Vídeo de Luís Ernesto Lacombe
Delegações de mais de 60 países visitaram a Expodireto Cotrijal em 2023
Pavilhão Internacional da feira sediará o 4º Seminário China-Brasil da cadeia de suprimentos da Agricultura, Pecuária e Alimentação
Neste sábado, 10 de fevereiro, será celebrado o Ano Novo Chinês, marcando o início do período do dragão. De acordo com a mitologia chinesa, o dragão é símbolo de boa sorte, força e sucesso. E esses são os desejos da organização da Expodireto Cotrijal para todas as delegações estrangeiras que devem passar pelo parque da feira em Não-Me-Toque (RS), de 4 a 8 de março.
Entre os grupos que devem participar da exposição e da programação do Pavilhão Internacional, estará a comitiva chinesa. “Podemos dizer com alegria que a Área Internacional da Expodireto Cotrijal tem contribuído para divulgar o Rio Grande do Sul e o agronegócio brasileiro para outros países com sucesso. E isso se reflete na edição de 2024, na qual além das delegações de países que costumam participar, também teremos a presença da maior delegação chinesa da história da feira”, destaca o presidente da Cotrijal, Nei César Manica.
A participação chinesa será com expositores, importadores, representantes de empresas de trading, palestrantes e membros do governo. Este movimento é um resultado dos convites realizados pela Coordenação da Área Internacional da Expodireto Cotrijal, em viagens realizadas em 2023 para Pequim, Shanghai e Xiamen.
“É a primeira vez que a feira recebe expositores de empresas da China, além da grande comitiva que já confirmou presença. Estamos animados com as possibilidades de networking e de rodadas de negócios que ocorrerão no Pavilhão Internacional”, comenta Matheus Prato Da Silva, coordenador da Área Internacional da feira.
A 24ª edição da Expodireto Cotrijal também sediará o 4º Seminário China-Brasil da cadeia de suprimentos da Agricultura, Pecuária e Alimentação. A 1ª edição foi realizada de forma virtual no Pavilhão Internacional da feira em 2023. Já a 2ª e a 3ª edições ocorreram em Pequim, nos meses de março e novembro do ano passado.
Sustentabilidade e segurança alimentar
Nos eventos que serão realizados no Pavilhão Internacional, temáticas como sustentabilidade e segurança alimentar serão centrais. Segundo a organização do espaço, debates sobre geração de energia com plantas eólicas e solares, produção de hidrogênio verde, transição energética do carvão mineral, produção de biodiesel e etanol, são assuntos cada vez mais solicitados pelas comunidades internacionais.
Além disso, muitos estrangeiros procuram na Expodireto Cotrijal alternativas para aumentar a produção de alimentos em seus países. Por isso o setor internacional da feira sediará o evento Food Security as Defense too – no português, Segurança Alimentar também como defesa.
Ainda dentro das atividades previstas, o auditório International Point promoverá uma série de debates, com palestrantes do Brasil e do exterior, além de encontros entre entidades que discutem os acontecimentos do agronegócio no mundo.
Jardim das nações
Além da programação robusta, o espaço do Pavilhão Internacional também tem outra novidade. Nesta edição da feira foi criado o “Garden das Nações”, como a palavra em inglês indica, será um jardim que convida os visitantes estrangeiros e as empresas brasileiras para, em contato com a natureza, construir parcerias e realizar reuniões de negócio. Um espaço aconchegante e de multi uso para quem frequentar a área.
A previsão é que Expodireto Cotrijal receba representantes de diversos países além da China, como Alemanha, Argentina, Nigéria, Gana, França, Bolívia, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Estados Unidos, Itália, Israel, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Panamá, Peru, entre outros.
Por Laura Coutinho | Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal
Expodireto Cotrijal
Incomodado com o relatório do Tesouro Nacional que apontou o Judiciário brasileiro como o mais caro do mundo, Luís Roberto Barroso, presidente do STF, escreveu um artigo argumentando que 'o valor da Justiça não se mede em dinheiro'.
O argumento é frágil: todos sabemos que a promoção da Justiça, assim como defesa e segurança, têm um valor inestimável. Não há sociedade estável sem esses pilares. Isso, porém, não justifica que nenhuma dessas áreas crie mordomias e regalias às custas do cidadão.
