terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Torturas da CIA foram mais brutais do que o admitido, diz Senado dos EUA

Relatório divulgado pelo Senado diz que torturas não deram resultado.
Diretor da CIA diz que interrogatórios violentos evitaram ataques.

Do G1, em São Paulo

 

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As torturas e os métodos de interrogatório utilizados pela CIA contra suspeitos de terrorismo praticados após os atentados de 2001 foram muito mais brutais do que a agência admitiu até agora e não apresentaram resultados para conter ameaças, afirma um relatório do Senado americano divulgado nesta terça-feira (9).

O documento de 525 páginas, que inclui parágrafos inteiro cobertos por tinta preta para proteger informações confidenciais, diz que a CIA (Agência Central de Inteligência) impediu o Congresso e a Casa Branca a terem acesso às informações sobre o ocorrido.

O relatório contém duras revelações sobre o programa secreto colocado em andamento pelo governo do presidente George W. Bush (2001-2009) para interrogar as pessoas consideradas suspeitas de vínculos com a Al-Qaeda e com outras organizações terroristas.

A CIA recorreu a ameaças sexuais, simulação de afogamento, ameaça de falsas execuções e outros métodos brutais para interrogar suspeitos. As técnicas empregadas para forçar os detidos a divulgar informações sobre tramas e células terroristas excediam e muito as técnicas autorizadas pela Casa Branca, pela CIA e pelos advogados do Departamento de Justiça do então presidente Bush, segundo o documento.
Os brutais métodos de interrogatório "não foram uma maneira eficiente de obter informações precisas ou a cooperação dos detentos", assinala o texto, que, no entanto, destaca que a CIA sempre insistiu na eficácia do sistema.

A avaliação do Senado também denuncia que a CIA "não realizou uma contagem profunda e precisa do número de pessoas que prendeu, e do número de detentos que não reuniam o mínimo de condições de serem detidos".
Não ficou claro se a análise irá levar a novas tentativas de responsabilizar os envolvidos. O prazo legal para contestar muitas das ações prescreveu.

A chefe do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, fala a jornalista ao chegar ao Senado americano nesta terça-feira (9) (Foto: REUTERS/Yuri Gripas)A chefe do Comitê de Inteligência do Senado,
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Foto: REUTERS/Yuri Gripas)

Reações
Em uma primeira reação ao documento, o presidente Barack Obama afirmou que as torturas praticadas pela CIA contra suspeitos de terrorismo são contrárias aos valores dos americanos.

"Por isso eu de maneira inequívoca proibi a tortura quando assumi o governo, porque uma de nossas mais eficientes ferramentas para combater o terrorismo e manter a segurança dos americanos é ser fiel aos nossos ideais", afirmou Obama. "É por isso que continuarei a usar minha autoridade como presidente para fazer como que nunca mais recorramos a estes métodos", disse.

"Em vez de outra razão para retomar antigas discussões, espero que o relatório de hoje possa nos ajudar a deixar estas técnicas em seu lugar, no passado”, acrescentou.
A chefe do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, disse que as práticas de interrogatório usadas após os atentados do 11 de setembro são um registro “uma mancha em nossos valores e na nossa história”.

Já o diretor da CIA, John Brennan, insistiu que o uso de interrogatórios violentos por parte de agentes da CIA em suspeitos de terrorismo evitaram ataques em território americano.

Brennan admitiu que erros foram cometidos, mas que a agência acredita que os interrogatórios mais violentos "produziram informações que ajudaram a prevenir planos de ataques, capturar terroristas e salvar vidas".
Ben Emmerson, um especialista em direitos humanos da ONU, disse após a divulgação do relatório, que a CIA e autoridades do governo Bush que planejaram e autorizaram o uso de tortura devem ser processados. “Por uma questão de direito internacional, os Estados Unidos são legalmente obrigados a levar os responsáveis à justiça", disse Emmerson em comunicado. “O Procurador-Geral dos EUA tem a obrigação legal e apresentar acusações criminais contra os responsáveis”.

