929 nos EUA. A versão mais comum publicada em todos os livros didáticos e propagada pela grande maioria dos professores é que a crise colocou à tona de que o liberalismo faliu de vez, acabou de uma vez por todas, e que o estado é necessário tendo uma participação ativa e extremamente regulatória com uma finalidade única de evitar tais falhas e corrigi-las sempre que necessário, assim como também a responsabilidade de estimular determinados segmentos econômicos tanto produtivos quanto de consumo imediato.

Obviamente a crise se deu por uma série de estímulos de um estado intervencionista e hiperativo no mercado, o que havia antes de 1929 não era um livre mercado completamente pleno, no qual deva atribuir a responsabilidade pelas mazelas da grande depressão, mas sim um mercado relativamente livre com diversas lacunas ocupadas por uma série de intervenções estatais, políticas bancárias e econômicas de expansão do crédito, da base da oferta monetária, além de deliberadas medidas bancárias e serviços que contavam com o sistema de reservas fracionárias. Uma quebra na bolsa per se não é capaz de gerar uma crise ou uma grande depressão, em 1987 a bolsa americana chegou a cair em até 15% e não levou a nenhuma crise ou depressão.

O crash da bolsa de NY em outubro de 1929 não ocorreu por falha de mercado, mas sim por uma série de políticas econômicas irresponsáveis oriundas de distorções do estado intervencionista. Houve durante a década de 1920 uma série de políticas de expansão de crédito pelo FED visando a correção do sistema bancário de reservas fracionárias. Como toda e qualquer expansão, gerou um BOOM deliberado e generalizado no mercado de ações, levando a uma ostensiva euforia especulativa, e quando finalmente a expansão do crédito foi contida em virtude das grandes pressões inflacionárias, o mercado americano passou pelo estágio de correção, onde todos os investimentos errôneos e de origem de distorções do estado intervencionista caíram por terra, reestruturando todos os bens de capital com direcionamentos corretos de investimentos. As quebras bancárias, por sua vez, ocorreram exatamente pela retração da expansão da oferta monetária e, em virtude da prática das reservas fracionárias dos bancos comerciais que começaram a restringir o crédito e a cobrar devidas quitações de empréstimos pendentes. Os indivíduos que estavam com dívidas pendentes imediatamente começaram a sacar deliberadamente o dinheiro dos bancos provocando uma série de falências dessas instituições.

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No lugar do governo permitir que o mercado atuasse em correção natural e espontânea com adequação à nova realidade monetária sem a expansão, o estado mais uma vez interviu no mercado com uma série de controles de preços, controle de salários, aumento das taxas de importação, impostos e gastos, perpetuando uma depressão econômica por longos e quase intermináveis 15 anos.

Além de todos os acontecimentos ignorados pela maioria dos professores de história, também houve em 1920 uma crise corrigida pelo mercado e adiada até o ano de 1929. Mesmo após a auto-regulação do mercado vigente, o governo americano adotou novamente políticas intervencionistas culminando assim na crise futura. Thomas Woods a seguir, em artigo , explica detalhadamente a situação americana em 1920:

“A situação econômica nos EUA em 1920 era sinistra.  Naquele ano o desemprego havia pulado de 4% para quase 12%, o PNB havia declinado 17%.  Não é de se estranhar, portanto, que o então Secretário de Comércio [equivalente ao nosso Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] Herbert Hoover – até hoje falsamente descrito como um entusiasta do laissez-faire – tenha instado veementemente o então presidente Warren G. Harding a fazer uma série de intervenções para reativar a economia.  Mas Hoover foi ignorado.

Ao invés de um “estímulo fiscal”, Harding reduziu o orçamento do governo praticamente à metade entre 1920 e 1922: os gastos federais declinaram de $6,3 bilhões em 1920 para $5 bilhões em 1921 e $3,3 bilhões em 1922.  E o restante da abordagem de Harding foi igualmente laissez-faire: o imposto de renda foi diminuído para todos os grupos de renda e a dívida nacional foi reduzida em 33%.

A atividade do Federal Reserve, o banco central americano, foi praticamente imperceptível.  Como um historiador econômico escreveu, “Apesar da severidade da contração econômica, o Fed não utilizou seus poderes para aumentar a oferta monetária e combater a recessão”.[2]  No terceiro trimestre de 1921, os sinais da recuperação já eram visíveis.  No ano seguinte, o desemprego caiu para 6,7%, e em 1923 já estava em 2,4%”.

mises1Não é conveniente ao discurso academicista e ao mainstream citar tal caso da crise de 1920, uma vez que seria a refutação cabal do discurso marxista de que o mercado desregulado é o responsável pelas crises econômicas ao redor do mundo, quando na verdade, tudo acontece em virtude de uma série de intervenções estatais e políticas monetárias irrestritas. A extrema regulação do mercado financeiro e uma série de distorções oriundas de uma expansão do crédito e da oferta monetária,  fizeram com que os investidores alocassem capital e investimentos de forma errônea, o que gerou uma crise de confiança que culminou em falências bancárias e empresariais.

