sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Conta de luz aumentará, em média, 23,51% em 72 municípios gaúchos

Conta de luz aumentará, em média, 23,51% em 72 municípios gaúchos

A conta de luz de cerca de 1,6 milhão de unidades consumidoras atendidas pela Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), no Rio Grande do Sul, terá reajuste médio de 23,51%. As novas tarifas, autorizadas hoje (5) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entram em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer na próxima semana.

A CEEE atende 72 municípios gaúchos e tem faturamento anual de R$ 2,2 bilhões. Para os consumidores residenciais, o aumento será 22,41%. No caso dos consumidores de baixa tensão, o reajuste médio ficará em 22,39%. Para os de alta tensão, o efeito médio será 25,6%.

A aplicação desse reajuste foi suspensa em outubro devido à inadimplência da empresa com o pagamento de encargos do setor. De acordo com a Aneel, o reajuste se deve ao aumento dos custos pagos pela distribuidora para a compra e a transmissão de energia, além do pagamento de encargos setoriais.

 

 

Agência Brasil

 

África do Sul lembra um ano da morte de Mandela

 

Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Pretória (África do Sul - 11/12/2013) - Sul-africanos foram prestar as últimas homenagens ao ex-presidente Nelson Mandela, no Union Buildings, Palácio do Governo (Marcello Casal Jr/Arquivo Agência Brasil)

Pretória (África do Sul - 11/12/2013) - Sul-africanos foram prestar as últimas homenagens ao ex-presidente Nelson Mandela, no Union Buildings, Palácio do Governo (Marcello Casal Jr/Arquivo Agência Brasil)Marcello Casal Jr/Arquivo Agência Brasil

O aniversário de um ano da morte de Nelson Mandela, considerado o maior líder do Continente Africano e um dos principais símbolos mundiais de luta contra a desigualdade racial, será lembrado hoje (5) na África do Sul. Na noite de 5 de dezembro de 2013, o atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anunciou, em rede nacional de televisão, que o primeiro presidente negro do país tinha morrido. "Ele está descansando. Ele está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai", disse Zuma em seu pronunciamento.

Para marcar a data, que também está sendo lembrada em várias partes do mundo, o governo da África do Sul, juntamente com a Fundação Nelson Mandela, realizou nesta manhã - às 8h em Pretória (4h em Brasília) - uma cerimônia nos jardins do Palácio Union Buildings, a sede do governo, aos pés da estátua do ex-presidente, de 9 metros de altura. A homenagem contou com a participação de veteranos da luta pela liberdade e de outros que lutaram com Mandela contra o regime segregacionista do apartheid. Assim como ocorreu durante os três dias do velório, há um ano, os portões do palácio também foram abertos à população.

A fundação e o governo também convocaram igrejas, escolas, fábricas, mesquitas e outras repartições a tocar seus sinos, sirenes, megafones, para chamar a atenção das pessoas e fazer três minutos de silêncio, a partir das 10h (6h em Brasília), em homenagem a Madiba, nome do clã de Mandela e pelo qual era carinhosamente chamado. Em Joanesburgo, no Estádio Bidvest Wanderers, será realizada, a partir das 18h30 (14h30 em Brasília), uma partida espetáculo entre as seleções nacionais de Rugby e de Cricket, dois dos esportes mais populares na África do Sul, com shows ao vivo de artistas locais e sessão de autógrafos após o jogo, cuja renda será revertida para a Fundação Nelson Mandela.

O governo também convidou os sul-africanos a vestirem hoje sua blusa favorita e outras recordações com a imagem de Mandela. Pelo Twitter e Facebook, incentivou pessoas de todo o mundo a compartilhar memórias de Madiba, postando fotos, vídeos e histórias relacionadas a ele com a hashtag #RememberMandela. Em seu site, a Fundação Nelson Mandela, oferece um espaço para que as pessoas façam seu tributo a Madiba e possam ler as mensagens deixadas por pessoas de todo o mundo.

Depois de ficar 27 anos na prisão por sua militância contra o regime de segregação racial doapartheid, Mandela foi libertado em 1990. Após quatro anos, com a insustentabilidade do regime vigente e a realização das primeiras eleições em que os negros tiveram direito a voto, Madiba foi eleito pelo povo. Sua vitória levou à implementação da mais importante transição política dos tempos modernos, em um esforço de reconciliação das raças e refundação do país, transformando-o no “Pai da Pátria” e líder político global, levantando a bandeira da paz e também do combate à aids, doença que atinge cerca de 20% da população adulta da África do Sul.

A reportagem da Agência Brasil viajou à África do Sul logo após a notícia da morte de Nelson Mandela e registrou os principais momentos daquele que é considerado o maior funeral deste século, com a presença de quase 100 chefes de Estado e de governo, além de dezenas de personalidades mundiais e ex-presidentes de diversas nações. Nas matérias e na galeria de fotos mostra a emoção da população, as imensas filas enfrentadas para dar o último adeus ao principal líder africano e as homenagens prestadas.

 

 

Agência Brasil

 

Falida, malharia Sulfabril tenta leiloar sua última fábrica e não recebe lances

por FELIPE BÄCHTOLD

O leilão da última fábrica da Sulfabril, que já foi uma potência no setor têxtil no país, terminou ontem (4) sem interessados. Localizada em Blumenau, a fábrica (SC) é também sede da empresa.
Ao longo do ano, a Sulfabril, em processo de falência desde 1999, vem se desfazendo dos últimos bens para quitar dívidas de R$ 100 milhões.
Administrada por um síndico indicado pela Justiça, a empresa continua operando, mas fabrica uma fração do que produzia e emprega 700 funcionários –eram 5.000 no auge, nos anos 1970 e 1980.
Naquela época, a empresa investia em publicidade e se tornou conhecida pelo país com garotos-propaganda como Os Trapalhões. Era a segunda fabricante de artigos de malha de algodão na América Latina, com um conjunto de fábricas em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte.
"Ela era muito forte, fazia parte da identidade de Blumenau. Mas foi definhando e perdendo espaço", diz o professor de economia Nazareno Schmoeller, da Universidade Regional de Blumenau.
Com a abertura para os importados, nos anos 90, a Sulfabril entrou em decadência.
Falhas na gestão também são apontadas como motivo para a derrocada. Gerhard Fritzsche, filho do fundador, foi condenado em primeira instância por irregularidades administrativas (ele não se manifesta sobre o caso).
A família proprietária não tem mais poder no grupo, que continuará funcionando até que sejam levantados recursos para pagar ex-funcionários, bancos e fornecedores.
O atual administrador, Celso Mário Zipf, diz ter dificuldades em operações do dia a dia, já que financiadores e fornecedores evitam negócios antes do leilão.
No leilão fracassado, o lance mínimo para a fábrica era de R$ 45 milhões, apesar de o valor estimado ser de R$ 90 milhões. Na semana passada, a marca da empresa já havia ido a leilão por R$ 20 milhões –metade do valor estimado–sem interessados.
A situação fica indefinida. Segundo o síndico, ela continua em processo de falência e em busca de investidores.
Fonte: Folha Online - 05/12/2014 e Endividado

 

 

Inflação para famílias com renda mais baixa fica em 0,53% em novembro

 

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou aumento de preços de 0,53% em novembro deste ano. A taxa é superior ao resultado de outubro do INPC (0,38%) e à inflação oficial (IPCA) de novembro, que ficou em 0,51%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O INPC acumula taxas de 5,57% no ano e 6,33% nos últimos 12 meses. Em novembro, os alimentos tiveram variação de preço de 0,75%, enquanto os produtos não alimentícios registraram alta de 0,43%.

Entre as 13 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o maior índice observado foi em Goiânia (1,27%) e o menor, em Vitória, onde houve deflação (queda de preços) de 0,03%.

 

Agência Brasil

 

 

Pesquisas da FGV mostram piora do mercado de trabalho

 

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Os dois indicadores de situação do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram piora na passagem de outubro para novembro. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências futuras sobre geração de emprego com base em entrevistas a empresários e consumidores, caiu 0,3% em novembro.