O relatório é divulgado após cinco anos de investigações pelo Comitê de Inteligência do Senado. Os senadores votaram em abril a favor de tornar pública a divulgação de um resumo de quase 500 páginas. Mas a publicação foi adiada devido às divergências que surgiram entre a Casa Branca e os congressistas sobre o volume de dados que precisavam ser omitidos no texto final, como, por exemplo, os nomes secretos dos agentes da CIA ou de países e autoridades que cooperaram com os Estados Unidos na chamada “guerra contra o terrorismo”.
Líderes do opositor partido republicano questionaram a conveniência da divulgação e o custo excessivo do documento, que representou um gasto de US$ 40 milhões para os contribuintes americanos.
Alerta
Antes da divulgação do documento, as embaixadas dos Estados Unidos no exterior amanheceram em alerta máximo por possíveis represálias ao texto.

Em Bagdá, o secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, informou que as forças militares do país estão em "estado de alerta máximo" devido à publicação do documento.

"Ordenei aos comandantes" das forças de combates "que fiquem em estado de alerta máximo em todo o mundo", disse Hagel em declarações à imprensa em Bagdá.

Ele ressaltou que até o momento não foram identificadas ameaças concretas.

 

G1

Bolsonaro diz não estupraria deputada 'porque ela não merece'

 

Bolsonaro diz não estupraria deputada 'porque ela não merece'

VEJA.ABRIL.COM.BR|POR MARCELA MATTOS, DE BRASÍLIA

 

Dúvida sobre programa cambial do BC continua após Tombini e dólar cai a R$2,59

A moeda norte-americana caiu 0,51%, a 2,5981 reais na venda

Reuters

A moeda norte-americana caiu 0,51%, a 2,5981 reais na venda

A moeda norte-americana caiu 0,51%, a 2,5981 reais na venda
Foto: Fotos Públicas

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda nesta terça-feira e voltou abaixo de 2,60 reais, com investidores ainda mostrando dúvidas sobre o futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio, após o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmar que a atuação tem atingido "plenamente" seus objetivos.

Mesmo após as declarações de Tombini, analistas afirmaram que o mercado continuou dividido sobre a possível extensão das vendas diárias de swaps cambiais, marcadas para durar até pelo menos o fim deste ano, no ano que vem.

A moeda norte-americana caiu 0,51 por cento, a 2,5981 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,1 bilhão de dólares.

Na máxima do dia, o dólar chegou a subir a 2,6140 reais, após terminar a sessão da véspera no patamar de 2,61 reais pela primeira vez em quase 10 anos, o que abriu espaço para ajustes e operações de entrada de divisas. Na mínima desta terça-feira, atingiu 2,5852 reais, queda de mais de 1 por cento.

"A expectativa do mercado (sobre o programa do BC) ainda está dividida. Existe uma torcida, existe um achismo", disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.

Em audiência na Comissão Mista do Orçamento, Tombini disse que o programa de hedge cambial --que atualmente oferta diariamente até 4 mil swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares-- tem atingido "plenamente seus objetivos" e que não tem a intenção de reverter as posições de swaps. Ele afirmou ainda que os estoques de swaps devem ser renovados no futuro, observadas as condições de demanda.

Questionado sobre o tema após a audiência, Tombini disse que o BC tem duas semanas para monitorar o mercado de câmbio e decidir sobre o futuro do programa.

Se de fato as rações diárias forem reduzidas ou eliminadas no ano que vem, a oferta de liquidez do mercado de câmbio brasileiro diminuiria justamente no ano em que se espera que o Federal Reserve, banco central norte-americano, comece a elevar as taxas de juros.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais em suas atuações diárias, sendo 3,25 mil com vencimento em 1º de junho de 2015 e 750 para 1º de setembro de 2015, com volume financeiro equivalente a 198,3 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 9,827 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 35 por cento do lote total.

