Vídeo de Pablo Spyer
Fonte: https://youtube.com/shorts/UWFS13LRaxM?si=ITzUo_aR-SmT5MyL
Outras economias vão ter de pagar bem mais para colocar seus produtos nos Estados Unidos
De Wall Street a Faria Lima, bancos e consultorias receberam com alívio as tarifas recíprocas de 10% que serão impostas pelo governo americano a produtos brasileiros. A leitura, praticamente generalizada, é a de que "poderia ser pior", considerando que outras economias - em especial, China, União Europeia e Japão - vão ter de pagar bem mais para colocar seus produtos nos Estados Unidos.
Assim, é possível que o Brasil até ganhe competitividade e consiga movimentar algumas peças a seu favor no novo xadrez do comércio internacional, que ganhou mais um capítulo com o "tarifaço" anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no que foi batizado de "Liberation Day", o Dia da Libertação.
Essa percepção positiva dos analistas não foi abraçada, porém, nem pelo governo nem por parte do setor produtivo. Os posicionamentos divulgados após o anúncio em Washington expressaram preocupação e lamentação. Em nota conjunta do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil julgou que Trump violou os compromissos assumidos pelos Estados Unidos perante a Organização Mundial do Comércio (OMC), a quem o governo brasileiro não descarta recorrer.
Além de defender que o Brasil insista no diálogo com o governo americano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que uma missão de empresários do setor visitará os Estados Unidos na primeira quinzena de maio, com o objetivo de estreitar laços e buscar soluções de interesse comum. "Claro que nos preocupamos com qualquer medida que dificulte a entrada dos nossos produtos em um mercado tão importante quanto os EUA, o principal para as exportações da indústria brasileira", afirma o presidente da entidade, Ricardo Alban.
Ao ser taxado em 10%, o Brasil integrou o grupo dos países menos afetados pelo tarifaço de Trump republicano. Estão ao seu lado economias como a do Reino Unido, Chile, Austrália, Colômbia, Turquia, Argentina, Peru, dentre outros. As novas alíquotas entram em vigor no sábado, dia 5 de abril.
Para o ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral, funcionou a aproximação do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, ao secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. "Saiu menos ruim para o Brasil do que se esperava. E acho que aí teve o mérito do governo, principalmente do Alckmin, que teve duas reuniões com o Howard Lutnick. Eles, os americanos, falavam muito sobre taxar o etanol. Então, acho que para o Brasil acabou saindo menos ruim do que podia ser", diz Barral. Na mesma linha, o advogado Carlos Lobo, sócio do escritório Arnold & Porter, baseado em Nova York, considera que 10% são um porcentual "bastante baixo".
"Os Estados Unidos estão propondo um rearranjo do comércio internacional bastante significativo, e eu acho que pode beneficiar o Brasil", afirma Lobo. Ele só pondera que, obviamente, existem outras tarifas que afetam o Brasil, como as taxas sobre alumínio, aço e autopeças.
Conforme o sócio do Arnold & Porter, o Brasil pode se beneficiar em mercados em que concorre com os EUA, uma vez que os países atingidos vão impor tarifas retaliatórias - como, por exemplo, na agricultura. Outro movimento que pode ser positivo para o País vem da reorganização das cadeias de suprimentos globais, com o Brasil atraindo empresas por ter uma alíquota menor que outras nações - como, por exemplo, a China, taxada em 34%.
"O Brasil vai eventualmente conquistar mercados novos ou ampliar a sua atuação. Isso já aconteceu no passado: o Brasil aumentou a participação em proteína animal, e eu acho que vai acontecer de novo; então pode ser benéfico para o Brasil", entende o advogado. De acordo com o economista-chefe do Barclays para Brasil, Roberto Secemski, o Brasil pode se machucar mais pelo impacto de tarifas recíprocas a outros países na economia mundial. "Talvez, o efeito indireto seja maior do que o direto no sentido da desaceleração da economia global, principalmente da China. Isso pode vir a machucar mais o Brasil", avalia.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Levantamento mostra que 4.363 municípios contam com fibra ótica
Nove em cada dez brasileiros têm acesso à telefonia móvel, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), divulgados neste sábado (5), Dia das Telecomunicações.
De acordo com o levantamento, a maior parte da população brasileira com acesso à telefonia móvel reside em capitais e regiões metropolitanas.
Os dados indicam também que 4.363 municípios brasileiros contam com infraestrutura de fibra óptica — o que proporciona mais velocidade, estabilidade e eficiência energética em serviços de telecomunicações.
