domingo, 2 de novembro de 2014

Mediadores internacionais pedem transição civil em Burkina Faso

Enviado da ONU afirmou que entidade quer evitar aplicação de sanções ao país

Mediadores internacionais pedem transição civil em Burkina Faso | Foto: Issouf Sanogo / AFP / CP

Mediadores internacionais pedem transição civil em Burkina Faso | Foto: Issouf Sanogo / AFP / CP

Os mediadores internacionais em Burkina Faso, em plena crise política após a queda nessa sexta-feira do presidente Blaise Compaoré, pediram neste domingo a adoção de um regime de transição liderado por um civil e de acordo com a ordem constitucional, sob pena de sanções.
"Queremos evitar a aplicação de sanções a Burkina Faso", declarou o enviado da ONU para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, em uma entrevista coletiva em nome da missão formada pelas Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental.
No sábado, o exército do país designou o tenente-coronel Isaac Zida para dirigir a transição. A Constituição do país determina que o presidente da Assembleia Nacional é a pessoa que deve assumir o poder interino. Os partidos de oposição e as organizações da sociedade civil rejeitaram a nomeação e convocaram a população para um protesto neste domingo na capital, Uagadugu.
Compaoré se viu obrigado a renunciar na sexta-feira. Um dia antes, o exército assumiu o controle do país, depois de uma revolta popular contra a vontade do presidente de permanecer no poder, que ele havia tomado em um golpe de Estado em 1987. Segundo testemunhas, Compaoré está com a família na Costa do Marfim.

 

AFP e Correio do Povo

Se Dilma for reeleita, o presidente do Brasil acabará sendo Michel Temer

Blog

Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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24/10/2014

às 6:19

A CAPA DE VEJA – Ou: Se Dilma for reeleita, o presidente do Brasil acabará sendo Michel Temer. Ou: Além de dizer que a governanta sabia da roubalheira na Petrobras, doleiro diz que pode ajudar polícia a identificar contas secretas do PT no exterior. Parece que a casa caiu!

PÁGINA DUPLA VEA

O governo segurou dados negativos sobre o Ideb, a miséria e a arrecadação, entre outros, porque teme que eles possam prejudicar a votação da candidata do PT à reeleição. Já é um escândalo porque o estado brasileiro não pertence ao partido. Ao jornalismo não cabe nem retardar nem apressar a publicação de uma reportagem em razão do calendário eleitoral. A boa imprensa se interessa por fatos e disputa, quando muito, leitores, ouvintes, internautas, telespectadores. Na terça-feira passada — há três dias, portanto —, o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, deu um depoimento estarrecedor à Polícia Federal e ao Ministério Público. A revista VEJA sabe o que ele disse e cumpre a sua missão: dividir a informação com os leitores. Se, em razão disso, pessoas mudarão de voto ou se tornarão ainda mais convictas do que antes de sua opção, eis uma questão que não diz respeito à revista — afinal, ela não disputa o poder. E o que disse Youssef, como revela VEJA, numa reportagem de oito páginas? Que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam da roubalheira que havia na Petrobras.

Mais: Youssef se prontificou a ajudar a Polícia a chegar a contas secretas do PT no exterior. Segundo as pesquisas, Dilma poderá ser reeleita presidente no domingo. Se isso acontecer e se Youssef fornecer elementos que provem que a presidente tinha conhecimento das falcatruas, é certo como a luz do dia que ela será deposta por um processo de impeachment. Não é assim porque eu quero. É o que estabelece a Lei 1.079, com base na qual a Câmara acatou o processo de impeachment contra Collor e que acabou resultando na sua renúncia. O petrolão já é o maior escândalo da história brasileira e supera o mensalão.

O diálogo que expõe a bomba capaz de mandar boa parte do petismo pelos ares é este:

— O Planalto sabia de tudo!

— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.

— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.

