quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Casas Bahia e Hotel Urbano abre 58 vagas para Profissionais com Ensino Médio

Casas Bahia e Hotel Urbano abre 58 vagas para Profissionais com Ensino Médio

Posted: 05 Aug 2015 12:49 AM PDT

As empresas Casas Bahia e Hotel Urbano estão juntas com 58 vagas de emprego abertas para São Paulo e Rio de Janeiro. Confira abaixo os detalhes de cada empresa: Hotel Urbano A empresa Hotel Urbano, informou que está com 28 vagas abertas com o objetivo de para ampliar sua área de operações próprias. Cargos: As vagas são para os cargos de emissores e analistas nacionais, operadores,

Concurso Cettrans Cascavel PR 2015 - Mais de 40 vagas para Fundamental, Médio e Superior

Posted: 05 Aug 2015 12:50 AM PDT

Foi publicado pela Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans) de Cascavel, no estado do Paraná, a abertura das inscrições para seu primeiro Concurso Público de 2015. Os candidatos contratados terão remuneração que variam de R$ 853,72 a R$ 2.312,36, para trabalhar em jornadas semanais de trabalho de 44 horas. As funções desempenhadas podem ser em regime de escala de

 

 

Adolescentes

Quatro adolescentes com idades de 15 a 17 anos, acusados de estupro coletivo, no Piauí, foram condenados a três anos de internação em uma unidade socioeducativa. É revoltante presenciar a falta de seriedade e bom senso de nossas leis Por que jovens eleitores que são considerados aptos e responsáveis pelo destino desta Nação, não são responsáveis por seus atos?

Josete Sanchez, Porto Alegre

Fonte: Correio do Povo, edição de 22 de julho de 2015, página 2.

 

Advogada abandona Lava Jato

A advogada Beatriz Catta Preta, uma das maiores especialistas em delação premiada do país, está abandonando a causa de seus principais clientes na Operação Lava Jato. Ela comunicou ao juiz Sérgio Moro que não irá mais atender os réus Augusto Ribeiro Mendonça Neto e Pedro José Barusco Filho. Ele já havia deixado de atender o delator Júlio Camargo. Catta Preta não informa a razão da decisão.

Fonte: Correio do Povo, página 4 de 23 de julho de 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

Acordo histórico, por Jurandir Soares

O presidente Barack Obama conseguiu mais um grande feito em termos de política externa com o acordo que estabelecer o controle sobre o programa nuclear do Irã. É preciso logo ressaltar que esse acordo tem o respaldo não só dos Estados Unidos, mas também da Grã-Bretanha, França, Rússia e China, ou seja, os cinco países que têm assento permanente no Conselho de Segurança da ONU com direito a veto e mais a Alemanha – a maior potência econômica da Europa. Do lado iraniano, nunca um país cedeu tanto em termos de investigação sobre suas atividades nucleares. E mais, as sanções econômicas só serão levantadas depois de constatado o cumprimento do que foi acordado.

Obama conseguiu trazer para o lado dos Estados Unidos um país que, só tempo de George Bush, era arrolado como integrante do “eixo do mal”. E, de fato, fazia por merecer, apoiava os movimentos radicais islâmicos no Oriente Médio e seu então presidente Mahmoud Ahmadinejad dizia que o Holocausto não existiu. Por todos esses aspectos, Israel esteve muitas vezes a ponto de bombardear as instalações nucleares iranianas. Não o fez porque não teve o apoio de Obama, que confiava no seu poder de negociação. O que significava trazer de volta para o seu lado um país que já foi grande aliado. Afinal, ao tempo do xá Reza Pahlevi o Irã era um importante aliado dos Estados Unidos e de Israel, para quem fornecia petróleo. Ao trazer o Irã para o seu lado, Obama consegue segurar o principal país da região que dava apoio aos radicais xiitas. E, ao mesmo tempo, consegue um importante apoio para combater o sunita Estado Islâmico, cujas ações estão barbarizando o Oriente Médio. E, na sequência de sua agenda pacifista, Obama vê nesta segunda-feira a reabertura das embaixadas americana em Havana e cubana em Washington – concretizando o processo de reaproximação de Cuba.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 19 de julho de 2015.

 

Acordo nuclear: Negociações emperram

Viena – O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, sinalizou ontem que os diplomatas não irão concluir um acordo nuclear entre o Irã e as potências do 5+1 (EUA, China, Reino Unido, Alemanha, França e Rússia) até amanhã desta sexta-feira, complicando os esforços dos Estados Unidos para aprovar as medidas de forma mais rápida por parte de seus parlamentares. “Estamos totalmente focados na qualidade do acordo”, ponderou Kerry.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 10 de julho de 2015.

