quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

"PIB sustentável" do País cresceu apenas 2% em 20 anos

"PIB sustentável" do País cresceu apenas 2% em 20 anos

Terra Brasil

Se toda a riqueza produzida pelo Brasil fosse dividida pelo total de habitantes do País em 1990, cada brasileiro levaria para casa R$ 3.999. Vinte anos depois, em 2010, a divisão desse bolo – conhecido pelos economistas como o PIB per capita - seria de ...

 

Dilma chora ao receber relatório sobre ditadura e diz que país merece a verdade

 

Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

A presidenta Dilma Rousseff se emociona ao receber o relatório final dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (Antonio Cruz/Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff se emociona ao receber o relatório final dos trabalhos da Comissão Nacional da VerdadeAntonio Cruz/ Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje (10) o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e disse que o trabalho do grupo vai ajudar a afastar “fantasmas de um passado doloroso” e permitir que os brasileiros conheçam a história das violações aos direitos humanos durante a ditadura militar para que elas não se repitam.

“Nós, que acreditamos na verdade, esperamos que esse relatório contribua para que fantasmas de um passado doloroso e triste não possam mais se proteger nas sombras do silêncio e da omissão", destacou.

Muito emocionada, Dilma chorou ao dizer que o Brasil merecia a verdade sobre a ditadura militar. “Sobretudo merecem a verdade aqueles que perderam familiares e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia”, disse, com a voz embargada, após interromper o discurso por causa do choro.

O relatório final da CNV faz um relato das atividades desenvolvidas durante os dois anos e sete meses de investigações, além de fatos apurados, conclusões e recomendações. De acordo com o coordenador do colegiado, Pedro Dallari, uma das conclusões mais importantes do relatório final é a confirmação de que as graves violações aos direitos humanos, durante o período da ditadura militar, foram praticadas de maneira sistemática.

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Dilma agradeceu e elogiou o trabalho dos integrantes da comissão e disse que a conclusão das atividades não representa um ponto final nas investigações das violações de direitos humanos na ditadura. Segundo Dilma, o Estado brasileiro vai se “debruçar” sobre o relatório, “olhar as recomendações e propostas e tirar as consequências necessárias”. A presidenta citou os trabalhos de comissões da verdade estaduais e setoriais como complementares ao trabalho do colegiado.

>> Confira o especial 1964: Democracia Interrompida

Dilma também fez um agradecimento aos órgãos que colaboraram com as investigações da comissão e aos “homens e mulheres livres que relataram a verdade para a comissão”, principalmente aos parentes de vítimas e sobreviventes do período militar. “Presto homenagem e manifesto caloroso agradecimento aos familiares dos mortos e desaparecidos, aqueles que com determinação, coragem, generosidade, aceitaram contar suas histórias e histórias de parentes, amigos, companheiros que viveram tempos de dor, morte e sofrimento.”

A presidenta ressaltou o trabalho histórico da comissão e a importância das investigações do grupo para o reconhecimento do direito à memória – principalmente para as gerações que nasceram após o período militar – e para a reconciliação nacional, com valorização dos pactos e acordos que levaram o país à redemocratização.

“Com a criação desta comissão, o Brasil demonstrou a importância do conhecimento desse período para não mais deixá-lo se repetir”, disse. “Conhecer a história é condição imprescindível para construí-la melhor. Conhecer a verdade não significa reagir, não deve ser motivo para ódio. A verdade liberta daquilo que permaneceu oculto”, comparou.

Ao receber o documento de 4,4 mil páginas, que também está disponível na internet, Dilma disse que a apresentação simultânea para o governo e para a sociedade mostra que o trabalho da CNV foi isento de interferências e que é resultado de uma decisão do Estado brasileiro, e não apenas de um governo.

Criada pela Lei 12.528/2011 e instalada em maio de 2012 para examinar e esclarecer violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, principalmente no período da ditadura militar (1964-1985), a Comissão Nacional da Verdade terá seus trabalhos encerrados no próximo dia 16. No relatório final, o grupo sugere a criação de um órgão público para dar seguimento e continuidade às ações da CNV.

 

 

 

Agência Brasil

 

 

Bovespa fecha em baixa e atinge menor patamar desde março

Globo.com

A Bovespa fechou em baixa nesta quarta-feira (10), com as ações da Petrobras novamente entre as principais pressões negativas, com nova queda nos preços do petróleo no mercado internacional e apreensão sobre os desdobramentos de ações judiciais ...

 

Grande procura por informação prejudica serviço do Receitafone

Jornal do Brasil

O Receitafone, sistema telefônico 146, da Receita Federal e da Procuradoria Nacional da Fazenda Nacional, permanece parcialmente indisponível. O serviço é uma das opções para a consulta da pessoa física sobre restituições e regularidade do CPF.

 

 

Dólar sobe influenciado por queda do petróleo e renova máxima ...

Globo.com

Após dia de instabilidade, variando entre positivo e negativo nesta quarta-feira (10), o dólar fechou em alta. Investidores ainda mostram dúvidas sobre o futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio. À tarde, o avanço se ...

 

CPFL propõe medidas para preservar caixa após alta de custo com ...

Paraná-Online

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, defendeu nesta quarta-feira, 10, que a elevação de custo da energia das distribuidoras, decorrente do aumento de 46,14% na tarifa cobrada pela energia gerada em Itaipu anunciado ontem, seja ...

