sábado, 13 de setembro de 2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
sábado, 6 de setembro de 2014
Ritalina: uso de risco
A disseminação do remédio entre estudantes e concurseiros levanta a polêmica sobre efeitos colaterais
Luís Tósca
O uso indiscriminado de Ritalina por vestibulandos, concurseiros e jovens aficionados por games tem preocupado pais, psicólogos e autoridades sanitárias. Recomendado nos casos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a disseminação da substância para aumentar o desempenho mental revela um problema cultural e social que vem se ampliando no país. A médica Carmen Baldisserotto, do núcleo de psiquiatria do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, destaca que o metilfenidato, princípio ativo da Ritalina, ajuda a lidar com o problema de falta de atenção em pessoas com diagnóstico de TDAH, pois aumenta a atividade dos neurônios na região do cérebro ligada à concentração e outras funções. “Trata-se de um estimulante do Sistema Nervoso Central que tem estrutura e efeito psicoativo semelhante às anfetaminas”, adverte. Ela esclarece que o produto tem sido usado por pessoas saudáveis, estudantes que buscam melhor desempenho intelectual e cognitivo em provas e concursos, popularizando-se assim a prática de “doping mental”. “Quando a pessoa saudável está sob efeito da medicação, por se tratar de uma droga estimulante do Sistema Nervoso Central, ela fica mais acordada e tem uma sensação subjetiva de um bem-estar maior e de parecer estar produzindo mais”, diz.
O psiquiatra Thiago Gatti Pianca destaca que o fármaco tem a propriedade de melhorar a atenção dos pacientes hiperativos, mas tem sido usado sem indicação médica para potencializar o desempenho nos estudos. “Há quem advogue a favor e contra o uso de Ritalina para aumentar o desempenho em atividades intelectuais, mas aqui entra um viés ético que nos faz refletir sobre as supostas vantagens de alguns candidatos sobre outros em relação aos efeitos do produto”. O especialista entende que as pessoas queiram manter-se acordadas por períodos mais longos, mas é preciso avaliar o custo disso para a saúde. “Qualquer medicação apresenta efeitos colaterais e Ritalina não foge a regra, afirma o psiquiatra.
Sobre a eventual dependência química, Pianca diz que a Ritalina ttem potencial para isso, principalmente quando seu uso é indiscriminado e é misturada a outros remédios e álcool, algo muito nocivo ao organismo.
A psicóloga clínica e perita forense Simone Lemes lamenta que o uso de Ritalina tenha se banalizado a ponto de as pessoas perderem a noção do uso clínico do remédio. “Os estudantes acreditam que terão melhor desempenho e a usam sem consultar um especialista. Cada um deve acreditar nas suas potencialidades, deixando de recorrer a comprimidos para resolver problemas. Existe um público que usa de maneira descontrolada, caindo assim no grupo da “Indústria da Ritalina”, lamenta.
Reações adversas
As manifestações mais frequentes do uso do medicamento metilfenidato, sem a devida indicação médica, são as seguintes insônia, agitação, aumento da ansiedade, irritabilidade, labilidade do humor, agressividade, diminuição do apetite, tremores, dor de cabeça, aumento dos batimentos cardíacos, pressão alta, boca seca, febre, tontura, vômitos, convulsões, perda da consciência, coma e morte. Conforme o médico Thiago Pianca, o uso continuado e abusivo da Ritalina pode salvar o paciente e uma dependência e ainda existe a possibilidade de produzir transtornos que necessitarão de tratamento psiquiátrico.
Estudantes revelam prós e contras
O estudantes Eduardo C., de 19 anos, que vai fazer vestibular para Direito pela segunda vez, justifica que para passar na Ufrgs precisa ter um desempenho excelente e por causa disso vai continuar usando a Ritalina como inibidor de sono até a última prova. “Fiz um cursinho o ano inteiro e não quero perder a chance de passar em janeiro. Depois do vestibular, eu para com os comprimidos”, garantiu. O estudante acredita que o remédio não faz mal nem vicia, mas só deve ser usado em caso de necessidade. “Tenho muitos colegas de cursos que fazem um coquetel de estimulantes para se manterem acordados e aproveitar mais o tempo de estudo, mas não quero arriscar. Esta hora a mais acordado hoje eu vou acabar pagando amanhã”, avalia.
