quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Inter anuncia saída de Diego Aguirre

Colorado pode contar com técnico interino no Gre-Nal deste domingo

Inter deve anunciar saída de Diego Aguirre  | Foto: Fabiano do Amaral / CP Memória

Inter deve anunciar saída de Diego Aguirre | Foto: Fabiano do Amaral / CP Memória

Diego Aguirre não é mais técnico do Inter. A saída do profissional foi anunciada no começo da tarde desta quinta-feira, no site do clube. O trabalho do treinador já vinha sendo criticado após a eliminaçãona Copa Libertadores e por conta dos empates contra Ponte Preta eChapecoense no Brasileirão.
O presidente do Inter, Vitorio Piffero, fez um pronunciamento nesta quinta no CT do Parque Gigante e classificou Aguirre como um excelente técnico. O dirigente explicou que a demissão foi decidida ainda na manhã de hoje. "Nós, Pellegrini e eu, chegamos a essa decisão hoje pela manhã. Entendemos que com duas competições no cenário brasileiro precisaríamos de uma mudança. Nós queremos mais do nosso grupo", afirmou.  
Piffero confirmou que o auxiliar técnico Odair Hellmann assumirá interinamente o comando da equipe e estará na casamata no clássico Gre-Nal. Embora não tenha falado em nomes para substituir Aguirre, o mandatário colorado comentou que Muricy Ramalho, seu amigo pessoal, seria o principal nome. "O Muricy sempre foi meu ficha 1, mas hoje ele não está habilitado para trabalhar. O contato com Muricy não significa que foi uma falta de respeito com Aguirre, a quem agradecemos o trabalho realizado", acrescentou.
Contratado por convicção do ex-diretor de futebol Luiz Fernando Costa, morto no começo de 2015, Aguirre chegou ao Beira-Rio com o objetivo de conquistar a Libertadores. No começo do trabalho, o técnico recebeu críticas por não montar um time titular e implementar um sistema de rodízio entre os jogadores. A iniciativa deu certo e o Colorado acabou conquistando o Gauchão sobre o Grêmio dentro do estádio Beira-Rio e chegando entre os quatro melhores time da competição sul-americana.
Campanha de Aguirre no Inter
48 jogos
24 vitórias
15 empates
9 derrotas
65 gols a favor
44 sofridos
1 título

 

Correio do Povo

 

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Conta de luz continua alta em agosto

    Rio – O consumidor continuará pagando mais caro na conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem a bandeira tarifária também será vermelha em agosto para todas as regiões do país. A bandeira vermelha mostra que o custo para gerar energia está elevado, resultando em cobrança de taxa extra.
    O sistema de bandeiras começou a valer em janeiro deste ano. Com este sistema, as contas de luz podem ter aumentos mensais se a bandeira for vermelha ou amarela. O sistema funciona como um sinal de trânsito: quando a bandeira é vermelha, o consumidor paga R$ 5,50 a mais por cada 100 kW/h. Se for vermelha, paga R$ 2,50 por 100 kWh. Caso seja verde, a fatura não tem custo adicional.
    A bandeira vermelha está em vigor desde o início do ano devido à falta de chuvas que reduziu o volume de reservatórios das principais hidrelétricas do país. Essa situação vem obrigando o governo de manter ligadas todas as termelétricas disponíveis, cujo custo de produção de energia é muito mais elevado. A conta extra pela utilização das termelétricas é um dos itens cobertos pelas bandeiras tarifárias. Outro é a compra, por algumas distribuidoras, de energia no mercado à vista. Essas concessionárias recorrem ao mercado à vista quando precisam de mais eletricidade para atender aos seus consumidores do que aquelas que elas já têm sob contratos. A dificuldade é que, no mercado à vista, a energia também é mais cara.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 1º de agosto de 2015.