Segundo a FGV, a queda do indicador foi provocada principalmente pela avaliação mais pessimista dos empresários da indústria sobre a situação atual de seus negócios. O índice reflete cenário de baixa expectativa de geração de vagas no próximo ano.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que avalia a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho, piorou 3% em novembro, em relação ao mês anterior. O índice atingiu seu menor patamar desde abril de 2010.

De acordo com a FGV, o resultado confirma “a tendência observada nos meses anteriores e reflete a contínua piora da percepção do consumidor sobre as possibilidades de se conseguir emprego”.

 

Agência Brasil

 

ÁGUA: SP receberá R$ 2,6 bilhões da Caixa para obras contra crise hídrica

SAO-PAULO.ESTADAO.COM.BR

 

Médico de família pode lidar com até 90% dos problemas dos pacientes

 

Aline Leal - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Capacitado para atender a pacientes desde o nascimento, os médicos de família, em um sistema estruturado, podem lidar com até 90% dos problemas de saúde. A ideia central dessa especialidade é conhecer e acompanhar o paciente por toda a vida, o que lembra a figura do médico de confiança.

Hoje (5), Dia do Médico de Família e Comunidade, Thiago Trindade, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), avalia que a cultura brasileira ainda é muito voltada para o atendimento do médico especialista, mas que a tendência, tanto da rede pública quanto da privada, é mudar esse cenário. A especialidade está no Brasil há 33 anos.

O médico que faz residência em medicina de família pode acompanhar, por exemplo, crianças, fazer prevenções ginecológicas, urológicas e, caso veja necessidade, encaminhar o paciente para um especialista. Em alguns países, esse profissional é chamado de clínico geral, médico generalista. Segundo especialistas, no Brasil esses termos viraram sinônimo de médico que não fez residência.

A ideia do Sistema Único de Saúde é baseada no médico de família, porém, de acordo com Trindade, a falta de profissionais especializados na área de medicina de família, ligada à falta de estrutura, acaba tornando a unidade básica de saúde um lugar de encaminhamento de pacientes para especialistas. Muitos países europeus e o Canadá usam um sistema baseado na medicina de família. Nesses lugares, cerca de 95% das pessoas têm seu médico generalista de confiança.

Apesar disso, há municípios como o Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis que estão ampliando a atenção básica nesse profissional. Trindade lembrou que cerca de 35 mil profissionais atuam no Brasil como generalistas, a maioria na rede pública, mas apenas 5 mil têm a formação de medicina de família.

Gustavo Gusso, médico de família professor da Universidade de São Paulo, conta que recentemente as operadoras de planos de saúde estão vendo que o sistema baseado nessa especialidade, além de atuar na prevenção, ainda pode trazer economia para a empresa. “Como conhecemos os pacientes, acompanhamos o histórico e as tendência familiares, não pedimos exames desnecessários, olhamos o paciente como um todo”.

Segundo Gusso, há uma tendência de os planos de saúde criarem grupos e até estímulo financeiro para que os beneficiários se liguem a um médico de família e só procurem o especialista quando encaminhados pelo profissional generalista.

Quando terminou a faculdade em 2002, Rodrigo Lima ficou indeciso sobre que especialidade seguir. Atuando em uma unidade básica de saúde do Recife, ele decidiu que queria ser médico de família.

Hoje, Lima atende a cerca de 3 mil pessoas na Unidade de Saúde da Família do bairro recifence de Alto José do Pinho. “Quando comecei meu trabalho em Alto José do Pinho, há cerca de um ano, os pacientes já vinham para a consulta pedindo para encaminhar ao especialista, mas com o tempo foram vendo que eu podia resolver muita coisa ali mesmo. Foram criando confiança e agora atendo a famílias inteiras”, conta.

Segundo a SBMFC, o Brasil dispõe de 120 programas de residência em medicina de família, mas muitas vezes as vagas não são preenchidas. Segundo Trindade, a falta de interesse dos recém-formados vem muito da falta de conhecimento da especialidade. Lima atribui também a uma remuneração baixa em relação às outras especialidades.

Uma unanimidade entre Trindade, Gusso e Lima é que os médicos de família são profissionais apaixonados pelo que fazem.

 

Agência Brasil

 

 

UnB oferece bolsa de mestrado a indígenas e quilombolas

 

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

A Universidade de Brasília (UnB) abriu inscrições para o curso de Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais. Esta será a segunda turma. O diferencial do mestrado é que metade das vagas é destinada a comunidades tradicionais, todas com bolsa de estudo. Na primeira edição, a reserva foi apenas para estudantes indígenas. Nesta, as bolsas serão estendidas a quilombolas.
O curso tem duração de 24 meses e carga horária de 420 horas. São oferecidas 30 vagas, sendo 15 destinadas exclusivamente a candidatos autoidentificados indígenas e quilombolas residentes no país. As inscrições podem ser feitas até 16 de fevereiro de 2015. O edital está disponível na internet.

"[A pós-graduação] é justamente o ambiente onde se produz conhecimento na universidade e se projeta esse conhecimento para a sociedade, um espaço de construção do pensamento. Achamos que é estratégico ocupar esse espaço e fazer com que ele represente a diversidade cultural do Brasil", diz a coordenadora do mestrado, Mônica Nogueira. De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 79,18% dos mestres no país são brancos.

"Acredito que aqui vão se formar mestres, pessoas que virão com um saber, desenvolver a confluência do saber cultural com o saber acadêmico e voltar com esse saber, vamos dizer resignificado e com a solução de alguns problemas enfrentados pelas comunidades", disse Antônio Bispo dos Santos, liderança quilombola, no lançamento do programa.

A indígena do povo xavante de Mato Grosso Samantha Ro'Otsitsina graduou-se mestra na primeira edição do programa: "Sempre fui muito atuante nas questões de direitos indígenas. Com o curso, pude qualificar a minha atuação", disse. De acordo com o IBGE, são 818 os indígenas mestres, 0,1% do total dessa população . 

O público-alvo é formado por profissionais vinculados a instituições que promovam a sustentabilidade de povos e territórios tradicionais, como associações de base comunitária, organizações não governamentais de assessoria, redes de representação e articulação política ou órgãos de governo das esferas municipal, estadual ou federal. É precioso ter graduação em áreas ligadas à questão. A seleção ocorre ao longo do mês de março de 2015 e as aulas começam em abril. As bancas examinadoras contarão com a presença de indígenas e quilombolas. 

 

Agência Brasil

Inflação acelera no Brasil e fica acima do teto da meta

Carne é um dos produtos que sofreu maior aumento

Inflação acelera no Brasil e fica acima do teto da meta

ZH.CLICRBS.COM.BR

 

Produção industrial cresce em sete locais pesquisados pelo IBGE, em outubro

 

Vítor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Indústria

IBGE mostra que produção industrial cresceu em sete locais pesquisados de setembro para outubroArquivo/Agência Brasil

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A produção industrial cresceu em sete locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de setembro para outubro deste ano, apesar da estabilidade na média nacional. Entre os destaques estão os estados da Bahia (3,6%), do Rio de Janeiro (1,9%), Amazonas (1,7%) e de São Paulo (1,1%).

Outros locais com alta na produção industrial foram Santa Catarina (0,8%), o Pará e o Espírito Santo - ambos com 0,6%. Por outro lado, sete locais tiveram recuo na produção, principalmente o Ceará (-4,9%), Pernambuco (-4,6%) e Minas Gerais (-3,3%).

Também tiveram queda, na passagem de setembro para outubro, o Rio Grande do Sul (-2,2%), a Região Nordeste (-2%), Goiás (-0,6%) e o Paraná (-0,4%).

No acumulado do ano, o principal recuo foi observado no Paraná (-6,1%). A queda em São Paulo foi 5,7%. Dos cinco estados que tiveram alta, o destaque foi o Pará (9%). No acumulado de 12 meses, a maior queda foi em São Paulo (-5,1%), enquanto o maior crescimento ocorreu no Pará (8,2%).