A Anatel aponta também a chegada da tecnologia 5G a 1,3 mil municípios brasileiros, e aposta no avanço do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê a implantação do 5G nos mais 5,5 mil municípios do país.
O Novo PAC também inclui a expansão da tecnologia 4G para 6,8 mil distritos, vilas e áreas rurais distantes dos grandes centros urbanos.
Em nota, o secretário de Telecomunicações da Anatel, Hermano Tercius, destaca que a expansão dos serviços de comunicação no Brasil enfrenta desafios devido à extensão territorial do Brasil e às áreas de difícil acesso. “Esse é o nosso desafio. O principal deles é levar conectividade de forma satisfatória e, ao mesmo tempo, evoluir em outros indicadores da conectividade significativa, como o letramento digital”, declarou.
Em março, a Anatel divulgou os resultados da sua décima edição da Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida a respeito de serviços de telecomunicações: telefonia fixa, telefonia celular (pré-paga e pós-paga), internet fixa e TV por assinatura.
Em 2024, mais de dois terços dos consumidores pesquisados de todos os serviços se consideravam satisfeitos ou muito satisfeitos com a prestação do serviço de telecomunicações, de acordo com a Escala CSAT (Customer Satisfaction Score). Enquanto isso, mais de 10% dos consumidores se declaram muito insatisfeitos ou insatisfeitos.
No questionário da pesquisa, também são realizadas perguntas sobre os padrões de uso dos consumidores, tecnologia, do Wi-fi, telefone fixo.
Sobre a tecnologia das redes celulares utilizada com maior frequência, apesar da rede 4G ser a mais utilizada, mais de 64% dos consumidores de celular pós-pago e 67% dos consumidores de celular pré-pago, houve crescimento na percepção de uso mais frequente da rede 5G.
Quanto à tecnologia para prestação do serviço de internet fixa, 78% dos consumidores usam fibra ótica.
Entre os entrevistados que contratam o serviço de telefonia fixa, 16% responderam que o telefone fixo é o principal meio para realizar chamadas de voz quando está em sua residência. Estes usuários são os que possuem maior idade no grupo, menor renda média e em sua maioria do sexo feminino.
Por último, 67% dos entrevistados que contratam o serviço de televisão por assinatura declararam usar o serviço diariamente.
A pesquisa foi realizada entre os meses de julho e novembro de 2024, com 64 mil consumidores dos serviços de telefonia fixa e celular, internet fixa e TV por assinatura que eram clientes das prestadoras Algar, BrSuper, Brisanet, Claro, GB Online, Ligga, Oi, Proxxima, Sky, Tely, Tim, Unifique, Valenet, Vero e Vivo.
A pesquisa de opinião é realizada anualmente. Os resultados desta edição - e das anteriores - podem ser consultados e baixados na página da Pesquisa no portal da Anatel.
Correio do Povo
Região contabilizou a primeira morte deste ano pela doença no Rio Grande do Sul; ação foi liderada pela Secretaria Municipal de Saúde
Na manhã deste sábado, dia 5, equipes lideradas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizaram uma “varredura” nas residências da comunidade Passo das Pedras, em Porto Alegre, para identificar e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti e conscientizar os moradores sobre a dengue. A caminhada teve início às 9h em três pontos de partida do bairro: nas unidades de saúde Passo das Pedras 1, Passo das Pedras 2 e Beco dos Coqueiros. Durante a mobilização, equipes percorreram a região para orientar os moradores e eliminar criadouros do mosquito transmissor da dengue.
O itinerário da caminhada, mapeado pelos agentes comunitários de saúde, foi organizado de acordo com a demanda de casos de dengue na região. Na Capital, os bairros com maior incidência por 100 mil habitantes, nesse momento, são Passo das Pedras, Jardim Itu, Jardim Floresta, Jardim Sabará e Morro Santana. De acordo com o painel de casos de dengue da Secretaria Estadual da Saúde, hoje, o Rio Grande do Sul tem 4.918 casos confirmados e três óbitos – em Alvorada, Cachoeira do Sul e Porto Alegre. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) confirmou nesta sexta-feira, dia 4, o terceiro óbito por dengue no Estado, ocorrido em 25 de março. Nesta sexta, também foi confirmada, em Carazinho, a morte por chikungunya de um homem de 68 anos com comorbidades. Foi o primeiro registro desse tipo em toda a série histórica.