 

 

Contas públicas à vista

    O Tribunal de Contas do Estado (TCE) anunciou a criação de um portal on-line no qual vai disponibilizar dados importantes das contas públicas fiscalizadas por ele, como as estaduais e as dos municípios. Segundo o presidente do TCE, Cezar Miola, no total, a página terá mais de 26 mil conjuntos de dados e permitirá um maior poder de análise para todos os interessados em conhecer mais sobre licitações de prestação de serviços, compras e obras. Também será possível acompanhar as fases referentes ao desenvolvimento de todos esses serviços, abrindo espaços para que os cidadãos possam alertar acerca de gastos e despesas desnecessárias. As planilhas de custos poderão ser visualizadas a fim de se tomarem as medidas corretivas quando couberem.
    Atualmente, com uma série de recursos tecnológicos ao alcance da população, torna-se perfeitamente viável compartilhar informações referentes à gestão pública. Algumas vezes, como já se viu, imprecisões nas prestações de contas ou mesmo em contratos, serviços e convênios por parte dos entes públicos decorrem da falta de estrutura ou de um assessoramento adequado. Em outras, o que se vê é que há realmente problemas sérios no direcionamento de verbas do Erário. Agora, cada caso poderá ser mais bem avaliado, além de também evidenciar as prioridades dos administradores, abrindo espaços para que a sociedade cobre uma melhor qualidade do gasto público, priorizando investimentos em áreas essenciais, como educação, saúde, segurança e saneamento.

Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 19 de julho de 2015, página 2.

 

 

CPI convoca ministro da Justiça para depor

Cardozo deve explicar atuação da PF nas investigações sobre a Petrobras

    Para poupar ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff e livrar da exposição o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o PT e o governo decidiram sacrificar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Com a anuência do Palácio do Planalto, Cardozo foi convocado a depor na CPI da Petrobras, onde deverá dar explicações sobre a atuação da Polícia Federal (PF) na apuração do esquema de corrupção na estatal.
    Em uma lista com 436 requerimentos protocolados, PMDB e PSDB queriam focar nas convocações dos ministros Aluizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), além de Cardozo e Dirceu. Também havia requerimentos para convocar o ex-presidente Lula, mas a oposição descartou convocá-lo ou quebrar seus sigilos, ao menos por enquanto.
    O Planalto rechaçava a convocação de Mercadante e Edinho porque isso simbolizaria a exposição direta da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação do governo, os ministros também não teriam o que explicar à CPI porque desconhecem o conteúdo da delação premiada do empreiteiro da UTC, Ricardo Pessoa. O Planalto avisou à CPI que, se os ministros fossem chamados, outros nomes citados por Pessoa também teriam de entrar na lista. Cardozo é visto como uma figura bem articulada e capaz de se sair bem no interrogatório dos parlamentares. Portanto, se alguém teria de ir para o “sacrifício”, o ministro da Justiça representaria um “custo menor”.
    O relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), disse acreditar que Cardozo se sairá “muito bem” quando esclarecer supostas escutas instaladas na cela do doleiro sem autorização da Justiça. “Não estou aqui nem para proteger nem para perseguir. O ministro Cardozo é preparado e não tenho dúvida nenhuma de que ele vai se sair muito bem e esclarecer os pontos que hoje mais da metade dos membros da CPI estão questionando quanto à legalidade ou não da operação. Ele vai se sair muito bem, tanto que não me opus, declarou.
    O ministro da Justiça foi consultado durante as negociações e informado de que em algum momento teria de falar à CPI sobre a condução das investigações na Operação Lava Jato. “Não vejo nenhum problema em comparece à CPI. Se puder colaborar de alguma forma para a elucidação dos fatos, eu o farei. Comparecer ao Parlamento é sempre uma honra para mim, amenizou Cardozo em nota.

Fonte: Correio do Povo, página 4 de 10 de julho de 2015.