 

Fundador afirma que o Pirate Bay deveria acabar de vez

Boa Informação

Já se vai mais de um dia desde que o Pirate Bay saiu do ar após uma operação da polícia sueca, que confiscou servidores, computadores e outros equipamentos nos quais o serviço estava hospedeado. Mais uma vez, as discussões quanto à liberdade de ...

 

Empregos na indústria recuam 0,4% na passagem de setembro para outubro

 

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Indústrias

O emprego na indústria acumula perdas de 3% no ano e de 2,8% no período de 12 meses Arquivo/Agência Brasil

O emprego na indústria caiu 0,4% na passagem de setembro para outubro deste ano. Com essa, que é a sétima queda consecutiva nesse tipo de comparação, a perda acumulada do emprego industrial é 3,9%. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria também perdeu postos de trabalho na comparação com outubro do ano passado (-4,4%). Nesse tipo de comparação, o contingente de trabalhadores diminuiu nos 14 locais pesquisados, sendo que a maior queda foi observada em São Paulo (5%). Dezesseis das 18 atividades pesquisadas reduziram postos de trabalho, com destaque para meios de transporte (-8,1%), máquinas e equipamentos (-7,3%) e alimentos e bebidas (-2,4%).

O emprego na indústria acumula perdas de 3% no ano e de 2,8% no período de 12 meses. O número de horas pagas também caiu em todos os tipos de comparação: em outubro na comparação com setembro deste ano (-0,8%), em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado (-5%), no acumulado do ano (-3,6%) e no acumulado de 12 meses (-3,3%).

Já a folha de pagamento real (soma dos salários pagos a todos os trabalhadores) cresceu 1,1% de setembro para outubro, no entanto, teve quedas de 2,3% na comparação com outubro do ano passado; de 0,3%, no acumulado do ano, e de 0,8% no acumulado de 12 meses.

 

Agência Brasil

RS lidera consumo de álcool no País, aponta IBGE

Estado tem índices menores de abuso da bebida na direção

 RS lidera consumo de álcool no País, aponta IBGE | Foto: Leandro Cabral / CP Memória

RS lidera consumo de álcool no País, aponta IBGE | Foto: Leandro Cabral / CP Memória

A Pesquisa Nacional de Saúde para o ano de 2013, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, traz um panorama das condições e hábitos de saúde dos brasileiros. Entre os dados que se destacam para o Rio Grande do Sul está o de consumo de bebida alcoólica. O Estado lidera a proporção em todo o País, com 34,6% dos entrevistados com mais de 18 anos reconhecendo ingestão de álcool uma vez ou mais por mês.
Atrás do RS, estão Santa Catarina (30,9%) e Bahia (30,5%). A população gaúcha masculina reconheceu em proporção bem maior o consumo de bebida, com 51,6% de usuários do produto. Entre as mulheres, 19,6% admitiram a ingestão mensal. Os Estados com menor proporção de consumo de álcool foram Acre e Paraíba. Ambos tiveram admissão por 17,4% dos entrevistados.
No quesito responsabilidade, entretanto, o RS aparece bem na classificação. O consumo abusivo foi informado por 2,6% dos consultados, o menor percentual de todo o País. Neste caso, o campeão é Pernambuco, com 8,5%. Dirigir depois de beber, apesar de ainda ser hábito para 21,8% dos consultados, é um parâmetro que também coloca o RS entre os mais "responsáveis". A maior taxa de moRS lidera consumo de álcool no País, aponta IBGE Estado tem índices menores de abuso da bebida e do hábito de dirigir sob efeito dela.
A Pesquisa Nacional de Saúde para o ano de 2013, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, traz um panorama das condições e hábitos de saúde dos brasileiros. Entre os dados que se destacam para o Rio Grande do Sul, está o de consumo de bebida alcoólica. O Estado lidera a proporção em todo o País, com 34,6% dos entrevistados com mais de 18 anos reconhecendo ingestão de álcool uma vez ou mais por mês.
Atrás do Rio Grande do Sul, estão Santa Catarina (30,9%) e Bahia (30,5%). A população gaúcha masculina reconheceu em proporção bem maior o consumo de bebida, com 51,6% de usuários do produto. Entre as mulheres, 19,6% admitiram a ingestão mensal. Os Estados com menor proporção de consumo de álcool foram Acre e Paraíba. Ambos tiveram admissão por 17,4% dos entrevistados.
No quesito responsabilidade, entretanto, o RS aparece bem na classificação. O consumo abusivo foi informado por 2,6% dos consultados, o menor percentual de todo o País. Neste caso, o campeão é Pernambuco, com 8,5%. Dirigir depois de beber, apesar de ainda ser hábito para 21,8% dos consultados, é um parâmetro que também coloca o RS entre os mais "responsáveis". A maior taxa de motoristas sob efeito de álcool foi anotada no Maranhão, com 38,9%.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) visitou cerca de 80 mil domicílios em 1,6 mil municípios de todo o País, no segundo semestre de 2013.

 

 

Correio do Povo

 

Câmara aprova em primeiro turno aposentadoria integral de ...

Jornal do Brasil
- ‎há 49 minutos‎

A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC 434/14), que garante aposentadoria integral ao servidor público que se aposentar por invalidez. A PEC foi aprovada pela unanimidade dos ...

Deputados comemoram aprovação de PEC da aposentadoria ...Alagoas 24 Horas

Câmara aprova, em 1º turno, aposentadoria integral por invalidezGlobo.com

 

 

Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão assumirá o cargo.