 

 

Agência Brasil

 

Portaria regulamenta medidas de proteção ao trabalhador exposto ao fumo

 

Ana Cristina Campos e Paula Laboissière - Repórteres da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Portaria dos ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego, publicada na edição de hoje (5) doDiário Oficial da União, regulamenta as medidas de proteção aos trabalhadores expostos ao fumo durante o exercício da profissão. Regulamenta também as condições de isolamento, ventilação e de exaustão do ar nos estabelecimentos comerciais destinados especificamente à comercialização de produtos fumígenos, além dos ambientes fechados onde o fumo será permitido – tabacarias, locais de pesquisas e sets de filmagens.

 Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Diário Oficial da União publica regras de proteção ao trabalhador exposto ao fumo durante o trabalhoMarcelo Camargo/Agência Brasil

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Os locais estão previstos como exceção na Lei Antifumo, que entrou em vigor na quarta-feira (3) e proíbe o cigarro em ambientes fechados públicos e privados.

As regras estabelecem que o sistema de ventilação seja mantido em operação após a desocupação e a desativação da área exclusiva, sendo desligado automaticamente. O objetivo é exaurir os resíduos e odores que podem permanecer no ambiente fechado.

Os revestimentos, pisos, tetos e as bancadas desses locais devem ser resistentes ao uso de desinfetantes, com o menor número possível de ranhuras ou frestas. Já o mobiliário deve ser de material não combustível, de fácil limpeza e que minimize a absorção de partículas.

Também está previsto que os serviços de limpeza e manutenção das instalações e dos equipamentos só poderão ser feitos quando os locais não estiverem em funcionamento.

Os estabelecimentos terão o prazo máximo de 180 dias, após a publicação da portaria, para se adaptar às normas. O descumprimento constitui infração de natureza sanitária, com previsão de multa que varia de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão em caso de desrespeito às normas sanitárias.

 

Agência Brasil

 

 

Mesmo com chuva, Cantareira continua em queda e registra 8,2%

 

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

As chuvas sobre São Paulo não interromperam a sequência de quedas do Sistema Cantareira. Hoje (5), o nível dos reservatórios registrou 8,2%, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação a ontem (4), segundo medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Ontem, uma leve precipitação de 1,9 milímetro atingiu as cabeceiras do sistema. A pluviometria esperada para o mês é alta, 220,9 milímetros. No mês passado, a média histórica indicava precipitações acumuladas no patamar de 161,2 milímetros, mas as chuvas acumularam 135 milímetros.

Outros sistemas de abastecimento de São Paulo também sofreram perdas. O Alto Tietê baixou de 5,2% ontem para 5,1% hoje, mesmo diante da precipitação de 9,1 milímetros que atingiu o reservatório.

Guarapiranga, localizado na zona sul da capital, apresentou leve melhora. O sistema passou de 32,2% ontem para 33,3% hoje. A chuva que ajudou a elevar o sistema e atingiu a cidade de São Paulo acumulou 10,8 milímetros.

Hoje, o tempo nublado e chuvas isolados predominam na capital paulista. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a nebulosidade ocorre pela passagem de um sistema frontal, que se afasta rapidamente para o oceano. Chuvas mais consistentes estão previstas para o norte paulista e o sul de Minas Gerais, na área do Sistema Cantareira.

No fim de semana, o tempo abre, as temperaturas sobem e a probabilidade de chuva diminui. O sábado (6) terá sol entre nuvens e temperatura média de 18ºC. A umidade relativa do ar fica entre 45% e 85%. 

 

Agência Brasil

Obesidade pode reduzir esperança de vida em oito anos, mostra estudo

obesidade

Obesidade pode reduzir esperança de vida em oito anos, aponta estudoWilson Dias/Agência Brasil

A obesidade pode reduzir em até oito anos a esperança de vida das pessoas e em 19 o número de anos sem doenças, mostra estudo publicado hoje (5) na revista médica The Lancet.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidad McGill de Montreal, no Canadá, dirigido por Steven Glover, elaboraram um modelo da incidência de doenças segundo o peso, com dados retirados de um estudo sobre alimentação e saúde, feito nos Estados Unidos.

Os cientistas calcularam o risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares para adultos com pesos diferentes, analisando depois o efeito do sobrepeso e da obesidade nos anos de vida perdidos e nos anos com saúde perdidos nos adultos norte-americanos, com idade entre 20 e 79 anos, comparados com pessoas de peso normal.

A investigação revelou que as pessoas com peso a mais, correspondente a um índice de massa corporal (IMC) de 26, perdiam até três anos de expectativa de vida, conforme a idade e o sexo.

As pessoas obesas (IMC de 30) perdiam entre um e seis anos, enquanto as muito obesas (IMC de 35) tinham as suas vidas reduzidas entre um e oito anos, comparado com pessoas com IMC ajustado à sua altura e dimensões.

Considera-se que um IMC abaixo de 18,5 indica desnutrição ou algum problema de saúde, enquanto um acima de 25 revela sobrepeso. Acima de 30, há obesidade leve e de 40, obesidade pesada.

“O nosso modelo prova que a obesidade está associada a um risco mais alto de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes que, em média, vão reduzir drasticamente a esperança de vida das pessoas e os seus anos de vida saudável”, disse Glover.

Segundo o estudo, o efeito do sobrepeso na perda dos anos de vida é maior entre os jovens com idades entre 20 e 29 anos, tendo chegado a 19 anos em dois casos de obesidade extrema, diminuindo com a idade.

O excesso de peso reduz a esperança de vida, mas também os anos de vida saudável, definidos no estudo como anos sem doenças associadas ao peso, entre elas o diabetes do tipo 2 e as doenças cardiovasculares.

“O quadro está claro: quanto mais uma pessoa pesa e quanto mais jovem é, maior é o efeito na saúde, pois tem mais anos à frente, quando os maiores riscos de saúde associados à obesidade podem ter impacto negativo na sua vida”, disse o pesquisador.

 

 

Agência Brasil

 

Policial mata homem negro desarmado no estado norte-americano do Arizona

 

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto

Um policial branco matou a tiro um homem negro desarmado no Arizona, informaram as autoridades nessa quinta-feira (4), em um momento em que continuam os protestos em Nova York por casos similares. O incidente ocorreu quando o agente estava investigando denúncia relacionada a porte de droga do lado de fora de uma loja de conveniência.

O agente da polícia disse que o suspeito, de 34 anos, levou a mão esquerda ao bolso para sacar uma arma, na sequência de uma luta na quarta-feira (3) em Phoenix. Mais tarde, foi descoberto que a vítima, Rumain Brisbon, só tinha comprimidos no bolso.

“O policial acreditou ter sentido o cabo de uma arma, enquanto agarrava a mão do suspeito no bolso", disse, em comunicado, o Departamento de Polícia de Phoenix. "O agente foi incapaz de manter o controle sobre a mão do suspeito durante a luta. Temendo que Brisbon tivesse uma arma no bolso, disparou duas vezes, atingindo o suspeito no peito".

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Brisbon foi socorrido por paramédicos, mas morreu no local. O agente não ficou ferido.

Marci Kratter, advogada que representa a família, disse: "Há inúmeras testemunhas que vão desafiar a versão do agente sobre o que aconteceu". Isso foi uma tragédia sem sentido. Ele estava desarmado e não representava nenhuma ameaça para ninguém. Queremos levar o caso até as últimas consequências", observou.

Casos similares ocorreram nos Estados Unidos nos últimos tempos. Um grande júri decidiu na quarta-feira não acusar um policial branco pela morte, por asfixia, de um negro desarmado em Nova York, que ocorreu em julho.

Essa decisão foi tomada uma semana depois de um grande júri ter decidido não acusar outro policial branco pela morte a tiro, em agosto, de um adolescente que estava desarmardo, em Ferguson, no estado do Missouri.

A indignação da cidade de Ferguson, com a decisão do júri que livrou o policial que matou o jovem negro Michael Brown, estendeu-se a 170 cidades em 37 estados norte-americanos, com milhares de pessoas saindo às ruas no fim de novembro.

