domingo, 31 de maio de 2020

Prefeitura de Caxias do Sul (RS) confirma o primeiro surto de Covid-19 na cidade

Frigorífico contabilizou 12 funcionários com testes positivos para a doença

Caxias do Sul já contabiliza 54 casos ativos do vírus e 4 óbitos em decorrência da doença

Caxias do Sul já contabiliza 54 casos ativos do vírus e 4 óbitos em decorrência da doença | Foto: Prefeitura de Caxias do Sul / Facebook / Divulgação / CP


A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul confirmou, neste sábado, o primeiro surto da Covid-19 na cidade. No frigorífico de Ana Rech, 12 funcionários testaram positivo para a doença.

Na próxima segunda-feira, o diretor da empresa deve se reunir com a equipe da SMS para apresentar o Plano de Contingência, conforme consta no decreto municipal. De acordo com a gestão municipal, todos os frigoríficos da cidade estão sendo monitorados pela Vigilância Sanitária e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador desde o dia 23 de março.

Em nota, a JBS informou que, "tão logo teve a confirmação do primeiro caso de Covid-19 em sua planta de Ana Rech, seguiu com todas as medidas previstas em seu protocolo - afastando todos os casos com indicação médica e monitorando 100% dos demais colaboradores. Entre as medidas previstas também estão a desinfecção geral da unidade".

De acordo com o painel de monitoramento de coronavírus da SMS, a cidade serrana possui até o momento 54 casos ativos do vírus e quatro óbitos pela doença. O índice de letalidade por Covid-19 no município é de 2,41%. Já a ocupação de leitos de UTI adulto e pediátrico na cidade é de 72,31%, conforme consta no painel de monitoramento.

Confira a íntegra da nota da JBS:

"A JBS informa que desde o início da pandemia no Brasil tem se pautado pelo absoluto foco na saúde, segurança e proteção dos seus mais de 130 mil colaboradores para o enfrentamento à Covid-19 em todas suas unidades.

Tão logo teve a confirmação do primeiro caso de Covid-19 em sua planta de Ana Rech  (RS), a empresa seguiu com todas as medidas previstas em seu protocolo - afastando todos os casos com indicação médica e monitorando 100% dos demais colaboradores. Entre as medidas previstas também estão a desinfecção geral da unidade.

A Companhia vem atuando em conjunto com as autoridades públicas e suas ações seguem as recomendações dos órgãos de saúde e também do protocolo dos Ministérios da Saúde, Agricultura e Economia. A JBS contratou especialistas do Hospital Albert Einstein e de médicos infectologistas para apoiar na construção das medidas de prevenção e na proteção aos seus colaboradores".


Correio do Povo

Partida de futebol é encerrada em São Leopoldo (RS) por descumprir normas municipais

Além de multa, Grêmio Esportivo Nacional permanecerá com suas atividades suspensas

Partida de futebol ocorria neste sábado em São Leopoldo

Partida de futebol ocorria neste sábado em São Leopoldo | Foto: SCOM / Divulgação / CP


Uma partida de futebol, que ocorria no Estádio do Grêmio Esportivo Nacional, em São Leopoldo, teve que ser encerrada, na manhã deste sábado, pela força-tarefa da Prefeitura por descumprir as normativas impostas no decreto municipal em decorrência do coronavírus. O clube, localizado no bairro São Miguel, foi notificado e multado, e permancerá com suas atividades suspensas. Os jogadores foram dispensados do local.

Conforme o decreto, somente academias de ginástica podem abrir e ficam suspensas quaisquer tipos de aulas coletivas, com exceção de atividades sendo realizadas com coabitantes - pessoas que residem na mesma moradia ou trabalham no mesmo local.

O decreto prevê multa de 500 UPM´s por descumprimento, podendo ser agravada em até cinco vezes o valor em caso de reincidência. Denúncias podem ser encaminhadas pelos telefones 156 da Ouvidoria Geral, 153, ou 2200.0629 da Guarda Civil Municipal, ou por mensagens pelo Whatsapp da Guarda pelo número 51 93383222.


Correio do Povo

Maio termina com avanço de frente fria no Rio Grande do Sul

Sol chega a aparecer com nuvens em muitas áreas, mas nebulosidade aumenta, com riscos de chuva pelo Estado

Temperatura oscila entre 11ºC e 17ºC em Porto Alegre

Temperatura oscila entre 11ºC e 17ºC em Porto Alegre | Foto: Guilherme Almeida


Após um sábado de temperaturas agradáveis na maior parte do Rio Grande do Sul, uma frente fria avança pelo Estado com pouca atividade. O sol chega a aparecer com nuvens em muitas áreas, mas a nebulosidade aumenta no último dia de maio, com possbilidade de chuva na Metade Norte, da tarde pra noite. Na Metade Sul, qualquer instabilidade será isolada e com muito baixo volume.