Portal O Dia

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, renunciou ao cargo na manhã desta quarta-feira (10), em solenidade no no Palácio dos Leões, sede do Governo do Maranhão. Com o seu afastamento, quem assume o cargo é o presidente da Assembleia ...

Confira o resultado da Mega-Sena de nº 1.660 desta quarta-feira (10)

EBC

A Mega-Sena irá sortear o prêmio de R$ 34 milhões nesta quarta-feira (10). O concurso de nº1.660 será realizado às 20h25 (horário de Brasília), em Osasco (SP). Caso o ganhador queira aplicar o valor total do prêmio na poupança, receberá mais de R$ ...

 

 

Após acidentes, Strans vai implantar redutor na Alameda Parnaíba

Globo.com

Após constantes acidentes de trânsito e denúncias de rachas na Alameda Parnaíba, Zona Norte de Teresina, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) fará a sinalização horizontal e vertical na via para que seja instalado no local um ...

 

Minuto de silêncio para recordar morte de Pinochet causa polêmica no Chile

Governistas deixaram parlamento devido a pedido de deputado conservador

Augusto Pinochet (E) morreu há oito anos | Foto: Cris Bourancle / AFP / CP Memória

Augusto Pinochet (E) morreu há oito anos | Foto: Cris Bourancle / AFP / CP Memória

Um minuto de silêncio no congresso para recordar o oitavo aniversário da morte do ditador Augusto Pinochet, que foi pedido por um deputado ultraconservador, causou uma grande polêmica no parlamento chileno nesta quarta-feira. O pedido de Ignacio Urrutia, do partido União Democrata Independente (UDI), fez com que parte dos governistas (esquerda) deixassem o parlamento.
"Nós repudiamos o fato de que na Câmara de Deputados do Chile se tenha solicitado um minuto de silêncio para homenagear um ex-ditador", afirmou o deputado comunista Guillermo Teiller.
Apenas um deputado do governo permaneceu na sala e falou durante o minuto de silêncio para boicotar a homenagem. "Não houve silêncio na Câmara, por isso esse objetivo fracassou", relatou o deputado Jorge Insunza.
Pinochet governou o Chile por 17 anos em uma ditadura que causou mais de 3,2 mil mortes. Ele morreu em 10 de dezembro de 2006, aos 91 anos, em decorrência de um infarto.

 

Correio do Povo e AFP

General questiona relatório: "e a terrorista que é presidente do país?"

General questiona relatório: "e a terrorista que é presidente do país?"

WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR

 

Último réu do Massacre do Carandiru é condenado a 624 anos de prisão

 

Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

O último réu do julgamento do Massacre do Carandiru foi condenado, na madrugada de hoje (10), a 624 anos de prisão em regime fechado. A pena foi aplicada ao ex-policial militar Cirineu Carlos Letang Silva pela morte de 52 detentos que estavam no terceiro pavimento do Pavilhão 9 do complexo penitenciário. O fato ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando uma operação policial para reprimir uma rebelião resultou na morte de 111 presos. Letang já está preso por ter sido condenado anteriormente pela morte de cinco travestis.

Por envolver grande número de réus e de vítimas, o julgamento do Carandiru foi desmembrado em quatro etapas, de acordo com o que ocorreu em cada um dos quatro pavimentos da casa de detenção. Os 25 policiais que também atuaram no terceiro pavimento foram condenados em agosto do ano passado, com a mesma pena. Inicialmente, eles seriam julgados por 73 homicídios, mas o Ministério Público entendeu que não houve participação deles em 21 desses casos.

A separação do júri ocorreu porque a defesa de Letang solicitou à Justiça que fosse feito um exame de sanidade mental antes do julgamento. O julgamento dele ficou suspenso e foi desmembrado. De acordo com o promotor Daniel Tosta, do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, o laudo médico, concluído há cerca de um mês, revelou que ele tinha uma personalidade paranoica, mas que pode ser responsabilizado. “À época dos fatos, ele tinha conhecimento da ilicitude dos atos que estava praticando, mas não toda a consciência”, declarou.

A primeira etapa do julgamento do Carandiru ocorreu em abril de 2013, quando 23 policiais foram condenados a 156 anos de reclusão pela morte de 13 detentos que estavam no segundo pavimento. A segunda etapa foi a que condenou os policiais que agiram junto com Letang. O terceiro grupo de dez policiais foi condenado, em fevereiro deste ano, pela morte de oito detentos que estavam no quinto pavimento. Nove policiais foram condenados a 96 anos de prisão cada, e um a 104 anos [por ter uma condenação anterior].

No quarto júri, foram julgados 15 policiais militares do Comando de Operações Especiais, acusados da morte de oito detentos que ocupavam o quarto pavimento, além de duas tentativas de homicídio. Eles foram condenados a 48 anos de prisão cada, por homicídio qualificado [pena mínima de seis anos para cada homicídio cometido somado à pena de mais seis anos por impossibilidade de defesa das vítimas].

Tosta avalia que a condenação desse conjunto de policiais envolvidos no massacre demonstra o amadurecimento do regime democrático e o fortalecimento das instituições. “Tivemos o trabalho de várias autoridades nesse processo – o que proporcionou que todas as condenações fossem concretizadas e a justiça fosse feita”, declarou.