 

Advogado cita 'temor' a Cunha

Ao entregar defesa final do consultor Júlio Camargo à Justiça, na quarta-feira, o advogado Antônio Bastos afirmou que pessoas que criticam seu cliente agem com a “lógica da gangue”. Bastos disse, ainda, que seu cliente tem “justificado temor” de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e que o esquema da Petrobras maculou “o equilíbrio do processo eleitoral durante pelo menos três eleições”.

“Por zelar pela segurança da minha família, decidi encerrar a carreira na advocacia”

Beatriz Catta Preta

Advogada

Fonte: Correio do Povo, página 4 de 31 de julho de 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto de Cifras.

 

 

 

Agência diz que país corre risco

A agência de risco Standard & Poor's manteve ontem em HBB a nota de crédito do Brasil, mas alterou a perspectiva para negativa. A nota segue classificada como grau de investimento, mas com a revisão o país ficou perto de perder o selo de “bom pagador”.

Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 29 de julho de 2015, página 2.

 

Agosto terá tanta chuva quanto em julho?

Agosto começa e ainda existem áreas alagadas na Grande Porto Alegre pelos volumes recordes de chuva em alguns pontos registrados no mês de julho que terminou ontem. O julho extraordinariamente chuvoso, com anomalias de precipitação 300% a 800% acima da média de muitas cidades do sul do Brasil, naturalmente traz a curiosidade se agosto se repetirá o dilúvio. A probabilidade é outro mês com chuva acima dos padrões históricos em muitos pontos do Sul do país pelo impacto do El Niño. Não necessariamente será tão chuvoso quanto foi julho na maioria das áreas, mas há risco de novos eventos de chuva excessiva na região. A projeção da MetSul é que a primeira metade do mês tenha precipitação abaixo da média em face do padrão do bloqueio atmosférico que manterá a temperatura muito acima da média, mas durante a segunda metade de agosto a chuva deve aumentar bastante, em particular nos últimos 10 dias do mês. O trimestre setembro a novembro é que mais preocupa por chuva excessiva e altíssimo risco de enchentes.

Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 16 de 1º de agosto de 2015.

 

 

Alcorão mais antigo identificado

Londres – A Universidade de Birmingham, no Reino Unido, anunciou que testes científicos provaram que um manuscrito do Alcorão de sua coleção é o mais antigo do mundo e pode ter sido escrito perto da época do profeta Maomé. A notícia animou os estudiosos e a comunidade muçulmana local – uma das maires do país.

A descoberta ocorreu após um aluno do doutorado da instituição ter feito testes com radiocarbono, que demonstraram que o pergaminho onde estão contidas as escritas era datado da época do profeta – que viveu entre os anos 570 e 632.

Fonte: Correio do Povo, página 10 de 24 de fevereiro de 2015.

Nesta Quinta-Feira (6) concursos abertos em RJ, SP, SC e RS somam mais de 300 vagas

Nesta Quinta-Feira (6) concursos abertos em RJ, SP, SC e RS somam mais de 300 vagas

Posted: 06 Aug 2015 12:21 AM PDT

Concursos de hoje - Mais de 300 vagas em concursos estão com inscrições abertas para os estados do Rio de janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São oportunidades diversas para todos os níveis de escolaridades, em algumas entidades o salário é um grande atrativo, como na Prefeitura de Schroeder no estado de Santa Catarina, que oferece salário de R$ 12.833,69 para cargo de nível

Concurso Correios MG 2015 - Vagas para Estagiários

Posted: 06 Aug 2015 12:21 AM PDT

Para contratar e credenciar estagiários, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) realiza dois Processos de Seleção. A bolsa estágio é de R$ 381,95 ou R$ 528,94, referente ao nível Médio/ Técnico e Superior, respectivamente, mas há também benefícios como auxílio transporte de R$ 92,84 e vale alimentação/ refeição de R$ 197,11. O estágio tem duração de 20 horas semanais.

