terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Confira os preços das passagens de ônibus nas capitais do país


Brasília - Passagem de ônibus e metrô no DF fica em média 40% mais cara a partir de hoje (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em várias capitais, as passagens de ônibus ficam mais caras a partir de janeiro Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Seis capitais brasileiras começaram o ano de 2016 com o anúncio de aumento nos preços das passagens de ônibus. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Boa Vista terão reajuste a partir de janeiro.
Em São Paulo, o aumento foi de 8,57%. O preço da passagem de ônibus, metrô e trem subiu de R$ 3,50 para R$ 3,80 e a integração de ônibus e trilhos de R$ 5,45 para R$ 5,92 após um acordo entre o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
No Rio de Janeiro, que sediará as Olimpíadas este ano, os preços das passagens de ônibus subiram de R$ 3,40 para R$ 3,80 em janeiro e estão previstos para fevereiro aumento nos preços dos trens de R$ 3,30 para R$ 3,70 e das barcas de R$ 5 para R$ 5,60.
Confira a variação nos preços das passagens de ônibus nas capitais entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016:
Capital      Preço anterior      Preço atual
Aracaju       R$ 2,70                         R$ 3,10 em janeiro de 2016
Belém         R$ 2,40                         R$ 2,70 em maio de 2015
Belo Horizonte  R$ 3,40/R$ 3,95           R$ 3,70/R$ 4,45 em janeiro de 2016
Boa Vista    R$ 2,70/R$ 2,90         R$ 2,80/R$ 3,10 em janeiro de 2016
Brasília       R$ 2,00/R$ 3,00         R$ 3,00/R$ 4,00 em janeiro de 2016
Campo Grande  R$ 3,00            R$ 3,25 em novembro de 2015
Cuiabá        R$ 2,80                      R$ 3,10 em fevereiro de 2015
Curitiba      R$ 2,85                      R$ 3,15/R$ 3,30 em fevereiro de 2015
Florianópolis  R$ 2,98/R$ 3,34    R$ 3,10/R$ 3,50 em janeiro de 2016
Fortaleza   R$ 2,20                       R$ 2,75 em novembro de 2015
Goiânia     R$ 2,80                        R$ 3,30 em fevereiro de 2015
João Pessoa  R$ 2,35                  R$ 2,70 em julho de 2015
Macapá     R$ 2,10                       R$ 2,75 em setembro de 2015
Maceió      R$ 2,75                       em discussão
Manaus    R$ 2,75                       R$ 3,00 em janeiro de 2015
Natal         R$ 2,35                       R$ 2,65 em julho de 2015
Palmas     R$ 2,50                        R$ 2,95 em maio de 2015
Porto Alegre   R$ 2,95               R$ 3,25 em fevereiro de 2015
Porto Velho    R$ 2,60                sem aumento
Recife              R$ 2,15                R$ 2,45 em janeiro de 2015
Rio Branco     R$ 2,40                 R$ 2,90 em dezembro de 2015
Rio de Janeiro  R$ 3,30/R$ 3,40/R$ 5,00           R$ 3,70/R$ 3,80/R$ 5,60 em janeiro de 2016
Salvador         R$ 3,00                 R$ 3,30
São Luís         R$ 2,40                  R$ 2,60 em abril de 2015
São Paulo      R$ 3,50/R$ 5,45   R$ 3,80/R$ 5,92 em janeiro de 2016
Teresina        R$ 2,10                  R$ 2,50 em janeiro de 2015
Vitória           R$ 2,45                   sem aumento
Em dezembro de 2015, já haviam aumentado as passagens as capitias Rio Branco, Aracaju, Fortaleza e Campo Grande.

Maduro corta poderes do Parlamento venezuelano sobre Banco Central

Novos deputados, a maioria da oposição, assumem as cadeiras nesta terça
Maduro corta poderes do Parlamento venezuelano sobre Banco Central | Foto: Federico Parra / AFP / CP Memória
Maduro corta poderes do Parlamento venezuelano sobre Banco Central | Foto: Federico Parra / AFP / CP Memória
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, eliminou mediante decreto a faculdade do Parlamento para nomear os diretores do Banco Central (BC), um dos órgãos na mira da oposição que assume nesta terça-feira o controle do
legislativo.