 

Agência Brasil

 

Quase metade dos usuários de álcool começou a beber com menos de 18 anos

 

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Cerveja

Mais  de  24%  dos  entrevistados  admitiram  já  ter dirigido após beberMarcelo Camargo/Agência Brasil

Cerca de 47% dos usuários de bebidas alcoólicas começou a beber com menos de 18 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde e foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, 34,5% dos usuários tiveram o primeiro contato com a bebida alcoólica entre os 15 e os 17 anos e 12,5%, antes dos 15 anos.

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o mais preocupante é que esses jovens não só começaram a beber cedo, como têm feito uso abusivo do álcool. “É preciso encarar esse uso abusivo por jovens como um problema de saúde pública. O álcool é responsável por muitas doenças e muitos problemas de saúde pública”, disse.

Para Chioro, é fundamental ampliar a fiscalização aos estabelecimentos comerciais, para evitar a venda a menores de idade, já que esse comércio é proibido pela legislação. “Mas também é preciso trabalhar com as famílias, porque, muitas vezes, o jovem tem acesso à bebida alcoólica no próprio seio familiar, nas festas. Como a bebida é socialmente aceita, faz-se todo um rito de iniciação [dentro da família].”

Segundo Chioro, um dado preocupante da pesquisa é que 24,3% dos usuários de álcool entrevistados assumiram já ter dirigido sob efeito de bebida. “São mais de 30 mil óbitos por ano relacionados a acidentes de trânsito, e uma parcela considerável deles é relacionada a pessoas que ingeriram álcool ou drogas e dirigiram."

O ministro defende o fortalecimento dos processos fiscalizatórios previstos na Lei Seca e o desenvolvimento de um conjunto de atividades preventivas de educação, saúde e informação.

Apesar de não haver estatísticas disponíveis sobre o assunto, Chioro disse acreditar que a proporção de pessoas que dirigiam sob efeito de álcool, antes da Lei Seca, era ainda maior. “Provavelmente esse número era maior antes da Lei Seca. A Lei Seca é uma proteção para a sociedade e portanto deve continuar”, afirmou.

 

Agência Brasil

 

 

Anistia Internacional pede punição para autores de crimes denunciados pela CNV

 

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg

Jurandyr Ochsendorf é ouvido durante mutirão de depoimentos de agentes da repressão durante a ditadura militar, convocados pela Comissão Nacional da Verdade (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

                       A  Comissão  Nacional  da  Verdade  fez  mutirões  para  ouvir  agentes  que  trabalharam

                       na  repressão  na época  da  ditadura militar              Tânia  Rêgo/Arquivo  Agência  Brasil

A Anistia Internacional, considerou o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), divulgado hoje (10), “um passo importante nos esforços do Brasil para obter justiça para os crimes contra a humanidade cometidos pelos agentes do Estado durante a ditadura militar”.

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Em nota, a entidade disse que, ao comprovar o caráter generalizado das violações de direitos humanos cometidas por agentes do Estado durante a ditadura e reconhecê-las como crimes contra a humanidade, o relatório “abre caminho para que a Lei de Anistia não seja um obstáculo à investigação desses crimes”.

Segundo a Anistia, é fundamental que o Estado brasileiro puna os responsáveis pelas violações aos direitos humanos “e quebre o ciclo da impunidade com o passado, que alimenta torturas, execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados no presente”. A Anistia também pede que as Forças Armadas reconheçam sua responsabilidade pelos abusos que foram cometidos no período.

“As investigações empreendidas pela Comissão Nacional da Verdade estabelecem de maneira clara o funcionamento do aparato repressivo da ditadura como uma política de Estado que atravessou diversos governos, formulada nos altos escalões das Forças Armadas e do Poder Executivo. A decisão da Comissão de responsabilizar os líderes do regime autoritário é um marco histórico crucial para a obtenção da justiça com respeito ao período”, diz a Anistia Internacional.

A entidade pede ainda que os trabalhos de investigação da CNV continuem, principalmente no que envolve as violações aos povos indígenas e trabalhadores rurais.

“O Brasil chegou com atraso aos processos de justiça de transição, quase 30 anos após o fim da ditadura e depois das importantes iniciativas de seus principais vizinhos na América do Sul. O relatório final da CNV se soma ao trabalho da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, da Comissão de Anistia e a décadas de mobilizações de sobreviventes de torturas, familiares de vítimas e organizações de direitos humanos como a Anistia Internacional”, diz ainda a nota da entidade.

 

Agência Brasil

 

Comissão relata modalidades de tortura usadas contra presos ...

Globo.com

O relatório final da Comissão Nacional da Verdade, entregue nesta quarta-feira (10) à presidente Dilma Rousseff, relata diversas modalidades de tortura utilizadas contra presos políticos durante a ditadura, entre 1964 e 1985. O documento divide os tipos de ...

 

Ministério Público defende aprovação de contas eleitorais de Dilma ...

Reuters Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Eleitoral manifestou-se nesta quarta-feira pela aprovação com ressalvas das contas da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff e do comitê eleitoral petista, após técnicos do Tribunal Superior Eleitoral ...

 

Ex-diretor da CIA nega que tenha mentido para o Congresso sobre ...

A Tarde On Line

O diretor da CIA durante o segundo mandato do presidente George W. Bush, Michael Hayden, afirmou nesta quarta-feira que não mentiu e não enganou o Congresso sobre a natureza brutal dos interrogatórios de suspeitos de terrorismo. "Eu não sei se o ...

 

Conselheiro renuncia ao cargo e vaga é aberta no Tribunal de ...