 

 

4º Distrito – Inovação inspirada em Barcelona

Município quer criar em Porto Alegre um conjunto de bairros com o conceito living lab visando à produção colaborativa e à inovação

Heron Vidal

Porto Alegre debate proposta para mudar o futuro do 4º Distrito dia 14 de outubro com um convidado especial: o CEO da Oficina de Crescimento Econômico da Prefeitura de Barcelona, Josep Piqué, economista e idealizador do distrito do Conhecimento 22@Barcelona – área urbana onde há 20 anos foi consolidado o conceito de living lab (laboratório vivo), no qual se destacam produção colaborativa e inovação. Piqué irá à prefeitura e à Câmara Municipal. A modelagem da cidade ao 4º Distrito tem dois eixos. Um deles cria a Empresa de Gestão de Ativos, do município. “É um exemplo de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro”, informa o secretário municipal da Fazenda, Jorge Tonetto. Outro eixo é o regime legal específico, por meio de Operação Urbana Consorciada.

Uma função da nova empresa será administrar bens do município (imóveis, praças e terrenos) e pensar a infraestrutura e os projetos voltados à cidade. O regime especial ao 4º Distrito é tarefa delegada a um grupo de secretarias e órgãos da prefeitura. Além dos incentivos, buscará captar recursos via Operação Urbana Consorciada. Por esse sistema, o município emite títulos resgatáveis. Um caso de sucesso desse tipo de operação é a área de Porto Maravilha, na cidade do Rio, onde o lixo passou a ser recolhido por sucção subterrânea, como em Barcelona.

Conforme Tonetto, a inovação carioca só foi possível graças à criação do papel Certificado de Potencial Construtivo, o Cepac. É um título imobiliário remunerado pela valorização dos índices construtivos (viabilizam maior aproveitamento de área à construção civil). A Caixa Econômica Federal adquiriu R$ 3,6 bilhões de Cepacs – esse dinheiro foi investido no porto. A vultosa compra fez duplicar o valor dos índices. Foi bom negócio à Caixa que ganhou em dobro, e ao Porto Maravilha. Houve, porém, supervalorização, imobiliária. “Estamos atentos e tentaremos evitar isso na nossa proposta”, adianta o secretário.

Bastam cinco anos para mudança

Fazer o 4º Distrito de Porto Alegre ficar parecido com o 22@Barcelona não é uma tese. “Isso pode ocorrer dentro de cinco anos”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon/ RS), Ricardo Sessegolo. A transformação, porém, só será viável se a prefeitura apresentar legislação atrativa para a estruturação de uma economia de capital intelectual. Com essa receita, a área do 22@Barcelona foi totalmente recuperada na cidade espanhola. No passado, foi um espaço degradado, mas leis urbanísticas específicas e de incentivos da prefeitura despertaram o apetide de investidores. Hoje, a área nobre e inovadora. “Trinta mil empregos foram criados lá”, informa o industrial.

Se forem confirmados empreendimentos-âncora como o da Airbus (centro de desenvolvimento de tecnologia em segurança) e o cluster do Medical Valley (produção de equipamentos à saúde), o conceito de living lab ganhará velocidade. “A ideia é começar numa área de dois ou três quarteirões”, observa Sessegolo, que integrou missão recente a Barcelona. No 22@Barcelona, segundo o presidente do Sinduscon/RS, proprietários de terrenos potenciais para sediar empreendimentos cederam 30% de sua área à prefeitura.

Quem tinha 10 mil m² deixou 3 mil m² para o município implementar a economia do conhecimento. Em Porto Alegre, a regra em vigor é de 20%: o titular de 10 mil m², por lei, cede 2 mil m² ao município. A diferença é que os 20% podem ser recomprados da prefeitura, informa Sessegolo. Para criar o 22@Barcelona, a prefeitura criou regime diferenciado de incentivos por 50 anos.

Para o presidente da Câmara Municipal Mauro Pinheiro que foi a Barcelona, o 4º Distrito está em condições melhores na comparação com o 22@Barcelona, há 20 anos. O investimento, por isso, será menor. Às 19h do dia 14 de outubro, a Câmara fará audiência pública com Josep Piqué. “Esse debate sobre o 4º distrito, acima de diferenças partidárias, é uma questão da cidade”, acentua o vereador. Depois de aperfeiçoadas e debatidas, as propostas da prefeitura de criação da Empresa de Gestão de Ativos e o regime especial com a Operação Urbana Consorciada serão consolidados em projetos de lei. Irão para a Câmara.

PUCRS participa da proposta de smart city

Foi do pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, a iniciativa de propor a missão a Barcelona, em junho, reunindo o Executivo e o Legislativo do município mais dirigentes de entidades empresariais. “sugerimos a visita, afinal o Tecnopuc tem interesse em participar da construção do conceito de smart city para Porto Alegre e achamos importante, como um modelo, o distrito do Conhecimento 22@Barcelona”, explica Audy, que também preside a Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação (Iasp) para a América Latina.