Em Porto Alegre e região, sol e nuvens com posterior aumento da nebulosidade, não se afastando precipitação leve na segunda metade do dia. O vento aumenta e sopra com rajadas fortes no Sul com ingresso de ar frio e ciclone no oceano. Na Capital, os termômetros devem oscilar entre 11ºC e 17ºC.


MetSul Meteorologia e Correio do Povo

LOUCURA REAL: GRANDES NOMES DA REALEZA QUE FORAM VÍTIMAS DE SÉRIOS TRANSTORNOS MENTAIS–História virtual

De Ivan IV a Maria de Portugal, essas personalidades pagaram um preço alto em vida
BIANCA NUNESCrédito: Wikimedia Commons
Era tarde da noite no palácio de Windsor, na Inglaterra de 1788, quando o rei George III deixou seus aposentos vestindo uma camisola. Com uma fronha fazendo as vezes de chapéu, ele carregava um travesseiro nas mãos, tal qual um bebê recém-nascido. Aos berros, corria pelos corredores e acordava a todos dizendo que Londres estava alagada e que aquele que segurava era o príncipe Octavius, que acabara de nascer.
A cena bizarra já não era mais estranha aos conselheiros reais e membros da corte. Havia anos que a Inglaterra estava sendo governada por um rei debilitado mentalmente, que não reagia a nenhum tipo de tratamento (todos tão loucos quanto o paciente).
Assim como George III, muitos outros soberanos reinaram acometidos por doenças mentais. Alguns, devido à gravidade de seus desequilíbrios, foram obrigados a deixar o trono. Muitas famílias reais, desesperadas, gastaram fortunas em procedimentos médicos inusitados.
George III, por exemplo, foi enrolado em camisa-de-força e passou por tratamentos agressivos, que incluíam incisões no cérebro e uso de fortes purgantes. Capaz de falar sem parar por 60 horas e de engolir a comida sem mastigar, não conseguia manter as mãos quietas e vivia enrolado em lençóis – usava cerca de 40 por dia.
O monarca governou a Inglaterra de 1760 a 1820. Os surtos passaram a ser registrados após sua coroação, aos 30 anos. Aos poucos, ele passou a ter dificuldade de concentração, a falar muitos palavrões e a ficar irritado facilmente. Em 1788, o médico Richard Warren declarou: "Nosso rei está louco". George reinou assim, maluco, até seus derradeiros dias, quando foi isolado numa ala do palácio.
Cômodo: Sede de sangue
Marco Aurélio Cômodo / Crédito: Wikimedia Commons
O imperador romano Marco Aurélio Cômodo (161-192) não gostava de política. No início de seu reinado (180 a 192), deixou o governo sob poder dos conselheiros do pai. Após a morte de dois deles, resolveu assumir o trono, mas entregou-se a um estilo de vida no mínimo exótico: proclamando-se Deus vivo.
Autodenominava-se Ducator orbis, Conditor, Invictus, Amazonianus, Exsuperatorius (Chefe supremo, Líder, Todo-Poderoso, Incrível, Vencedor) e afirmava ser a reencarnação do herói grego Hércules. Em um de seus acessos, mandou trocar a nomenclatura dos meses do ano e abandonou o nome de sua família, obrigando todos a chamá-lo de Hércules, filho de Zeus.
Começou a exibir suas proezas físicas nos jogos públicos. "Provou-se um expoente super entusiasta e sádico de seu papel, pois tinha um apetite tão insaciável por derramamento de sangue e carnificina que suas ações só podem ser vistas como fruto de uma mente doente", escreveu o historiador inglês Vivian Green em A Loucura dos Reis.
Ordenou a seus devotos que cortassem os braços e a sacerdotes que surrassem o próprio peito até sangrar. Nos anfiteatros romanos, de seu camarote privado, Cômodo atirava flechas em suas vítimas. Durante os 14 dias dos jogos flavianos, ele promoveu caças a avestruzes. Sua diversão era cortar a cabeça dos bichos e vê-los correr decapitados. Gostava também de participar de batalhas contra gladiadores jovens, vigorosos e nus. Ai de quem o vencesse.
Na época, o Senado estava letárgico. E o povo, entretido com os espetáculos que Cômodo lhe proporcionava. Mas dentro de sua família havia medo e pânico – todos temiam por suas próprias vidas. Liderados pela amante Márcia, os familiares deram a ele bebida envenenada.
Enquanto o imperador vomitava, um campeão de lutas, Narciso, o estrangulava. Não há registro de que Cômodo tenha sido medicado. "Na época os tratamentos eram à base de banhos termais. A ideia que de os banhos poderiam acalmar os doentes mentais perdurou até o início do século 20", afirma o psiquiatra Walmor Piccinini, da Fundação Universidade Mário Martins, no Rio Grande do Sul.
Carlos VI: o rei de vidroCarlos VI / Crédito: Wikimedia Commons
Carlos VI ascendeu ao trono da França aos 12 anos, em 1380. Novo demais para governar, delegou o poder aos três tios e acostumou-se a não assumir responsabilidades. Em 1392, Carlos soube de uma conspiração para matar um de seus conselheiros. Jurou vingança e organizou uma expedição para lutar contra o duque da Bretanha, responsável pela trama.
Num dia muito abafado de verão, quando se aproximava das fronteiras bretãs, um incidente deu início a uma sequência de episódios que só terminariam com sua morte. Assustado com um barulho de lança, Carlos se imaginou no meio de inimigos e investiu contra seus cavaleiros, matando cinco. Segurado por seus criados, foi levado de volta ao palácio e ficou dois dias em coma.