Globo.com

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Mato Grosso, Humberto Bosaipo, renunciou ao cargo. A renúncia foi aceita pelo presidente do tribunal, conselheiro Waldir Teis, em ato publicado no Diário Oficial de Contas que circulou ...

 

Nobel da Paz é entregue à adolescente Malala e ao ativista Kailash ...

Jornal do Brasil

A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai e o ativista indiano Kailash Satyarthi receberam hoje (10), em cerimônia em Oslo, o Prêmio Nobel da Paz. Eles foram considerados duas personalidades que simbolizam “unidade” e “fraternidade” pelo ...

 

Dirigente palestino é morto durante confrontos com soldados ...

Estado de Minas

Um alto dirigente palestino, Ziad Abu Ein, morreu nesta quarta-feira depois de ter sido agredido por soldados israelenses durante uma manifestação, o que ameaça a cooperação entre a Autoridade palestina e Israel na Cisjordânia ocupada. Ziad Abu Ein ...

 

Integração com América Latina não é anti-imperialismo, diz Marco Aurélio Garcia

 

Danilo Macedo ­- Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira

Marco Aurélio Garcia

Busca de integração é determinada no Artigo 4º da Constituição,  diz  Garcia   Arquivo/Agência  Brasil

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (10) que o investimento do Brasil na busca pela integração econômica, política, social e cultural da América Latina está determinado no Artigo 4º da Constituição Federal e nada tem a ver com “posturas anti-imperialistas do passado”.
Durante o seminário Rumos da Política Externa Brasileira, na Câmara dos Deputados, Garcia destacou que o Brasil e a América Latina têm de construir relações sólidas e consolidadas com os Estados Unidos e a União Europeia, que devem se manter como importantes para o equilíbrio econômico mundial, com seus enormes potenciais econômico, científico e tecnológico.

“Distinto do que afirmam alguns analistas, nem os mecanismos de integração sul-americana, nem o Brics [grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] ou nossa política de aproximação com a África e com os países árabes implicam postura de confronto com as grandes potências, menos ainda estão incluídas em um sentimento antiamericano”, disse ele. “A pretendida analogia com os processos terceiro-mundistas do passado é historicamente impertinente. O mundo não está mais dividido em dois mundos”, ressaltou.

Garcia disse ainda que o Brasil não é uma “agência de certificação internacional em matéria de democracia e direitos humanos” e que o país sabe o quanto é necessário avançar em seu próprio processo democrático e reduzir os déficits que ainda tem em seu território na preservação dos direitos humanos, apesar dos esforços já feitos. “Não pregaremos para países pequenos ao mesmo tempo em que silenciamos sobre violações por parte das grandes potências”.

O assessor especial se contrapôs às críticas feitas pelo comentarista de política internacional Demétrio Magnoli que, também convidado para falar no seminário, disse que a política externa brasileira é orientada por um “objetivo doutrinário e ideológico” de produzir um mundo multipolar. Na opinião de Magnoli, os interesses nacionais estão sendo substituídos por esse objetivo.

“Essa orientação da política externa brasileira, que é a ideia de que alianças estratégicas Sul-Sul devem reconfigurar a ordem mundial em detrimento dos centros tradicionais no Norte geopolítico, ou seja, dos Estados Unidos e seus aliados europeus, se expressa tanto no campo da diplomacia comercial quanto no campo estratégico. Tanto em um quanto em outro, os interesses nacionais brasileiros são substituídos por uma visão ideológica de como deve se configurar o sistema internacional”, disse.

Segundo Magnoli, um objetivo permanente de política externa é o desenvolvimento nacional, que nos últimos anos ficou de lado com a recusa brasileira de inserção em fluxos comerciais que não fossem a conclusão das negociações da Rodada Doha, “rechaçando” a ideia de acordos bilaterais de comércio. Magnoli também disse que o Brasil adota posturas diferenciadas em temas internacionais, de acordo com a proximidade política. Como exemplos, citou a condenação aos ataques de Israel à Faixa de Gaza e o “silêncio completo” sobre as denúncias de tortura a manifestantes na Venezuela e a atuação russa no Leste da Ucrânia, que se soma ao episódio da anexação da Crimeia.

 

Agência Brasil

 

Princesa Charlene de Mônaco dá a luz gêmeos Gabriella e Jacques

Jornal do Brasil

A princesa Charlene, de Mônaco, deu à luz hoje, dia 10, ao casal de gêmeos, Gabriella e Jacques. Crianças nasceram à 17h04 no horário local, cerca de 14h04, no horário de Brasília. Apesar de a menina ter nascido antes, seu irmão será o primeiro na ...

 

 

Agentes que combatem o ebola são a personalidades do ano da ...

A Tarde On Line

Médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que combatem o ebola na África Ocidental foram eleitos personalidades do ano de 2014 da revista Time. Em um artigo publicado no site da revista, a editora Nancy Gibbs elogiou os esforços "das ...

