quarta-feira, 2 de novembro de 2016

DIGA NÃO: CEDER AOS FILHOS CONTRA OS PRINCÍPIOS GERA INSEGURANÇA

 

 

Businessman With a Pacifier and Bib --- Image by © Robin Bartholick/Corbis

Image by © Robin Bartholick/Corbis

A geração mimimi, que quer “salvar o mundo”, mas se recusa a arrumar o quarto, que só fala em “direitos”, mas jamais em “deveres”, já foi tema de inúmeras colunas neste blog. É que julgo o assunto da maior importância mesmo. Adolescentes e jovens precisam de limites, eis o que uma boa educação deve lhes oferecer. Mas vivemos na era dos adultescentes, dos pais que querem se sentir jovens e se recusam a dizer “não” com mais frequência aos filhos, para serem seus “coleguinhas”, ou simplesmente por falta de paciência (educar dá trabalho mesmo). O resultado, porém, é catastrófico.

Leitores me perguntam como a direita pode chegar aos mais jovens, aos estudantes, como faz a esquerda. Respondo sempre que a luta é muito desigual. Se a esquerda fala às suas emoções, se vende libertinagem como se fosse liberdade, se estimula o comportamento irresponsável como se fosse o máximo da rebeldia justiceira, se fomenta o uso de drogas e enaltece a “sabedoria” da juventude, cabe a direita ser o pai severo, a mãe firme, aquele que educa, ou seja, que impõe limites e traz para a realidade.

Claro que os “progressistas” vão levar vantagem: eles estão tentando seduzir a juventude, desvirtuá-la, alegar que é ela quem sabe mais, quem pode tudo, quem deve governar. Os socialistas jogam tão baixo que tentam colocar os filhos contra os pais, como se esses fossem uns “caretas” repressores que não entendem nada de nada. Todo regime comunista usou os jovens contra os adultos, sendo o caso da Revolução Cultural de Mao na China o mais grotesco.

É nesse contexto que recomendo a coluna de Rosely Sayão na Folha hoje. Ela destaca justamente a importância da boa educação, ou seja, dos pais que têm a coragem de dizer “não” para preservar seus princípios, não cedendo à pressão (insuportável às vezes, é verdade) dos adolescentes. Também fui um adolescente chato, que insistia bastante quando queria alguma coisa. Felizmente tive bons pais que se deram ao trabalho de negar inúmeros pedidos. Como afirma Sayão, é isso que traz segurança ao jovem – e maturidade também, eu acrescentaria. Diz ela:

Não me canso de repetir: crianças, desde muito pequenas, sabem o que querem ou, pelo menos, pensam que sabem. Tal fato não é uma novidade das crianças nascidas neste novo mundo: sempre foi assim. Só que, na atualidade, o que elas demonstram querer é supervalorizado pelos pais, o que nunca aconteceu anteriormente.

E se há uma coisa que as crianças sabem fazer muito bem é batalhar pelo que querem. Elas criam novas estratégias e usam todas as que aprenderam que funcionam. Esse aprendizado começa lá pelos dois anos, mais ou menos.

[…]

Muitos pais não aguentam sustentar com firmeza sua decisão frente a comportamentos rebeldes dos filhos ou frente à insistência incansável deles. E, por isso, cedem.

Entretanto, a concessão que eles fazem pode não ser boa para a criança ou para o adolescente, principalmente por um motivo que considero importante: os filhos percebem, com muita clareza, que os pais estão agindo de forma contrária ao que pensam, ou seja, percebem a incoerência deles. E isso, caro leitor, provoca insegurança nos mais novos, que vai sendo construída pouco a pouco.

Mais importante para os mais novos do que ficar satisfeito e alegre com o fato de ter conseguido o que queria, é sentir segurança com seus pais. É essa sensação que ajuda crianças e adolescentes a crescerem com mais confiança, mesmo frente a todas as adversidades que a vida lhes impõe.

Sendo pai de uma adolescente, sei bem como pode ser difícil sustentar o “não” algumas vezes. Parte o coração, você questiona até que ponto está sendo justo, se não faz sentido o apelo insistente do filho, se você não está sendo duro demais. Eles sentem a dúvida quando você titubeia, e partem pra cima. Mas é nessa hora que devemos focar no longo prazo, preservar os princípios, mesmo quando a maré está contra você.