Como é de costume em todo o período de crise, o estado também garante a ousadia dos empresários em investimentos irresponsáveis através dos “pacotes emergenciais”, socializando todos os prejuízos caso venham à falência, responsabilizando todos os pagadores de impostos por essa orgia deliberada entre burocratas e empresários que não se garantem em um mercado com ampla concorrência. Sempre que o governo garante seguridade jurídica e econômica, isso desestimula toda e qualquer ação racional por parte do investidor. Ocorre que muitos empresários tornam-se mimados pelo estado desacostumando todo o arranjo, gerando uma série de pressões políticas que justificam cada vez mais a dependência dos indivíduos ao aparato estatal.

Muitos esquerdistas pensam que o calcanhar de aquiles do liberalismo é exatamente essa situação de que sempre quando há uma crise, muitos empresários recorrem ao estado que atua como garantidor do controle da situação. Isso ocorre exatamente pela garantia anterior dos pacotes emergenciais e também pela devida cobrança do empresariado ao combinado com o estado, evitando as falências. Todo liberal defende que o empresário irresponsável deve arcar com seus prejuízos, tendo em vista que o agente econômico cujos objetivos foram frustrados tem como punição natural do mercado a perda do lucro, estimulando uma readaptação de mercado para os mais aptos à atuação competitiva.

Os fatos históricos ocorridos durante a década de 1929 contraria o argumento da esquerda de que o livre-mercado é o causador de todas as mazelas econômicas. Todo conservador ou libertário deve levar em consideração as políticas fiscais e monetárias ocorridas em uma determinada época para comprovar que, ao longo da história, jamais houve um caso de crise econômica por causa do livre-mercado, mas sim pela intervenção crescente do governo.

*Estudante de Economia e Filosofia Política

 

SOBRE O AUTOR

Instituto Liberal

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O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal.

 

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Apreendidos 40 quilos de carnes impróprias para o consumo na churrascaria Garcias, em Porto Alegre

Produto, que seria servido a clientes, foi inutilizado. (Foto: Patrícia Coelho/PMPA)


A churrascaria Garcias, no bairro Praia de Belas, na Capital, foi vistoriada durante ação conjunta de representantes da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil, Secretaria de Estado da Agricultura, e Equipe de Vigilância de Alimentos, da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre nesta sexta-feira (4).

Foram recolhidos 40 quilos de alimentos de origem animal vencidos ou sem procedência comprovada que seriam preparados para servir clientes e mais de 20 quilos de temperos sem procedência e sem validade, além de legumes e saladas mal acondicionados. Os alimentos apreendidos foram inutilizados.

O responsável pelo local poderá apresentar defesa ao auto de infração lavrado. O estabelecimento conta com alvará de saúde.

garcias2Os alimentos apreendidos foram inutilizados.(Foto: Patrícia Coelho/ PMPA)


O Sul

Fazendo sexo com a Terra: chegou a vez dos Ecosexuais?


Por Thiago Kistenmacher

ecosexuais-capa-01

A insanidade está sem freio! Eu já escrevi aqui sobre as bizarrices do carnivorismo, que acredita que o consumo de carne tem relação com o machismo. Já escrevi sobre o capacitismo, que vê preconceito até mesmo no ato de ajudar um deficiente físico. Agora escrevo sobre os ecosexuais. Parece piada, mas conforme apontam os seguidores dessa prática, existem cerca de 100.000 pessoas no mundo que se identificam abertamente como ecosexuais. Mas o que seria isso?

De acordo com o site Vice, que publicou uma matéria sobre o assunto intitulada Ecosexuals Believe Having Sex with the Earth Could Save It [Ecosexuais acreditam que fazer sexo com a Terra poderia salvá-la], para os adeptos desta prática ou “identidade” como dizem, seria possível fazer sexo com a Terra.  

Isso inclusive já é objeto de estudo nas universidades dos Estados Unidos. Segundo o site, que entrevistou Jennifer Reed, estudante de sociologia pela Universidade de Nevada, em Las Vegas e que está escrevendo uma dissertação sobre a ecosexualidade, o número de pessoas que se identificam como ecosexuais tem crescido nos últimos dois anos. Além disso, o mesmo site informa que os dados de pesquisa do Google confirmam isso ao mostrarem que as buscas pelo termo aumentaram muito. Eu mesmo fiz buscas em inglês e português e confirmei: existe muito material sobre o assunto.

Não duvido que logo nossas universidades estejam elaborando workshops para a divulgação da prática e que doutores orientem pesquisas sobre o tema – tudo com dinheiro público, claro. O resultado? Aecosexualidade será concebida como normal, apenas como mais uma identidade sexual dentre as dezenas que já foram criadas pelos delírios da esquerda. Quem for contra, evidente, será identificado como preconceituoso.