Câmara aprova cassação do deputado André Vargas

Depois de mais de duas horas de confusão, a Câmara aprovou hoje (10) o pedido de cassação do mandato do deputado André Vargas (sem partido-PR), por 367 votos a favor, 1 contra e 6 abstenções.
No plenário, último estágio para a perda de mandato, os parlamentares decidiram condenar Vargas por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro.
O parlamentar é acusado de ter intermediado, no Ministério da Saúde, contratos com o doleiro.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, coordena votação no Plenário do projeto que regulamenta as guardas municipais (José Cruz/Agência Brasil)

Henrique Eduardo Alves negou recurso de Vargas para  adiar  a  votação José  Cruz/Agência  Brasil

Vargas não participou da sessão, nem indicou representante legal para fazer sua defesa. Em uma última tentativa de adiar a votação, ele apresentou, na noite de ontem (9), um pedido à Mesa da Casa  alegando que está se recuperando de uma cirurgia odontológica. Como o recurso não passou pela perícia da junta médica da Câmara, a orientação foi pela rejeição do pedido. “Não tem validade regimental. Também foi facultada a indicação de um advogado e também não foi feito”, explicou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O deputado Eurico Júnior (PV-RJ), indicado advogado ad hoc em uma das fases do processo contra Vargas, ofereceu-se para ler a justificativa que Vargas apresentou no recurso à Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania (CCJ). Na ocasião, ele disse que houve cerceamento de defesa no processo do Conselho de Ética. “Fui indicado a contragosto”, explicou Eurico Júnior, enfatizando que só leria a carta para que a votação ocorresse.

O pedido de cassação contra Vargas foi aprovado no início de agosto no Conselho de Ética. “Por 11 a 0. [O parecer] deixa de ser um parecer do Júlio Delgado [PSB-MG, relator do caso no Conselho de Ética]. Não tenho nada contra o deputado André Vargas não fosse o desvio que atenta contra a ética e o decoro parlamentar”, explicou o parlamentar mineiro.

A sessão para analisar a representação começou às 11h e foi cancelada, quase duas horas depois, por falta de quórum, o que tumultuou o plenário da Câmara. Delgado protestou e lembrou que o quórum estava quase composto. Para a votação, seriam necessários, no mínimo, 257 votos.

Ele criticou a demora na apreciação do processo, mas lembrou que, desde que a representação contra Vargas foi apresentada, os prazos foram diversas vezes esticados. “Estamos aqui, oito meses depois, [em um ano] com Copa do Mundo, recesso branco e eleições. A notificação só conseguiu ser feita no dia 13 de maio. O deputado André Vargas ainda solicitou mais dois dias para entrega de sua defesa. A instrução iniciou-se apenas no dia 28 de maio”, destacou.

Outra estratégia da defesa acabou fracassada na manhã de hoje (10). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, escolhido como relator do mandado de segurança apresentado na semana passada por Vargas, contra decisão da CCJ, negou o pedido de liminar do parlamentar.

Além dos protestos de Delgado, outros parlamentares da oposição, como Vanderlei Macris (PSDB-SP), chegaram a acusar o deputado José Mentor (PT-SP) de golpe. “Faço apelo para voltar a discussão”, disse. O tucano José Aníbal (SP) fez coro à decisão. “Eu estou aqui há 22 anos e nunca vi isso de [encerrar uma sessão] pular da cadeira”, criticou, ao relatar a postura de Mentor que assinou o encerramento da reunião e saiu imediatamente da Mesa.

 

Agência Brasil

 

Comissão reconhece 434 mortes e desaparecimentos durante ditadura militar

 

Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Brasília - Tumulto e confusão marcaram sessão da Câmara do Deputados sobre 50 anos do golpe militar de 1964 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

CNV confirma em relatório mais de 200 desaparecidos políticos durante a ditadura militarAntonio Cruz/ Agência Brasil

Depois de dois anos e sete meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) confirmou, em seu relatório final, 434 mortes e desaparecimentos de vítimas da ditadura militar no país. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas.

No documento entregue hoje (10) à presidenta Dilma Rousseff, com o relato das atividades e a conclusão dos trabalhos realizados, a CNV traz a comprovação da ocorrência de graves violações de direitos humanos. “Essa comprovação decorreu da apuração dos fatos que se encontram detalhadamente descritos no relatório, nos quais está perfeitamente configurada a prática sistemática de detenções ilegais e arbitrárias e de tortura, assim como o cometimento de execuções, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres por agentes do Estado brasileiro” diz o texto.

Mais de 300 pessoas, entre militares, agentes do Estado e até mesmo ex-presidentes da República, foram responsabilizadas por essas ações ocorridas no período que compreendeu a investigação. O documento diz ainda que as violações registradas e comprovadas pela CNV foram resultantes “de ação generalizada e sistemática do Estado brasileiro” e que a repressão ocorrida durante a ditadura foi usada como política de Estado “concebida e implementada a partir de decisões emanadas da Presidência da República e dos ministérios militares”.

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Outro ponto de destaque das conclusões do relatório é que muitas das violações comprovadas durante o período de investigação ainda ocorrem nos dias atuais, apesar da existência de um contexto político diferente. Segundo o texto, “a prática de detenções ilegais e arbitrárias, tortura, execuções, desaparecimentos forçados e mesmo de ocultação de cadáveres não é estranha à realidade brasileira contemporânea” e crescem os números de denúncias de casos de tortura.

Diante dessas conclusões, o relatório final da CNV traz 29 recomendações, divididas em três grupos: medidas institucionais, iniciativas de reformulação normativa e de seguimento das ações e recomendações dadas pela comissão.

>> Confira o especial 1964: Democracia Interrompida

Entre as recomendações estão, por exemplo, questões como a determinação da responsabilidade jurídica dos agentes públicos envolvidos nessas ações, afastando a aplicação da Lei da Anistia (Lei 6.683/1979) por considerar que essa atitude “seria incompatível com o direito brasileiro e a ordem jurídica internacional, pois tais ilícitos, dadas a escala e a sistematicidade com que foram cometidos, constituem crimes contra a humanidade, imprescritíveis e não passíveis de anistia”.

