terça-feira, 31 de março de 2020

CONSEQUÊNCIAS PARA OS SERES HUMANOS


No que diz respeito ao -CORONAVÍRUS- e suas consequências para os seres humanos, o que não falta são estudos, análises e estatísticas, os quais vem sendo amplamente explorados e divulgados, a todo momento, tanto por especialistas em virologia quanto, principalmente, pela mídia infectada e outros tantos curiosos e/ou chutadores.
DOENÇA DESCONHECIDA
Ora, o que se sabe até agora é que o COVID-19 é uma nova e desconhecida doença. Isto significa, em última análise, que não existe nem vacina nem remédio para combatê-la. Com isso, os especialistas se mostram divididos quanto ao-ISOLAMENTO, sendo que alguns defendem o ISOLAMENTO SELETIVO (levam em conta que os IDOSOS compõem a maior faixa de risco); enquanto outros, ainda pouco convencidos, preferem o ISOLAMENTO TOTAL.
PÂNICO
Considerando que os até os próprios especialistas estão divididos e, principalmente, pelo fato de que não sou virologista nem biólogo, não me julgo em condições de OPINAR nem de ficar dando -PALPITES-. Até porque os PALPITEIROS só ajudam no aumento do sentimento de PÂNICO. Aliás, neste particular ninguém supera a mídia, que vem fazendo isso de forma simplesmente notável.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Como a minha -praia-, como os leitores já estão habituados, é a área da -ECONOMIA e NEGÓCIOS-, com o propósito de mostrar, constantemente, que quanto maior a LIBERDADE para empreender, melhor o resultado para todos os agentes envolvidos, aí, o que posso dizer, com muita certeza e total conhecimento é o seguinte:
RISCO DE MORTE
Se, até agora, em termos relativos, o número de PESSOAS INFECTADAS neste nosso imenso Brasil é considerado BAIXO, no caso das EMPRESAS a situação é bem outra, pois aí há que se reconhecer que TODAS ESTÃO INFECTADAS. Mais: para desespero geral a maioria delas já corre SÉRIO RISCO de MORTE.
PRIORIZAR VIDAS NÃO SE DISCUTE
De novo: independente da necessidade de priorizar vidas, coisa que não discuto, o fato é que mesmo adotando o ISOLAMENTO PARCIAL, este procedimento já se mostra, infelizmente, para lá de INSUFICIENTE para evitar que muitas pequenas e médias empresas venham a ÓBITO.
R$ 150 BI POR SEMANA
A propósito, só para mostrar o tamanho do desastre, se levarmos em conta que o -PIB DE 2019- foi de R$ 7,3 TRILHÕES, isto significa que a produção mensal (média) de bens e serviços no Brasil é de ordem de R$ 608 bilhões.
Considerando a alta de 2% do PIB, como se previa para 2020, a cada semana de paralisação impõe que R$ 150 BILHÕES deixem de ser produzidos. Esta monumental perda significa, gostem ou não, um fantástico ENTERRO de EMPRESAS.
Mais: quando o Brasil sair do ISOLAMENTO, é certo que a recuperação seguirá lenta e se manterá lenta por muito tempo.

EXIGIR O FIM DA PRIMEIRA CLASSE -

Diante desta pura realidade o que não aceito, em hipótese alguma é que o povo brasileiro -SEGUNDA CLASSE- siga pagando o elevadíssimo custo do SETOR PÚBLICO. Custo este, infinitamente mais grave do que o COVID-19!!! Ou seja, manter o SETOR PÚBLICO como está é condenar o POVO e as EMPRESAS à morte o mais rápido possível.
Se não aproveitarmos esta grave crise para exigir uma mudança efetiva do SETOR PÚBLICO, aí de nada adianta ficar discutindo ISOLAMENTO parcial ou total. Portanto, se você está na dúvida quanto a ficar em casa ou voltar ao trabalho, se a decisão for a de trabalhar sugiro que levante mais cedo e trate de EXIGIR O FIM DA PRIMEIRA CLASSE. Caso contrário....

RECESSÃO E DEPRESSÃO -

Ah, é sempre oportuno informar que RECESSÃO é um declínio do PIB por dois ou mais trimestres consecutivos. Já a DEPRESSÃO (que se configura como certa no Brasil) está relacionada com aspectos bem mais amplos, como níveis de emprego, produção industrial, rendimento real, etc...

Estudo inédito deve analisar avanço da Covid-19 no RS

Pesquisa será feita através de testes rápidos

Serão aplicados 18 mil testes rápidos, em quatro momentos diferentes
Serão aplicados 18 mil testes rápidos, em quatro momentos diferentes 

