domingo, 2 de novembro de 2014

Ebola: auxiliar de enfermagem espanhola sai do isolamento

A auxiliar de enfermagem espanhola que se curou de uma infeção do vírus ebola saiu hoje (1º) do isolamento no Hospital Carlos II, depois de conhecidos os resultados negativos das últimas análises feitas.

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Segundo informou o hospital em comunicado, as análises confirmaram que não há qualquer vestígio do ebola nos fluídos corporais, o que permite que a paciente deixe o isolamento e passe para um quarto normal no 5º andar da unidade.

O hospital divulgou também as primeiras imagens da paciente, no momento em que se encontrou com os colegas de trabalho e a equipe médica que a atendeu nas últimas semanas.

Ela vai continuar em observação, apesar de já receber visitas dos parentes e poderá, segundo fontes do hospital, ter alta nos próximos dias.

A auxiliar de enfermagem foi a primeira pessoa infectada com o ebola fora de África e venceu o vírus no dia 21 de outubro, tendo permanecido isolada.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

BRASIL SEM BRASILEIROS!, por Aileda de Mattos Oliveira

Quando problemas nacionais ou de políticas públicas não são levados em conta pelo povo, mesmo que lhe atinjam diretamente, fica evidente não haver apreço pela terra; não haver elo afetivo entre povo e país. Inexiste identidade nacional.

Infeliz Brasil! Governos desqualificados; parte do povo de idêntica espécie! Geneticamente, filhos da mesma mãe: a malandragem!

Individualizado ou coletivamente considerado, desde o Segundo Império já era objeto de espanto de estrangeiros residentes no Rio de Janeiro, que o viam sem sintonia com o país, desvinculado da realidade nacional.

Não entendiam, por que nos tumultuados dias que antecederam e sucederam a passagem do regime monárquico ao republicano, fosse, apenas, espectador dos cenários que, a cada passo, se modificavam. Afirmavam que o Brasil não tinha povo. E ainda não tem, na sua totalidade.

SETENTA E CINCO ANOS DEPOIS, 1964, o Brasil permanecia sem brasileiros. Apenas, parte esclarecida da sociedade, combativa e consciente, compreendia que, sem disciplina e obediência às leis constitucionais, o país não poderia sobreviver.

Parte de um todo, a comunhão entre sociedade escolarizada e instituições foi-se fragilizando, à medida que os meios de informação sucumbiam ao charlatanismo comunista guevariano que impregnava as mentes de oportunistas cantores, compositores, atores, alguns sem voz, sem inspiração, sem capacidade interpretativa. Porém, assimilavam chavões antimilitaristas, antinacionalistas, mas, pró-militares cubanos, quesitos exigidos pelas emissoras para aceitá-los em seu meio, transformado num organismo tribal.

A sociedade mostrou que suas convicções se sustentavam em raízes superficiais, e deixou-se levar pelo embalo de melodias cujo subentendido das letras não percebia, mas de maneira manipulada, repetia. Deixou-se levar por políticos agarrados a qualquer facção que lhes oferecesse farelos de poder.

CENTO E VINTE E CINCO ANOS DEPOIS, 2014, define-se a existência de dois Brasis: um trabalhador, lutando em favor do desenvolvimento do país, cumpridor de seus deveres de contribuinte; e outro, deitado à sombra do primeiro. Neste outro, políticos ineptos e corruptores, além da parte da população estúpida e corrompida.

Não lhe abriram a porta de entrada da educação técnica de qualidade, nem por ela manifesta vontade de entrar. Basta-lhe o assistencialismo que o mantém no ócio e na ignorância. Mas, que importa, se o primeiro Brasil lhe sustenta a indústria de filhos e a compra do cabresto que lhe pôs a máfia maldita?

Hipnotizado pela esperteza, pela malandragem do indivíduo, levado ao Executivo da nação, sem ínfimas condições de governá-la, fez dele o seu modelo.

Agora, comprou-lhe a alma a encarnação do Mal, a quem o Destino, cúmplice, presenteou com a reeleição para que termine de dilacerar o que restou do repasto das hienas.

Vocês, não brasileiros, meros ocupantes do território, é tarde para pedirem ajuda ao “Padim Ciço”! Vocês, descendentes de Silvério dos Reis, mantiveram a herança da traição como arma de seus votos! Todos aliados do Inferno petista! Que nele se danem, pois!