Depois da morte do adolescente Michael Brown, outro caso ocorrido em novembro – o de Tamir Rice, de 12 anos, morto a tiro por um agente quando brincava com réplica de uma arma –, voltou a agitar as tensões raciais nos Estados Unidos.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

 

Aluguel no litoral de São Paulo fica até 350% mais caro

Passar as festas de Natal e Ano Novo e as férias no litoral paulista ficou até 350% mais caro neste ano em relação à temporada passada. O aluguel médio diário passou de R$ 230 para R$ 1.030, de acordo com o levantamento do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).
O preço do aluguel diário subiu em 16 dos 23 tipos de imóveis ofertados para locação nas imobiliárias credenciadas no litoral.
Segundo o Creci, o preço da diária varia de R$ 85 a R$ 1.800 por dia, dependendo da cidade e do tipo de imóvel escolhidos. Esses dois valores extremos se referem à locação de apartamento quitinete no litoral sul e de casas de 4 dormitórios no litoral norte.
As maiores altas foram Guarujá, São Vicente e Santos, considerada a ′faixa central do litoral′ pela entidade.
Apartamentos de 4 dormitórios custam em média R$ 1.800 por dia, um valor 118,18% maior que os R$ 825 cobrados em 2013. E as casas de 4 dormitórios encareceram 112,29%, com o aluguel médio diário subindo de R$ 871,43 para R$ 1.850.
Já para quem optar pela locação de um imóvel no litoral Norte –em cidades como Bertioga, Caraguatatuba e São Sebastião–, o preço da diária caiu quase 25%. Imóveis maiores estão com aluguéis mais caros.
O aluguel médio de imóveis com 3 dormitórios nessas cidades caiu de R$ 1.270, em 2013, para R$ 959, neste ano.
Nas casas de 1 dormitório a redução foi de 11,34%, com a diária passando de R$ 300 para R$ 266; nas de 2 dormitórios a queda ficou em 9,13%, com o aluguel baixando de R$ 715,28 para R$ 650; e nas de 4 dormitórios, houve queda de 10,48%, com o aluguel médio caindo de R$ 1.792,86 para R$ 1.605.
José Augusto Viana Neto, presidente do Creci, diz que para evitar pagar mais, é bom se programar e fechar o imóvel o mais rápido possível.
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

 

Formação crítica de camponeses no Araguaia é legado de dom Pedro Casaldáliga

 

Michèlle Canes – Enviada Especial da Agência Brasil/EBC Edição: Lílian Beraldo

Pré-estreia do filme Descalço sobre a Terra Vermelha, obra que conta a história de dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, é uma coprodução da TV Brasil (Wilson Dias/Agência Brasil)

Pré-estreia do filme Descalço sobre a Terra Vermelha, obra que conta a história de dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, é uma coprodução da TV Brasil (Wilson Dias/Agência Brasil)Wilson Dias/Agência Brasil

O trabalho desenvolvido por dom Pedro Casaldáliga na região de São Félix do Araguaia (MT), onde chegou em 1968, teve impacto em diferentes áreas, entre elas a educação. De cunho crítico, a formação incentivada pelo bispo emérito no início da década de 1970 foi fundamental para a resistência e permanência das famílias de camponeses e indígenas na região, em contraposição aos latifundiários que começavam a ocupar as terras.

Secretário da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Antônio Canuto foi colega de trabalho do bispo e conta que, nos anos 70, as escolas locais formavam alunos apenas até o antigo quarto ano primário.

Para mudar essa realidade, dom Pedro procurou o auxílio de um grupo de jovens que tinham saído recentemente do seminário. “Em 1970, foram quatro pessoas [para São Félix do Araguaia]. Em 1971 foi mais um grupo, em 72, outro. Eu fui definitivamente para o Araguaia em 1972.”

Maria da Lourdes Dias Marinho, professora aposentada em São Félix do Araguaia

Para a professora aposentada Maria da Lourdes Dias Marinho, a educação proposta por dom Pedro fazia com que os estudantes refletissem sobre problemas sociaisWilson Dias/Agência Brasil

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De acordo com a professora aposentada Maria de Lourdes Marinho, a educação proposta por dom Pedro fazia com que as pessoas refletissem sobre sua condição. “Fazia as pessoas compreenderem, tipo a educação do Paulo Freire, que não dava o peixe, ensinava a pescar. Era uma educação voltada para os problemas sociais, para as pessoas acordarem, não ficarem sendo dominadas pelos grandes”, destaca.

O secretário da CPT conta que o bispo montou equipes que faziam trabalhos não apenas na cidade, mas também em outros locais da região. A formação de professores também era prioridade. “Eles formavam professor no segundo grau [atual ensino médio] porque os professores que existiam ali tinham até o quarto ano”, completa Canuto.

Erotildes Milhomem conta, com orgulho, que fez parte da primeira turma de professores a receber formação. “Durante o dia, a gente era professor e, à noite, estudava no ginásio para fazer o primeiro grau.” As aulas eram dadas pelos padres, freiras e leigos que foram para a região. O resultado do esforço refletiu também na vida dos alunos. “Foi muito melhor porque a gente entendia mais”, garante Erotildes.

A formação crítica de algumas camadas da população, entretanto, não agradava ao governo militar que chegou a desativar o Ginásio Estadual Araguaia (GEA). “Era uma escola padrão aqui na região. [O ginásio] Foi tido como subversivo, os professores foram todos maltratados, alguns foram algemados. Teve essa história de terror”, conta Lourdes. “Mas dom Pedro nunca deixou de falar a verdade, nunca baixou a cabeça, nunca teve medo.”

Erotildes da Silva Milhomem, professora aposentada e escritora em São Félix do Araguaia

Erotildes Milhomem conta, com orgulho, que fez parte da primeira turma de professores a receber formação. “Durante o dia, a gente era professor e, à noite, estudava no ginásio para fazer o primeiro grau.”Wilson Dias/Agência Brasil

Hoje, o legado de luta de dom Pedro pela educação tem o reconhecimento de quem viveu de perto a repressão por parte dos militares. Para Maria de Lourdes, a coragem do bispo para que a educação chegasse aos povos da região e para enfrentar dificuldades é um exemplo para a população. “Ele nunca teve medo de nada. Podia estar o maior 'auê', que iam sequestrar, matar e ele estava na casa dele, com a porta toda aberta. Ele sempre falou que as causas dele valiam mais que a vida.”

A história de dom Pedro Casaldáliga pode ser conferida no filme Descalço sobre a Terra Vermelha que será exibido pela TV Brasil nos dias 13, 20 e 27 dezembro, sempre às 22h30 (horário de Brasília). A obra, baseada no livro de mesmo nome do escritor Francesc Escribano, é uma coprodução da TV Brasil com mais duas emissoras públicas, a espanhola TVE e a catalã TVC.

 

 

Agência Brasil

 

Anistia Internacional vai denunciar à ONU mortes de jovens na Bahia

 

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

Mães e pais denunciam à Anistia Internacional uma série de crimes de assassinato, sequestro e desaparecimento de jovens negros em Salvador e outras cidades no estado da Bahia (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Mães e pais denunciam à Anistia Internacional uma série de crimes de assassinato, sequestro e desaparecimento de jovens negros em Salvador e outras cidades no estado da Bahia (Fernando Frazão/Agência Brasil)Fernando Frazão/Agência Brasil

A Anistia Internacional vai denunciar à Organização das Nações Unidas (ONU) a morte e o sumiço de jovens na Bahia. A entidade foi procurada nessa quinta-feira (4) por um grupo de pais que tiveram os filhos mortos ou sequestrados, com relatos de participação policial e de imobilismo nos inquéritos que, em muitos casos, permanecem inconclusivos.
O assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Alexandre Ciconello, ouviu o relato de cinco mães e um pai desses jovens, que ainda aguardam uma resposta mais clara do Estado.

“Nós continuamos a ver jovens negros sendo assassinados, sequestrados ou desaparecidos, sem nenhum tipo de justiça para esses parentes. Há o caso do Davi Fiuza, que desapareceu há 40 dias, depois de uma abordagem da polícia, na qual há testemunhas de que ele foi sequestrado e colocado amarrado em um carro. Outras mães aqui tiveram os filhos assassinados ou desaparecidos, sem nenhum tipo de resposta efetiva do Estado”, disse Ciconello.