O pai que quer ser moderninho demais, que cede em tudo para ver o filho “feliz”, que não consegue remar contra a maré nunca e que deixa quase tudo está sendo um péssimo pai, e isso é covardia com a criança. É o que os “progressistas” já fazem com nossos filhos contra a nossa vontade, nas escolas, na imprensa, nas porcarias dessas novelas da Globo.

O filho não precisa de mais um “amiguinho” desses, falso como uma nota de três reais, no pai; ao contrário: nele precisa encontrar uma fortaleza capaz de negar essa libertinagem toda disfarçada de “novos tempos” e “liberdade”. O jovem sempre quis transgredir, e é natural e até desejável que seja assim. A diferença, que assusta, são os pais que agem como seus cúmplices.

Eis a receita certa para formar um mimadinho mais tarde, um típico esquerdista que bate o pé no chão e demanda seus “direitos” todos, jogando o dever de cuidar deles para ombros alheios.

Rodrigo Constantino

Uma pessoa é morta a cada 90 minutos no estado do Rio, diz governo

A violência urbana é responsável pela morte de uma pessoa a cada 90 minutos no estado do Rio. No período de 274 dias dos meses de janeiro a setembro deste ano, 4.482 pessoas morreram por letalidade violenta, que engloba homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte em confronto com a polícia.

O índice faz parte do relatório mensal do Instituto de Segurança Pública (ISP), pesquisa do governo estadual, divulgado nesta terça-feira (1º), e que traz os principais indicadores de criminalidade e da atividade policial do estado do Rio de Janeiro. Em relação ao período de janeiro a setembro de 2015, quando foram registradas 3.744 vítimas de letalidade violenta, houve aumento de 19,7%.

Os homicídios dolosos, quando há intenção de matar, nesse mesmo período, foram 3.098 em 2015 e chegaram a 3.649 em 2016, representando 551 assassinatos a mais. Também os latrocínios, que são os roubos seguidos de morte, tiveram aumento expressivo, saindo de 107 casos, de janeiro a setembro de 2015, para 162 casos em 2016.

Os casos de mortes em confrontos com a polícia subiram, nos primeiros nove meses deste ano, 118 casos, saindo de 517 mortes em 2015 para 635 mortes em 2016.

Roubos

Os roubos de rua, que reúnem roubo a pedestre, roubo de celular e roubo em transporte coletivo, apresentaram alta expressiva na comparação de janeiro a setembro deste ano com igual período do ano passado. Saíram de 63.714 casos para 91.826 casos este ano, o que dá 28.112 casos a mais. São 335 roubos de rua por dia, 14 por hora, ou um roubo a cada 4 minutos.

O roubo a pedestre saiu de 49.311 casos no período, em 2015, para 68.632 casos em 2016, um aumento de 39%. O roubo de celulares saltou de 8.695 casos, nos primeiros nove meses do ano passado, para 13.948 casos em igual período deste ano. E o roubo em coletivos subiu de 5.708 casos para 9.246 casos, também de janeiro a setembro.

Apenas em setembro, último mês em que foi contabilizado o relatório, também foi registrado aumento nas mortes por letalidade violenta e em roubos na comparação entre 2015 e 2016. No primeiro caso houve um aumento de 28,2% na comparação entre setembro deste ano com setembro de 2015.

Em relação a roubos, os roubos de rua tiveram alta de 66%, a pedestre de 69,6%, de celulares de 51% e em coletivos de 66,7% comparando setembro de 2015 com setembro de 2016.

Os dados completos podem ser obtidos na página do ISP na internet.