Youssef diz ter elementos para provar o que diz — e, em seu próprio benefício, é bom que tenha, ou não contará com as vantagens da delação premiada e ainda poderá ter a sua pena agravada. A sua lista de políticos implicados no esquema já saltou, atenção, de 30 para 50. Agora, aparece de forma clara, explícita, em seu depoimento, a atuação de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras durante o califado de Lula e em parte do governo Dilma. Entre outros mimos, ele revela que Gabrielli o chamou para pagar um cala-boca de R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que participava do pagamento ilegal a políticos. Nota: Youssef já contou à PF que pagava pensão mensal a membros da base aliada, a pedido do PT, que variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil.

Pessoas que conhecem as denúncias de Youssef asseguram que João Vaccari Neto — conselheiro de Itaipu, tesoureiro do PT e um dos coordenadores da campanha de Dilma — será fulminado pelas denúncias. O doleiro afirma dispor de provas das transações com Vaccari. Elas compõem o seu formidável arquivo de mais de 10 mil notas fiscais, que servem para rastrear as transações criminosas.

Contas no exterior

É nesse arquivo de Youssef que se encontram, segundo ele, os elementos para que a Polícia Federal possa localizar contas secretas do PT em bancos estrangeiros, que o partido sempre negou ter, é claro. Até porque é proibido. A propósito: o papel de um doleiro é justamente fazer chegar, em dólar, ao exterior os recursos roubados, no Brasil, repatriando-os depois quando necessário.

Por que VEJA não revelou isso antes? Porque Youssef só depôs na terça-feira. A revista antecipou a edição só para criar um fato eleitoral? É uma acusação feita por pistoleiros: VEJA publicou uma edição na sexta-feira anterior ao primeiro turno e já tinha planejada e anunciada uma edição na sexta-feira anterior ao segundo turno. Mas que se note: ainda que o tivesse feito, a decisão seria justificada. Ou existe alguém com disposição para defender a tese de que vota melhor quem vota no escuro?

Quanto ao risco de impeachment caso Dilma seja reeleita, vamos ser claros: trata-se apenas da legislação vigente no Brasil desde 10 de abril de 1950, que é a data da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade e estabelece a forma do processo. Valia para Collor. Vale para Dilma. Se Youssef estiver falando a verdade — num processo de delação premiada — e se Dilma for reeleita, ela será deposta. Se a denúncia alcançar também seu vice, Michel Temer, realizam-se novas eleições diretas 90 dias depois do último impedimento se não tiver transcorrido ainda metade do mandato. Se os impedimentos ocorrerem nos dois anos finais, aí o Congresso tem 90 dias para eleger o titular do Executivo que concluirá o período.

Informado, o eleitor certamente decide melhor. A VEJA já está nas bancas.

Texto publicado originalmente às 4h25

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014

Classificação do Brasil de Pelotas tem batalha campal e goleiro preso

Eduardo Martini deu chute em preparador de goleiros do Londrina

O Brasil de Pelotas arrancou um empate em 2 a 2 com o Londrina, na noite deste sábado, no Estádio do Café, e garantiu a classificação para a decisão da Série D. Porém, sua inédita decisão na competição ficou marcada por cenas lamentáveis de uma briga generalizada, que culminou na prisão de uma pessoa: o goleiro xavante Eduardo Martini.
A confusão teve início aos 24 minutos do segundo tempo, quando Diogo Roque e Silvio já tinham feito o Londrina igualar o marcador, após Nena abrir uma vantagem de 2 a 0 para os gaúchos. O técnico do Brasil de Pelotas se dirigia ao vestiário quando se desentendeu com torcedores do clube paranaense. Os ânimos, que já estavam acirrados desde o primeiro tempo, quando os jogadores do LEC questionavam a cera adversária e partiram para cima dos jogadores no intervalo.
Jogadores e integrantes da comissão técnica de ambos os times iniciaram uma verdadeira batalha campal. O goleiro Eduardo Martini, do Brasil de Pelotas, aproveitou que o preparador de goleiros do Londrina, Chimbica, estava caído e lhe deu um chute. Além de ser expulso, o camisa 1 saiu do estádio preso. O funcionário do Tubarão foi atendido no gramado e levado para um hospital, onde passará a noite em observação.
Após 26 minutos de paralisação, a partida foi reiniciada. O Brasil ainda teve a chance de vencer, mas Nena cobrou um pênalti nas mãos do goleiro Vitor. Mesmo com o empate em 2 a 2, a equipe xavante garantiu sua vaga e esperará o vencedor de Tombense e Confiança. Como venceu o primeiro jogo por 1 a 0, o clube mineiro terá a vantagem do empate no duelo do Presidente Médici.