Quando recuperou a consciência, demorou a falar de maneira coerente e reconhecer as pessoas. Passou a sofrer delírios, esquecendo que era rei da França e de seu matrimônio. Jogava objetos no fogo e urinava na roupa que usava. Por meses, recusou-se a trocar as roupas de baixo, a tomar banho e a fazer a barba – chegou a pegar doenças de pele e piolhos. Relatos do futuro papa Pio II diziam que "ele às vezes acreditava que era de vidro e não podia ser tocado, inseria varetas de ferro em suas roupas e se protegia de muitas maneiras, temendo quebrar-se ao cair".
Em desespero, os médicos reais decidiram tratá-lo com purgações no cérebro (incisões na cabeça para aliviar a pressão, drenando os "fluidos que o corrompiam") e exorcismos com freis agostinianos. Até o susto foi empregado (homens com os rostos pintados de preto entravam em seu quarto e davam um grito). Nada teve resultado. O rei morreu em 1422.
Ivan, o Terrível: o rei da dorIvan IV, conhecido como Ivan, o Terrível / Crédito: Wikimedia Commons
A saga da loucura real russa não perde para nenhuma maluquice da Europa ocidental. Muito pelo contrário. Ivan, o Terrível (1530-1584), que se tornou o primeiro czar da Rússia em 1547, conseguiu deixar uma bela história no currículo do Império.
Sua índole já se manifestava desde criança, quando Ivan se divertia jogando cães e gatos do teto do palácio e arrancando penas de aves enquanto lhes furava os olhos e lhes fendia o corpo. Ivanzinho era um menino inteligente e lia muito. Embora fosse herdeiro do trono (o pai, governante do Grande Reino de Moscóvia, morreu quando ele tinha 3 anos e a mãe assumiu o governo até os 8 anos do filho, quando morreu), não teve vida mansa. Os nobres que cuidavam dele e disputavam o poder o tratavam brutalmente e o deixaram passar fome. Ao ser coroado czar, vingou- se: livrou-se dos aristocratas e executou muitos deles.
Por sua natureza sexualmente promíscua – teve ao todo oito esposas oficiais –, caiu gravemente doente em 1553. Não se sabe exatamente a causa: pode ter sido sífilis ou um ataque de encefalite. Quando se recuperou, viu que a maioria de seus apoiadores tramava contra ele.
A partir daí, ficou obcecado com a possibilidade de traição e instituiu um governo forte e autoritário. Em seus ataques de fúria, arrancava os próprios cabelos e espumava pela boca. Ao ordenar execuções, depois de ouvir os gritos dos prisioneiros sendo torturados, batia a cabeça em penitência, rezando pelos que havia matado.
Aos 35 anos parecia um idoso, com a face enrugada, barba rala e fina e quase calvo. Ivan inaugurou um reinado de terror, ainda que tivesse propósito político. Quando suspeitou que a importante cidade comercial de Novgorod queria a independência da Grande Rússia, saqueou-a e massacrou seus habitantes — muitos foram jogados nas águas congeladas do rio.
O arcebispo da cidade foi o que mais sofreu: costurado dentro de uma pele de urso, foi estraçalhado por uma matilha de cães de caça. Nessa época, Ivan teria adquirido o vício de ingerir mercúrio - ele o consumia frequentemente e mantinha um caldeirão borbulhante em seu quarto. Após a morte do filho, pelo qual foi responsável (numa discussão, ele deu um golpe de bengala de ferro na cabeça do filho, que morreu 11 dias depois), seu estado mental piorou.
Em 1584, adoeceu gravemente: seu corpo inchou e emitia um odor forte, e a pele descamou-se. Não há relato de que ele tivesse sido tratado de alguma doença nessa época. Sua morte foi descrita como "decomposição do sangue" e pode ter sido ocasionada por envenenamento de mercúrio ou por sífilis.
Maria de Portugal: medo do DiaboMaria I / Crédito: Wikimedia Commons
A história de loucura real mais conhecida dos brasileiros é a da rainha portuguesa Maria I, que morreu no Brasil. A mãe de dom João VI assumiu o trono em 1777 e, como fervorosa católica, tratou de dar à Igreja o devido prestígio. Aos 47 anos, começou a ter pesadelos e visões de seu falecido pai. Após a morte do marido, Pedro, seguida pela do filho, José (que a deixou extremamente culpada, pois não o vacinara contra a varíola, doença que o matou), dona Maria piorou.
Seu declínio mental se tornou público no início da década de 1790, aos 56 anos, quando ela teve um surto em um teatro de Lisboa. A doença da rainha tinha caráter religioso. No começo, seus ataques eram curtos e explosivos, com insultos a seus confessores e pavor de crucifixos e de lugares sagrados. Tinha visões do diabo a espionando e achava que estava condenada à perdição eterna. Passou a seguir uma dieta estranha (queria comer apenas ostras com cevada) e falava palavrões de modo incoerente. O desespero da corte com seu estado era grande.
Em 1792, decidiu-se por chamar o médico Francis Willis, que ficara conhecido pelo tratamento de choque com George III, que incluía o uso de camisa-de-força e purgantes. Ao que consta, ele teria recebido a quantia de 20 mil libras esterlinas, o equivalente a aproximadamente 4 milhões de reais atuais, para curá-la, mas não conseguiu reverter a situação. No fim do tratamento, propôs levar a rainha para a Inglaterra como parte de uma jornada terapêutica marítima.
A sugestão foi rejeitada. A Revolução Francesa provocou mais surtos na rainha e, depois de inúmeras tentativas para fazê-la melhorar, dom João, o segundo na linha sucessória do trono, teve de assumir o poder. Em 1799, foi proclamado príncipe regente. No fim de 1807, ela viajou junto com a família para o Brasil, fugindo da invasão napoleônica. Conta-se que, durante o trajeto ao navio real, dona Maria disse a seu cocheiro: "Mais devagar! Ou vão pensar que estamos fugindo!" Aqui ela ficou num antigo convento no Rio de Janeiro até morrer, em 1816.