A concurseira Priscila S., que há quatro anos busca uma vaga no serviço público, j´´a tentou de tudo para passar nos concursos e agora tem uma posição mais cautelosa sobre o uso de medicamentos. “Usei estimulantes, vitaminas e remédio para não ter sono e hoje eu sigo uma fórmula mais simples: estudo de 8 a 10 horas por dia, faço 4 refeições, vou à academia e tiro algumas horas para ouvir música e ver filmes”, afirma. Ela disse que descobriu uma rotina ideal d estudos combinada com momentos de lazer que funciona muito bem. “Hoje durmo melhor e tenho um desempenho mais alto do que no ano passado, quando me entupia de remédios. Acho até que me atrapalhei com tanta coisa na cabeça e perdi o foco do meu desejo por ter um emprego estável sem perceber”, lamenta. Priscila disse que decidiu largar até o cigarro para dar a virada que precisava. “quem é concurseiro sabe que quanto menos coisas na hora de se sabe concentrar, melhor”. Os nomes dos entrevistados foram trocados.
Qualquer medicação apresenta efeitos colaterais e a Ritalina não foge à regra”.
Thiago Gatti Pianca
Psiquiatra
Venda só com receita médica
O farmacêutico Luís Fernando Mello explica que o metilfenidato (Ritalina) é um psicofármaco controlado pela Anvisa e só é vendido com prescrição médica. “esta receita tem cor amarela e uma das vias deve ser retida na farmácia por até dois anos”, diz. Mello observa que as embalagens são numeradas e o controle do lote é feito tanto na receita como também na nota fiscal.
Produtos sem comprovação
Nootrópico é o nome de toda a substância química para melhorar a função mental, mas que não afete negativamente o cérebro. Alguns produtos prometem aumentar os níveis de acetilcolina, um dos principais neurotransmissores encefálicos. A psiquiatra Carmen Baldisserotto, do Hospital Moinhos de Vento, adverte que não há estudos científicos que comprovem a eficácia dessas substâncias.
Para manter o foco nos estudos
O concurseiro Heitor C., de 25 anos, disse que estuda nove horas por dia e está determinado a passar em um concurso público. “Já fiz seis provas diferentes nos últimos anos e estou cada vez mais perto da aprovação”, afirmou. O estudante, que está matriculado em um cursinho da capital, tem indicação médica para o uso de Ritalina há cinco anos. “Normalmente costumo tomar um comprimido,mas em período de provas reforço a dose para ficar mais concentrado nos estudos”, explica. Para ele, os maiores inimigos de quem faz concursos é a distração e a falta de foco nas matérias.
O fármaco tem a propriedade de melhorar a hiperativos, mas tem sido usado sem indicação médica para potencializar o desempenho nos estudos.
Psiquiatra avalia o princípio ativo
O psiquiatra Pianca reconhece as propriedades reais dos estimulantes, mas salienta que é preciso também que se leve em conta o “efeito placebo”, quando o paciente imagina que a medicação poderá produzir efeitos benéficos e isso realmente ocorre, mas por força da sugestão. No entanto, o médico não desqualifica as vantagens do estimulante que pode trazer melhora de memória e velocidade ao raciocínio, mas adverte que em alguns casos o efeito pode ser adverso, provocando perda de peso, dores de cabeça e sintomas psicóticos.
Fonte: Correio do Povo, página 15 de 6 de setembro de 2015.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
BRASIL APARECE NA LISTA DOS 21 PAÍSES "MAIS MISERÁVEIS" DO MUNDO
ÍNDICE CRIADO NA DÉCADA DE 70 SOMA OS INDICADORES DE INFLAÇÃO E DESEMPREGO PARA MAPEAR SITUAÇÃO DAS ECONOMIAS NACIONAIS; VENEZUELA É O PAÍS COM O PIOR PANORAMA
PROTESTOS: MANIFESTANTES FAZEM BARRICADA PARA ENFRENTAR POLÍCIA NA VENEZUELA (FOTO: EFE)
O Brasil aparece na lista dos 21 países com pior situação econômica do mundo de acordo com um indicador chamado Índice da Miséria, segundo reportagem da revista americana Business Insider. O indicador soma os números anuais de inflação e desemprego para mapear o panorama econômico de cada país. Quanto mais alto o número, pior é a perspectiva. Criado na década de 70 pelo economista americano Arthur Okun, o índice se tornou popular durante os anos 80 como uma forma de separar as economias de alto e baixo desempenho.
O indicador é alvo de algumas críticas. Alguns economistas argumentam que uma inflação baixa – ou mesmo uma deflação – nem sempre são um sinal positivo; ao contrário, podem representar um momento de recessão ou baixo crescimento da economia. Outras pesquisas sobre psicologia econômica mostram que o desemprego tende a influenciar mais a insatisfação da população do que a inflação. Por outro lado, não há dúvida que altos níveis nos dois indicadores são um péssimo sinal.
