O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), postou um vídeo nas redes sociais mostrando como ficou sua residência após buscas da Polícia Federal. “Cheguei há pouco em casa com muitas coisas reviradas e largadas abertas. Aos poucos reorganizando tudo”, escreveu no X (antigo Twitter).
A PF deflagrou, nessa segunda-feira (29), nova fase da Operação Vigilância Aproximada, que investiga espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Cheguei há pouco em casa com muitas coisas reviradas e largadas abertas. Aos poucos reorganizando tudo. pic.twitter.com/vhyqPwQS2l
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) January 30, 2024
Três endereços ligados ao vereador foram vistoriados por agentes da PF: residência no Rio de Janeiro, gabinete na Câmara Municipal e casa em Angra dos Reis (RJ), onde ele estava com o pai, Jair, e os irmãos Eduardo e Flávio após a realização de uma live, no último domingo (28).
“Pessoal que trabalha comigo chegando em minha casa e quem de todos que poderiam fazer contato para permitir acesso interfonando o fez? O mesmo porteiro que mentiu na Polícia Federal dando bom dia!”, disse ainda o “02” na rede social, sobre as buscas da PF.
Com depoimento marcado para esta terça (30), Carlos afirmou no X que a ida à PF não tem a ver com a operação. “Qualquer outra linha de desinformação diferente disso é mais uma fake news”, publicou, com print de uma postagem atacando o ex-presidente.
Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro, também reforçou que o depoimento diz respeito a mensagens de ódio contra o ex-presidente. “Trata-se de uma postagem, dentre as inúmeras, que o presidente sofreu de ameaça, ataque de decapitação, fotografia de pessoas jogando futebol com a cabeça do presidente”, explicou ontem no X.
Carlos é apontado como líder político da “Abin paralela”, grupo criminoso instalado na agência durante a gestão do então diretor-geral e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), também alvo da PF na última quinta (25).
Investigações apontam que esse braço paralelo do órgão espionava, por meio do software FirstMile, autoridades e cidadãos sem autorização judicial e também coletava informações para beneficiar o clã Bolsonaro durante o governo do ex-presidente.
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