Fonte:https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-nomes-da-realeza-que-foram-vitimas-de-transtornos.phtml


História Licenciatura

Aras diz que citação do seu nome para vaga no STF causa "desconforto"

Procurador-geral da República se posicionou por nota após manifestações do presidente Jair Bolsonaro

Procurador-geral da República se posicionou por nota nessa sexta-feira

Procurador-geral da República se posicionou por nota nessa sexta-feira | Foto: Pedro França / Agência Senado / CP


Em nota publicada no fim da noite desta sexta-feira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou "desconforto" com a citação do seu nome para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que poderia indicar o procurador-geral para ocupar uma cadeira na Corte.

Ao classificar a atuação do PGR como "excepcional", o mandatário disse que "o nome de Augusto Aras entra fortemente", caso apareça uma terceira vaga - até 2022, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão a Corte. Nesta quinta-feira, Bolsonaro tentou atenuar a repercussão negativa da declaração e escreveu, em suas redes sociais, que não cogita indicar o procurador-geral para uma dessas duas vagas.



"O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado", diz nota publicada no site da PGR. "Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal."

No texto, ele afirma que ao aceitar a nomeação teve o propósito de "melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo".

Aras vem sendo alvo de críticas internas no MPF por tomar medidas consideradas "pró-governo", como o pedido, feito na quarta-feira, para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o inquérito das fake news, que atinge políticos, empresários e blogueiros bolsonaristas.

Por outro lado, os acenos de Bolsonaro a Aras fizeram aumentar o ritmo de adesões ao manifesto dos procuradores da República, lançado no último dia 27 pela ANPR, pedindo independência do Ministério Público Federal (MPF).

Nota na íntegra

"O  procurador-geral da República, Augusto Aras, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado.

Ao aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve o atual PGR outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo.

O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o seu dever.

Augusto Aras
Procurador-geral da República"


Agência Estado e Correio do Povo

Após ser alvo de pichação, PGR repudia vandalismo e reforça segurança

Ato de vandalismo ocorre em meio às críticas à atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras

Bolsonaro afirmou que poderia indicar Aras para ocupar uma cadeira no STF

Bolsonaro afirmou que poderia indicar Aras para ocupar uma cadeira no STF | Foto: Pedro França / Agência Senado / CP


Um painel colocado no edifício-sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, foi alvo de pichação. Onde se lia "Procuradoria-Geral da República", foi escrito "do Bolsonaro" em cima de "da República", para que se leia "Procuradoria-Geral do Bolsonaro". Após o episódio, a PGR informou que vai reforçar a segurança nas unidades do Ministério Público Federal (MPF) de todo o País.