Fernanda Chassot, enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde e coordenadora da saúde na zona Norte, defende a importância dos mutirões para conscientização. “A gente só vai conseguir diminuir os casos de dengue se eliminar os criadores, e eles se formam dentro da casa da gente, no pátio, e às vezes a gente não percebe, porque o mosquito precisa de pouco volume de água [para proliferar]. Ela diz que o que mais preocupa os agentes são os pequenos recipientes, que também podem ser depósitos de ovos do mosquito. “Uma tampa de um reservatório de água, por exemplo, se ela ficar abaulada naquele fio de água, o mosquito consegue depositar os ovos”.
Na vistoria, os agentes entravam nas residências e observavam possíveis acúmulos de água em recipientes ou em calhas e demais locais onde existe a possibilidade de ser um ponto de de criador para o mosquito. Também aproveitavam a ocasião para conversar e orientar sobre o perigo da doença e sobre a vacinação, que atende a adolescentes de 10 a 14 anos.
A equipe entrou nos fundos de uma casa abandonada, localizada no acesso 1 do bairro, ao lado do número 106. Lá, encontraram garrafas de vidro e um tanque com água parada, grande foco para o mosquito da dengue, alertaram. Um dos agentes sugou apenas alguns ml de água com uma pipeta e, em uma puxada, foi possível visualizar três larvas do mosquito.
“Se vê muito, por exemplo, que as pessoas deixam potes de água para os cães da rua. A gente orienta que a água tem que ser limpa e trocada diariamente, passar uma esponja, fazer uma remoção mecânica do que fica embaixo do pote porque, senão vira um criadouro ali”, diz.
“O nosso trabalho enquanto atenção primária é de prevenção, e faz parte desse nosso trabalho orientar as pessoas”, diz Fernanda Chassot, enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde e coordenadora da saúde na zona Norte
Rubens Saccol Ramos, agente de combate a endemias, anda com cloro ou água sanitária para limpar recipientes fixos, que não podem ser virados. O produto mata imediatamente possíveis larvas que estiverem no local. O agente lembra, porém, que a população precisa manter os locais limpos quando a equipe vai embora. De acordo com relatos, os cidadãos recolhem água da chuva, por exemplo, e não limpam ou desinfetam o recipiente. “As pessoas não conseguem se convencer que aquilo é um potencial criador", diz. Ele lembra que é possível guardar a água, desde que seja em um recipiente que possa ser bem vedado. Outra sugestão que o agente dá, na ausência de água sanitária ou cloro, é o uso de sal grosso, já que o mosquito só se reproduz em água doce. “Meio copo é suficiente”, diz.
Principais medidas para eliminar a formação de criadouros do mosquito:
Vacinação
Em 2024, a vacina contra a dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde para crianças e adolescentes entre 10 anos e 14 anos que residem em localidades consideradas prioritárias, conforme critérios definidos a partir do cenário epidemiológico da doença ao longo dos últimos anos.
A Unidade de Saúde Passo das Pedras 1 está aberta das 9h às 15h para atendimento a pacientes com sintomas da doença, com febre acima de 38ºC acompanhada de dor de cabeça e dores no corpo.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), apenas 15 unidades de saúde estão com doses da vacina da dengue disponíveis. Não há previsão do Ministério da Saúde para envio de novas doses.
Correio do Povo
Tremor de 28 de março destruiu edifícios e infraestruturas em todo o país
O número de mortos do terremoto em Mianmar já ultrapassa os 3.300, anunciou a imprensa estatal neste sábado (5).
O terremoto de 28 de março destruiu edifícios e infraestruturas em todo o país, matando 3.354 pessoas e deixando 4.508 feridos, com 220 desaparecidos, segundo novos números divulgados pela imprensa estatal.
Mais de uma semana após o desastre, muitas pessoas ainda estão sem abrigo, forçadas a dormir ao relento porque suas casas foram destruídas ou porque temem novos deslizamentos de terra.
As Nações Unidas estimam que mais de três milhões de pessoas podem ter sido afetadas pelo terremoto de magnitude 7,7 em um país que já sofre as consequências de quatro anos de uma guerra civil.
"A destruição é impressionante", escreveu Tom Fletcher, a principal autoridade em assuntos humanitários e de assistência da ONU, no X.
"O mundo precisa se unir para apoiar o povo de Mianmar", acrescentou.O país asiático é governado por uma junta militar liderada pelo general Min Aung Hlaing desde o golpe de 2021 que desencadeou uma guerra civil.
De acordo com a ONU, a junta realizou dezenas de ataques desde o terremoto e mesmo após declarar uma trégua temporária na quarta-feira.