 

Agência Brasil

 

Prime Cia. Imobiliária - Imobiliária em Porto Alegre / RS

Resultado de imagem para prime cia imobiliária

http://www.primeciaimobiliaria.com.br/

 

 

 

Eles fizeram um protesto na manhã desta quarta: http://glo.bo/2edsv8n#Ediçãodas10 #GloboNews

Parentes são impedidos de visitar presos no Complexo da Papuda, em Brasília

G1.GLOBO.COM

 

 

Movimentação deve ser grande nos cemitérios de todo o país:http://glo.bo/2edsNfG #Ediçãodas10 #GloboNews

Cemitério do Caju, no Rio, deve receber 300 mil pessoas nesta quarta

G1.GLOBO.COM

 

 

Os três tentavam atravessar a linha férrea por uma passagem clandestina:http://glo.bo/2edlswv #GloboNews

Pai e dois filhos pequenos morrem atropelados por trem no Rio

G1.GLOBO.COM

 

 

Elas vão ser levadas para centros de acolhimento na França:http://glo.bo/2ezm7JS #GloboNews

Autoridades francesas começam a deslocar 1,5 mil crianças que viviam no acampamento de Calais

G1.GLOBO.COM

 

 

Dez pessoas morreram no acidente: http://glo.bo/2fduHzu #GloboNews

Força-tarefa no IML de Palmas tenta liberar corpos de vítimas de desabamento de gruta

G1.GLOBO.COM

 

 

As mudanças irão acontecer em 19 estados e no DF: http://glo.bo/2fca71L#GloboNews

Mais de 190 mil estudantes têm provas do Enem remarcadas por causa das ocupações das escolas

G1.GLOBO.COM

 

Ser comunista é um luxo para poucos: os cariocas que o digam…

 

Por Rodrigo Constantino

Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal

Diz a sabedoria popular que “cabeça vazia é oficina do diabo” – e o terreno...

 

Por que o determinismo histórico não explica a nossa pobreza?

 

Por Rodrigo Constantino

blog

Por Heitor Machado, publicado pelo

 

Como resolver a guerra fiscal apesar do arranjo tributário brasileiro?

 

Por Rodrigo Constantino

blog

Por Diego Vieira, publicado pelo

Por que o determinismo histórico não prova nossa pobreza?


Por Heitor Machado

brasil-historia

É muito provável que nas aulas de História você tenha aprendido que o Brasil foi uma colônia de exploração. Esse termo não está aí à toa, tão pouco a intenção por trás dele.

Segundo essa concepção, no passado colonial nós fomos explorados e transformados no país que exporta commodities e importa bens de consumo. O agronegócio seria a prova dessa tese, segundo os seus defensores. O objetivo aqui será exatamente apresentar argumentos que desfaçam essa crença na “vocação” agrícola do nosso país.

Se você analisar a história do Brasil, tivemos cerca de 300 anos de razoável desinteresse e eventualmente algumas ondas de negócios empreendidos somente com a autorização da coroa portuguesa. Fosse a extração de pau-brasil, o ciclo da cana-de-açúcar, a mineração de ouro, cada um desses negócios passava necessariamente pela autorização da metrópole ou de outra autoridade nomeada para isso. Não é muito diferente do que vemos hoje no país onde para aumentar as possibilidades de ter algum sucesso em sua empreitada o empresário é levado a acreditar que precisa da ajuda da classe política. Todo esse sistema engessado e proliferado por mais de 5 séculos foi um dos responsáveis pela miséria, desigualdade, racismo, entre outros problemas que nos colocam em marcha lenta rumo ao desenvolvimento.

Vejamos então a Austrália, que no ano de 1787 recebeu seus primeiros colonos. Com o intuito de ali formar uma colônia penal, cidadãos banidos do Reino Unido eram levados em longas viagens sem passagem de volta. Os indivíduos considerados páreas da sociedade inglesa como criminosos, ladrões, assassinos, conspiradores e estupradores tinham como destino o que se conhecia de mais distante da Grã Bretanha. Essa situação permaneceu durante quase um século, quando a última leva de prisioneiros foi enviada em 1868, portanto bem depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil e também de nossa independência. Foi também nessa época que o Brasil começou a construir uma das maiores malhas ferroviárias do mundo, enquanto a Austrália deixava de ser o destino dos piores representantes da sociedade inglesa. Reparem que a situação da Austrália foi, segundo o determinismo, a de um país sem qualquer vocação para o desenvolvimento. No entanto, os prisioneiros que terminavam suas penas, podiam trabalhar e comprar terras para produção.