(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)

 

Burkina Faso: presidente demissionário está exilado na Costa do Marfim

 

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto

A Presidência da Costa do Marfim confirmou hoje (1º) que o presidente demissionário de Burkina Faso, Blaise Compaoré, está exilado no país desde que pediu demissão do cargo, em meio aos protestos que exigiam a sua saída.

“O presidente da República informa à população da Costa do Marfim e à comunidade internacional que o presidente Blaise Compaoré, sua família e parentes próximos foram acolhidos pelo país”, diz comunicado.

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O presidente demissionário chegou à Costa do Marfim nessa sexta-feira (31) à noite.

Falando em nome do presidente costa-marfinense, o chefe de gabinete Alassane Ouattara, que divulgou o comunicado, manifestou-se muito preocupado pela crise que Burkina Faso atravessa.

“O presidente da República espera que esse país irmão regresse, o mais rapidamente possível, à paz e à estabilidade”, acrescenta.

Compaoré pediu demissão do cargo depois de três dias de protestos violentos nas ruas do país exigindo a sua saída, após 27 anos no poder, onde chegou depois de ter protagonizado um golpe de Estado.

O líder do regime de transição em Burkina Faso, o tenente-coronel Isaac Zida, anunciou, em nota, a reabertura das fronteiras aéreas, fechadas desde sexta-feira. As fronteiras terrestres continuam fechadas.

 

Agência Brasil e Agência Lusa

Justiça condena político cassado a ressarcir despesas com nova eleição

A Justiça do Paraná confirmou, pela primeira vez, sentença que condenou um político cassado a ressarcir a União pelos custos com novas eleições. No caso concreto, Richard Golba, ex-prefeito de Cândido Abreu (PR), foi condenado a pagar R$ 46,7 mil pelas despesas com a organização do pleito. Com base no mesmo entendimento, a Advocacia-Geral da União (AGU) cobra na Justiça R$ 3,2 milhões de candidatos barrados que insistem em disputar eleições, mesmo depois de condenados por fraudes ou outras irregularidades.

Nas eleições municipais de 2008, Golba tentou a reeleição. Ele não conseguiu registro de candidatura, pois teve as contas rejeitadas no primeiro período em que governou a cidade, entre 1998 e 1999. Mesmo com o registro rejeitado, ele continuou a campanha e foi eleito. Em seguida, o Tribunal Superior Eleitoral manteve a candidatura dele barrada e determinou a realização de novas eleições.

De acordo com entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, a União não pode arcar com prejuízos causados pelo ex-prefeito, que concorreu por sua conta e risco.

Conforme o Artigo 186 do Código Civil, não pode a União arcar com um prejuízo que adveio de ato do réu. Baseado neste dispositivo, a decisão estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Ressalta que, "dessa forma, encontram-se preenchidos os três requisitos da responsabilidade civil: ato ilícito, nexo causal entre esse ato (continuar concorrendo ao pleito eleitoral com o registro indeferido) e dano que acarretou a necessidade de realização de eleições suplementares”.
Para recuperar os custos de novas eleições,  a AGU entrou com 84 ações de cobrança. Em quatro processos, houve pagamento do prejuízo com novas eleições. Seis acordos de pagamento foram fechados. A Justiça Eleitoral determina eleições suplementares quando o candidato vencedor obtém mais de 50% dos votos válidos.

 

Agência Brasil

 

Exposição mostra esportes olímpicos sob olhar da arte naïf

 

Paulo Virgílio Edição: Graça Adjuto

O Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil (MIAN) inaugura a exposição "Memória Olímpica pelo Olhar Naïf". A mostra conta com cerca de 40 telas, tendo os Jogos Olímpicos como tema.(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil inaugura a exposição Memória Olímpica pelo Olhar Naïf (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo

Entre os vários museus de arte do Rio de Janeiro, há um que abriga a maior coleção do mundo de um gênero bem específico, a arte naïf [ingênua, em francês], aquela produzida por artistas sem formação acadêmica, também chamados de primitivos modernos. Instalado desde 1994 em um casarão do bairro do Cosme Velho, na zona sul da cidade, o Museu Internacional de Arte Naïf (Mian) tem cerca de 5 mil obras de pintores de quase todos os estados brasileiros e de mais de 100 países. 

Desde ontem (1º), o Mian oferece ao público parte de seu vasto acervo, com uma exposição que apresenta os esportes olímpicos na visão dos artistas do gênero. Selecionadas pela curadora Jacqueline Finkelstein, as 40 telas que integram a mostra Memória Olímpica pelo Olhar Naïf foram divididas em categorias, que abrangem os esportes aquáticos, ao ar livre, de quadra e os considerados “paixões nacionais”, como a capoeira, recentemente incluída nas Olimpíadas.