AFP e Correio do Povo
Mudança ocorre devido ao avanço das obras do projeto de revitalização do Quadrilátero Central
A partir da próxima quarta-feira oito linhas de lotação terão alteração no Terminal Centro, no Centro Histórico de Porto Alegre. Segundo a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), a mudança ocorre devido ao avanço das obras do projeto de revitalização do Quadrilátero Central. O objetivo, conforme a Prefeitura da Capital, é melhorar o atendimento ao usuário, já que os novos pontos estão localizados em uma área de maior visibilidade para quem circula pela região.
Após a requalificação da infraestrutura, que inclui nova pavimentação em blocos de concreto nivelados ao passeio público do entorno, proporcionando mais segurança aos pedestres, as linhas passarão a operar a partir da avenida Borges de Medeiros, entre a rua dos Andradas e a avenida Senador Salgado Filho.
Linhas com alteração no Terminal Centro:
30.2 – Partenon - Pinheiro
20.2 – Otto Teresópolis - Campo Novo
02.1 – Menino Deus
02.11 – Menino Deus via José do Patrocínio
20.4 – Jardim Vila Nova
10.6 – Restinga
10.61 – Restinga Nova
10.63 – Restinga - Glória
O transporte por lotação é uma alternativa à rede de ônibus urbano, oferecendo mais agilidade, rapidez e conforto aos usuários. O sistema, que possui tarifa de R$ 8, opera com bilhetagem eletrônica (Cartão TRI – Passe Antecipado) e aceita pagamentos via PIX, cartões de crédito e débito, além de dinheiro.
Correio do Povo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender o tarifaço do seu governo na manhã deste sábado (05). Trump negou que a China tenha sido atingida “mais duramente” que os EUA.
“Eles, e muitas outras nações, nos trataram de forma insustentável. Fomos o ‘poste de chicote’ idiota e indefeso, mas não mais. Estamos trazendo de volta empregos e negócios como nunca antes”, escreveu em uma publicação na rede social Truth Social.
O presidente americano afirmou que o país já recebeu mais de US$ 5 trilhões em investimentos. “AGUARDEM RESISTENTES, não será fácil, mas o resultado final será histórico”, afirmou.
A manifestação de Trump ocorre em meio à entrada em vigor das tarifas globais de 10% sobre produtos importados pelos Estados Unidos neste sábado. A medida atinge mais de 180 países. A tarifa geral mínima de 10% passa a valer neste sábado, enquanto as tarifas individualizadas entrarão em vigor na próxima quarta-feira, 9.
A tarifa de 10% será aplicada também às nações que o presidente Trump selecionou para sobretaxas mais elevadas por meio da sua medida tarifária recíproca, caso da União Europeia e da China.
Na sexta-feira (04), a China anunciou uma série de ações retaliatórias aos Estados Unidos. As medidas incluem tarifa recíproca de 34% sobre os produtos americanos importados, controles de exportação a sete categorias de itens relacionados a terras raras e a inclusão de 11 empresas dos EUA à “lista de entidades não confiáveis”. O governo chinês também registrou queixa na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra as tarifas dos Estados Unidos. (Estadão Conteúdo)
O Sul
Uma terceira ocorrência foi confirmada pela administração do aeroporto, mas aconteceu na origem do voo
Dois aviões da Latam se chocaram com pássaros ao pousarem no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, neste sábado, 5. Uma terceira ocorrência foi confirmada pela administração do aeroporto, mas aconteceu na origem do voo, fora do sítio aeroportuário. Não foi divulgado o terceiro avião envolvido. Os pousos ocorreram sem riscos para passageiros e tripulação.
De acordo com a Latam, as duas colisões com pássaros (bird strike) aconteceram em menos de 50 minutos. "As aeronaves pousaram em total segurança, porém episódios como estes geram grande impacto em toda a operação", diz, em nota.
A empresa afirma ainda que a alta incidência de bird strikes nos aeroportos brasileiros "pode afetar a segurança operacional e acaba prejudicando muitos passageiros, com voos cancelados ou atrasados, além de provocar custos adicionais com reparos e manutenção de aeronaves, motores fora de operação e eventual escala de tripulantes".
Segundo a companhia em, 2024, a Latam Brasil registrou bird strike em 513 de seus voos no Brasil. O setor tem alertado para a necessidade de uma gestão eficiente da fauna por parte dos municípios e administradores aeroportuários nas proximidades dos aeroportos brasileiros.
Conforme mostrou o Estadão, em média, dez aviões colidem com aves diariamente em todo o País, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Seis incidentes diários acontecem com aeronaves da aviação comercial. A colisão com pássaros é a segunda maior causa de incidentes aeronáuticos, atrás apenas de falha ou mau funcionamento de componentes do avião.