Parentes denunciam à Anistia Internacional uma série de desaparecimento de jovens negros no estado da Bahia. Na foto, Ruth Fiúza, mãe de Davi Fiúza, que desapareceu há cerca de um mês (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Parentes denunciam à Anistia Internacional uma série de desaparecimento de jovens negros no estado da Bahia. Na foto, Ruth Fiúza, mãe de Davi Fiúza, que desapareceu há cerca de um mês (Fernando Frazão/Agência Brasil)Fernando Frazão/Agência Brasil

Rute Silva, mãe de Davi Fiuza, relatou que o filho foi sequestrado quando estava observando uma operação da polícia, no dia 24 de outubro deste ano. “Às 7h30 houve uma operação policial no bairro de Vila Verde e meu filho, como todo menino curioso, ficou olhando. De repente, ele foi encapuzado, teve amarrado os pés e as mãos e acabou jogado em um carro descaracterizado. Havia muitas viaturas da polícia por perto, segundo as testemunhas. Desde então, procurei todos os meios legais e jurídicos, fui ao Instituto Médico-Legal, nos campos de desova [de cadáveres], mas nada”, contou.

De acordo com o integrante da AI, o caso de Davi será levado à ONU e outros casos de desaparecidos possivelmente à Organização dos Estados Americanos (OEA). “No caso do Davi, há um grupo de trabalho das Nações Unidas sobre desaparecidos que já nos procurou para apresentar esse caso formalmente ao comitê. A gente está falando com a mãe do Davi e vamos levar esse caso para o grupo de trabalho da ONU. Em alguns casos, quando não há uma solução, também podemos apresentar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos [da OEA], e a ideia é esta.”

Ciconello disse que há uma dificuldade institucional do governo da Bahia em dar uma resposta sobre o assunto. “Não são casos isolados, há uma dificuldade da corporação, da Secretaria de Segurança Pública, em agir nesses casos, principalmente quando há envolvimento de policiais. Temos muitos relatos de grupos de extermínio. Os mecanismos de controle da atividade policial na Bahia são muito frágeis. A corregedoria acabou de arquivar o caso do Davi, com testemunhas dizendo que ele foi abordado pela Polícia Militar. É preciso haver mudanças estruturais nas duas polícias.”

Ele informou que a Anistia Internacional acaba de iniciar uma campanha mundial sobre o caso de Davi. “O que a gente busca fazer, como no caso do Amarildo, é o constrangimento dos governos, de mobilizar as pessoas para se manifestarem e pressionarem a fim de que se façam as investigações. Acabamos de lançar a Ação Urgente, que é um instrumento com o qual a Anistia mobiliza os ativistas em vários países para atuar nas embaixadas, enviar cartas e mensagens ao governo baiano, para que haja investigação. Oficialmente, dizem que vão apurar, mas não há medidas efetivas de responsabilização e de parar com esse modus operandida polícia. Também há uma culpabilização das vítimas e de suas famílias.”

Procurada para se pronunciar sobre os casos, especialmente o de Davi Fiuza, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou, em nota, que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Destacou que várias vertentes são investigadas, inclusive a participação de policiais. Segundo o órgão, os policiais que estavam de plantão no dia do desaparecimento de Davi estão sendo ouvidos no inquérito. A secretaria informou que, no período de 2013 a 2014, 104 policiais foram demitidos, graças ao trabalho das corregedorias.

 

 

Agência Brasil

‘Juros do Brasil fazem agiota americano sentir vergonha’, diz NYT

por Dan Horch

Sucesso das lojas de penhores é sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do País está chegando ao limite
Os juros praticados no Brasil fariam um agiota americano sentir vergonha. Os cartões de crédito cobram mais de 240% ao ano. Empréstimos bancários ultrapassam os 100%. Para um número cada vez maior de consumidores que precisam de dinheiro, a loja de penhores é a melhor opção.
Quando a dona de casa Ângela Pereira, de São Paulo, precisou de dinheiro extra para comprar o material escolar da filha, ela penhorou uma corrente de ouro para receber R$ 530. Ajustando para a alta inflação do país, ela pagará juros de apenas cerca de 19%, um pouco mais do que o americano comum costuma pagar no cartão de crédito. ”É acessível e barato”, disse ela.
O crescente sucesso das lojas de penhores é o mais recente sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do país pode estar chegando ao limite.
O inchaço da classe média brasileira – e dos seus hábitos de consumo – ajudou a alimentar a economia em geral durante anos. Mas o crescimento está desacelerando, e os consumidores lutam para pagar suas contas.
A economia enfraquecida foi um ponto inflamável na recente eleição, vencida por pequena margem pela atual presidente Dilma Rousseff no segundo turno.
O banco central elevou os juros novamente, na tentativa de combater a inflação. Mas isso pode pesar no crescimento e complicar ainda mais o panorama do endividamento do consumidor.
Embora ainda representem uma parcela relativamente pequena do setor de crédito, as lojas de penhores têm prosperado, mesmo num momento em que outros tipos de empréstimo parecem pouco atrativos. Alguns brasileiros, mesmo aqueles firmemente instalados na classe média, estão usando as lojas de penhores para quitar as dívidas do cartão de crédito, cobrir despesas inesperadas ou simplesmente acessar uma linha de crédito mais barata.
Getúlio. Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, as lojas de penhores brasileiras são regulamentadas no nível nacional. Em vez de atuarem independentemente e definirem seus próprios juros e regras, as lojas de penhores são operadas pela Caixa Econômica Federal, de propriedade do governo.
A rigorosa supervisão é legado da presidência de Getúlio Vargas, que tomou o poder nos anos 1930 durante um golpe militar e demonstrava simpatia pelo fascismo europeu. Mas ele também apresentou reformas progressistas, incluindo a jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Como parte de sua tentativa de baixar os juros, ele aboliu as lojas de penhores particulares em 1934, conferindo o monopólio do setor à Caixa. Como ocorre com qualquer outro banco, as agências da Caixa têm fileiras de caixas eletrônicos; atendentes para a abertura de contas, solicitações de crédito e hipotecas; e caixas que recebem depósitos e fazem saques. Mas, em 463 das agências da Caixa, há uma fileira de caixas com balanças e ferramentas de joalheiro para pesar e testar metais preciosos, joias e relógios de luxo.
Após a inspeção, o caixa oferece um empréstimo imediatamente, em geral com valor equivalente a 85% do item penhorado. O caixa não faz perguntas sobre o emprego, a renda ou o histórico de crédito do solicitante – basta nome, endereço e cadastro de pessoa física.
O superintendente nacional da Caixa para finanças do consumidor, João Régis Magalhães, disse ser apenas lógico que as lojas de penhores oferecessem juros mais baixos do que outros tipos de crédito: “a operação é simples, incorrendo em poucos custos, e o risco é muito baixo, porque temos uma garantia de retorno do dinheiro”.
O crescimento do crédito oferecido pelas lojas de penhores segue em certos aspectos o boom geral no endividamento dos lares. De junho de 2004 a junho de 2014, o crédito ao consumidor brasileiro aumentou 658%, chegando a US$ 297 bilhões, de acordo com a Associação Nacional de Executivos das Finanças, Administração e Contabilidade. O portfólio de empréstimos oferecidos por penhoras pela Caixa mais do que dobrou nos quatro anos mais recentes, chegando a US$ 670 milhões, com 1,3 milhão de empréstimos em aberto.
As consequências negativas da orgia de crédito foram mais dolorosas em outros tipos de empréstimo. O Banco Central informa que 6,7% dos empréstimos bancários pessoais e 26,3% das contas de cartão de crédito estão em situação de inadimplência. Em comparação, a Caixa disse que apenas 0,6% dos clientes que penhoraram seus bens deixaram de pagar em dia.
Enquanto outras formas de crédito tiveram desaceleração, os empréstimos por penhora continuam a crescer rapidamente. A Caixa planeja dobrar o número de agências que oferecem esse tipo de empréstimo até o final de 2015.
Marianne Hanson, economista da Confederação Nacional do Comércio, disse que muitos lares de baixa renda para os quais o crédito era uma novidade anos atrás “estão agora aprendendo como funcionam os juros e, com isso, procuram a alternativa mais barata”.
O crédito que exige alguma forma de garantia colateral, como a penhora, se encaixa nessa descrição, disse ela. E até os lares de classe média estão procurando as lojas de penhores para romper o ciclo do endividamento.
No início da década, a coordenadora de eventos Arianna França, que trabalha para o judiciário do Estado de São Paulo, enfrentou uma emergência médica. O seguro de saúde do pai não cobriu todos os procedimentos necessários para tratar do câncer dele.
Como servidora civil, Arianna tinha a opção de recorrer ao chamado crédito consignado. Nos empréstimos desse tipo, o empregador do devedor desconta automaticamente do salário a quantia devida a cada mês, e os juros são semelhante aos de uma penhora.
Mas, como muitos outros servidores civis e pensionistas, Arianne já estava gastando mais de 30% da renda no pagamento de empréstimos consignados – o limite permitido pela lei.
“Há tanto crédito disponível que a pessoa simplesmente compra mais e mais. Isso pode se tornar um problema”, disse ela.
Seus cartões de crédito também chegaram rapidamente ao limite. Com frequência, o pagamento mínimo mensal exigido para os cartões de crédito no Brasil não basta para impedir que a dívida aumente.
Assim, dois anos atrás, ela penhorou as joias e conseguiu R$ 40 mil para pagar os cartões de crédito. Os juros são baixos o bastante para que ela possa pagar o principal da dívida, e as joias devem voltar ao seu poder no ano que vem.
Embora possam proporcionar recursos muito necessários, as penhoras também trazem riscos.
Vício. Faz anos que a terapeuta holística Valéria Ferraz, de São Paulo, penhora as joias para ajudar a pagar as contas quando os negócios vão mal, recuperando-as quando os clientes retornam.
“A dinâmica se torna viciante”, disse ela. “É tão fácil obter dinheiro extra que às vezes faço isso mesmo sem precisar de verdade.” Valéria admitiu ter perdido um anel de ouro com diamantes certa vez por não ter pago em dia os juros da penhora.
Quando um cliente se torna inadimplente, a Caixa exibe o item penhorado em sua página da internet. Os interessados podem dar lances usando os caixas eletrônicos do banco. Se o valor captado no leilão for superior à dívida do cliente, este recebe a diferença.
Mas, como a Caixa avalia as joias apenas com base na matéria prima, sem levar em consideração o trabalho de ourivesaria, o preço de leilão raramente reflete o verdadeiro valor das peças.
O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, disse que as lojas de penhoras podem ser menos caras que outras opções, mas não são baratas.
“Para muitos, a bola de neve não para de crescer”, disse ele. Mas, para aqueles que mantêm sob controle os empréstimos e dívidas, as penhoras podem substituir o cartão de crédito e seus altos juros.
A assistente administrativa Carmelita Valente, de São Paulo, hoje aposentada, penhorou anéis, colares, um pingente e brincos para ajudar a pagar as despesas do lar após a morte do marido, em 1992. Desde então, Carmelita nunca se tornou inadimplente. Mas não conseguiu recuperar os bens penhorados. Em vez disso, faz 22 anos que ela usa a penhora como linha de crédito.
Com base no valor de seus itens, a Caixa permite que ela tome emprestados até R$ 4 mil, mas raramente ela precisa de tanto. ”Juntei algum dinheiro meses atrás e quitei R$ 1.200. Mas, no mês passado, tomei emprestados R$ 600 para pagar por consertos na casa. Tudo depende de minhas necessidades do mês”, disse Carmelita. Atualmente, ela deve R$ 2.300,00.
A aposentada sabe que o melhor seria não tomar empréstimo nenhum. ”Minha filha sempre diz que estou apenas sustentando o banco”, conta ela. Mas, com a renda mensal, ela não consegue poupar para arcar com despesas inesperadas. /Tradução de Augusto Calil
Fonte: Estadão - 04/12/2014 e Endividado