A situação se agrava quando a percepção do 'valor da justiça' para os brasileiros difere muito da do ministro. Por exemplo, 47,3% dos brasileiros consideram que o Brasil vive sob uma ditadura do Judiciário, e outros 16,7% acreditam que juízes cometem abusos e ultrapassam suas atribuições, segundo pesquisa AtlasIntel.
Barroso aparentemente não entendeu, ou finge não entender, que o brasileiro deseja apenas duas coisas: 1) uma justiça funcional e 2) que não seja a mais cara do mundo. É nisso que o NOVO acredita.
Fonte: https://www.instagram.com/p/C32xixVgHxO/?igsh=cjZtbHB3OW9lZXli
TSE proibiu expressamente a disseminação de notícias falsas manipuladas por inteligência artificial
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta quarta-feira, 28, que as resoluções aprovadas ontem pela Corte para regulamentar o uso da inteligência artificial a partir das eleições municipais de 2024 estão entre as mais modernas do mundo no combate à desinformação.
Moraes defendeu que a Justiça Eleitoral sai fortalecida para frear a circulação de fake news e discursos de ódio 'anabolizados pelo mau uso da inteligência artificial'.
O TSE proibiu expressamente a disseminação de notícias falsas manipuladas por inteligência artificial, as chamadas deep fakes. Se a regra for descumprida, o candidato poderá ter o registro ou o diploma cassado.
Segundo a resolução, estão vedados 'conteúdos sintéticos em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos, que tenham sido gerado ou manipulados digitalmente, ainda que mediante autorização, para criar, substituir ou alterar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia'.
O tribunal também determinou que provedores devem tirar do ar, com 'agilidade', conteúdos vedados pela Justiça Eleitoral. As plataformas serão punidas se não removerem imediatamente perfis e publicações com discurso de ódio, preconceituoso ou antidemocrático.
'Se não retirarem conteúdos antidemocráticos, racistas, fascistas, que instiguem o discurso de ódio, eles passam a ser responsáveis solidariamente civil e criminalmente, para que nós possamos, finalmente, por ora no campo eleitoral, acabar com essa terra sem lei que existe nas redes sociais', justificou Moraes.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral tem sido uma das vozes mais contundentes em defesa da responsabilização das redes sociais pelos conteúdos que circulam nas plataformas.
A ministra Cármen Lúcia foi a responsável por costurar as propostas dos colegas do TSE e da sociedade civil para atualizar as diretrizes sobre o uso de novas tecnologias nas eleições. Ela também defendeu nesta quarta que as big techs respondam pelos conteúdos veiculados.
'Essas obrigações se impõem como um dever de cuidado democrático', afirmou. 'Não há nenhuma possibilidade de se cogitar de essas formas de atuação serem impedimento aos desempenho livre dessas plataformas, dos provedores. Apenas queremos que eles atuem constitucionalmente, cumprindo a função social que é atribuída a todas as entidades empresariais de qualquer natureza.'
Cármen Lúcia vai suceder Alexandre de Moraes na presidência do TSE e será responsável pela organização das eleições municipais.
'Essas desinformações se transformaram em uma doença gravíssima e com graves riscos de comprometimento da saúde democrática', disse a ministra nesta tarde.
'A experiência de 2018, 2020 e, especialmente, 2022 deu demonstração de que essas tecnologias influenciam. Nós não queremos que se ponha um chip não físico na liberdade do eleitor. Que é isso que se faz por uma tela que mostra alguma coisa que não é verdadeira.'
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Em discurso, presidente voltou a chamar conflito em Gaza de genocídio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quarta-feira, no encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), as agendas em comum do Brasil com os países da região e prometeu abrir rotas de conexão e ampliar a parceria. "O Brasil voltou a olhar para seu entorno, ciente de que somente juntos lograremos uma inserção internacional robusta", afirmou em Georgetown, na Guiana.
"Vemos no bloco um parceiro econômico promissor e um interlocutor político estratégico. O Brasil já é o quinto maior fornecedor da Caricom. Nossa corrente de comércio foi de US$ 2,7 bilhões no ano passado, mas já havia superado US$ 5 bilhões em 2008, o que demonstra seu potencial de crescimento”, disse.