Segundo ele, a missão não ficou centrada só no distrito 22@Barcelona. Houve contatos em quatro parques científicos e tecnológicos da Catalunha e em outras áreas. No encontro com Josep Piqué foi acertada sua vinda à Capital nos dias 13 e 14 de outubro. Estará na PUCRS nesse período e no dia 14 irá à prefeitura e à Câmara.

Na avaliação da presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro-RS), Letícia Batistela, a missão foi de percepção. Às empresas de TI, a experiência do 22@Barcelona é “Aderente” à realidade de Porto Alegre, conceitua Letícia. A Assespro-RS é parceira do município na implementação da proposta.

O secretário Jorge Tonetto, representante do Executivo na missão, cita um deferencial de Porto Alegre em favor da smart city no 4º Distrito: “Somos a cidade com o dobro da média nacional de mestres e doutores. Buscamos uma economia independente de portos e estradas. Temos mais de mil quilômetros de rede de cabos de fibras óticas, da prefeitura. Nenhuma outra tem essa rede”, desafia.

Porto Alegre conclui o secretário, quer atrair ao 4º distrito centro de pesquisa acadêmicos e empresariais – estão em negociação a Airbus e o Medical Waley -, startups, hotéis, restaurantes, bares e negócios. É uma grade diferenciada à revitalização da área de 9 hectares do 4º Distrito onde estão os bairros Navegantes, Farrapos, Humaitá, Floresta e São Geraldo.

Entenda melhor

Smart cities se destacam pelo investimento no capital humano e social. São eficientes, principalmente, em transporte e comunicação. Buscam a sustentabilidade e o bem-estar das pessoas por meio da conexão da tecnologia. A inovação está a serviço dos cidadãos desde os melhores apps até os espaços digitais e ferramentas para resolver problemas. É percebida na programação de semáfaros, câmeras e controle, via sensors, de situações como o vazamento de água potável.

No living lab, as cidades reservam um determinado espaço físico urbano à produção de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Reúne centro de pesquisa privados e de universidades, startups e empresas de capital intelectual, numa convivência interativa de troca de informações e conhecimentos. Trata-se de um empreendedorismo “limpo”, não poluente. O living lab exige, por isso, boa infraestrutura de rede de fibras óticas. É uma área caracterizada pela alta criatividade.

Fonte: Correio do Povo, página 11 de 26 de julho de 2015.

 

34 milhões não vão à escola em países afetados por conflitos

Paris – Trinta e quatro milhões de crianças e adolescentes não frequentam a escola em países afetados por conflitos, afirma a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), adiantando que são necessários 2,3 milhões de dólares para a educação. Este valor corresponde a dez vezes o montante da ajuda disponibilizada para a educação atualmente.

Conforme o relatório de acompanhamento do projeto Educação para Todos (EPT), promovida pela Unesco, apenas um terço dos 164 países que há 15 anos lançaram a iniciativa atingiram os objetivos fixados. Os conflitos, segundo o levantamento, são um dos maiores obstáculos ao progresso na área educacional. “Voltar à escola pode ser a única centelha de esperança e de normalidade para muitas crianças e jovens em países mergulhados em crises”, destaca a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

Cerca de 58 milhões de menores estão fora da escola em todo o mundo, e 100 milhões não conseguiram sequer completar o ensino primário.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 27 de julho de 2015.

Aquele momento em que você vê que não existe mais o chocolate que você tinha deixado guardado.

Posted by Pobre fazendo pobrice on Terça, 4 de agosto de 2015

A chaga do tráfico de pessoas

Na última sexta-feira, encerraram-se as atividades relacionadas à Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Esse tipo de crime movimenta por ano mais de 30 bilhões de dólares e cada vez mais se torna um desafio para a Organização das Nações Unidas (ONU) e para as entidades defensoras dos direitos das pessoas em todo o mundo. No Brasil, no ano de 2013, ao menos de 254 pessoas foram vítimas do crime de tráfico humano em 18 estados, de acordo com revelações trazidas a lume do Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas, elaborado a partir de dados recolhidos nas delegacias de Polícia Civil de todo o país. Os maiores números foram registrados em São Paulo, com 184 casos, e em Minas Gerais, onde se verificaram 29 ocorrências.