A CNV recomenda também, entre outros pontos, a desvinculação dos institutos médico-legais e órgãos de perícia criminal das secretarias de Segurança Pública e das polícias civis, a eliminação do auto de resistência à prisão e o estabelecimento de um órgão permanente para dar seguimento às ações e recomendações feitas pela CNV.

Em suas mais de 3 mil páginas, o documento traz ainda informações sobre os órgãos e procedimentos de repressão política, além de conexões internacionais, como a Operação Condor e casos considerados emblemáticos como a Guerrilha do Araguaia e o assassinato da estilista Zuzu Angel, entre outros. O volume 2 do documento traz informações sobre violações cometidas contra camponeses e indígenas durante a ditadura.

A Comissão Nacional da Verdade foi instalada em 2012. Criada pela Lei 12.528/2011, a CNV será extinta no dia 16 de dezembro.

 

Agência Brasil

 

Human Rights Wacht pede responsabilização de autores de crimes da ditadura

 

Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Rio de Janeiro - Passeata de estudantes, movimento sociais, sindicais e partidos de esquerda em repúdio ao golpe militar de 1964 percorre a Avenida Rio Branco para cobrar justiça pelas vítimas da ditadura e punição

A Human Rights Watch avalia que o relatório final da Comissão Nacional da Verdade “é um grande passo rumo à reparação das atrocidades cometidas durante a ditadura"Agência Brasil/Fernando Frazão

A Human Rights Watch (HRW) avaliou que o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), apresentado hoje (10), “é um grande passo rumo à reparação das atrocidades cometidas durante a ditadura militar no país (1964 – 1985)”, conforme nota da organização não governamental. A entidade internacional dedicada aos direitos humanos destaca que o documento não deve ser considerado o final desse processo. Para a organização, o Ministério Público deve usar os fatos elucidados pela comissão para redobrar os esforços de responsabilização dos autores dos crimes cometidos pelo Estado no período.

Após dois anos e sete meses de trabalho, a CNV confirmou 434 mortes e desaparecimentos de vítimas do regime ditatorial no país. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas. No documento entregue hoje (10) à presidenta Dilma Rousseff, com o relato das atividades e a conclusão dos trabalhos feitos, a comissão comprovou a ocorrência de graves violações de direitos humanos. O relatório descreve práticas sistemáticas de detenções ilegais e arbitrárias, além de tortura, assim como execuções, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres por agentes do Estado brasileiro.

Rubens Paiva

Organização internacional avalia como um avanço a abertura de processo contra militares acusados da morte de Rubens PaivaDivulgação/Acervo da família

Mais de 300 pessoas, entre militares, agentes do Estado e ex-presidentes da República, foram responsabilizadas por essas ações. A HRW lembra que a responsabilização criminal dessas pessoas tem sido impedida no Brasil pela interpretação judicial de uma lei de 1979 que prevê a anistia para "crimes políticos". A organização reforça, no entanto, que, em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos definiu que a Lei da Anistia não deve impedir essa responsabilização e instruiu o Brasil a abrir investigações sobre o desaparecimento de 62 pessoas. O Brasil, no entanto, não cumpriu a determinação conforme avaliação da Corte.

A organização internacional também avalia como avanço significativo a decisão da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, de setembro deste ano, que permitiu que cinco membros das Forças Armadas reformados fossem processados pela morte do deputado Rubens Paiva, exilado em 1964 logo após o golpe. O ex-parlamentar morreu em uma instalação militar, no Rio de Janeiro, em 1971. No argumento do Ministério Público, a Lei da Anistia não se aplica a crimes contra a humanidade ou cujo efeito permanece no tempo, como os desaparecimentos forçados.

 

Agência Brasil

 

 

Petrobras confirma ter sido notificada sobre ação nos EUA

A Petrobras emitiu nota na noite desta terça (9) para confirmar ter recebido citação relativa à ação coletiva movida contra a empresa nos Estados Unidos pelo escritório de advocacia Wolf Popper LLP.
A ação coletiva foi iniciada em Nova York em nome de todos os investidores que compraram ADRs (recibos que representam ações de uma empresa na Bolsa de NY) da companhia entre maio de 2010 e 21 de novembro de 2014.
De acordo com a ação, a Petrobras violou artigos da lei que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, a Securities Exchange Act, ao emitir declaração falsas e enganosas e não revelar "a cultura de corrupção dentro da companhia, com um esquema multibilionário de lavagem de dinheiro e subornos desde 2006."
O processo afirma que a companhia exagerou ao declarar o valor de suas propriedades e equipamentos no balanço financeiro em decorrência do superfaturamento de contratos.
"O preço das ações da Petrobras caiu de cerca de US$ 19,38 em 5 de setembro de 2014 para US$ 10,50 em 24 de novembro de 2014, um declínio de US$ 8,88 por ação, ou 46%", diz o documento.
A Petrobras informou apenas que "realizará sua defesa através de escritório de advocacia americano especializado".
A empresa reafirma, na nota, que está colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades.
Embora proponha uma ação em nome de todos os investidores da Petrobras no período, o processo divulgado pelo escritório americano tinha até esta segunda-feira (8) só um queixoso, Peter Kaltman, morador de Nova York.
O Wolf Popper ainda tenta encontrar outros acionistas interessados em colocar seus nomes na ação, segundo comunicado do escritório.
Fonte: Folha Online - 09/12/2014 e Endividado

 

Pais de estudantes mexicanos desaparecidos pedem suspensão de eleições

 

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto

Os pais dos 43 estudantes desaparecidos, no fim de setembro, no Sul do México, pediram ontem (9) ao Senado que suspenda as eleições legislativas de junho de 2015 no estado de Guerrero, onde os jovens desapareceram.