 

 

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Cunha coloca na pauta contas de Lula

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já preparou a pauta de votações da próxima semana e incluiu a apreciação das contas governamentais referentes a quatro anos e que ainda não foram votadas pelo Congresso. No retorno do recesso, os deputados analisarão as contas do governo Itamar Franco, o último ano do governo Fernando Henrique Cardoso e dois anos do governo Lula.

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 29 de julho de 2015.

 

 

 

Cunha nega intenção de vingança

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou no sábado, pelo Twitter, que não usará o cargo para se vingar. Um dia antes, Cunha declarou que fará oposição ao governo Dilma Rousseff. Após o anúncio, o Palácio do Planalto divulgou nota dizendo esperar que o gesto não se reflita nas ações de Cunha como presidente da Câmara, “que devem ser pautadas pela imparcialidade e impessoalidade”.

“Não existe pauta de vingança nem pauta provocada pela minha opção pessoal”.
Eduardo Cunha
Presidente da Câmara

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 20 de julho de 2015.

 

Delator acusa: Eduardo Cunha exigiu propina

Presidente da Câmara teria pressionado lobista

    O lobista Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Justiça Federal que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria exigido pagamento de propina de 5 milhões de dólares. O valor saiu da compras de navio-sonda. Conforme Camargo, ele se reuniu pessoalmente com Cunha na Base Aérea Santos Dumont, no Rio. Camargo afirmou que Cunha é uma pessoa agressiva do ponto de vista verbal, uma pessoa que tenta lhe constranger, lhe colocar a corda no pescoço, no sentido de pressionar insistentemente.

Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 17 de julho de 2015.

Brasil está em recessão desde o 2º trimestre de 2014, diz comitê da FGV

por RENATA AGOSTINI

O Brasil enfrenta uma recessão desde o segundo trimestre do ano passado, segundo cálculo do Comitê de Ciclos Econômicos, o Codace, grupo criado em 2008 pela Fundação Getulio Vargas para determinar os períodos de expansão e contração da economia do país.
De acordo com o comitê, a atividade econômica está em queda, portanto, há pelo menos quatro trimestres.
Não há previsão sobre quanto tempo a recessão atual deve durar. Mas já se trata do ciclo recessivo mais duradouro vivido pelo país desde o início de 1999, quando a economia saiu de um período de contração econômica de cinco trimestres (veja quadro acima).

"Todos os indicadores mostram que ainda estamos vivendo o processo recessivo e que devemos enfrentá-lo até pelo menos o final do ano", afirma Paulo Picchetti, professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV e um dos sete membros do Comitê de Ciclos Econômicos.
Na estimativa de instituições financeiras e analistas de mercado, o país fechará 2015 com retração de 1,8% no PIB e seguirá em recessão no primeiro trimestre de 2016.

METODOLOGIA

O comportamento do PIB é o principal sinalizador da atividade econômica. Quando ele recua por dois trimestres seguidos, muitos economistas dizem que um país entrou em "recessão técnica".
No entanto, o Codace analisa um vasto número de indicadores para definir os períodos de recessão e expansão dos ciclos econômicos. O desempenho do PIB é somente um deles, embora tenha peso expressivo por ser o mais abrangente.
O comitê leva também em consideração dados como a atividade industrial, a taxa de desemprego, as vendas no comércio varejista.
Segundo o grupo, o método usado assemelha-se ao adotado pelo NBER, instituto privado dos EUA que é referência em cálculos sobre ciclos econômicos.
Pelo modelo do Codace, o Brasil viveu nove períodos de recessão desde o primeiro trimestre de 1981, início da série histórica.
A análise da série mostra que a duração dos períodos de recessão vinha diminuindo, enquanto a dos ciclo de bonança econômica expandia-se, uma consequência da estabilização monetária e financeira permitida pelo Plano Real e do cenário internacional mais favorável a partir do início dos anos 2000.

