Da Agência
O novo presidente do Parlamento venezuelano, Henry Ramos Allup, de 72 anos, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD), toma posse hoje (5).
Advogado nascido na cidade venezuelana de Valencia, descendente de libaneses, Ramos Allup representa a velha guarda política que o presidente Hugo Chávez (1999-2013) descreveu em seus primeiros discursos eleitorais como um mal a combater.
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Tendo manifestado cedo a sua afinidade com a política, juntou-se às fileiras da AD, partido que venceu seis vezes as eleições presidenciais e que, tendo perdido força após a primeira eleição de Chávez, a restaurou por meio da Mesa da Unidade Democrática (MUD), uma aliança de forças da oposição formada em 2008 e que hoje reúne cerca de 30 organizações políticas.
Eleito deputado nas legislativas de 2000, Ramos Allup foi escolhido representante no Parlamento Latino-americano em 2010, sendo vice-presidente da Internacional Socialista desde 2012.
Em abril de 2014, tornou-se fundamental no processo de diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, para aliviar o clima de tensão criado no âmbito de uma onda de protestos antigovernamentais que deixou 43 mortos e centenas de feridos.
Tendo acusado Hugo Chávez de estar "separado" da Constituição, onde não figuram a palavra "revolução" ou a expressão "união cívico-militar", que o presidente defendia, Allup também criticou a discriminação política do governo contra aqueles que não eram a favor do chavismo.
Em 6 de dezembro de 2015, Ramos Allup foi eleito deputado para o período 2016-2021, com 139.435 votos (69,83%), assumindo agora o lugar de presidente da Assembleia Nacional Venezuelana.
Governo
quer ampliar ações pelo crescimento
Um
dia após a terceira onda de manifestações pelo país contra o
governo da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, informou que a mobilização de
anteontem foi vista como “um fato natural dentro da normalidade
democrática” e que o governo está trabalhando para superar as
dificuldades que levaram os insatisfeitos às ruas.
Edinho
Silva evitou comentar os pedidos de impeachment da presidente durante
as manifestações. De acordo com o ministro, nesse momento o governo
está mais preocupado com a agenda positiva e a retomada do
crescimento da economia. Edinho Silva destacou a ampliação do
diálogo do governo com o Congresso e com os movimentos sociais,
ressaltando que é preciso superar “o pessimismo”. “O governo
tem lidado com as manifestações como fatos naturais de um regime
democrático. Tem lidado com esses fatos dentro da normalidade
democrática e assim vamos continuar fazendo. Reconhecemos a
importância da mobilização, mas o governo continuará trabalhando,
construindo sua agenda”, afirmou.
Apesar
de reconhecer a legitimidade das manifestações, o ministro disse
que o Brasil vive momento de intolerância, que não condiz com a
tradição de respeito a liberdade de pensamento no país. “É
óbvio que estamos num momento de intolerância política, religiosa
e cultural. É um momento difícil da vida brasileira em que temos de
trabalhar para desfazer esse ambiente. Temos de combater esse
ambiente”, declarou o ministro da Comunicação Social.
Fonte:
Correio do Povo, página 4 de 18 de agosto de 2015.
Granizo atinge centenas de casas
Prejuízos foram registrados em áreas
urbanas e rurais de municípios do Vale do Taquari e da Serra
Temporais voltaram a atingir o Estado
ontem, causando prejuízos em alguns municípios. No Vale do Taquari,
a queda de granizo durante a madrugada provocou estragos
principalmente em Encantado onde ao menos 400 casas foram danificadas
nas áreas urbana e rural. Equipes da Defesa Civil e da Secretaria
Municipal de Obras distribuíram lonas. Conforme a prefeitura,
técnicos realizavam ontem levantamento de danos para decretar
situação de emergência. Em Imigrante, o temporal durou cerca de 10
minutos e danificou casas e estufas no interior. A prefeitura
forneceu lonas e a Defesa Civil iniciou levantamento dos estragos, a
fim de também embasar decreto de emergência. O granizo atingiu
ainda Capitão, Putinga, Doutor Ricardo, Nova Bréscia, Relvado e
Roca Sales.
Municípios da Serra também tiveram
danos com o granizo da madrugada de ontem. Em São Marcos, conforme a
Defesa Civil, foram atingidas cerca de 80 casas no distrito de Pedras
Brancas, onde também uma olaria teve perda de 150 mil tijolos.
Outras dez residências ficaram destelhadas na área urbana. Lonas
foram fornecidas aos moradores, e a prefeitura contabiliza os
estragos. Houve prejuízos ainda em lavouras de alho e cebola,
aviários e estradas
em Antônio Prado, o granizo causou
perdas significativas na produção agrícola, em alguns casos com
100% de prejuízo. Na área urbana, as aulas foram suspensas ontem na
escola Municipal de Ensino Fundamental Aparecida devido à
infiltração de água. Em Flores da Cunha, duas casas ficaram
destelhadas, em Monte Bérico, e os moradores receberam lonas. Um
muro desabou, conforme os Bombeiros, mas ninguém se feriu. Em Nova
Pádua, caiu granizo em pontos isolados na zona rural.
Em todo o Rio Grande do Sul, subiu
para 119 o número de municípios atingidos pelos temporais desde a
primeira semana de outubro, segundo boletim da Defesa Civil estadual
divulgado no início da noite de ontem. De acordo com o órgão, 27
municípios tiveram situação de emergência homologada pelos
governos estadual e federal. Ainda há 7,3 mil famílias fora de
casa.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de
22 de outubro de 2015.
Granizo
prejudica lavoura de tabaco
A chuva de granizo causou prejuízos
em lavouras de tabaco em vários municípios do Vale do Rio Pardo com
maior concentração de danos em Vera Cruz, ontem. A té o final da
tarde, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) já havia
recebido 235 comunicados de perdas.
A Emater também tem recebido relatos
de danos às lavouras causados por fenômenos climáticos nos últimos
dias. O agrônomo Alencar Rugeri afirmou que a geada do final de
semana prejudicou a qualidade e a produtividade inicialmente
previstas para lavouras de trigo no Estado. As que estão em fase de
floração e enchimento dos grãos foram as que mais sentiram o
fenômeno extemporâneo. “Nessa fase, o ideal é temperatura amena
e sol”, comentou. Rugeri demonstrou preocupação com a previsão
do tempo para os próximos sete dias no Rio Grande do Sul. São
esperadas fortes pancadas de chuva, o que “tende a trazer mai
problemas e agravar a situação” das lavouras, que já tiveram de
conviver com a umidade excessiva de julho e o calor do mês de
agosto.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de
18 de setembro de 2015.