Fazendo uso dos poderes especiais que lhe confere uma "lei habilitante" que expirou no dia 31 de dezembro de 2015, Maduro se atribuiu o direito de designar o presidente e os diretores do órgão que comanda a política monetária do país, segundo o texto publicado nesta terça-feira no jornal oficial.

Essa faculdade era da Assembleia Nacional, que a partir de desta terça passa a ter maioria da oposição de centro-direita, depois de 16 anos de hegemonia chavista. 

A reforma de 18 artigos da lei do BC foi realizada em 30 de dezembro, um dia antes do final do prazo que deu poderes especiais para que Maduro governasse por decreto em diversos temas desde março de 2014.

A oposição propôs alterar essa regra a fim de enfrentar a crise econômica, refletida em uma inflação de mais de 200% -segundo cálculos independentes- contração do PIB e escassez de produtos básicos.

Com o decreto de Maduro, o BC, que no ano passado deixou de publicar dados sobre o aumento do custo de vida e sobre o PIB, poderá "suspender transitoriamente a publicação de informação pelo período durante o qual se mantenham situações internas ou externas que representem uma ameaça à Segurança Nacional e à estabilidade econômica".

Igualmente, a junta diretora poderá considerar "determinada informação como confidencial ou secreta", motivo pelo qual, para requeri-la, a Assembleia terá que solicitá-la a seu titular.

Da mesma forma, o emissor poderá outorgar créditos de forma excepcional ao governo e às instituições públicas e privadas "quando objetivamente existir ameaça interna ou externa à segurança ou prejuízo ao interesse público".

Candidatura de Ciro Gomes é "gota d'água" para Cristovam Buarque deixar PDT

Senador disse que ainda não tomou decisão sobre quando e para qual partido deve migrar
Senador disse que ainda não tomou decisão sobre quando e para qual partido deve migrar | Foto: Senado Federal / CP
Senador disse que ainda não tomou decisão sobre quando e para qual partido deve migrar | Foto: Senado Federal / CP
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou nesta terça-feira, em entrevista ao Broadcast Político, que a atuação do presidente do partido, Carlos Lupi, em promover a candidatura presidencial do ex-ministro e recém-filiado à legenda Ciro Gomes sem realizar prévias é uma "gota d'água" para ele deixar o partido. Ele disse que ainda não tomou uma decisão sobre quando e para qual partido deve migrar.

Questionado se deve ir para o PPS, partido do seu "velho amigo" Roberto Freire (SP), para se candidatar ao Palácio do Planalto em 2018, ele preferiu deixar seu futuro em aberto. "Pode ser prematuro dizer que não vou (para o partido)", disse, ao fazer uma analogia. "Me parece a história de um cara não vai bem no casamento e pergunta o nome da futura mulher, eu duvido que ele diga."

Ex-governador de Brasília e ex-ministro da Educação de Lula pelo PT, Cristovam disse que o descontentamento com Lupi vem desde a eleição de 2006, quando se candidatou a presidente pelo PDT. Segundo ele, o presidente do partido criticava-o por não "bater" no Lula durante a disputa presidencial. Ele resistiu ao avaliar que, com pouco tempo de propaganda na televisão, seria melhor usá-lo apresentando propostas. "Eu tinha só dois minutos, como vou perder meu tempo para criticar?", questionou.

O senador pelo PDT disse que, logo após a eleição, Lupi aceitou um ministério no governo reeleito de Lula para o partido - que, em sua avaliação, caminhou para ser um "apêndice" do PT. Para Cristovam, embora reconheça o valor do presidente do partido em manter o PDT mesmo após a morte do maior líder Leonel Brizola, em 2004, esse processo de "absorção" do partido está aniquilando a legenda.