O ato de vandalismo ocorre em meio às críticas à atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras, alvo de crescente pressão interna no MPF e de setores da oposição por, na visão deles, agir alinhado aos interesses do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme informou o Estadão, quase 600 procuradores já assinaram um manifesto pedindo a independência do MPF. O documento, subscrito por mais da metade dos 1.131 procuradores da República do País, pede a criação de uma emenda constitucional que obrigue o presidente a escolher o chefe do MPF a partir de uma lista tríplice elaborada pela categoria.

Em nota, a PGR informou que repudia o ato de "vandalismo contra sua sede, que se encontra em investigação para responsabilização civil e criminal do ato que danificou patrimônio público". Na manhã deste sábado, a pichação já havia sido removida.

"As medidas de reforço na segurança das unidades de todo o País serão tomadas com a maior rapidez possível; bem como as demais medidas administrativas que se fizerem necessárias", informou a assessoria da PGR.

Excepcional

Na última quinta-feira, Bolsonaro afirmou que poderia indicar o procurador-geral para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao classificar a atuação do PGR como "excepcional", o chefe do Executivo disse que o nome de Augusto Aras "entra fortemente", caso apareça uma terceira vaga na Corte - até 2022, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão a Corte.

Os elogios de Bolsonaro provocaram desconforto na Procuradoria. O presidente tentou atenuar a repercussão negativa na última sexta-feira e escreveu, em suas redes sociais, que não cogita indicar o procurador-geral para nenhuma das duas vagas que serão abertas no seu mandato.

"Todos sabem que durante o mandato para o qual eu fui eleito, que vai até 2022, estão previstas apenas duas vagas para o Supremo Tribunal Federal. Conforme afirmei em minha 'live', e com todo o respeito que tenho pelo Senhor Procurador-Geral da República, Augusto Aras, eu não cogito indicar o seu nome para essas vagas", escreveu o presidente no Facebook.

Ontem pela manhã, Bolsonaro incluiu Aras numa lista de homenageados pela Ordem de Mérito Naval, uma das maiores honrarias militares, concedida a integrantes da Marinha e, excepcionalmente, corporações militares, instituições civis e personalidade que tenham prestados serviços relevantes à Marinha.

Alinhamento

O alinhamento de Aras aos interesses do Palácio do Planalto voltou à tona com os desdobramentos do inquérito do STF que investiga ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares. O caso foi aberto por determinação unilateral do presidente do STF, Dias Toffoli, que escanteou o MP da apuração.

Depois de dizer, no ano passado, que Toffoli "exerceu regularmente as atribuições que lhe foram concedidas" pelo regimento interno do Supremo, Aras mudou de ideia e pediu agora a suspensão das investigações. O procurador havia concordado com a realização de depoimentos de alvos da investigação, mas se opôs à operação de busca e apreensão, medida considerada "desproporcional".

O procurador costuma dizer a interlocutores que o MP não deve interferir na política e que se guia pela Constituição e pelas leis.

Aras chegou ao comando do MPF por escolha de Bolsonaro, sem participar da tradicional lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) após votação interna da categoria. "Tem problemas que vêm do Ministério Público", chegou a afirmar o presidente na véspera da indicação, ao dizer que não indicaria um "xiita" para o cargo.

Aliados do procurador avaliam que a indicação sem o aval da categoria, com um discurso anticorporativista, abriu margem para a criação de um ambiente hostil dentro do Ministério Público e a vinculação ao presidente Bolsonaro.



Agência Estado e Correio do Povo

Chuí busca por passageiros de linha intermunicipal após homem testar positivo à Covid-19

Paciente esteve em ônibus que saiu de Pelotas para Santa Vitória do Palmar na última quinta-feira

Após um passageiro de ônibus testar positivo à Covid-19, a Secretaria Municipal do Chuí busca por supostos infectados do vírus, que viajaram de Pelotas para Santa Vitória do Palmar, na última quinta-feira. Segundo a Vigilância Epidemiológica do Chuí, o homem esteve na linha intermunicipal da Empresso Embaixador das 18h30min às 22h.

A viagem também seguiu até o Chuí. A empresa Expresso Embaixador, que é responsável pela  linha intermunicipal, não possui lista de passageiros. Com isto, a Vigilância Epidemiológica do Chuí convoca os passageiros e todos aqueles que tenham tido contato com pessoas deste ônibus para que entrem em contato com a equipe pelos números de telefone (53)32651650, (53)32652037 ou (53) 999068960.