O tráfico de pessoas costuma envolver exploração sexual e laboral. Geralmente, as pessoas levadas para lugares distantes, muitas vezes outros países, são aliciadas diante de propostas tentadoras e mirabolantes, de ganhos rápidos e muito acima da média. É por isso que sempre é necessário informação para combater esse tipo de crime como forma de evitar que a vítima seja iludida.

De sua parte, os governos federal e estaduais devem atuar com inteligência para punir e desbaratar organizações criminosas que se valem desse delito para amealhar quantias vultosas e assim financiar suas atividades ilícitas. Os países civilizados não podem conviver com essas chaga dentro de seus territórios e a colaboração internacional é fundamental para sua erradicação no mundo.

Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 2 de agosto de 2015, página 2.

 

A dívida da Grécia e a dívida com a Grécia, por Fernando Gay da Fonseca

A Grécia não conseguiu saldar seus compromissos com os credores internacionais, sejam fundos ou bancos, e, como tal, estes resolveram fazer exigências que, no meu entender, representam até uma intromissão na soberania de um povo. Em prazo exíguo, o primeiro-ministro grego convocou a Nação para um plebiscito, para definir se aceitaria ou não as condições, que praticamente eram impostas.

Na consulta popular, saiu vitorioso por mais de 60%. Não entendo de microeconomia, enquanto mais de uma macroeconomia, mas sei o que é galhardia e independência. Nesta decisão, o povo grego honrou essas qualidades. A velha Grécia está sempre jovem pela riqueza da sua história, na qual temos a presença de pensamentos dos seus maiores filósofos, como Anaxímenes, Anáxagoras, Heráclito, seguindo na direção de Sócrates, como sua maiêutica, Platão e o seu mundo das ideias que foi traduzido para o cristianismo por Santo Agostinho. E o grande Aristóteles, preceptor de Alexandre, que foi a luz que iluminou o pensamento de São Tomás de Aquino. Tudo isso reporta a esse povo que disse não a uma limitação que queriam que fosse aceita, limitando a sua liberdade de avaliação.

Essa gente é aquela que busca o humos debaixo das pedras, para plantar suas oliveiras, e dança quebrando pratos, como querendo destruir tudo o que é adverso. Eles continuam fiéis à mensagem de um Paulo de Tarso, que pregou, por todos os cantos de seu território, a história do Deus desconhecido. Atenas, o seu Partenon, Ágora e tantos outros monumentos refletem no povo que fez história e conta histórias, como a do Minotauro, para alimentar firmeza. Os credores buscam elementos para retomar negociações. Como disse inteligentemente um presidente francês, a Europa sem a Grécia não é Europa.

Enquanto sentem a dor de cabeça causada pela impossibilidade grega de não poder atender aos seus compromissos, seus habitantes percorrerem as ruas de Atenas frequentando Plaka e o Monasterai, preservando com orgulho um passado que seus monumentos expirem, mas também do hoje que acabaram de escrever e que não desfigura.

A expressão do presidente francês teve repercussão, e a Bélgica conduziu a uma nova negociação que apesar da sua dureza, foi absorvida pelo parlamento grego, que assim permanece com todas as dificuldades na área do euro.

Professor

Fonte: Correio do Povo,edição de 23 de julho de 2015, página 2.

 

A história, lições perenes, por Jarbas Lima

A história é o espelho da verdade. Alerta e salva. Instrui com a experiência e corrige com o exemplo. Na história conhecemos o passado e, atentos, podemos perceber o futuro. Nosso tempo é o presente. Os crimes, as loucuras e as desgraças, quando reconhecidos, já são passado, com ou sem nossa participação ou omissão. Li, com prazer, a Revista da Magistratura do TRF da 4ª Região, vol. 2, particularmente, o artigo do desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, “O legado do julgamento de Nuremberg”. Texto precioso e enriquecedor, com a força da verdade de acontecimentos que abalaram o mundo, fazendo vítimas em crimes tenebrosos, quando a maldade humana mostrou-se em limites inconcebíveis.

Em 20 de setembro de 1945, findo o conflito mundial, iniciou-se o julgamento. Eram réus os chefes nazistas como Herman Goering. Julgamento público. Foi promotor-chefe Robert H. Jackson. Ampla defesa, negada a milhões de vítimas. Foi “a força do mais lúcido sentimento jurídico, o triunfo de uma moral superior, compromisso com a Justiça”, a resposta civilizada ao barbarismo. Parabéns ao autor.

O curso histórico encerrou um tempo. Esgotou-se o impulso motor que o instigava. A lição tem que ser aprendida. Os fatos não podem ser esquecidos. O tempo passa, restam as trágicas lembranças. Os fatos não se isolam. As vítimas imoladas estão vivas na memória da humanidade.