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Entre os destaques estão as obras que retratam alguns dos atletas brasileiros medalhistas em Jogos Olímpicos e Pan-Americanos nos anos de 2007, 2008 e 2012. De acordo com Jacqueline, a seleção contemplou apenas obras do acervo nacional do museu. “A temática do esporte, especialmente, está muito bem representada no acervo do Mian devido à realização, em 2001 e 2002, de importante exposição no Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça, com obras sobre as diversas modalidades de esportes olímpicos”, explica a curadora, filha do fundador do museu, o colecionador Lucien Finkelstein (1931-2008)

O Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil (MIAN) inaugura a exposição "Memória Olímpica pelo Olhar Naïf". A mostra conta com cerca de 40 telas, tendo os Jogos Olímpicos como tema.(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Exposição, com cerca de 40 telas, tem os Jogos Olímpicos como tema (Tânia Rêgo/Agência Brasil)Tânia Rêgo/Agência Brasil

A exposição também traz um viés sensorial, por conta de uma instalação com raquetes, bolas de tênis, fitas de ginástica olímpica, chuteiras e outros objetos esportivos que podem ser tocados pelos visitantes. O objetivo é utilizar a arte naïf como ferramenta de difusão dos Jogos Olímpicos e de formação de um público interessado em arte e esporte.

“Arte naïf não é um estilo de pintar e sim de ser, de sentir, de transpor para a tela certa maneira de pintar como se viesse diretamente do coração. Pode-se dizer que ninguém aprende a ser um pintor naïf - ou nasce assim, ou não o será jamais”, define Jacqueline Finkelstein. Para ampliar o conhecimento sobre o gênero e a visitação ao museu, o Mian desenvolve projetos voltados para escolas particulares e públicas. Um deles, o Naïf para Nenens, traz um público novo ao museu: bebês a partir de 3 meses e seus pais, avós, babás e madrinhas.
Situado ao lado da estação do Trem do Corcovado, o museu se beneficia da vizinhança para receber um fluxo de turistas, mas não está limitado a esse tipo de visitante.  “Sejam os visitantes cariocas, ou turistas brasileiros e estrangeiros, é cada vez maior a curiosidade que a arte naïf e a sua casa vêm causando. Muitos vêm de seus países já orientados a visitar-nos, em geral por indicação de outros amigos que nos visitaram e recomendaram”, conta Jacqueline Finkelstein, também diretora do Mian.

A exposição Memória Olímpica pelo Olhar Naïf fica em cartaz até fevereiro de 2015 e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 17h. Os ingressos custam R$ 12, a inteira, e R$ 6, a meia-entrada, para estudantes, idosos, menores de 18 anos e portadores de necessidades especiais. Crianças com menos de 5 anos e idoso com mais de 80 anos não pagam. 

 

Agência Brasil

Dilma, não haverá reconciliação!

Publicado em 29/10/2014

No seu discurso da vitória a presidente eleita Dilma Rousseff pregou a reconciliação dos brasileiros. Este vídeos é minha resposta direta: não haverá qualquer conciliação! A oposição será forte e sistemática. O momento é de enfrentamento e luta.

 

 

Hospital de São Paulo faz mutirão para diagnóstico de catarata

 

Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Idosos a partir de 60 anos participaram hoje (1º) de um mutirão para diagnóstico de catarata no Hospital Geral de Taipas, na zona Norte da capital paulista. Foram distribuídas 400 senhas para o atendimento, que não precisava de agendamento. Durante a triagem, especialistas faziam os exames necessários para encaminhamento do paciente ao pré-operatório. Os que tiveram diagnóstico de catarata farão cirurgia no próprio hospital, enquanto outras doenças oculares serão encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) municipais.

Coordenadora do ambulatório de oftalmologia do Hospital Geral de Taipas, Maria Cristina Martins explicou que a catarata é uma das doenças oculares reversíveis que mais causa cegueira no país. “Existe uma demanda reprimida de pacientes. Eles não conseguem acesso ao tratamento por diversos motivos. Nosso objetivo é tentar conscientizar os pacientes e aproveitar o mutirão para triar aqueles que precisam de cirurgia”. Mensalmente, o hospital faz, em média, 50 operações de catarata.