Operadores afirmaram ainda que o fato de o dólar também ter ido a 2,61 reais na véspera ajudava no movimento de queda agora, mas ressaltaram que surpresas sobre o programa do BC ou a política monetária norte-americana possam impulsionar a divisa novamente.

"Aparentemente, pode estar havendo alguma resistência (com 2,60 reais), mas não é definitiva", afirmou mais cedo o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

 

 

DCI

 

OMS deve aprovar primeira vacina contra malária em 2015

O imunizante, porém, não será eficiente contra o parasita que atua na América Latina e, se aprovado, terá sua implementação reservada para a África e Ásia, onde estão 90% dos casos

OMS deve aprovar primeira vacina contra malária em 2015Foto: Ilustração

O combate contra a malária ganhará um capítulo inédito em 2015. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai analisar o uso da primeira vacina contra a doença, que promete mudar de forma radical a estratégia internacional para lidar com a infecção parasitária, que, apenas em 2013, matou quase 600 mil pessoas no mundo. O imunizante, porém, não será eficiente contra o parasita que atua na América Latina e, se aprovado, terá sua implementação reservada para a África e Ásia, onde estão 90% dos casos.

O diretor do Programa da OMS contra a Malária, Pedro Alonso, indicou à reportagem que uma vacina produzida pela GSK já passou por todos os testes e agora aguarda um sinal verde por parte da agência da ONU para poder ser comercializada e recomendada aos governos de todo o mundo.

Segundo ele, a proteção da vacina não será ainda completa, mas pode ter um impacto "significativo". "Trata-se de uma vacina de primeira geração. A proteção é de cerca de 45% e 50%, mas isso já é um passo enorme", explicou.

A GSK desenvolveu a dose graças ao financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates e se concentrou em produzir uma vacina que atue contra o Plasmodium falciparum, o parasita mais frequentemente encontrado na África. Não é o mesmo mosquito que afeta as Américas e, portanto, a recomendação não valerá para o Brasil.
Levantamento anual
Nesta terça-feira, 9, a OMS lança seu levantamento anual sobre a malária e revela que, apesar de a comunidade internacional ter destinado US$ 2,7 bilhões em 2013 para lutar contra a doença, os recursos são apenas 50% do que se necessita. No ano passado, 198 milhões de pessoas foram infectadas pelo parasita e 584 mil mortes foram registradas, 90% delas na África.

Apesar da doença ainda representar uma séria ameaça para dezenas de populações pelo mundo, a OMS também comemora seus resultados e indica pela primeira vez que a malária "pode ser vencida".

Entre 2000 e 2013, a mortalidade por conta da doença caiu em 47% e 4 milhões de mortes foram evitadas. O número de novos casos foi reduzido em 30%. Na África, a mortalidade de crianças de menos de 5 anos caiu em 58%. "São poucos os exemplos na saúde mundial em que os resultados positivos são tão importantes", indicou Alonso, revelando que os primeiros reais esforços de lidar com a doença foram registrados nos anos 50.

Segundo Alonso, duas medidas contribuíram de forma decisiva para esse avanço. Uma delas foi a distribuição de mais de 400 milhões de redes antimosquito para camas desde 2012 na África. Outra estratégia foi a introdução de um equipamento que permite um rápido diagnostico da doença. Em 2013, 319 milhões de testes foram comprados por governos.

Meta
A OMS também comemora o fato de que conseguirá atingir sua meta de frear a expansão da doença e começar a reverter a curva em 2015. Ainda assim, a OMS não prevê acabar com o parasita antes de 2030. A malária ainda é endêmica em 97 países.

Cerca de 278 milhões de pessoas ainda vivem em regiões fortemente afetadas pela doença e não contam com nenhuma ajuda; 15 milhões de mulheres grávidas não receberam remédios para evitar doença durante a gestação.

Nos países afetados pelo ebola, a incidência da doença aumentou, e o Sudeste Asiático vive uma nova realidade: a resistência do parasita diante dos inseticidas.