 

Facebook não vai mais rodar vídeos de outros sites, como YouTube e Vimeo

O Facebook não vai mais rodar vídeos de outros sites, como YouTube e Vimeo. A informação foi confirmada à Folha pela rede social.
Em vez disso, os usuários começarão a ser redirecionados para os sites de origem do link postado, que abrirão em outra guia.
"É o que já ocorre com notícias publicadas pelos perfis de jornais, por exemplo", explica Camila Fusco, diretora de comunicação do Facebook no Brasil. "O que estamos fazendo é melhorar a experiência de visualização do usuário, pois os vídeos sempre funcionam melhor na plataforma nativa deles".
Segundo ela, 31 milhões de pessoas –cerca de 50% dos usuários diários do Facebook– veem pelo menos um vídeo por dia na rede social. A mudança não terá qualquer impacto sobre a quantidade de visualizações obtidas pelos vídeos, acrescenta a diretora.
O site continuará rodando apenas os vídeos publicados diretamente na rede social, que funcionam com o auto-play (são iniciados automaticamente, sem áudio, ao surgirem na tela)
A atualização está sendo colocada de maneira gradual para usuários do Facebook em todo o mundo.
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

 

Responder e-mails rapidamente e fora do trabalho pode prejudicar a saúde

por HUGO PASSARELLI

Ter de estar em constante comunicação com o escritório e responder e-mails a toda hora, independentemente do horário, pode afetar a saúde dos profissionais. De acordo com uma pesquisa feita na Universidade Northern Illinois (EUA), funcionários muito concentrados em responder e-mails têm pior qualidade de sono e estão mais suscetíveis a faltar ao trabalho por problemas de saúde.
O estudo foi feito com 303 indivíduos que disseram responder e-mails durante a semana, aos fins de semana, nas férias e até quando estavam doentes. De acordo com o "Wall Street Journal", eles também mostraram aos pesquisadores as duas últimas mensagens que eles enviaram em resposta a um e-mail: em quanto tempo eles o responderam.
Larissa Barber, professora de psicologia da universidade e autora da pesquisa, cunhou o termo "telepressão" para explicar essa urgência em responder e-mails, não importa a que horas eles cheguem.
Ela afirma que o exagero pode reduzir um dos principais benefícios da tecnologia, que é poder trabalhar de qualquer lugar, inclusive de casa.
"Essa flexibilidade pode ter efeitos colaterais. Os funcionários começam a achar que precisam estar sempre disponíveis e responsivos às demandas de trabalho o tempo todo. Esse tipo de comunicação contínua faz com que as pessoas não tenham tempo para se recuperar do trabalho", diz.
Barber diz que, analisando as características pessoais dos voluntários, ela descobriu que traços de personalidade não têm muita interferência nesse cenário. O que mais conta, afirma, é a cultura da empresa ou do departamento.
"Assim que possível significa muitas coisas para diferentes pessoas, mas é claro que você fica preocupado em impressionar seu chefe ou colegas, então você pensa que precisa fazer aquilo imediatamente", afirmou ela à revista "Time".
Os especialistas sugerem que as companhias desenvolvam políticas sobre o assunto e definam exatamente qual é a expectativa em torno do assunto, como indicar períodos (dias ou horas) nos quais não se espera que os profissionais respondam às mensagens.
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

 

AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO RIO!