Na história, o homem trabalha com o passado. As instituições, as tradições, os costumes, com os valores humanos, com a realidade. A história é para as energias individuais um impulso e um freio, por confluir nelas as grandes reservas morais dos povos e das gerações. Contra o orgulho desvairado, os períodos históricos imbricam-se uns nos outros, como as diversas idades de um mesmo organismo. Cada período nasce do passado e prepara o futuro. A continuidade do processo histórico é uma sucessão de momentos progressivos de uma mesma vida. Clio, a musa da história, na mitologia grega, vestia-se com uma túnica branca, feita de uma peça só, simbolizando que a história não tem emendas, é inconsútil.

Professor de Direito

Fonte: Correio do Povo, edição de 26 de julho de 205, página 2.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

PDT e PTB anunciam que vão sair da base aliada na Câmara dos Deputados


Líder pedetista, André Figueiredo, disse que partido terá postura de ‘independência’
CORREIO24HORAS.COM.BR

10 fatos assustadores sobre as bombas atômicas

Militares americanos à frente do Enola Gay, avião responsável por soltar a bomba em Hiroshima | SE/mo/rix/STF

Militares americanos à frente do Enola Gay, avião responsável por soltar a bomba em Hiroshima SE/mo/rix/STF


Se fossem lançadas hoje, baseado na tecnologia de ponta existente, as bombas nucleares provavelmente varreriam boa parte do Japão do mapa, e não apenas duas cidades de porte médio/grande.

Desde a tragédia de Hiroshima e Nagasaki, a indústria bélica nuclear se desenvolveu rápida e intensamente. Só um bomba de hidrogênio existente no mundo, por exemplo, tem a potência de 700 modelos iguais à “Little Boy”, lançada em Hiroshima em 1945 e que causou a morte de mais de 135 mil pessoas.

E o mais preocupante é que há milhares delas -- e em muitas mãos diferentes.

Conheça dez fatos sobre o ataque nuclear ao Japão em Hiroshima e Nagasaki e como aquele foi o estopim para uma corrida armamentista que parece deixar a humanidade por um fio:

1-Por que Hiroshima e Nagasaki?

Os norte-americanos escolheram previamente três cidades para o ataque de 6 de agosto de 1945. E tudo dependeria das condições climáticas para a decisão final: era preciso visibilidade para lançar a primeira bomba.

Hiroshima era a principal delas. Isso porque era uma cidade portuária de importância militar (tinha centro de comunicações e área de reunião para soldados). Além disso, era uma das únicas cidades ainda intactas no Japão. As forças americanas sabiam, no entanto, que 85% da população local, de um total de 350 mil habitantes, era civil. O dia ensolarado permitiu que o plano fosse levado adiante.

Quanto à segunda bomba, EUA pretendiam lançá-la em Kokura, mas como a visibilidade era ruim, optaram por Nagasaki, que estava com condições um pouco melhores. Nagasaki não era prioritária porque já havia sido bastante bombardeada durante a guerra (e seria difícil medir o tamanho do estrago causado pela bomba) e pela sua geografia, bastante montanhosa.

2-A bomba de Hiroshima era semelhante à de Nagasaki?

Não. Embora ambas tenham o mesmo princípio explosivo (por “fissão nuclear”, ou quebra do núcleo do átomo), são modelos bem diferentes.

A bomba apelidada de “Little Boy” (garotinho, em português), lançada em Hiroshima, funcionava como um revólver gigante. Dentro dela havia duas cargas de urânio-235 (urânio altamente enriquecido) nas pontas opostas de um cilindro. Um explosivo funcionava como gatilho e lançava uma carga contra a outra, fazendo com que os átomos se chocassem e tivessem seus núcleos quebrados. O resultado deste choque foi uma imensa carga de energia e radiação.

Na “Fat Man” (gordo, em português), lançada sobre Nagasaki, a carga explosiva era o plutônio. E o sistema de acionamento era outro: o material ficava em uma cavidade no centro da bomba. Esse espaço era cercado por explosivos que ao explodirem comprimiam o plutônio. Isso fez com que os átomos se chocassem e quebrassem seus núcleos -- o resultado também é energia e radiação avassaladoras.

Veja a diferença no infográfico.

3-Como é a destruição causada por uma bomba atômica?

Quando uma bomba nuclear explode, uma grande quantidade de energia é liberada em um volume pequeno de ar. Isso cria uma bola de fogo branca, brilhante e mais quente do que a superfície de sol, que começa a se expandir.