 

 

24 Horas News

 

Produção de motocicletas registra queda de 15,8% em novembro

 

Da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

indústria

Produção de 11 meses de 2014 registra queda de 10,2% em relação a igual período de 2013Arquivo/Agência Brasil

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A produção de motocicletas registrou queda de 15,8% em novembro, em comparação com o mês anterior. Balanço divulgado hoje (9) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) revela que, no período, saíram das fábricas 121.719 motocicletas, contra 144.596 unidades produzidas em outubro. No acumulado dos 11 meses deste ano, foram fabricadas 1.429.012 motocicletas, o que corresponde a uma queda de 10,2% em relação a igual período de 2013, quando foram registradas 1.592.073 unidades.

Conforme a Abraciclo, os números do acumulado do ano das vendas no atacado (da montadora para as concessionárias) fecharam 11,3% abaixo de 2013. Segundo os dados, a produção atingiu 1.483.307 em 2013, contra 1.316.391 em 2014. Na comparação mensal, os resultados foram 7,2% menor, gerando um volume de 129.156 motocicletas comercializadas em outubro, contra 119.808 em novembro.

As exportações de motos também registraram redução no mês passado. Foram comercializadas para outros países 7.107 unidades em outubro, 52,8% a menos que em novembro (3.355 motos). De acordo com a associação, a queda brusca é explicada pelo recuo do mercado argentino. No acumulado, a queda foi de 16,3%, quando comparado a 2013. Foram 98.002 motos exportadas no ano passado e 82.003 em 2014.

Apesar disso, o presidente da entidade, Marcos Fermanian, faz uma previsão otimista para o próximo ano. “Em 2015, não teremos os impactos negativos que tivemos em 2014 no varejo, principalmente com a Copa do Mundo e as eleições".

Para Fermanian, mesmo sendo um ano com expectativas de ajustes da economia brasileira, com a chegada da nova equipe econômica, o setor está confiante na retomada do mercado. "Além disso, acreditamos que as medidas sobre retomada de bens deve favorecer o mercado, permitindo a flexibilização nas concessões de crédito e contribuindo para o segmento atingir seus objetivos”, acrescentou.

 

 

Agência Brasil

 

Dilma veta redução da alíquota de contribuição de patrões e domésticos ao INSS

 

Da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade

A presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto de lei que prevê a redução da alíquota da contribuição previdenciária paga por patrões e empregados domésticos. A decisãofoi publicada na edição de hoje (9) do Diário Oficial da União. Na mensagem encaminhada ao Legislativo, a presidenta diz que o texto foi vetado “por contrariedade ao interesse público”.

O projeto de lei foi aprovado em caráter conclusivo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no dia 13 de novembro. Atualmente, a alíquota da contribuição previdenciária paga por patrões é 12% e a do empregado doméstico varia de 8% a 11%. Se a mudança entrasse em vigor, a alíquota seria reduzida para 6%, em ambos os casos.

Segundo a mensagem publicada nesta terça-feira no Diário Oficial, os ministérios da Previdência Social e da Fazenda manifestaram-se pelo veto. Um dos motivos é que a mudança teria impacto negativo de R$ 600 milhões por ano, “não condizente com o momento econômico atual”.

Além disso, segundo o Executivo, “o projeto de lei foi proposto anteriormente à promulgação da Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013, cuja regulamentação legal, de forma integral e mais adequada, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional”.

 

Agência Brasil

 

Pelé diz que não temeu a morte e brinca: 'estou pronto para a Olimpíada'

 

Pelé declarou que não teve medo da morte nessas duas semanas em que ficou internado. Em entrevista coletiva no hospital Albert Einstein, onde recebeu alta médica nesta terça-feira, o ex-jogador demonstrou bom humor, comentando abertamente a situação preocupante em que viveu nesses últimos dias.

"Não fiquei com medo de morrer porque sou homem de Três Corações [cidade mineira onde nasceu]", declarou.