1. Em julho de 2010, a avaliação do governo daquele momento, na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, atingiu sua melhor percepção positiva. Pesquisa GPP perguntou, em julho de 2010, se a situação da segurança pública Melhorou, Ficou Igual ou Piorou.  Em julho de 2010, os eleitores que achavam que Melhorou eram 49,1%. Os que achavam que Piorou eram 11,2% e que estava Igual eram 38,8%.
2. Em março de 2012, iniciou-se uma queda. Melhorou foi a avaliação de 38,9%, com queda de 10 pontos, trocando com Igual, que subiu para 47,8%. 
3. Em novembro de 2013, Pesquisa GPP perguntou se o atual governo havia conseguido diminuir a criminalidade no Estado do Rio. A reversão de expectativa ficou clara. Responderam Não 67,5%. Responderam Sim 29,3%.  
4. Em abril de 2014, Pesquisa GPP repetiu a pergunta da série de até março de 2012. A pergunta feita antes da campanha eleitoral evitava que a campanha afetasse a percepção das pessoas. Melhorou foi a resposta de 27% das pessoas (eleitores), numa queda de 22 pontos, quase a metade de 2010. Responderam que estava Igual 33,5%. Mas os que responderam que Piorou haviam crescido mais de três vezes, alcançando 36,7%.
5. Assim, entre julho de 2010 e abril de 2014, a diferença entre Melhorou e Piorou saiu de mais + 37,9 pontos, para menos - 9,7 pontos, uma piora relativa de 47,9 pontos. Ou seja, a percepção de quase a metade dos eleitores havia piorado.
6. É provável que, com o crescimento dos assaltos desde 2012 e as fissuras e tiroteios nas UPPs, que era e é o carro chefe da criação de expectativas sobre a segurança pública, essa avaliação hoje seja ainda pior.
7. Com a posse efetiva de um novo governo no Estado do Rio, em 2015, o vetor segurança pública volta a estar na ordem do dia da avaliação do governo. As entrevistas do secretário Beltrame já não produzem o impacto que produziam antes. Suas explicações, transferindo ou compartilhando responsabilidades com outros níveis de governo e com o passado não são mais suficientes 8 anos depois.
8. Seja em relação à comunicação política, seja em relação ao policiamento ostensivo, mudanças deverão vir para recuperar espaços e reapontar para o clima e o ambiente de julho de 2010.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Governo revê de 2% para 0,8% crescimento do PIB do país em 2015

por GUSTAVO PATU, VALDO CRUZ e NATUZA NERY

Enquanto a mudança da política econômica ainda está em fase de ensaio, o governo Dilma Rousseff ao menos já mostra uma guinada rumo a um realismo maior em suas previsões para o futuro.
Documento enviado nesta quinta-feira (4) ao Congresso reduziu a projeção oficial para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, de 2% para 0,8%.
Pela primeira vez na gestão da presidente, trabalha-se com uma expectativa similar à dos analistas de mercado, hoje em torno de 0,77% e em tendência de queda.
A previsão mais realista faz parte da estratégia dos novos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) de trabalhar com metas que sejam possíveis de cumprir para recuperar a credibilidade da política econômica do governo.

Editoria de Arte/Folhapress

Segundo a Folha apurou, a Fazenda vai parar de apresentar previsões próprias de crescimento e passará a usar os números da pesquisa Focus, sondagem com base na opinião do mercado.
Nas palavras de um ministro, "acabou a era dos levantadores de PIB". A decisão é vista pela nova equipe econômica como primeiro gesto para reatar com o mercado financeiro.
A nova estimativa do PIB será utilizada no Orçamento de 2015, que será reformulado dentro dos novos parâmetros. O projeto original contava com uma expansão econômica muito otimista e desde o início vista como impossível de ser atingida, de 3%.
Com a nova previsão para a economia, o governo deverá também promover um corte nas receitas esperadas.
Não por acaso, a meta de poupança para o abatimento da dívida pública, ou superavit primário, já foi reduzida de 2% para o equivalente a 1,2% do PIB –de R$ 114,7 bilhões para R$ 66,3 bilhões.
Só a partir de 2016 a meta de 2% do PIB será restabelecida para União, Estados, municípios e estatais.
As metas foram anunciadas na semana passada por Levy, que terá entre suas missões recuperar a credibilidade da política fiscal.
Ao encaminhar as mudanças ao Congresso, o governo admitiu que será possível reduzir a dívida pública bruta somente a partir de 2016, quando o superavit primário será elevado.
Nos novos cálculos oficiais, a dívida bruta, hoje de 62%, subirá no próximo ano para 64,1%, caindo nos dois anos seguintes para 63,3% (2016) e 62,5% (2017).
Até então, a referência para a política de controle de gastos era a dívida líquida, cuja apuração desconta valores que o governo tem a receber, como as reservas em dólar e o dinheiro injetado nos bancos públicos para a expansão do crédito.
Esse indicador, porém, perdeu credibilidade no mercado com a multiplicação de transações entre o Tesouro e seus bancos e a incerteza quanto ao acerto futuro de contas entre as partes.
Os novos dados indicam que 2015 será um ano de transição, diante do desequilíbrio fiscal deste ano, que pode terminar com deficit nas contas públicas. Apenas em 2016 começaria uma recuperação da economia brasileira, com crescimento de 2% do PIB.
Fonte: Folha Online - 05/12/2014 e Endividado

 

Produção de veículos no Brasil cai 9,7% em novembro sobre outubro, diz Anfavea

Com isso, o volume produzido pelo setor entre janeiro e novembro somou 2,94 milhões de unidades, queda de 15,5% sobre o acumulado no mesmo período do ano passado
A produção de veículos no Brasil em novembro caiu 9,7% sobre outubro, para 264,8 mil unidades, informou a associação que representa montadoras instaladas no país, Anfavea, nesta quinta-feira (4).
Na comparação com novembro de 2013, a produção também recuou 9,7%. Com isso, o volume produzido pelo setor entre janeiro e novembro somou 2,94 milhões de unidades, queda de 15,5% sobre o acumulado no mesmo período do ano passado.
As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, enquanto isso, foram de 294,7 mil unidades em novembro, 4% abaixo de outubro e 2,7% abaixo de novembro de 2013.
As exportações de autoveículos no mês passado somaram US$ 707,6 milhões, queda de 2,6% sobre outubro e tombo de 34,2% no comparativo anual. No acumulado, as exportações somam US$ 8,18 bilhões, queda de 32,2% sobre o periodo de janeiro a novembro de 2013.
Em unidades montadas, as exportações de novembro foram de 25,97 mil veículos, alta de 10,5% sobre outubro, mas baixa de 42,6% sobre um ano antes.
O setor terminou novembro com 146.165 postos de trabalho ocupados, queda de 0,6% sobre outubro e baixa de 7,9% ante o mesmo mês de 2013.
Fonte: IG Economia - 04/12/2014 e Endividado

 

 

Sem avisar usuários, Apple deletou de iPods músicas baixadas fora do iTunes

A Apple deletou do iPod de usuários musicas que haviam sido baixadas em serviços concorrentes ao iTunes entre 2007 e 2009, de acordo com informações do "Wall Street Journal".
A notícia foi revelada na quarta-feira (3) em um tribunal por advogados de um grupo de indivíduos e empresas que conduz um processo antitruste contra a Apple.
Segundo o advogado Patrick Coughlin, se um usuário baixava uma música de um serviço rival e tentava sincronizar seu iPod com a biblioteca do iTunes, a Apple exibia uma mensagem de erro e instruía-o a restaurar as configurações de fábrica do aparelho.
Quando isso era feito, a música baixada anteriormente desaparecia da lista sem que o usuário fosse notificado.
Os reclamantes do processo, que já estende por cerca de uma década, alegam que a Apple abusou de uma posição de monopólio no mercado de reprodutores de música digital e querem US$ 350 milhões em indenizações –valor que pode ser triplicado sob leis antitrustes.
DEFESA
A Apple defendeu-se dizendo que a atitude era uma legítima medida de segurança. Segundo o diretor de segurança da companhia, Augustin Farrugia, a empresa não oferecia explicações mais detalhadas por "não querer confundir os usuários" com muita informação.
Farrugia acrescentou que ataques hackers no passado fizeram com que a Apple ficasse paranóica em relação à proteção do iTunes. Para ele, atualizações que deletavam músicas de rivais tinham como objetivo proteger os consumidores.
Evidências sobre este medo apresentadas durante o caso incluem um e-mail de Steve Jobs em que dizia "Alguém está invadindo a nossa casa".
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

Governo reduz para 0,8% estimativa de crescimento da economia em 2015

Com o crescimento, o superávit primário corresponderá a R$ 66,3 bilhões no próximo ano para União, estados e municípios