Mas fica a pergunta: se eles podem se relacionar sexualmente com a Terra, como chegarão ao orgasmo? Uma defensora da causa responde. Amanda Morgan, que é membro da UNLV School of Community Health Sciences, diz que as pessoas rolam na sujeira tendo um orgasmo coberto de potting soil, que é aquela terra utilizada em vasos. Morgan também afirma que “existem pessoas que fazem sexo com árvores ou se masturbam sob uma cascata.” Mas quem garante que a árvore está disposta a fazer sexo com o ecosexual? Isso não seria estupro? Ridículo, tudo muito ridículo, eu sei!

Duas grandes representantes do movimento ecosexual, que inclusive escreveram o Manifesto Ecosexual,é o casal Annie Sprinkle e Elizabeth Stephens. Elas chegaram a produzir um documentário demonstrando a relação amorosa delas com os Montes Apalaches. Isso é ou não é loucura? Sinto ter que trazer tais bizarrices para você, leitor. Preferiria que isso tudo fosse piada, mas não é.

Além de relatar a relação do casal com os Montes Apalaches (Risadas!), enquanto viajam pelo país para exibir sua peça Dirty Sexecology: 25 Ways to Make Love to the Earth [Sexologia Suja: 25 Maneiras de Fazer Amor com a Terra], elas também oficializam cerimônias de casamentos onde elas mesmas e outros adeptos da ecosexualidade casam com a Terra, com a Lua e com outras entidades naturais! Juro que não estou brincando com você!

Elas também dizem que a ecosexualidade é uma nova forma de identidade sexual e que na última San Francisco Pride Parade, que é a Parada Gay de São Francisco, estavam lutando para acrescentar a letra “E”, de ecosexual, na sigla LGBTQI. É realmente muita falta do que fazer. Como costuma dizer Luiz Felipe Pondé, se acabasse o conforto do mundo contemporâneo, todas essas idiotices desapareceriam em poucos dias e essa gente teria que voltar para o mundo real.

Se o tema não foi estúpido o suficiente até agora, vale salientar a paranoia da escritora Stefanie Iris Weiss, que publicou o livro Eco-sex: Go Green Between the Sheets and Make Your Love Life Sustainable com a intenção de “ajudar as pessoas a fazerem suas vidas sexuais ‘mais neutras em carbono e sustentáveis’, e para nos ajudar a evitar a poluição dos nossos corpos quando temos relações sexuais.” Assim ela pretende combater o impacto ambiental causado pelo uso de materiais utilizados na fabricação de preservativos, lubrificantes e outros produtos. Não sei mais o que dizer. Fico pensando até onde esse pessoal vai chegar com tantas ideias estúpidas e que geralmente se convertem em seitas.

As militantes Annie Sprinkle e Elizabeth Stephens em sua perfomance.

As militantes Annie Sprinkle e Elizabeth Stephens em sua perfomance.

Amanda Morgan e Stefanie Weiss dizem que veem o sexo como uma ferramenta potencialmente forte para motivar as pessoas a tornarem o meio ambiente uma prioridade. A militância não se satisfez berrando slogans sobre o tal do aquecimento global. A loucura ambientalista não se contentou com os discursos inflamados contra o consumo de carne e a poluição dos rios. Elizabeth Stephens diz que seu objetivo é reconceitualizar a forma com que nós vemos a Terra, ou seja, ela afirma que devemos parar de ver o planeta como uma mãe para vê-lo como um amante. O que Freud diria disso?

Ambientalismo, relativismo, objetivo de salvar a sociedade, o mundo, sexualidade inventada com fundamentações delirantes. Tudo isso é fruto do mesmo marxismo cultural. Compreendo que a sexualidade seja complexa e não possa ser colocada numa caixinha como querem alguns moralistas, masecosexualidade é sair do mundo real para visitar a terra da loucura.

Se o século XX é visto como o século das ditaduras, o século XXI será visto como o século no qual a estupidez humana atingiu seu apogeu!

É sério que alguém que não perdeu a razão possa ter prazer sexual rolando no barro ou fazendo sexo com uma árvore? Pergunto: eles dizem fazer sexo com a Terra. Mas a Terra consentiu? Como ter certeza? Será que não seria interessante tentar compreender também o prazer sexual que as árvores ou a Terra sentem? Onde seria o “ponto G” da árvore? Logo nascerá um movimento ambientalista dizendo que a Terra e as árvores estão sendo estupradas e acabarão entrando em conflito com os ecosexuais, o que é bem comum desse tipo de seita.

Mas é melhor parar por aqui antes que algum ecosexual me chame de ecosexofóbico!

Haja paciência para tanto absurdo!

 

SOBRE O AUTOR

Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher é estudante de História na Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tem interesse por História das Ideias, Filosofia, Literatura e tradição dos livros clássicos.

 

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