Quando ela cessa a expansão, gera uma parede de energia (chamada de onda de propulsão), que é um deslocamento do ar a uma velocidade absurda -- no caso de Hiroshima, a 1.100 km/h. Esse ar quente veloz incendeia e derruba praticamente tudo no caminho nos quilômetros mais próximos. E em poucos segundos.

Além disso, a explosão provoca uma chuva radioativa de elementos como raios gama, raios-X e nêutrons -- resultado da decomposição do urânio ou plutônio. Invisível, a radiação é letal, já que afeta as células. Via de regra, mudam o funcionamento do organismo, causando a falência de órgão, colapso do sistema imunológico e, a longo prazo, desenvolvimento de câncer.

4-E por que usaram urânio ou plutônio, já que há átomos em tudo?

É que estes elementos têm átomos grandes e muito instáveis. Em outras palavras, estão prestes a explodir e liberar grande quantidade de energia (são radioativos, por assim dizer).

5-Em Hiroshima o número de mortes foi maior. Significa que a bomba lançada lá era mais potente?

Estima-se que morreram até 135 mil pessoas em decorrência da “Little Boy” -- 70 mil na hora da explosão e as demais por conta de ferimentos e radiação. Em Nagasaki, com a “Fat Boy”, o número de mortes passou dos 40 mil na hora, chegando a cerca de 70 no total, somando as vítimas posteriores.

Apesar destes números, a bomba de Nagasaki foi mais eficiente. Não pelo combustível usado -- urânio e plutônio produzem energia nuclear semelhante --, mas, sim, pelo mecanismo de disparo.

No método “bala de canhão” da “Little Boy”, dos 64 kg de urânio usados, somente 640 g foi fissionada, ou seja, teve seu núcleo quebrado. A bomba de Nagasaki, por sua vez, levava apenas 6,4 kg de plutônio e teve 1,20 kg fissionado.

6-Estas bombas foram as mais poderosas já criadas?

Não. Elas foram, de fato, as únicas armas nucleares usadas em batalha até hoje. Mas são tímidas perto do poder de destruição que a humanidade desenvolveu a partir dali.

Para efeito de comparação, a bomba de Hiroshima era medida em quilotoneladas, ou seja, quantas milhares de toneladas de TNT seriam equivalentes à potência da bomba nuclear. No caso da bomba de Hiroshima, a equivalência era de 13,5 mil toneladas de TNT; na de Nagasaki, a potência era de 22 mil toneladas do explosivo.

Hoje, EUA e Rússia, por exemplo, têm bombas muito mais potentes. Não se fala mais em quilotoneladas, mas em megatoneladas, ou seja, milhões de toneladas. Alguns dos artefatos existentes têm a potência de 9 megatons – equivalentes a quase 700 bombas iguais às de Hiroshima.

7-Quantas armas nucleares existem hoje?

Estima-se que existam 17 mil armas nucleares no mundo, basicamente nas mãos de Estados Unidos e Rússia (estes países têm de 7 a 8 mil armas cada). Mas outras potências também detêm armamentos deste tipo: Reino Unido tem cerca de 200; França, 350; Israel, 180 (embora não admitam oficialmente); Paquistão, de 80 a 90; e Índia, cerca de 80.

Um cálculo grosseiro aponta que exista, em armas nucleares, cerca de 200 kg de TNT por habitante na terra.

8-Qual é a mais letal?

As mais potentes armas nucleares existentes são as de bombas de hidrogênio, ou bomba-H. Elas funcionam de maneira diferente das atômicas por fissão: em vez de quebrar o núcleo dos átomos, elas fazem um núcleo somar-se a outro, gerando energia destruidora.

De forma simplificada, junta-se os núcleos de átomos de hidrogênio ou isótopos. Este processo gera uma energia que é pouco mais de 10% da liberada no método por fissão. Então por que essa bomba é mais poderosa?

No caso da fissão, existe uma quantidade máxima de material a ser usado, chamado de “massa supercrítica”. Não dá para ir além senão a bomba explode. Quando se trata de fusão, não há esse problema. O construtor da bomba usa a quantidade que quiser. A energia de cada fusão é menor, mas, em termos de quantidade, pode-se atingir um potencial destrutivo mais intenso.