 

Lanceress e Correio do Povo

ELEIÇÕES E URNAS ELETRÔNICAS

Economista Marcos Coimbra

Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.

O resultado das eleições de 26 de outubro agravou sobremodo a inquietação dos brasileiros comprometidos com a consecução dos Objetivos Nacionais Brasileiros: Integração Nacional, Integridade do Patrimônio Nacional, Democracia, Paz Social, Soberania e Progresso.

Infelizmente, a vitória apertada por pouco mais de 3.400.00 votos em um universo de cerca de 142 milhões de eleitores, com 21,09% de abstenções e cerca de 7.200.000 votos nulos e em branco (em torno de 36 milhões de eleitores praticaram o “não voto”) provoca a inevitável conclusão de que o país está dividido e com uma grande parcela de eleitores desinteressada em expressar sua vontade. É tarde para pregar a união, após a carnificina constatada nos dois turnos. Lideranças históricas do PMDB, o grande fiel da balança, foram duramente derrotadas e algumas até cruelmente traídas, como o líder do governo no Senado Eduardo Braga no Amazonas, o líder do PMDB no Senado Eunício Oliveira no Ceará e o Presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves no Rio Grande do Norte.

Em 11 de março escrevemos um artigo neste espaço sob o título “Cuidados com a Apuração Eletrônica”, em que realçamos a precariedade da forma de apuração eletrônica empregada na contagem dos votos nas eleições realizadas no país, devido principalmente à vulnerabilidade do sistema empregado, de primeira geração, bem como a impossibilidade na prática de haver a recontagem de votos, na forma abaixo.

A imprensa anunciou que, no dia 10.12.13, foi apresentado um caminho para fraudar o resultado das eleições para mais de 100 pessoas que lotaram o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), no decorrer do seminário "A urna eletrônica é confiável?". Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e do delegado Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel, mostrou como, através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.

"A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada", explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.

O depoimento do hacker foi chocante até para os palestrantes convidados para o seminário, como o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla Eletrônica. Rangel, que está vivendo com proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que, através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi, alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Ocorre que estava previsto o retorno da impressão do voto eletrônico, a partir das eleições de 2014, porém no dia 6 de novembro de 2013, o Supremo Tribunal Federal aplicou um golpe mortal na incipiente democracia brasileira ao julgar inconstitucional o Artigo 5º da minirreforma eleitoral de 2009, que estabelecia o voto impresso nas eleições, acompanhando o voto da relatora ministra Cármen Lúcia. Por unanimidade dos presentes, os ministros entenderam que a norma viola o segredo do voto do eleitor. De acordo com a regra, a partir das eleições de 2014, após a confirmação final do voto pelo eleitor, a urna eletrônica imprimiria um número único de identificação do voto associado à sua própria assinatura digital. A ideia era que os votos impressos ajudassem nas auditorias sobre o funcionamento das urnas eletrônicas, uma vez que seriam um parâmetro de conferência para os boletins de urna.