Os principais sintomas da doença são baixa visão, principalmente para longe, perda do contraste de cores, embaçamento da vista e intolerância à luz. A diminuição é progressiva e pode ser detectada a partir dos 50 anos. O grau de evolução pode levar à cegueira. Mesmo assim, é possível reverter. “É uma evolução natural das pessoas. A partir dos 60 anos, todos teremos opacidade do cristalino, que é a lente do olho, mas depende de uma pessoa para outra. Alguns fatores específicos, incluindo os familiares, podem acelerar a evolução, como o diabetes”, salientou Maria Cristina.

Segundo ela, a operação é relativamente simples, com anestesia local e pequeno corte no cristalino. "Retiramos a parte afetada e colocamos uma lente artificial adequada às necessidades do paciente. Em algumas situações é feita pequena sutura com um microponto. Depois, é preciso apenas alguns breves cuidados, como evitar peso e não movimentar muito a cabeça para baixo. É possível levar uma vida normal, sem necessidade de ficar de cama. Até a alta defintiva, é necessário voltar ao oftalmologista nos dois meses seguintes à cirurgia”, acrescentou.

O aposentado Arnaldo Antonio dos Santos, 79 anos, revelou que há dois anos sente a visão embaçada. "Por isso, resolvi passar pelo mutirão. Estou usando óculos, mas não enxergo nada com o olho esquerdo. Espero que fique bem após a operação, porque quero viajar e continuar a dirigir para resolver minhas coisas”.

A pensionista Rita Maria da Silva, de 72 anos está com problemas de visão há dez anos. "Espero que a cirurgia seja rápida. É ruim para descer escada, andar. Piso em falso. Então, espero que dê tudo certo e que eu volte a enxergar com nitidez logo após a operação”.

 

Agência Brasil

 

Competição de foguetes estimula espírito científico em alunos do ensino médio

 

Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

O aluno Fábio Victor Souza apresenta o seu foguete na 8 Mostra Brasileira de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O aluno Fábio Victor Souza apresenta o seu foguete na 8ª Mostra Brasileira de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)Tomaz Silva/Agência Brasil

A pista de pouso do Hotel Fazenda Ribeirão, na cidade fluminense de Barra do Piraí, transformou-se, esta semana, em plataformas de lançamento de foguetes. Em substituição a metais, combustíveis fósseis e muita fumaça, os protótipos produzidos por alunos de  ensino médio de todo o Brasil eram de garrafas PET. Eles subiam movidos pelo gás produzido com a reação química entre vinagre e bicarbonato de sódio. Com um rastro de espuma, os foguetes decolavam para chegar o mais longe que pudessem. A competição vale 35 bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

"Tivemos um que atingiu 248 metros de distância. Em anos anteriores, chegamos a registrar 275 metros", revelou o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, João Canalle, que coordena a 8ª Mostra Brasileira de Foguetes, a organizadora da VI Jornada de Foguetes. Aproximadamente 600 alunos de 25 estados e do Distrito Federal participaram do evento. Eles representam mais de 60 mil estudantes que disputaram competições internas ao longo do ano e, dentro das regras do jogo, ousaram nas inovações: "Tivemos foguetes lançados com controle remoto e bases de lançamento automatizadas", destacou Pâmela Marjorie, coordenadora da jornada.

Conforme Canalle, até alcançar voo, o caminho é de muitos testes. "Tem de experimentar para aperfeiçoar. É bom que eles desenvolvem a criatividade e aprendem a conectar os caninhos, cortar, colar e perfurar. A maioria está acostumada a produzir trabalhos escolares no computador. Na escola, eles estudam o lançamento de uma pedra sem atrito. Na realidade, o problema fica muito mais complexo. Então, eles ficam mais perto das verdadeira ciência", salientou.

Professor de física da unidade Timóteo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), Weber Feu trouxe quatro alunos dos mais de 20 que participam do grupo de astronomia. "A gente deixa eles livres para procurar soluções. Assim, aprendem a ser independentes e despertam para solucionar problemas além da sala de aula".

Até lançar um foguete, com apoio de um colega de turma, o cearense Fábio Souza, da Escola Estadual Theolina Muryllo Zaca, tentou, pelo menos, 20 lançamentos. O trabalho começou em fevereiro, na própria escola e fora do horário de aula. "Foram várias tentativas para atingir uma melhor proporção do material. Trabalhamos no contraturno para fazer os cálculos do vinagre e do bicarbonato. Estudamos bastante". São Paulo e Ceará foram os estados com maior número de representantes. Cada um participou com 25 escolas públicas e duas particulares.