Manifestação no México

Pais de estudantes desaparecidos no México fazem manifestação Alex Cruz/Agência Lusa

"Não podemos organizar eleições com 42 desaparecidos que têm de ser encontrados", declarou Vidulfo Rosales, advogado dos pais.

Em 26 de setembro, 43 estudantes desapareceram no estado de Guerrero, depois de atacados por policiais locais que os entregaram ao grupo de narcotraficantes Guerreros Unidos.

De acordo com o Ministério Público, cerca de 70 pessoas detidas no contexto do caso disseram que os estudantes foram executados e os corpos queimados e jogados em um rio.

No domingo (7), as autoridades identificaram os restos mortais de um dos jovens, reforçando a teoria de que o grupo foi assassinado, uma tese que os pais rejeitam, acalentando ainda a esperança de que estejam vivos e pedindo que as investigações não parem.

As eleições legislativas locais estão marcadas para 7 de junho de 2015.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

 

IBGE: safra de 2014 deve superar a do ano passado em mais de 3%

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

A safra de 2014 deve superar a de 2013 em 3,3%, divulgou hoje (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na estimativa de novembro. O instituto espera que sejam colhidas neste ano 194,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, montante que supera em 0,5% (1 milhão de toneladas) o que foi previsto para o ano, em outubro.

O IBGE também elevou a expectativa ao divulgar o segundo prognóstico de safra de 2015, que cresceu 3,9% em relação à projeção anterior, chegando a 202,1 milhões de toneladas.

safra

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Expectativa do IBGE é de safra superior a de 2014 no ano que vemArquivo/Agência Brasil

A maior parte da produção brasileira prevista para 2014 está concentrada nas regiões Centro-Oeste e Sul, que responderão por 42,8% e 37,1%, respectivamente. Enquanto o Centro-Oeste deve aumentar a produção em 5,9%, em relação a 2013, o Sul deve ter diminuição de 1,2%. O maior incremento está previsto para a Região Nordeste, de 31,9%, seguido do Norte, com 5,9%. Para o Sudeste, está prevista produção 9,3% menor.

Quase um quarto da produção nacional de grãos de 2014 (24,3%) deve sair de Mato Grosso, seguido do Paraná (18,4%) e do Rio Grande do Sul (15,5%).

A estimativa de safra contabiliza as produções de algodão herbáceo (caroço de algodão), amendoim (em casca), arroz (em casca), feijão (em grão), mamona (em baga), milho (em grão), soja (em grão), aveia (em grão), centeio (em grão), cevada (em grão), girassol (em grão), sorgo (em grão), trigo (em grão) e triticale (em grão).

 

Agência Brasil

 

 

PF faz operação em Pernambuco contra fraude na compra de material escolar

 

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira

Policiais federais apreenderam hoje (10), no Recife e em outras seis cidades de Pernambuco, documentos, notas fiscais e contratos encontrados em sedes de empresas e nas residências e locais de trabalho de pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de fraudes em licitações públicas. Os processos licitatórios eram instaurados pelas prefeituras dessas cidades para comprar material escolar – em tese, pelo menor preço, o que, segundo a Polícia Federal (PF), não ocorria.

Há indícios de que os produtos eram vendidos por valores entre 5% e 88% superiores ao valor médio de mercado. O valor estimado do prejuízo aos cofres públicos é cerca de R$ 2 milhões.

Além da capital, Recife, as buscas e apreensões acontecem simultaneamente em Olinda, Tamandaré, Macaparana, Bonito, Floresta e Tacaratu. Os alvos são residências, quatro empresas, cinco prefeituras e um escritório de contabilidade. Todo o material apreendido será encaminhado para a sede da PF no Recife e passará por análise e perícia técnica a fim de subsidiar as investigações. A partir dessa avaliação, os órgãos envolvidos avaliarão a necessidade de novas ações ou de pedir a prisão dos investigados, cujos nomes não foram divulgados pela polícia.

Parte do material era adquirida com recursos repassados pelo governo federal, por meio de programas de educação e assistência social. Por isso, a chamada Operação Invictus conta com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ao todo, 103 servidores dos três órgãos participam da ação, resultado de investigações iniciadas em 2011, quando a PF recebeu as primeiras denúncias e instaurou inquérito policial para apurar as supostas irregularidades.

De acordo com a PF, empresários dos ramos de livrarias e papelarias formavam um cartel, combinando entre si as propostas de preços que apresentavam nas licitações. Mediante essa combinação prévia, os suspeitos sabiam de antemão quem ganharia o contrato, alternando entre si as vitórias.

A PF diz também que já foram encontrados indícios de notas fiscais falsas. Até o momento, não há provas quanto ao envolvimento de nenhum administrador ou servidor público. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, além de oito intimações. A PF chegou a pedir à Justiça Federal em Pernambuco a prisão preventiva de dois empresários suspeitos, mas o pedido não foi acatado. Segundo a assessoria da PF, como a Justiça determinou o bloqueio dos bens de todos os investigados, entendeu não ser necessário que eles fossem detidos.

 

Agência Brasil

Mulher tem filhos mais tarde