Pelé foi internado no dia 24 de novembro com infecção urinária. O temor era de que a infecção se espelhasse para as funções renais. Na UTI, o ex-jogador foi submetido a hemodiálise (processo de filtragem do sangue). 

O fato de ser uma pessoa idosa (74 anos) e ter apenas um rim gerou maior preocupação da equipe médica do hospital paulistano.

Agora recuperado, Pelé brincou.

"Realmente foi um susto. Já estou me preparando parta a Olimpíada", ironizou.

O ex-jogador respondeu bem ao tratamento, e o aparelho de auxílio renal foi desligado em 30 de novembro. Pelé deixou a UTI no dia 2 de dezembro, transferindo-se para unidade semi-intensiva.

Novos exames no início de dezembro mostraram que o tricampeão mundial não apresentava mais sinais de infecção.

A partir daí, Pelé teve autorização para receber familiares e até tocar violão. Ele gravou um vídeo em que tocava ao lado dos familiares e namorada, mostrando estar bem de saúde.

 

UOL e Aquidauana News

Políticos também têm seu super-herói; veja outros vídeos


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Charges.com.br: políticos também têm seu super-herói; veja outros vídeoshttp://bit.ly/1qsV9Th

Janot critica gestão da Petrobras e sugere demissão de diretores

Procurador-geral classificou a gestão da estatal de 'cenário desastroso'.
Ele participou de evento que celebra o Dia Internacional contra Corrupção.



Nas celebrações do Dia Internacional contra a Corrupção, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, classificou nesta terça-feira (9) de "cenário desastroso" a gestão da Petrobras e sugeriu a demissão da diretoria da estatal do petróleo. O chefe do Ministério Público também defendeu a punição de todos os envolvidos no esquema de corrupção que tinha tentáculos na petroleira.
"Diante de um cenário tão desastroso na gestão da companhia [Petrobras], o que a sociedade brasileira espera é a mais completa e profunda apuração dos ilícitos perpetrados, com a punição de todos, todos os envolvidos. [...] Esperam-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a eventual substituição de sua diretoria, e trabalho colaborativo com o Ministério Público e demais órgãos de controle", discursou Janot na Conferência Internacional de Combate à Corrupção, organizada pela PGR, em Brasília.
Em meio ao evento, o procurador-geral disse que o país vive atualmente um momento de "turbulência" devido aos escândalos envolvendo a Petrobras. Segundo ele, o Brasil "não tolera mais" a corrupção e a "desfaçatez" de alguns servidores públicos e de alguns empresários.
"Ao nos reunirmos nesta data comemorativa, vivemos momento de turbulência, quando o país se vê convulsionado por um escândalo que, como um incêndio de largas proporções, consome a Petrobras e produz chagas que corroem a probidade administrativa e as riquezas da nação", enfatizou.
Controle e transparência
Rodrigo Janot também utilizou seu discurso para criticar os mecanismos de controle da Petrobras. Na visão do procurador, por se tratar de uma empresa de capital misto com controle majoritário da União, a estatal deveria aproveitar os escândalos de corrupção para rever suas estratégias de combate à irregularidades. Para ele, é necessário maior "rigor" e "transparência" na gestão da petroleira.
Nesta segunda-feira (8), o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage,lamentou o fato de empresas estatais não terem aderido ao Observartório da Despesa Pública, divisão do órgão de fiscalização pública que cruza bancos de dados de setores governamentais. Responsável pelo combate à corrupção no Executivo federal, Hage explicou que as estatais possuem sistemas próprios de licitação, fato que acaba dificultando a fiscalização.
O chefe da CGU informou nesta segunda-feira que apresentou, em novembro, uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. No discurso que fez na conferência de combate à corrupção, Janot comentou a saída de Jorge Hage do cargo.
"Embora credor de merecido descanso, o País perde um grande colaborador e um parceiro fiel ao Ministério Público no combate à corrupção, esse flagelo que acaba subtraindo da sociedade, escolas, hospitais, investimentos em segurança pública, mais ainda, a cidadania", destacou o procurador-geral.
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VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)






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