O desenvolvimento proporcionado pelo respeito à propriedade privada e isonomia fez com que em 1900, as colônias britânicas optassem por um sistema que proporcionasse mais liberdade e autonomia a elas. Foi então que todas as colônias inglesas adotaram o sistema de Monarquia Parlamentarista, onde o rei ainda tinha poder de veto, mas as decisões eram tomadas pela colônia.

A Austrália não é tão diferente do Brasil em termos de vocação para extração de recursos naturais e dimensão continental, mas hoje apresenta um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano de todo o mundo, liberdade para empreender e alta renda per capita. Atualmente cidadãos de todo o mundo procuram o país em busca de um futuro promissor.

Foi então por falta de sorte que o Brasil tenha se tornado o país de profundas injustiças? Poderia citar tantos outros exemplos de países que seguiram a mesma receita do respeito à propriedade privada, isonomia e liberdade para empreender, pois esses são os pilares da prosperidade. Apenas assim alcançaremos um lugar de destaque no mundo e poderemos no futuro nos orgulhar de nossa rica história.

 

SOBRE O AUTOR

Heitor Machado

Heitor Machado

 

Instituto Liberal

Ser comunista é um luxo para poucos – os cariocas que o digam


Por Instituto Liberal

Ricardo Bordin*

Diz a sabedoria popular que “cabeça vazia é oficina do diabo” – e o terreno ideal para plantar a erva daninha do “progressismo”, complemento eu. Qual indivíduo seria mais facilmente transformado em idiota útil da Esquerda: o playboyzinho que está tomando cerveja artesanal no Delirium Café em Ipanema, quando deveria estar em uma aula bancada pelos pagadores de impostos, sem horário para acordar no dia seguinte; ou o cidadão que mora no morro, e precisa matinar quase todo santo dia em busca do sustento, desviando de criminosos pelo caminho, ansioso pelo dia do descanso sagrado? Este mapa do resultado das eleições municipais no Rio de Janeiro dá uma dica preciosa sobre a solução desse enigma:

freixo-crivella

Esta notável polarização política entre um candidato representante da Igreja Universal e um legítimo e assumido (até onde as pretensões eleitorais permitiram) socialista, e sua coincidência com determinados níveis de renda per capita da cidade maravilhosa, merecem uma análise mais acurada, portanto. Entender por que as pessoas menos abastadas deram preferência a um bispo da religião que mais cresce no país, em detrimento daquele que, supostamente, fala em nome, justamente, de tais desfavorecidos pelo “sistema capitalista opressor”, é tarefa essencial no esforço contra a disseminação do ideário marxista. Se funcionou no RJ, pode perfeitamente dar certo Brasil afora.

  • “Se Deus quiser, meu filho…”: A frequência com que uma pessoa repete esta expressão costuma guardar relação inversamente proporcional com sua condição financeira. Não á toa, minha mãe, esposa de um motorista de caminhão, que cuidava dos três filhos em casa, seguidamente entoava o mantra. E não era difícil entender o porquê: em meio à inflação, juros e desemprego nas alturas, associada com a violência da vila onde residíamos, dentre outras mazelas sociais comuns naquela região, a fé no transcendente estava sempre na ordem do dia. A oração do anjo da guarda era sua favorita. Ateísmo não costuma proliferar em bairros de periferia. Rezar para o ordenado chegar ao final do mês ou para chegar vivo em casa, ao final da jornada, é prática corriqueira.

Meu pai não contribuía com dízimo, mas alguns de nossos vizinhos, sim. Pagar para continuar tendo esperanças, ao passo que a expansão do Estado pseudo-assistencialista tornava a vida cada dia mais dura, era expediente mais benéfico do que entregar os pontos e render-se aos vícios. É claro que para os moradores do Leblon que apenas visitam os pobres, vez por outra, para gravar documentário glamourizando a favela e produzir filme louvando bandido como vítima – e ganhar ainda mais dinheiro de pagadores de imposto, pela via torta da lei Rouanet – isso não faz muito sentido, por certo.

  • “Deus ajuda quem cedo madruga”: Outra máxima que compõe o repertório da população humilde, ela retrata a necessidade diária de correr atrás da própria subsistência – sim, existe um mundo além do cartão de crédito do papai, galera de Copacabana beach. Portanto, ao contrário do que poderia imaginar o eleitor médio do Freixo, pobre gosta é de capitalismo (bem selvagem, de preferência). Ele quer que muitos empresas sejam inauguradas no município, para que ele não precise engrossar as estatísticas dos desempregados. Quem sabe, dependendo das condições, ele mesmo não inaugure seu próprio negócio – se a regulação estatal permitir, claro.