SAIBA MAIS
- Obama deve anunciar investimento de US$ 14 bilhões na África
- América Latina crescerá abaixo de 2% em 2014, prevê FMI
- Brasil volta a cair em ranking de competitividade
- Lula e FHC podem mediar conflito na Venezuela
A lista compilada pela publicação sofre de alguns problemas – em países mais pobres os dados macroeconômicos não são confiáveis. A revista então criou dois rankings: um “oficial”, com dados consolidados, e outro feito a partir de estimativas da situação da economia nos países africanos e asiáticos sem indicadores seguros.
O ranking com dados consolidados é liderado pela Venezuela, especialmente graças à inflação anual de 52%, gerada pela série de protestos que sacode o país desde o ano passado. Segundo a publicação, só em 2014 já ocorreram 6.369 manifestações – uma média de 35 por dia. A lista reflete a crise que se abateu sobre os países europeus. Grécia e Espanha aparecem com índices de desemprego de cerca de 25%. Portugal registra deflação de -0,9% - mostra da marcha lenta da economia local –, mas tem quase 14% de inflação, situação parecida à da Itália e Irlanda – grupo de países que ficou conhecido como PIGS durante a recente turbulência financeira. Já o Brasil aparece na 21ª colocação. O índice mostra que o país tem uma das menores taxas de desemprego da lista – apenas 4,9% - mas derrapa no quesito inflação. Na faixa dos 6,5% ao ano, o número roda no teto da meta imposta pelo Banco Central para a elevação de preços.
Já na lista “extraoficial”, chama a atenção o índice astronômico das estimativas de desemprego. O Zimbábue, pior colocado, registra 95% de desocupação entre a população, pouco à frente de nações como Burkina Faso, Turcomenistão e Djibuti. No caso da Síria, chama atenção a inflação de quase 60%. Em plena guerra civil, o país encontra dificuldade de manter sua economia em funcionamento.
Confira abaixo os rankings do Índice da Miséria:
Lista "oficial"
País
Inflação
Desemprego
Índice da Miséria
Venezuela
52,7%
7,1%
59,8%
África do Sul
6,3%
25,5%
31,8%
Grécia
-0,7%
27,8%
27,1%
Espanha
-0,3%
24,5%
24,2%
Egito
10,6%
13,3%
23,9%
Turquia
9,3%
8,8%
18,1%
Croácia
-0,1%
17,8%
17,7%
Uruguai
9,1%
6,9%
16,0%
Ucrânia
12,6%
1,6%
14,2%
Colômbia
2,9%
10,7%
13,6%
Portugal
-0,9%
13,9%
13,0%
Eslovênia
-0,9%
13,9%
13,0%
Itália
0,1%
12,7%
12,8%
Eslováquia
-0,1%
12,7%
12,6%
Rússia
7,5%
4,9%
12,4%
Filipinas
4,9%
7,0%
11,9%
Irlanda
0,3%
11,5%
11,8%
Polônia
0,3%
11,5%
11,8%
Chile
0,3%
11,5%
11,8%
Finlândia
0,3%
11,5%
11,8%
Brasil
6,5%
4,9%
11,4%
Lista "extra-oficial"
País
Inflação
Desemprego
Índice da Miséria
Zimbábue
8,5%
95,0%
103,5%
Burkina Faso
2,1%
77,0%
79,1%
Síria
59,1%
17,8%
76,9%
Turcomenistão
9,0%
60,0%
69,0%
Djibuti
2,5%
59,0%
61,5%
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Supostas fotos nuas de estrelas de Hollywood vazam na internet
Além de Lawrence e Rihanna, entre as celebridades que supostamente tiveram fotografias roubadas estão a cantora Avril Lavigne e a atriz Hayden Panettiere. "É tão estranho e duro como as pessoas tiram a sua privacidade", escreveu Jennifer Lawrence no Twitter. O agente da atriz ameaçou iniciar ações legais. "Esta é uma flagrante violação de privacidade. Contactamos as autoridades e perseguirão qualquer um que publique as fotos roubadas de Jennifer Lawrence", disse o representante ao site TMZ.
A cantora Victoria Justice negou que as imagens vinculadas a seu nome sejam autênticas, assim como um porta-voz da cantora Ariana Grande, que afirmou ao site BuzzFeed que as fotografias atribuídas à jove eram "completamente falsas". A atriz Mary Elizabeth Winstead reconheceu a frustração com o vazamento de fotos íntimas. "Para aqueles de vocês que estão olhando as fotos que fiz com meu marido há alguns anos na privacidade de nosso lar, espero que
estejam bem com vocês mesmos", escreveu no Twitter. "Sabendo que estas fotos foram apagadas há muito tempo, só posso imaginar o esforço assustador para isto. Me sinto mal por todos que foram hackeados", completou.