Correio do Povo

Castigos cruéis e incomuns: 15 tipos de tortura–História virtual

POR: Alison Eldridge
A mente humana tem sido capaz de sonhar com maneiras novas e terríveis de punir supostos transgressores, vilões, bruxas e qualquer outra pessoa que teve a infelicidade de estar no lugar errado na hora errada. Estamos todos familiarizados com os velhos amores: pendurar, queimar, apedrejar. Bocejar. E se alguém realmente te enganar? Como roubar suas ovelhas ou, de alguma forma, deve ter causado uma falha na colheita ou algo assim, porque eles lhe deram uma aparência estranha dessa vez? Ao longo dos tempos, alguns métodos extremamente brutais de tortura e execução vieram e se foram. E há alguns que ainda não foram embora também. Leia sobre esses 15 tipos terríveis de tortura, mas por favor, não tente fazer isso em casa.
Empurrador vertical
poliaPolia.GK Bloemsma
O empurrão vertical foi uma reviravolta interessante em um método de execução clássico. A suspensão, embora seja uma verdadeira espera em todo o mundo, deixa muito a desejar em termos de eficácia. Dependendo do peso da pessoa, da corda, do alçapão e de vários outros fatores, pode ser uma maneira muito lenta ou estranha de morrer. A solução natural? Faça isso ao contrário! O jerker ereto era um sistema de suspensão modificado que usava pesos e polias para empurrar rapidamente os condenados no ar. Esperava-se que essa fosse uma maneira mais eficaz de quebrar o pescoço rapidamente ... mas nem sempre funcionava como planejado.
Queda
Penhascos brancos de Dover, Kent do sudeste, Eng.© Jaroslaw Grudzinski / Shutterstock.com
Qual é a primeira coisa que vem à mente quando alguém o erra? Jogue-os de um penhasco! Esta tem sido uma solução simples para incômodos indesejados há séculos. Embora esteja fora de moda, o Irã ainda emprega esse método para execuções estatais.
Esmagado pelo elefante
Elefante asiático ( Elephas maximus ).ES Ross
Este é um método de execução estranhamente específico, mas você não pode argumentar com sua eficácia. Como você pode imaginar, era comum em áreas onde os elefantes são encontrados naturalmente, principalmente no sul e sudeste da Ásia. Os elefantes eram frequentemente treinados para garantir que o pisoteio fosse o mais brutal possível.
Ling chi
Aço de DamascoLâmina de faca em aço de Damasco.© vaklav / Shutterstock.com
O ling chi, também conhecido como "corte lento" ou "morte por mil cortes", era um método de execução torturante praticado na China. O condenado foi amarrado a um poste e pedaços de pele e membros foram gradualmente removidos um a um, geralmente culminando em um corte final no coração ou decapitação. Foi usado no início do século 10 e continuou por quase mil anos. Felizmente, foi proibido em 1905.
Águia sangue
A águia de sangue vem de lendas nórdicas das execuções vikings. As costas do condenado foram cortadas para dar acesso às costelas, que foram quebradas e torcidas para cima para parecer asas. Para adicionar lesão a lesão, sal foi derramado na ferida. E, como golpe final, os pulmões foram arrancados e estendidos sobre as asas das costelas para efeito. Felizmente, há um debate sobre se essa prática realmente existe ou se é apenas o material da lenda. De qualquer maneira, é aterrorizante que alguém tenha tempo para pensar nisso.
Keelhauling
Tipos de quilhasEncyclopædia Britannica, Inc.
Keelhauling era um tipo de punição especificamente para os marinheiros, sonhada pela marinha holandesa no final do século XVI. Os infratores foram amarrados com corda e arrastados debaixo d'água de um extremo ao outro do navio. Enquanto muitos morreram da prática devido a afogamentos ou ferimentos internos, em teoria, nem sempre era para ser fatal. Como um bônus, os homens que eram punidos com a keelhauling eram frequentemente cortados sem piedade por cracas no fundo do navio (quilha) e carregavam as cicatrizes por toda a vida. Se eles viveram, é isso.
Ebulição
Água no ponto de ebulição.© Getty Images
Hoje em dia, ferver vivo é um destino reservado ao marisco. Mas, séculos atrás, era um método comum de execução do leste da Ásia para a Inglaterra. O condenado foi retirado e depois colocado em uma cuba ou panela com líquido fervente, geralmente água, óleo ou alcatrão. Ou, para uma experiência mais repulsiva, o agressor pode ser colocado em um líquido frio e aquecido até ferver. Registros do reinado de Henrique VIII mostram que algumas pessoas foram fervidas por até duas horas antes de finalmente morrerem.
Tortura de ratos
Rato da Noruega ( Rattus norvegicus ).John H. Gerard
A tortura de ratos aparentemente vive nas mentes dos tipos criativos, como foi apresentado recentemente no filme 2 Velozes e Furiosos 2 e na série de TV Game of Thrones . Nesta forma aterrorizante (e, admito, criativa) de tortura, um rato faminto e / ou doente é colocado em um balde no estômago ou no peito nu da vítima. O balde é então aquecido pelo lado de fora, e o rato agitado abre caminho através da carne da pessoa infeliz ... e de todos os órgãos que encontrar ao sair.
Carrinhas de execução
Marquesa usada para injeção letal de condenados à pena de morte© Conchasdiver / Dreamstime.com
A China tornou a pena de morte incrivelmente eficiente. Realmente, não surpreende, considerando que a China realiza o maior número de execuções por ano de qualquer país do mundo. Uma variedade de crimes é punível com a morte, incluindo fraude fiscal, incêndio criminoso e prostituição. Muitas execuções na China agora são realizadas em unidades de execução móveis, vans equipadas com restrições e medicamentos necessários para injeção letal. As vans, que se parecem com vans comuns da polícia, estão na estrada há cerca de uma década. Existem dezenas deles em todo o país, difundindo a justiça letal mais perto das cenas de crimes. Não são apenas mais baratas que as instalações mais tradicionais, dizem as autoridades chinesas, mas são mais humanas do que o outro método preferido de execução - a morte por esquadrão de tiro.
Grelha