E sim, pobre reza para arranjar ou manter o seu trabalho, ainda que seja varrer a rua, cortar grama ou lavar louça (quantas novidades hoje, hein, Zona Sul?). Aliás, só quem nunca executou um trabalho mais modesto (ou algum trabalho, qualquer que seja) pode considerar humilhação desenvolver tais atividades. Meu avô, sapateiro, costumava dizer que “todo trabalho honesto é digno” – e é bem melhor do que ficar dependendo de bolsa-esmola. E como bom comportamento ajuda a assegurar um currículo profissional decente, é óbvio que, ao contrário do filhinho de papai comuna e do sindicalista militante, o pobre trabalhador não pode se dar ao desplante de faltar o serviço para bradar “Fora Temer” em plena quarta-feira à tarde, sob o risco de seus filhos ficarem sem pão. Até porque “Deus dá o pão, mas não amassa a farinha”. Neste contexto, no departamento de RH, o crente que só toma refrigerante e dorme cedo larga na frente do ateu baladeiro maconheiro. Graças a Deus.

  • “Em algum lugar ele vai pagar pelo que fez”: A crença no post-mortem também desempenha importante papel de lenimento da alma. Tomar ciência no noticiário de tanta roubalheira, assistir crimes acontecendo da janela de casa e seguir caminhando, não é tarefa das mais simples. Neste sentido, acreditar que a vida não se resume ao plano físico pode evitar que uma pessoa menos favorecida enlouqueça e jogue tudo para o alto de seu barraco. Segundo consta, aliás, “Deus não daria uma cruz mais pesada do que aquela que conseguimos carregar”; “Deus está vendo tudo”; e por aí vai. Ou seja, esta esperança em um estágio posterior de existência pode salvar uma pessoa de entregar-se às drogas e à libertinagem total – o que, por conseguinte, poderia jogá-la na dependência do Estado (o pessoal da cracolândia do Haddad e sua mesada que o digam).

freixo-crivella-02

Ademais, se nossa existência, conforme doutrinas espirituais as mais diversas, não está restrita a este corpo humano, não resta motivo para sair “curtindo a vida” por aí como se não houvesse amanhã (já que, contrariamente ao que acreditavam alguns fãs de Renato Russo, para 99% de nós, há um amanhã, sim – e ele vem com contas a pagar). Neste cenário, pode-se vislumbrar uma redução do uso de entorpecentes, de gravidezes precoces indesejadas e abortos. Curtir a experiência carnal de forma descontrolada torna-se, pois, desnecessário nesta conjuntura. E isso é muito salutar para quem não tem a vida ganha, diferentemente da maioria do pessoal que “fecha com Freixo”.

Trocando tudo em miúdos: foi-se o tempo em que o rebanho da Esquerda era composto pelas camadas mais desvalidas de nosso povo. Ele agora reduziu-se a “intelectuais” e artistas engajados, em um processo no qual os pobres, em sua maioria, abriram os olhos, mesmo em meio a tanta dificuldade, e perceberam que “gostar dos pobres” é muito diferente de “gostar da pobreza”, e dela fazer uso eleitoral. E, aparentemente, o pessoal que quer “mudar o mundo” ainda não percebeu que a galera do morro está mais preocupada com saúde e transporte do que com a liberalização das drogas e a ideologia de gênero.

Deduzo, pois, que tanto o fato de o novo prefeito do Rio de Janeiro ser um membro de uma instituição religiosa, quanto a circunstância de que seu rival representava tudo aquilo que mantém os pobres atolados na pobreza indefinidamente (vide a vizinha Venezuela), contribuíram para o resultado das urnas no domingo. E isso, por acaso, significa que os pastores evangélicos vão tomar conta do Brasil? Não creio. Acredito, tão somente, que o eleitor médio do Rio já estava de saco cheio de “progressismo”, e apenas valeu-se que um representante da instituição que costuma ajudá-lo a viver a vida de forma menos padecida era candidato, e votou nele. Crivella possivelmente não teria a vida tão facilitada contra outros políticos que ficaram pelo caminho no 1º turno (por muito pouco, e graças ao “voto inútil” dos Conservadores).