Em 1961, a União Soviética detonou uma bomba deste tipo, que chamaram “Tsar Bomb”. Hoje mais conhecido pelo seu codinome, “Big Ivan”, o artefato era monstruoso: tinha a potência de 50 milhões de toneladas de TNT, quase 3 mil vezes mais arrasadora que a bomba de Hiroshima. E isso porque os soviéticos resolveram diminuir sua carga, que inicialmente era equivalente a 100 milhões de toneladas de TNT.

9-Qual seria a destruição destas armas no Brasil?

Tomando-se como base o marco zero, ponto onde a bomba caiu, praticamente tudo em um raio de 1,6 km é destruído. Isso porque a bomba causa um calor de milhões de graus C, além de um deslocamento de ar veloz e uma luminosidade capaz de cegar. Além disso, a radiação tem efeitos terríveis no corpo humano. Confira uma simulação que mostra qual seria um estrago de uma bomba como a “Little Boy”caso fosse lançada no centro de Curitiba.

10-Qualquer um pode construir a sua arma nuclear?

Felizmente não. O processo de enriquecimento de urânio ou de produção de plutônio (que precisa de um reator específico) ou o processo de construção de uma bomba-H são muito caros, na ordem dos bilhões de dólares. Fora isso, seria preciso investir em lança-mísseis capazes impulsionar o armamento até o território que se deseja destruir -- um maquinário que precisa ser potente e também custa muito caro.

Além disso, não existe uma produção livre de fato. A ONU regula a política nuclear mundial por meio da Agência Internacional de Energia Atômica e pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear, assinado por 189 países -- vários deles detentores de armas deste tipo.

Os países podem até se negar a assinar o tratado ou a abrir suas usinas aos inspetores, mas, como resposta, teriam que arcar com sanções econômicas impostas por grandes potências (exatamente o que o ocorreu com o Irã até meados de julho, quando finalmente submeteu seu programa nuclear à mediação internacional). Não se descarta também uma medida mais dura pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Fontes: Dinis Gomes Traghetta, mestre e doutor em Física e autor do livro “A Bomba Atômica Revelada - a recriação da bomba atômica através da literatura aberta”; Luiz Moraes, mestre e professor de Física e universidades de Brasília e Instituto Atomic Archieve.

Hiroshima pós-bomba e hoje

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

E a taxa de juros?, por Nelson Jobim

Houve aumento da taxa para 14,25%.
Afirmam uns que não havia justificativa para tal: a economia não está aquecida, não há pressões de demanda e o diferencial de juros com o exterior é enorme.
O PIB terá desempenho negativo da ordem de 2,5% neste ano, com chance zero de recuperação curto prazo.
O desemprego cresce e o rendimento médio das famílias cai.
A inflação é alimentada, basicamente, pelo aumento da energia, água, combustíveis e transportes urbanos.
Os juros são instrumento forte do controle da inflação, mas, se utilizados com imperícia, poderão terminar de quebrar o país.
Sobre isso, temos algumas premissas e várias perguntas.
Normalmente subimos os juros para conter uma inflação de demanda: todos com muito dinheiro e querendo comprar. Estamos em recessão. As pessoas com pouco dinheiro ou não dispostas a gastar.
Dependemos de poupança externa e precisamos atrair capital estrangeiro.
Taxas de juros alta atrai o capital estrangeiro.
Hoje há grande pressão inflacionária oriunda da correção nos preços das tarifas públicas – inflação de custos.
Não seria importante evitar que haja mais pressão nos custos dos produtos, vinda do aumento do dólar?
Se o investidor sair do país não haverá um aumento da demanda por dólares com sua valorização frente ao real – aumento do câmbio?
O Bacen tem puxado os juros olhando o dólar, para que o investidor estrangeiro não saia do país?
O objetivo não seria que a taxa de câmbio não suba tanto e pressione os preços de produtos importados e seus derivados? As expectativas são ruins.
Não teríamos que pagar mais para que o investidor compre nossos papéis (mais juros), dado que a situação política representa risco maior para eles?
Em termos reais, a taxa de juros, descontada a inflação, não está, este ano, próxima à lei de dezembro de 2014? Os juros não estavam em 11,75% contra uma inflação de 6,41%: uma diferença entre taxas de 5,34 pontos percentuais?
Hoje não estamos com a taxa em 14,25% contra uma inflação de 8,89% acumulada até junho, ou seja, uma diferença de 5,36 pontos percentuais?
Mas cada aumento dos juros não eleva as despesas do governo em pelo menos R$ 15 bilhões (anualizados) e deprime a atividade e as receitas tributárias.
O que fazer?


Jurista, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal



Fonte: Zero Hora, página 27 de 3 de agosto de 2015.