Segundo ele, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil) identificou mais de mil oportunidades de inserção de produtos brasileiros nos países da Comunidade. “Ocorre que bens e serviços não circulam onde não há vias abertas. Belém, Boa Vista e Manaus estão mais próximas de capitais do Caribe do que de outras grandes cidades brasileiras", acrescentou.
A Guiana exerce, durante o primeiro semestre de 2024, a presidência temporária do grupo. Estabelecida em 1973, a organização, com sede em Georgetown, busca promover a integração econômica, o desenvolvimento social, a coordenação da política externa e a cooperação em segurança entre seus membros. Ela é integrada por 15 países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Em extensão, os países da Caricom somam um território equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul.
Sobre integração, o presidente destacou o projeto de abertura de estradas e outras formas de ligação aérea, fluvial e marítima com os países da região.
"Nosso maior obstáculo é a falta de conexões, seja por terra, por mar ou pelo ar. Uma das rotas de integração e desenvolvimento prioritárias para meu governo é a do Escudo Guianense, que abrange a Guiana, o Suriname e a Venezuela. Queremos, literalmente, pavimentar nosso caminho até o Caribe. Abriremos corredores capazes de suprir as demandas de abastecimento e fortalecer a segurança alimentar da região", destacou.
O presidente comentou sobre o fato de o Brasil e os países da Caricom convergirem em 80% das votações na Assembleia Geral da ONU. E prometeu fazer uma doação financeira ao Banco de Desenvolvimento do Caribe, ao qual o Brasil se associou em 2010.
Combate à fome e às mudanças climáticas
Durante o discurso, de aproximadamente 30 minutos, Lula abordou problemas centrais que atingem o Caribe, como a insegurança alimentar, que afeta metade da população caribenha, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas e os efeitos das mudanças climáticas, que têm impactos ainda mais graves em países insulares e tropicais.
"Quero ressaltar que esses dois problemas estão no centro dos debates travados pelo Brasil nos fóruns internacionais. Quero ressaltar também que esses dois problemas têm a mesma raiz: a desigualdade. Portanto, a luta do contra a desigualdade no mundo é também a luta das populações caribenhas. Não é possível que num planeta que produz comida suficiente para alimentar toda a população mundial, cerca de 735 milhões de seres humanos não tenham o que comer", observou.
O presidente aproveitou para criticar e cobrar que os países ricos, os que mais poluíram o planeta ao longo dos últimos séculos para se industrializar, até o momento não cumpriram a promessa de financiar a transição ecológica e para adaptação das nações mais pobres.
"Não é possível que os países ricos, principais responsáveis pela crise climática, continuem descumprindo o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais aos países em desenvolvimento, para o enfrentamento da mudança do clima. Não é possível que o mundo gaste por ano US$ 2,2 trilhões em armas".
Citando o desafio brasileiro de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), que será realizada em Belém, daqui a dois anos, o presidente pediu união de esforços para cumprir a meta de manter o aumento da temperatura global em até 1,5º C acelerando a implementação dos compromissos já assumidos e adotando metas mais ambiciosas em 2025.
Lula falou também sobre o impacto das guerras em curso no planeta e que causam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes, e citou a guerra na Ucrânia, que, segundo ele, "encarece os preços dos alimentos e dos fertilizantes", e o conflito na Faixa de Gaza, que ele voltou a classifcar como genocídio.
"Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade. E confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome; na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe”, disse.
Agenda no Caribe
Durante a estadia na Guiana, Lula se reunirá com o chefe de governo do país vizinho, Irfaan Ali, quando deve abordar a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, disputado pelos dois países. Há também uma agenda de trabalho marcada com Ali e o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para tratar de temas de interesse trilateral, como energia e integração da infraestrutura física e digital. Lula ainda se encontrará também com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.
Da Guiana, na quinta-feira, Lula viaja para o pequeno país insular caribenho de São Vicente e Granadinas, onde participará, no dia 1º de março, da abertura da 8ª cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada em Kingstown, a capital.
Apesar de ser um dos países fundadores da Celac, o governo anterior do Brasil deixou a comunidade, composta por 33 países. A reintegração ao bloco foi uma das primeiras medidas de política externa do presidente Lula no início de 2023, ao assumir o terceiro mandato.
Agência Brasil e Correio do Povo