Sempre ouvi de esquerdistas que “os crentes são massa de manobra” de espertalhões de bom papo. Está bastante raso esse exame, viu, companheiros. É mais crível afirmar que as elites econômicas e intelectuais do Brasil é que estão apenas servindo aos propósitos de quem quer ver o Estado intrometendo-se em cada aspecto de nossas vidas e espalhando-se feito um câncer oneroso. Não por acaso, nos Estados Unidos, país cuja população atingiu níveis de prosperidade inéditos na história da humanidade (gerando, destarte, muita elite culpada), a Esquerda avança como nunca dantes.

Em suma: não é forçoso ajoelhar e rezar para fazer o capeta comunista ir embora do Brasil. Mas que o exorcismo operado ontem no Rio de Janeiro fez William Friedkin sentir inveja, ah, isso fez…

O marxismo sempre viu no cristianismo um adversário para suas pretensões totalitárias. Como aquele nega qualquer transcendência, seu paraíso deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Seu absolutismo não admite concorrência. Segundo Lenin, “a guerra contra quaisquer cristãos é para nós inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste”. Acho que o tiro saiu foi pela culatra…

Encerro indicando este vídeo de Dennis Prager, no qual ele relaciona a evolução do Ocidente com princípios religiosos – notadamente a noção de respeito à autoridade, tão em falta nos dias atuais (para regozijo dos marxistas). Cinco minutos para ajudar a entender, grosso modo, o que ocorreu no RJ:

Sobre o autor: Atua como Auditor-Fiscal do Trabalho, e no exercício da profissão constatou que, ao contrário do que poderia imaginar o senso comum, os verdadeiros exploradores da população humilde NÃO são os empreendedores. Formado na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) como Profissional do Tráfego Aéreo e Bacharel em Letras Português/Inglês pela UFPR. Também publica artigos em seu site:https://bordinburke.wordpress.com/

 

SOBRE O AUTOR

Instituto Liberal

Instituto Liberal

O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal.

 

Instituto Liberal

3 sinais de que estamos cada vez mais infantilizados e dependentes do governo


Por Instituto Liberal

dependentes-do-governo

Edemir Bozeski*

Não é difícil constatar que os hábitos domésticos e familiares, têm grande influência na formação da criança e refletirão posteriormente na vida adulta. Esse é o ponto de partida para que fiquemos atentos aos 3 sinais de que estamos cada dia mais infantilizados e dependentes do governo:

As experiências na infância

Senão vejamos: Quando somos crianças, nosso almoço está sempre pronto à mesa e nossa cama está sempre arrumada. Depois, alguém vai lavar a louça ou as nossas roupas.

Observe que sempre existe alguém fazendo algo para nós, seja nossa mãe ou a diarista, de forma que temos ao nosso dispor o funcionando da casa, mesmo que não colaboremos em nada! A criança aprende, indiretamente, a não colaborar com o funcionamento do local onde vive. Evidentemente, há exceções!

A consequência disso é que essa criança vai exigir do Estado o mesmo, quando for viver em sociedade, posto que ela aprendeu a ter alguém fazendo algo por ela. Se jogar lixo na rua, vai exigir que o Estado providencie um gari para limpar. Não vai se dedicar aos estudos, não vai empreender, porém, vai querer ter sucesso e ser bem-sucedida. Acabamos sendo um povo mimado!

E o pior: a precariedade da educação doméstica perniciosa ao nosso futuro, é habilmente utilizada pelo Estado para interferir em nossas vidas, criando a mesma dependência existente em nossa casa.

O indivíduo “órfão” com dificuldades de dirigir sua própria vida

Isso ocorre através da infantilização da população, causada por uma dependência exagerada e desnecessária ao Estado, pois sem ele as pessoas se sentem “órfãs” e não sabem dirigir sua própria vida. Observe que ao longo dos anos, diversos governos vêm sistematicamente impondo políticas de dependência, através das quais se assenta o hábito de que ele, o Estado, vai cuidar de nós, assim como ocorre em nossa vida doméstica. Ele cuida do nosso dinheiro (FGTS), da nossa previdência, da nossa saúde e da educação, assim como nossos pais cuidaram de nós durante a infância.