"O partido não está cumprindo o desafio de ter uma proposta alternativa, que o PSDB não está propondo", afirmou. Cético, ele disse não ver sinais de melhora na política e na economia para 2016 e citou o fato de que a troca no Ministério da Fazenda com a chegada de Nelson Barbosa não tem o condão de recuperar a credibilidade que o País precisa.

O pedetista criticou ainda a postura de Lupi de defender a expulsão dos integrantes do partido que votarem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. Mesmo ressaltando que ainda não tomou uma decisão sobre como vai votar, ele disse que ficará ao lado dos que se insurgirem contra a posição da cúpula do partido.
Estadão e Correio do Povo

PMs dizem fazer rodízio de coletes à prova de bala na periferia de SP

Mensagem de texto no celular vira arma contra fraude no cartão

por TONI SCIARRETTAB


O Brasil foi um dos países que mais investiu no cartão com chip, a última tecnologia contra a clonagem nas transações eletrônicas. Mas foram as mensagens de texto (SMS) o instrumento que mais surpreendeu no ano passado no combate às fraudes nos pagamentos com cartões.

Os motivos apontados são a popularidade do celular, especialmente dos smartphones, entre a população bancarizada do país e a familiaridade com que o brasileiro utiliza esses aparelhos.

Quando uma pessoa recebe a mensagem de uma transação que não efetuou, costuma responder imediatamente ao banco. Em poucos minutos consegue cancelar a transação suspeita e ainda bloquear o cartão clonado.

Os bancos que enviam SMS para confirmar as transações feitas pelos clientes relatam uma diminuição de até 90% na quantidade de fraudes.

Inicialmente, as instituições financeiras estavam reticentes em enviar as mensagens, influenciadas pelo custo alto e pelo receio de incomodar demais os clientes com as confirmações.

O serviço foi expandido em 2015, quando grande parte dos cartões de débito e crédito já era chipada no país. Por esse motivo, não é possível afirmar que o feito tenha sido consequência exclusiva das confirmações via celular.

Henrique Takaki, gerente de risco da Cielo e coordenador do comitê de segurança da Abecs (associação das empresas de cartão), avalia que o resultado se deve a uma série de investimentos para dar mais segurança às transações eletrônicas.

"Antes do SMS, pedíamos para as pessoas verificarem os extratos, mas demorava muito até identificar uma fraude. Nesse período, ocorriam uma série de operações. Com o SMS, a resposta é rápida; o cartão é bloqueado e várias fraudes deixam de ocorrer", disse Takaki.

No Banco do Brasil, instituição financeira que mais emite cartões no país, as fraudes com clonagem de cartão caíram 86% após a adoção da tecnologia. Até novembro, o banco tinha enviado um total de 187 milhões de SMS para confirmar transações. Dessas, 171 mil mensagens –0,09% das transações– obtiveram respostas, gerando uma economia de R$ 88,5 milhões, segundo o banco.

SEM RECLAMAÇÃO

"Além de reduzir as perdas com fraudes, também conseguimos diminuir o índice de reclamações dos clientes no Banco Central. Uma parte significativa das reclamações contra os bancos é de transações não reconhecidas", disse Walter Malieni, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos.

No ranking de reclamações do BC, as cobranças irregulares nos cartões eram o segundo maior motivo de queixas consideradas procedentes em novembro, depois de problemas na contratação de crédito consignado por cartão.

Na maioria dos bancos, o cliente precisa contratar o serviço por um custo mensal de cerca de R$ 5. Algumas instituições, no entanto, enviam a mensagem de texto sem custo para transações acima de determinados valores, como R$ 20.

Como um todo, as perdas dos bancos com fraudes nos pagamentos eletrônicos somaram R$ 1,8 bilhão por ano. Os investimentos em tecnologia no sistema financeiro foram de R$ 21,5 bilhões, sendo que R$ 2,6 bilhões foram gastos com segurança.
Fonte: Folha Online - 04/01/2016 e Endividado