marshmallow assar no palitoUm marshmallow assado no palito.Nina Hale
O gridiron era basicamente uma grade. Para assar pessoas. Como era de se esperar, parecia uma grade de ferro e foi colocada sobre um fogo ou brasas. Algumas pessoas foram até regadas com óleo primeiro, para garantir uma grelha adequada. Mas tenha coragem, eles não foram comidos depois. Provavelmente.
Desenho e quarteamento

Enforcado, a 12ª carta dos arcanos maiores.Mary Evans Picture Library
Desenhar e esquartejar é um dos métodos mais infames de punição cruel e incomum. Ainda é difícil acreditar que é uma coisa real que foi concebida por humanos reais e aconteceu com almas infelizes. A punição foi distribuída pela primeira vez na Inglaterra no século XIII. O acusado foi atraído - amarrado a um cavalo e arrastado para a forca - e depois enforcado, talvez estripado ou decapitado. Depois, o condenado foi esquartejado, ou seja, teve seu corpo dividido em quartos, às vezes amarrando cada membro a um cavalo diferente e fazendo-os correr em direções opostas. Esta punição foi reservada para os culpados de traição e foi abolida em 1867.
Strappado
Seção transversal do pulso mostrando os ossos do carpo.Encyclopædia Britannica, Inc./Steven N. Kapusta
Strappado é uma forma desconfortável de tortura que, ao contrário de muitos outros da lista, não termina necessariamente em morte. No strappado, o culpado é amarrado pelos pulsos, atrás da cabeça. O ângulo estranho é praticamente garantido para causar uma luxação agonizante dos ombros, mas se isso não acontecer, pesos podem ser adicionados. Pensa-se que se originou nos tempos medievais durante a Inquisição, o strappado foi usado no século XXI.
Tortura branca
Embora o termo "tortura branca" possa significar qualquer tortura psicológica em geral, o significado aqui é mais literal. A tortura branca é um tipo de privação sensorial na qual a cela, a roupa e até a comida de um prisioneiro são inteiramente brancas. Os guardas usam todo o branco, as luzes são mantidas 24 horas por dia e nenhuma palavra é dita. Nenhuma cor é vista. Foi documentado no caso de Amir Fakhravar, que foi preso em seu país natal, Irã e submetido a tortura branca por cerca de 8 meses em 2004. Embora a dor física da privação sensorial seja mínima em comparação com outras torturas nessa lista, o dano psicológico é sem comparação. Fakhravar foi citado como tendo dito que quando foi libertado, ele não era mais uma pessoa normal e não conseguia mais se lembrar nem do rosto de seus pais.
Poena cullei
couros curtidosO bronzeado se esconde após a morte do tanque em um curtume de couro em Fès, Marrocos.© Luis M. Seco / Shutterstock.com
A punição do saco, ou poena cullei, era outra forma de excisão estranhamente específica. Foi usado na Roma antiga em casos de parricídio (ou matar os pais ou outro membro da família). Os condenados foram costurados em um saco de couro com vários animais, incluindo um cachorro, um macaco, uma cobra e um galo. Em seguida, o saco inteiro foi jogado em um corpo de água. Se os animais não matassem o suposto assassino, certamente se afogariam.
Escapismo
O escafismo era um dos piores e mais dolorosos métodos de tortura que rastejam pela pele. Foi descrito pelos gregos como uma punição usada pelos persas e, se é para acreditar, esses persas eram loucos . Nesta forma de execução, o acusado foi preso entre dois barcos (ou em um tronco de árvore escavado) e leite e mel alimentados à força. Ok, essa parte não parece tão ruim. Mas a dieta com leite e mel acabou causando diarréia horrível, que ficou dentro do recinto de madeira. Os infelizes condenados foram manchados com mais leite e mel e deixados ao sol ou perto de água parada, onde os insetos seriam atraídos pela sujeira, podridão e doçura. A pessoa inevitavelmente morreria - por desidratação, exposição ou mordidas e picadas.
Fonte:https://www.britannica.com/list/cruel-and-unusual-punishments-15-types-of-torture