É uma estratégia utilizada há muitas décadas, como forma de tratar a população de forma infantil, beirando à debilidade. E a lógica disso é que, quando você trata alguém como criança, a tendência é aquela pessoa se comportar como tal. Não é de se estranhar que a presidente anterior se dirigiu à população, através de um discurso pueril, mencionando “estocagem de vento” e “elogios à mandioca”.

Em razão disso, aceitamos como normal a presença de um funcionário público em nossa casa, visando combater um mosquito em nosso quintal (aedes aegypti), pois não sabemos fazer isso por conta própria. De igual modo, o ascensorista tem que apertar o botão do elevador, pois também não sabemos manusear os inúmeros botões do dispositivo. Por último, precisamos de um frentista para encher o tanque do automóvel. Esses são exemplos clássicos de infantilização de uma população!

A falta de iniciativa e motivação

Essa dependência e infantilização causam danos irreparáveis, pois torna as pessoas sem iniciativa e desmotivadas, criando uma população sem autoestima, deslumbrada com as qualidades dos outros povos e não do seu próprio país. Em países onde se aplica a liberalismo econômico, essa infantilização e falta de iniciativa da população, é praticamente inexistente!

Quando completam 18 anos, em países como Estados Unidos e Canadá, os jovens têm que sair de casa. Quando ainda estão em casa, eles colaboram com a administração doméstica, seja lavando pratos ou arrumando a cama. Essa cultura de independência e colaboração, faz com que esses países sejam empreendedores e a consequência disso, por óbvio, é a prosperidade e uma existência agradável na sociedade, com a colaboração para o seu funcionamento, seja cuidando dos lugares públicos ou cortando a grama da sua própria casa, posto que ela não é algo somente individual, mas parte de uma visão coletiva.

Aos brasileiros, cabe uma melhor compreensão sobre o que é ser dono do seu próprio destino. Poderíamos começar, por exemplo, exigindo que nós mesmos administremos nosso dinheiro, como o do FGTS, e não o governo! O FGTS e outras contribuições são verdadeiros confiscos, com a desculpa de que o governo está cuidando do nosso dinheiro.

A verdade, todavia, é que ele usa esse dinheiro para financiar um estado gigantesco e desnecessário, através de custos exorbitantes de administração (no caso do FGTS, menos da metade da inflação). É uma espécie de “consórcio do mal”, onde a taxa de administração é absurda e insuportável para o consorciado, no caso, os pagadores de impostos e o bem a ser usufruído é entregue pela metade, em razão da sua baixa rentabilidade!

Como superar esse problema?

A solução, sem dúvida, é o Estado parar de agir como empresário e deixar sob a responsabilidade da iniciativa privada as áreas incompatíveis com o governo (petróleo, eletricidade, sistema bancário, entre outras), posto que isso evita a necessidade de buscar recursos na sociedade, via impostos, para administrar a máquina governamental, além de impedir a péssima administração estatal nessas áreas, com o tradicional uso político dos cargos utilizados para rapinagem endêmica, como visto no caso da Petrobras.

Frise-se que a iniciativa privada é a verdadeira geradora de riqueza, aquela que mantém, inclusive, o Estado através dos impostos. É ela quem deveria ser a maior protagonista no país, mas hoje é o Estado, eis que sua onipresença é evidente em grande parte dos setores produtivos e burocráticos do país.  O Estado deveria operar tão somente onde a iniciativa privada não atua, como a diplomacia, poder judiciário, polícia, entre outros.

O que podemos concluir é que a dependência ao Estado e a infantilização da população são intencionais, para que não haja contestação à atuação do Estado nas áreas econômicas não condizente com seumister, prejudicando, sobremaneira, a população, principalmente os mais pobres, com serviços caros e ineficientes, relegando à iniciativa privada a fama de vilã do protagonismo econômico.

Sobre o autor: Edemir Bozeski é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

 

SOBRE O AUTOR

Instituto Liberal

Instituto Liberal

O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal.

Instituto Liberal