MAROLINHA

Antes da crise econômica mundial, que eclodiu nos últimos meses de 2008, o país havia experimentado 21 trimestres consecutivos de expansão —um recorde na série a construída pelo grupo.
Do segundo trimestre de 2009, quando o país saiu da crise, até o primeiro trimestre de 2014, foram outros 20 trimestres seguidos de economia em crescimento.
Para Picchetti, o ciclo recessivo atual é reflexo das medidas tomadas pelo Brasil com o objetivo de acelerar a recuperação da sua última crise.
Na ocasião, o governo incentivou o crédito e o consumo das famílias para estimular a demanda doméstica. Para o ex-presidente Lula, enquanto o mundo enfrentava uma tsunami, o Brasil lidava com uma "marolinha".
"Nessa de sermos os primeiros a sair da crise, aparentemente você criou uma série de desequilíbrios, que estão cobrando a conta agora. Saímos pelo lado da demanda tanto do lado de política monetária quanto de política fiscal. E os desarranjos basicamente se mostraram incontornáveis após as eleições presidenciais [do ano passado]", diz Picchetti.
Quem faz o cálculo?
O Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos) determina cronologias para os ciclos econômicos do país

Como funciona o cálculo?

Os economistas determinam os ciclos pela avaliação de uma série de indicadores como PIB, taxa de desemprego e produção industrial
Fonte: Folha Online - 04/08/2015 e Endividado

 

Com o pires na mão, por Luiz Carlos Folador

    O “Prefeito dos prefeitos”. Assim costuma ser chamado o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), cargo para o qual tive a honra de ser eleito. E, justamente pela responsabilidade de representar tantos gestores locais, fiz questão de tomar uma atitude, durante a cerimônia de posse da nova diretoria da instituição: ajoelhar-me com um pires na mão, assim como fazem simbolicamente só governos municipais diante do Estado e da União.
    O gesto representa a dificuldade dos municípios em atender às demandas da população com os poucos recursos que temos. Pelo ato, reforcei a importância do novo Pacto Federativo, principal bandeira da nossa entidade. Precisamos urgentemente da redistribuição do bolo tributário, concentrado na União.
    Brasília virou uma Meca de prefeitos que querem resolver problemas e buscar recursos. É cada vez mais difícil conseguir o que deve ser feito com a falta de autonomia do poder local. O sistema federativo brasileiro impõe esta lógica: o dinheiro dos impostos é pago no mercadinho, no posto de gasolina, na farmácia. E a maior parte disso vai para o governo federal. E quando volta, é preciso fazer muito com muito pouco.
    O que os prefeitos defendem é justamente o oposto: descentralização de podere recursos. Vejam o que acontece em países como Alemanha e a Austrália: são dois exemplos de nações em um estágio elevado de regionalização das políticas públicas. Contam com um arranjo de gestões mais autônomas nos serviços, trazendo agilidade e continuidade nos investimentos em saúde, educação e infraestrutura. E quem ganha com isso é a população.
    Por que não podemos sonhar com um Brasil assim? Mudar essa realidade é essencial para o desenvolvimento do Estado e do país. Nossa entidade tem levantado pautas fundamentais para que isso ocorra. Além do Pacto Federativo, lutamos por bandeiras como a atualização da Lei de Licitações, a desoneração de ICMS das compras municipais e o destravamento da Lei dos Royalties do Petróleo. São iniciativas para que tenhamos um Estado mais descentralizado e menos burocrático – e que faça com que as comunidades não precisem mais se ajoelhar diante dos governos centrais, com o pires na mão.

Presidente da Famurs e prefeito de Candiota

Fonte: Correio do Povo, edição de 22 de julho de 2015, página 2.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Começa a reconstrução em Gaza

    Cidade de Gaza – O ministro palestino da Habitação e Obras Públicas, Mufid al Hasayneh, pousou nesta quarta-feira a primeira pedra para a reconstrução de uma casa que havia sido destruída durante a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza em 2014. Até agfora, devido à falta de materiais de construção – cuja entrada no território depende de autorização de Israel, que impõe um bloqueio à Faixa de Gaza -, só haviam sido realizadas obras da reparação nas residências danificadas, mas não nas destruídas.
    A reconstrução de 18 mil casas levará vários anos, segundo as autoridades. Entre os empecilhos estão as promessas descumpridas dos doadores internacionais e as lutas internas palestinas.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 23 de julho de 2015.