Para João Canalle, além de despertar o interesse científico, a iniciativa garante a autoestima dos alunos. "O livro didático e a aula do professor menos preparado revelam que a ciência é feita por gênios que nasceram gênios, que as pessoas nasceram cientistas. Não é nada disso. Quando estudamos a vida das pessoas, percebemos que são pessoas comuns que se dedicaram a algum problema particular e encontraram soluções que se tornaram leis da natureza", assinalou o professor.

 

Agência Brasil

Estudantes se preparam para o Enem; exame tem 8,7 milhões de inscritos

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Nas bancas de jornal, na internet, nas paradas de ônibus, as dicas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão em toda parte. Daqui a uma semana, mais de 8 milhões de candidatos farão as provas. Sozinhos ou em grupo, os estudantes se preparam na reta final para o exame.

Alunas Agatha Christy, Giovanna Simon, Bárbara Santana e o professor Marcus Vinicius falam à Agencia Brasil sobre o Enem (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

as estudantes Agatha Christy, Giovanna Simon e Bárbara Santana falam sobre o EnemFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Luzia Cardoso tem 44 anos e está no 3º ano do ensino médio. Ela voltou a estudar por causa do filho, Jerônimo Araújo, 22 anos, queria motivá-lo. Ambos estão inscritos no Enem e juntos também se preparam. Luzia leva para casa as dicas dadas pelos professores do Centro de Ensino Médio 1 do Paranoá, no Distrito Federal, e Jerônimo mostra o que aprendeu na apostila de exercícios que comprou.

"É a primeira vez que faço o Enem, estou apreensiva. Colhendo todos os dados que posso, pedindo ajuda aos professores", conta Luzia. "Os meus irmãos todos têm faculdade. Eu quero cursar pedagogia ou psicologia, me dou bem na área, me interesso pelo comportamento das pessoas", diz. Já o filho quer fazer curso de cinema.

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Para Giovanna Simon, 18 anos, este será o terceiro Enem, sendo que o primeiro fez ainda no 2º ano. Ela terminou o ensino médio no ano passado e quer cursar medicina. Concilia o estudo para o exame com o curso de técnica de enfermagem. À noite, faz cursinho em Brasília. Chega em casa, estuda e faz os exercícios. "E durmo", acrescenta.

Ela dividiu as matérias por semana e fez um plano de estudo.  A matéria preferida é biologia, ela conta que o quarto é coberto de fórmulas da disciplina nas paredes. "Vou refazer exercícios, algumas provas do Enem e a redação nessa última semana", diz. No cursinho, com as amigas, Agatha Cristhy, 18 anos, e Bárbara Santana Rosa, 18 anos, troca dicas e opiniões, principalmente sobre redação. Esta semana foi Giovanna que decidiu o tema sobre o qual escreveriam: abastecimento de água.

"Querendo ou não, amigos quando se juntam para estudar sempre acabam falando de outra coisa, sempre têm algo para contar. Melhor cada uma estudar e depois a gente senta e troca opiniões. Redação funciona, a gente escolhe um tema, uma dá dica para outra", explica Bárbara, que está cursando o 3º ano e também vai tentar uma vaga em medicina.

Agatha não esconde a ansiedade. "Está chegando! Não adianta falar que está preparada para o Enem, é preciso buscar mais conhecimento, mais dicas, buscar uma maneira de olhar para a prova e falar: eu vou conseguir passar", diz. Além das aulas que tem na escola e no cursinho, a estudante busca na internet exercícios e videoaulas. O objetivo é conseguir ingressar no curso de engenharia civil.

Em Vitória (ES), Deborah Sabará recorre aos amigos. Ela é coordenadora de Políticas da Região Sudeste da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e  coordenadora colegiada do Fórum estadual LGBT do Espírito Santo. Divide o tempo entre a militância e reuniões de preparação para o Enem, que duram de três a quatro horas, com amigos universitários. "Pedi ajuda, principalmente na redação. Não sou muito boa em redação, mas leio muito, vejo TV, tento acompanhar os fatos, acho que isso pode me ajudar", diz.

Deborah quer cursar serviço social ou história. Ainda está em dúvida. Passar em uma universidade vai ser também ato de militância. "Travestis estão fora do processo escolar. Se eu fizer o Enem e passar ou qualquer outra passar, vai dar visibilidade e impulsionar outras pessoas a fazer".

O Enem será nos dias 8 e 9 de novembro. O exame tem 8,7 milhões de inscritos e será realizado em 1,7 mil cidades brasileiras. Para se preparar para o exame, os candidatos podem acessar o aplicativo questoesenem.ebc.com.br. O banco de questões da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) reúne itens de 2009 a 2013. O acesso é gratuito.

 

 

Agência Brasil