Em fevereiro deste ano, um Airbus A321 da Latam foi obrigado a retornar ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, após colidir com uma ave durante a decolagem. O nariz do avião ficou destruído. Na época, o Galeão disse que o incidente aconteceu fora do sítio aeroportuário.
A Gru Airport, concessionária do Aeroporto de Guarulhos, diz em nota que, após as três suspeitas de bird strike registradas neste sábado, as aeronaves e postas foram vistoriadas e todas as medidas de monitoramento e afugentamento foram tomadas. "Importante ressaltar que este aeroporto apresenta o mais baixo índice de colisão com aves (bird strike) entre os principais aeródromos brasileiros", diz.
Além disso, segundo a nota, o número de ocorrências vem diminuindo nos últimos anos, sendo de 60% a redução apenas na comparação entre 2023 e 2023.
O plano de gerenciamento de fauna inclui ações como manejo de ovos, ninhos e animais, controle de vegetação, remoção de poleiros e abrigos, além de técnicas de afugentamento.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
O governo ter dívidas, por si só, não é necessariamente ruim, mas é preciso ter noção das restrições orçamentárias das contas públicas no Brasil. A avaliação é do economista Marco Cavalcanti, coordenador de Finanças Públicas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado ao Ministério do Planejamento e Orçamento.
Cavalcanti, que já foi subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, em 2019 e 2020, conversou com a Agência Brasil sobre aspectos da DPF (Dívida Pública Federal), como trajetória e sustentabilidade.
A dívida pública é uma forma de o governo se financiar. Ela surge e aumenta sempre que o governo gasta mais do que arrecada. Quando os impostos e demais receitas não são suficientes para cobrir as despesas, o governo é financiado por credores.
As informações sobre o comportamento da dívida, seus detentores e valores pagos são atualizadas mensalmente pelo Tesouro Nacional, instituição do Ministério da Fazenda.
Professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), o economista descreve que, em 2024, o gasto do governo para honrar compromissos – chamado serviço da dívida – foi de 41,6% do orçamento federal executado.
Dentro desse valor, estão as amortizações e refinanciamentos, que somam R$ 1,658 trilhão (34,3% do orçamento); e os juros, R$ 352 milhões (7,3%). Todos esses números referem-se apenas à dívida do governo federal, que é apenas uma parcela da DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) – que inclui governos federal, estaduais e municipais e o Instituto Nacional do Seguro Social.
Esse montante fechou janeiro de 2025 em R$ 8,9 trilhões, o que representa 75,3% do total de riquezas produzidas em um ano pelo Brasil, medidas pelo Produto Interno Bruto.
A quem o País deve
O levantamento mais recente, relativo a fevereiro, divulgado no último dia 28, apontou que o estoque da Dívida Pública Federal era de R$ 7,492 trilhões. Esse valor não significa que precisa ser paga ou refinanciada toda de uma vez só, pois há um escalonamento dos vencimentos, que têm prazo médio de 4,08 anos.
R$ 7,178 trilhões são devidos a credores domésticos;
R$ 314,34 bilhões a credores internacionais.
Para contrair uma dívida, o governo troca títulos públicos por dinheiro, que é usado para suas necessidades. Em troca, o credor combina receber algo além do mesmo dinheiro emprestado, ou seja, a remuneração da dívida, que é cobrada em forma de juros.
De acordo com o PAF (Plano Anual de Financiamento), apresentado no início de fevereiro, a DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.
Fator juros
O coordenador do Ipea assinala que, assim como a economia mensal que o governo faz para pagar a dívida (superávit primário), os juros cobrados pelos credores são elemento central na equação que dita o comportamento da dívida. Quanto menores os juros exigidos, mais fácil controlar a dívida.
Ele explica que a decisão sobre a Selic por parte do Banco Central não se resume ao controle inflacionário, mas leva em consideração também o apetite de credores pelos títulos da dívida. “A disciplina fiscal é uma das formas importantes que se tem para tentar reduzir esse risco fiscal, reduzir essa taxa de juros de equilíbrio da economia”, diz.
“Segurar os gastos e evitar desperdícios, melhorar a eficiência do gasto, apontar para uma trajetória sustentável para a dívida pode acabar gerando um círculo virtuoso”, completa ele, indicando que os credores passarão a aceitar juros menores para financiar o governo, medida que faria a dívida pressionar menos o orçamento.
O Sul