 

 

 

Congresso se prepara para pautas bomba

PEC da maioridade, correção do FGTS e contas da União são alguns dos temas

    O Congresso Nacional deve retomar os trabalhos a partir de agosto com a votação de pautas delicadas para o Palácio do Planalto, como o projeto que reduz as desonerações na folha de pagamento d empresas, parte do pacote de ajuste fiscal, a redução da maioridade penal, financiamento privado de campanha e a análise de contas de governos, incluindo o da presidente Dilma Rousseff. A lista de “pautas bomba”, como são chamadas as medidas com impacto nos cofres públicos, tem no projeto que muda a correção dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), passando de 3% para cerca de 6%, o principal problema para o governo. O Planalto alega que o projeto afeta programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, e obras de saneamento, financiadas com recursos do fundo.
    A análise de contas de governos, que deve ser uma das prioridades, também é outro pesadelo para Dilma. Antes de chegar na atual presidente, no entanto, deputados e senadores terão que colocar em dia a apreciação das contas de vários presidentes da República, já que de 1990 a 2013, há contas de 15 anos dependendo de análise.
    No que depender da disposição dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), essa pauta será prioridade na volta do recesso branco, que termina no dia 2. O compromisso, foi feito, na última semana, com o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU).
    Mesmo sem poder para aprovar ou reprovar definitivamente as contas do Executivo, por ser um órgão de fiscalização auxiliar do Congresso, o TCU tem o dever de enviar anualmente parecer ap Parlamento com a análise de atuação e do cumprimento de regras e leis pelo presidente e seus ministros. A partir daí, deputados e senadores ficam responsáveis pelo julgamento.
    No Congresso, o parecer do TCU vai direto para a Comissão Mista do Orçamento (CMO), onde o relator designado tem até 40 dias para entregar o parecer. A partir daí, os congressistas têm 15 dias para apresentar emendas e o relator da matéria, mais 15 para elaborar o texto final de um projeto de decreto legislativo. Em seguida, o projeto passa por dois turnos de votação nos plenários da Câmara e do Senado, que revezam o início da análise dos pareceres.


Fonte: Correio do Povo, página 3 de 27 de julho de 2015.

 

Consumidor mais otimista

    Não há como negar que a economia de um país não pode ser visualizada apenas do ponto de vista objetivo, com foco em poupança, Balança Comercial, possibilidades de investimentos, produtividade, entre outras variáveis igualmente importantes. Também é necessário se ter uma noção precisa de como está o patamar de otimismo daqueles que são os responsáveis pelo aquecimento do mercado. É o caso dos empreendedores e também, claro, dos que são os responsáveis pela aquisição de bens e de serviços, no caso, os consumidores, complemento imprescindível na cadeia que envolve a circulação de riquezas.
    Depois de uma média histórica de pessimismo, o consumidor brasileiro parece estar um pouco menos apreensivos em relação ao seu futuro e à sua própria renda. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 1,8% de junho para julho. Esse indicador mostra que existe um espaço concreto para que a economia reaja, demandando dos setores públicos e privado ações efetivas, inclusive de melhoria de infraestrutura. O Inec continua muito baixo em relação ao mesmo mês do ano passado, quando chegou a 10,6%. Contudo, o fato de estancar a queda é bem significativo. Claro que a situação econômica do país reclama mudanças estruturais, mas elas devem vir acompanhadas de uma confiança na retomada do crescimento.

Correio do Povo, editorial da edição de 30 de julho de 2015, página 2.