Menos de duas semanas depois de reduzir de 3% para 2% a estimativa de crescimento da economia em 2015, o governo voltou a diminuir a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para o próximo ano. Documento enviado nesta quinta-feira, pelo Ministério do Planejamento, à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional reduziu para 0,8% a previsão de crescimento do PIB no próximo ano.
A estimativa aproxima-se das previsões do mercado financeiro. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com instituições financeiras, o mercado acredita em crescimento de 0,77% do PIB em 2015. A nova previsão será incorporada ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, em discussão no Congresso. O Ministério do Planejamento prevê crescimento de 2% do PIB em 2016 e de 2,3% em 2017.
Com o crescimento de 0,8%, o superávit primário – economia de gastos para pagar os juros da dívida pública – corresponderá a R$ 66,3 bilhões no próximo ano para União, estados e municípios, segundo valores atualizados pelo Ministério do Planejamento. Além dos novos cenários econômicos, o valor foi definido com base na meta de 1,2% do PIB de esforço fiscal para 2015, anunciada na semana passada pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
De acordo com o Ministério do Planejamento, a meta de R$ 66,3 bilhões leva em conta o abatimento de R$ 28,7 bilhões de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desse montante, o governo federal economizará R$ 55,3 bilhões (1% do PIB). Os estados e municípios entrarão com os R$ 11 bilhões restantes (0,2% do PIB). Diferentemente deste ano, o governo federal será obrigado a economizar mais, caso as prefeituras e os governos estaduais não consigam atingir a meta em 2015.
As estatais federais não têm meta de superávit primário, mas também não podem ter déficit. Os valores foram definidos na quarta-feira num encontro entre a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), relator do projeto da LDO de 2015 na Comissão Mista de Orçamento. A estimativa oficial de crescimento econômico para 2014 havia sido reduzida de 0,9% para 0,5% na última edição do Relatório de Revisão de Receitas e Despesas, documento com projeções para o orçamento divulgado no fim de novembro.
Como foi anunciado por Levy, o documento estipula meta de superávit primário de 2% do PIB para 2016 e 2017. Esse esforço fiscal permitirá que o déficit nominal – resultado negativo nas contas públicas após o pagamento dos juros da dívida pública – caia de 4,1% do PIB, em 2015, para 2,7% em 2016 e 2,5% em 2017.

 

 

Agência Brasil e Correio do Povo

 

Futuro ministro da Fazenda tem primeira reunião pública com Mantega

Reunião de Joaquim Levy com o atual ministro durou cerca de 40 minutos e o teor da conversa não foi divulgada

Conversa entre o indicado e o atual ministro demorou cerca de 40 minutos | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP

Conversa entre o indicado e o atual ministro demorou cerca de 40 minutos | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP

O ministro da Fazenda indicado, Joaquim Levy, visitou nesta quinta-feira o prédio do ministério pela primeira vez desde que teve o nome confirmado pela presidenta Dilma Rousseff. O compromisso marcou o primeiro encontro público entre Levy e o atual ministro, Guido Mantega, que nos últimos dias têm travado reuniões privadas no Palácio do Planalto.
A reunião durou cerca de 40 minutos. Levy não saiu pela portaria privativa e deixou o prédio pela saída comum a todos os funcionários e servidores do ministério. Ele não falou com a imprensa. Apenas mandou o motorista buzinar o carro para avisar que estava indo embora.
O teor da conversa entre Levy e Mantega não foi divulgado. O encontro, no entanto, foi aberto para imagens, que registram Mantega mostrando o gabinete ao futuro ministro.
A visita de hoje marcou a volta de Levy ao Ministério da Fazenda pela primeira vez em oito anos. De janeiro de 2003 a abril de 2006, o futuro ministro foi secretário do Tesouro Nacional, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

 

Agência Brasil e Correio do Povo

 

A Chechênia

Publicado em 4 de dez de 2014

A Chechênia é uma pequena república russa do Cáucaso. Sua história é marcada, por um lado, pela luta contra os russos desde o século 19. REENVIO
Crédito: AFP

 

 

Sartori confirma Biolchi na Casa Civil e anuncia mais dois secretários

Carlos Búrigo será o Secretário Geral de Governo e Giovani Feltes vai comandar a Pasta da Fazenda

Carlos Búrigo será o Secretário Geral de Governo e Giovani Feltes vai comandar a Pasta da Fazenda | Foto: Montagem sobre fotos de Marcelo Bertani / ALRGS / Luiz Chaves / Divulgação / CP

Carlos Búrigo será o Secretário Geral de Governo e Giovani Feltes vai comandar a Pasta da Fazenda | Foto: Montagem sobre fotos de Marcelo Bertani / ALRGS / Luiz Chaves / Divulgação / CP

O governador eleito, José Ivo Sartori (PMDB), começou a escalar o seu "time" para comandar o Estado do Rio Grande do Sul pelos próximos quatro anos. Na tarde desta quinta-feira, na sede da Procergs, na zona Sul da Capital, Sartori divulgou o nome de três secretários. Ele confirmou  Márcio Biolchi como chefe da Casa Civil e anunciou Carlos Búrigo para ser o Secretário Geral de Governo e Giovani Feltes será o comandante da Secretaria da Fazenda.
Giovani Feltes, 57 anos, iniciou a vida pública no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi eleito vereador em 1976 e reeleito em 1982. Foi prefeito de Campo Bom durante três gestões. Foi eleito e reeleito deputado estadual entre os anos 1995 e 2005.
Carlos Búrigo esteve presente nas duas gestões de Sartori à frente da Prefeitura de Caxias do Sul e comandava a Pasta de Gestão e Finanças da cidade onde, há até pouco, ocupava o mesmo cargo na gestão do atual prefeito da cidade, Alceu Barbosa Velho (PDT).

 

Correio do Povo

 

Bandeira de 450 anos do Rio é hasteada

 

Publicado em 4 de dez de 2014

A menos de três meses de a cidade completar 450 anos, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, hasteou uma bandeira com a marca criada para a data.
Crédito: AFP/afpbr

 

 

Feltes não descarta uso de empréstimos

Para futuro secretário da Fazenda, governo Sartori irá “apagar incêndios”

Feltes não descarta uso de empréstimos | Foto: Marcelo Bertani / Divulgação AL / CP

Feltes não descarta uso de empréstimos | Foto: Marcelo Bertani / Divulgação AL / CP

O futuro secretário da Fazenda do Estado, Giovani Feltes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que não descarta o uso de empréstimos e até mesmo do caixa único como recursos para fazer frente às dificuldades do próximo governo, que começa em 1º de janeiro.
“Isto (empréstimos) depende das condições que o Estado apresentar. Antes da reestruturação da dívida dos Estados, não se podia falar de empréstimos, pois o governo Tarso já havia tomado o limite que a Lei de Responsabilidade Fiscal possibilita. Agora, com a reestruturação, não teremos folga no sentido financeiro, mas ela nos dá folga na legislação para contrairmos empréstimos, se for o caso”, comentou Feltes.
Ele diz não acreditar que o governo Sartori consiga fazer planejamento financeiro. “Acho que o Estado irá apagando incêndios. Não sei se há margem e possibilidade de um planejamento”, lamentou.
Com 57 anos, Feltes tem mais de 30 anos de vida política. Foi prefeito de Campo Bom e cumpre o terceiro mandato na Assembleia, tendo sido eleito agora como deputado federal. De férias desde esta quinta, ele não compareceu à coletiva na qual Sartori anunciou os titulares de três secretarias.
Biolchi fala em aproximar a sociedade
Também anunciado secretário nesta quinta, Márcio Biolchi trabalhará à frente da Casa Civil a partir do mês que vem. Em sua primeira manifestação, ele declarou que buscará uma gestão “simples e eficiente como tem manifestado o governador (Sartori)”.
Biolchi afirmou que utilizará sua experiência como parlamentar na Assembleia para fazer da Casa Civil o caminho de interlocução com as instituições e, principalmente, com a sociedade. “Levar ao conhecimento público, com transparência, as decisões do Executivo, diminuindo o espaço entre o governo e o cidadão”, qualificou.
Nas eleições deste ano, Biolchi foi eleito deputado federal com 119.190 votos.

 

Correio do Povo