História Licenciatura

Reforço de sinalização será discutido para prevenir acidentes na ponte móvel do Guaíba

Obras de reparo seguem após embarcação graneleira atingir e danificar um dos pilares da estrutura

Oito içamentos devem deixar de ser realizados no período das obras de reparo da ponte do Guaíba

Oito içamentos devem deixar de ser realizados no período das obras de reparo da ponte do Guaíba | Foto: Alina Souza / CP

A Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS) vai se reunir na tarde da próxima terça-feira com a Capitania Fluvial de Porto Alegre da Marinha do Brasil para tratar do reforço da sinalização nos pilares da ponte móvel do Guaíba. O objetivo é prevenir a ocorrência de acidentes como o que ocorreu entre a noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, quando uma embarcação graneleira atingiu e danificou um dos pilares. As obras de reparo começaram ainda na sexta-feira e prosseguem neste sábado, sendo executadas pela empresa proprietária da embarcação responsável pela colisão na estrutura.

No final da manhã deste sábado, o superintendente da Portos RS, Paulo Fernando Curi Estima, falou com a reportagem do Correio do Povo. Com a interrupção por dez dias da travessia no local feita por navios de carga de grande porte, ele calculou que oito içamentos deixarão de ser realizados no período, envolvendo 16 embarcações que cruzariam sob a ponte móvel. De acordo com ele, a passagem de navios de maior calado corresponde a 25% do movimento total, sendo que os 75% são feitos por barcaças que estão liberadas.

O superintendente da Portos RS explicou que um navio que já estava próximo da travessia quando ocorreu o acidente no pilar, permanecendo então fundeado perto do cais. Paulo Fernando Curi Estima observou que as mais afetadas com a suspensão dos içamentos são as embarcações que chegam até os terminais da Transpetro em Canoas e Polo Petroquímico de Triunfo.

Como alternativa para amenizar os prejuízos nestes dez dias, Paulo Fernando Curi Estima acredita que a opção dos próximos navios será uma parada no porto de Rio Grande, onde os carregamentos de gás e de produtos químicos seriam trazidos por via terrestre. A passagem pelo vão móvel da ponte do Guaíba representa cerca de 20% do total de viagens acompanhadas pela Porto RS, que monitora a atividade portuária. Já a Capitania Fluvial de Porto Alegre da Marinha do Brasil abriu um inquérito Administrativo para apurar as causas do acidente.


Correio do Povo


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Maia diz em live que Bolsonaro "desorganiza e gera insegurança"

"O ideal é que a gente consiga ter mais harmonia e menos conflito", disse o deputado

Maia tem atualmente 35 pedidos de impeachment contra Bolsonaro em sua mesa para analisar

Maia tem atualmente 35 pedidos de impeachment contra Bolsonaro em sua mesa para analisar | Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo / CP


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste sábado que o diálogo com o presidente Jair Bolsonaro, no privado é positivo, mas o mesmo não acontece no público, quando o chefe do Executivo gera "insegurança" "Como presidente do Brasil, cada vez que ele vai para o enfrentamento, ele desorganiza e gera insegurança. Quando se conversa pessoalmente com ele a conversa é muito boa, o diálogo é positivo, mas quando ele vai para entrevista, ele acaba gerando insegurança", afirmou o parlamentra em "live" pela internet rganizada pelo professor e advogado Fernando Passos.

"O ideal é que a gente consiga ter mais harmonia e menos conflito", disse o deputado. Maia afirmou que tem assumido esse papel e que está conversando com os outros Poderes. "O Parlamento serve para representar toda a sociedade, não apenas a parte que governa, e o Judiciário serve para garantir os limites dos outros dois Poderes. A gente não pode aplaudir uma decisão do Supremo com que concordamos e radicalizar contra uma decisão com que nós discordamos. Nós temos os instrumentos legais para recorrer", completou.

Para Maia, Bolsonaro precisa buscar a harmonia. "Quando você é um deputado crítico, que vai para o enfrentamento, isso é uma coisa, quando você chega à Presidência da República, o seu papel é conciliar, você não é apenas o presidente dos que o elegeram, você é o presidente de todos os brasileiros", disse.

Impeachment

Na última quinta-feira, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu com Bolsonaro para pedir a pacificação entre os Poderes. Maia decidiu não acompanhar o colega na visita. A reunião, pedida por Alcolumbre, ocorreu horas após o presidente ameaçar descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo interlocutores, o senador foi ao Palácio no intuito de se colocar como um "emissário da paz" e defender o diálogo para que a "corda não estique mais".

Maia tem atualmente 35 pedido de impeachment contra Bolsonaro em sua mesa para analisar, mas tem sinalizado que não tocará qualquer dos processos nesse momento. Ainda na "live", Maia voltou a cobrar do governo o envio das propostas das reformas tributária e administrativa.


Agência Estado e Correio do Povo