O jornalista Osvaldo Maneschy declara que nossas urnas eletrônicas são "equipamentos ultrapassados de uso proibido nos Estados Unidos, na Holanda (onde foram inventadas), na Bélgica, na Alemanha e no resto do mundo - porque foram substituídas por modelos de 2ª geração, que imprimem o voto; ou de terceira geração, mais modernas ainda, que além de imprimirem o voto, registram digitalmente o mesmo voto, criando uma dupla proteção de que a vontade do eleitor - soberana - será respeitada".

O projeto de impressão do voto foi do senador Roberto Requião e culminou com a Lei 10.408/02 que, apesar das alterações, previa a necessária impressão. O maior especialista brasileiro no tema, Engenheiro Amilcar Brunazo Filho afirma que na citada Lei consta que “a máquina de identificar do eleitor não poderá ter nenhuma conexão com a urna eletrônica (que colhe e imprime o voto), então simplesmente será impossível para a urna imprimir a identidade (como nome, número, assinatura etc.) do eleitor no voto, inviabilizando qualquer identificação de quem votou, em oposição ao alegado".

Desta forma, será impossível a verdadeira auditagem do resultado das eleições, em caso de suspeita de fraude, como acontece hoje em dia, sujeitando-nos a uma verdadeira “caixa preta” na hora da apuração.

Estranhamente a “oposição” aceitou o resultado sem contestação. Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 28.10.14-MM).

 

Fronteiras aéreas de Burkina Faso são reabertas

Tenente-coronel Isaac Zida assumiu controle do país

População limpa ruas de Burkina Faso após confrontos | Foto: Issouf Sanogo / AFP / CP

População limpa ruas de Burkina Faso após confrontos | Foto: Issouf Sanogo / AFP / CP

O chefe do regime de transição de Burkina Faso, o tenente-coronel Isaac Zida, anunciou neste sábado em comunicado a reabertura das fronteiras aéreas do país, fechadas desde a sexta-feira. Os limites terrestres permanecem fechados, e o toque de recolher segue em vigor.
Ainda não era possível saber se o aeroporto de Uagadugu voltou a funcionar. Oexército nomeou neste sábado o tenente-coronel Zida para conduzir o regime de transição em Burkina Faso após a deposição do presidente Blaise Compaoré, após uma reunião de autoridades militares no Estado-maior de Uagadugu.
Na quinta-feira, o exército assumiu o controle do país, depois de uma insurreição popular contra a vontade do presidente de permanecer no poder, que ele assumira após um golpe de Estado em 1987.

 

AFP e Correio do Povo

 

Israel fecha duas passagens de fronteira com Gaza

Foguete lançado contra território israelense motivou medida

Israel fecha duas passagens de fronteira com Gaza | Foto: Mohamed Abed / AFP / CP

Israel fecha duas passagens de fronteira com Gaza | Foto: Mohamed Abed / AFP / CP

Israel fechou duas passagens de fronteira com a Faixa de Gaza até nova ordem, após o lançamento na sexta-feira de um foguete a partir desta localidade palestina contra o território israelense. "Os pontos de passagem para pessoas e mercadorias de Erez e de Kerem Shalom foram fechados até nova ordem, exceto para a ajuda humanitária", afirmou uma fonte militar.
A medida foi adotada depois que um foguete atingiu o sul de Israel na sexta-feira, sem provocar vítimas ou danos. O projétil foi o primeiro lançado contra o território de Israel desde 16 de setembro e o segundo desde o fim da operação Barreira Protetora, que o exército israelense realizou em julho e agosto contra o movimento islamista palestino Hamas em Gaza.
Hamas e Israel aceitaram em 26 de agosto um acordo de trégua, que acabou com 50 dias de uma guerra que matou mais de 2.140 palestinos, em sua maioria civis, e 73 israelenses, a maior parte militares.

 

AFP e Correio do Povo

Entrevista de Aécio Neves falando sobre a corrupção na Petrobras com aprovação do Conselho de Administração Dilma Rousseff

Aécio Neves

Acompanhem a entrevista realizada ontem, em Brasília.