Os primeiros resultados de um estudo inédito que vai estimar, com base científica, o percentual da população gaúcha infectada pela Covid-19 e o ritmo de avanço da pandemia no Rio Grande do Sul, poderão ser divulgados no sábado. A informação é do reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Curi Hallal, que coordena o trabalho realizado por um grupo de especialistas de outras quatro universidades federais do RS. 
A iniciativa é do governo do Estado e surgiu nas discussões internas do Comitê de Análise de Dados sobre a pandemia, instituído há poucos dias pelo governador, e que tem no comando a titular da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), Leany Lemos. A divulgação dos primeiros dados, conforme Hallal, dependem do envio dos testes rápidos por parte do Ministério da Saúde, o que deve ocorrer ainda esta semana. “O que depende da universidade está tudo pronto, se chegarem os testes, a gente começa as coletas de dados na quinta-feira e em 48 horas já teremos os primeiros resultados”, explicou.
De acordo com Hallal, serão aplicados 18 mil testes rápidos para detecção da doença, em quatro momentos diferentes. O levantamento seguirá o critério do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a divisão do estado em regiões intermediárias: Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul/Lajeado e Região Metropolitana de Porto Alegre. A pesquisa incluirá quatro “ondas” populacionais realizadas a cada duas semanas por meio de visitas domiciliares, quando os participantes serão submetidos a uma entrevista e a um teste rápido para o novo coronavírus.
Segundo Hallal, serão 4,5 mil testes por “onda”, com distribuição de quinhentos por cidade e 1 mil para a Região Metropolitana. “Não existe nenhum barco que navega se não tiver direcionamento, estamos nesse momento a deriva, sendo liderados pelo vírus, e precisamos ser liderados por informações científicas de qualidade. Precisamos dessas informações para tomar as rédeas dessa situação, os dados da pesquisa que vamos produzir são inéditos no mundo, não existe nenhum estudo como esse que está sendo desenhado aqui”, reiterou.
Além disso, ele enfatizou que, com base nos dados que serão coletados, será possível que os órgãos de saúde possam traçar novas estratégias ou reforçar as que já estão em andamento. “Não temos nenhuma ideia de quanto tem de infecção pelo novo coronavírus nesse momento na população, a pesquisa vai responder essa pergunta e também vamos saber quão rápido a infecção está se espalhando, por exemplo”, enfatizou.

“RS servirá de exemplo”

Doutor em Epidemiologia, Hallal observou que o perfil do trabalho permitirá conhecer os primeiros resultados sobre a prevalência da Covid-19 na população dois dias após a aplicação dos testes. "Ao conhecermos a proporção de infectados e a velocidade de expansão da doença, poderemos recomendar estratégias para os serviços de saúde baseadas em dados reais, da nossa própria população. É algo que todos os governos, locais, regionais e nacionais precisam nesse momento. O RS servirá de exemplo para outras regiões, certamente", destacou o reitor.
Diante da impossibilidade material de testar a população em geral (atualmente o diagnósticos são realizados em casos de internação), o estudo de prevalência da doença é um mecanismo seguro para estimar o percentual de infectados a partir de testes em pessoas selecionadas.
A titular da Seplag, Leany Lemos explicou que este time já vinha oferecendo estudos e indicadores para avaliação do governo, a partir da situação do coronavírus em outros estados e países e dos primeiros diagnósticos no RS. “Conseguimos projetar alguns cenários, mas que agora, com essa testagem amostral na população, será possível identificar focos e fazer políticas de contenção social. Teremos evidências inéditas e que serão importantes para dimensionarmos as reais necessidades do sistema de saúde”, acrescentou a secretária.

Correio do Povo

Alberto Fernández se preocupa com reação de Bolsonaro diante da pandemia

Para presidente argentino, declarações do líder brasileiro podem levar a uma espiral de contágios


Fernández considera que Bolsonaro não entende a gravidade da situação envolvendo o novo coronavírus
Fernández considera que Bolsonaro não entende a gravidade da situação envolvendo o novo coronavírus 

O presidente argentino, Alberto Fernández, considerou nesta segunda-feira que a estratégia de seu colega brasileiro, Jair Bolsonaro, diante da pandemia do novo coronavírus pode levar seu principal sócio comercial a uma espiral de contágios.
"Complicado e lamento muito que não entenda a dimensão do problema", disse à Radio con Vos ao ser questionado sobre o pedido de Bolsonaro aos brasileiros para que retomem suas atividades normalmente apesar do avanço da pandemia no Brasil, onde se registram mais de 4 mil casos e 130 mortes.
A Argentina compartilha com o Brasil uma fronteira de cerca de 1,1 mil km de extensão e é o principal destino de suas exportações."O Brasil é 70% do Produto Bruto sul-americano e nosso principal parceiro econômico", destacou Fernández.
"Temo que com essa lógica (o Brasil) entre na mesma espiral (de contágios) da Espanha, Itália ou Estados Unidos, que quando declararam a quarentena já era tarde", enfatizou.
Bolsonaro afirmou no domingo que "o Brasil não pode parar", em discurso oposto ao do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que havia ressaltado a importância do isolamento social na luta contra a doença. Na opinião de Bolsonaro, "se não morrer da doença, morre de fome".
A Argentina tomou o caminho contrário e, além de de fechar as fronteiras, o governo estendeu no domingo por mais duas semanas, até 12 de abril, uma quarentena obrigatória que começou em 20 de março.
"Aos argentinos, minha gratidão porque entendem a razão do que peço e sinto que acompanham a ideia", disse Fernández sobre o confinamento obrigatório, que foi amplamente acatado. 
A Argentina registrou até esta segunda-feira 820 casos positivos do novo coronavírus e 22 mortos, segundo o último balanço oficial. O país sul-americano está se preparando com o condicionamento de mais leitos hospitalares e a aquisição e produção de suprimentos para um eventual pico de contágios, projetado para o início de maio.
Apesar das medidas antecipadas de isolamento para conter as infecções, o presidente argentino admitiu que a situação será difícil."Teremos dificuldades, haverá mais contágios e pessoas morrerão, mas quero que nos doa o mínimo possível", declarou.

Como prevenir o contágio do novo coronavírus 

De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.

AFP e Correio do Povo

Juíza manda João de Deus para casa para evitar contágio de covid-19

Com 78 anos, médium faz parte do grupo de risco da doença

Médium está preso desde o dia 16 de dezembro de 2018
Médium está preso desde o dia 16 de dezembro de 2018 
A juíza Rosângela Rodrigues dos Santos autorizou que João Teixeira de Faria, conhecido como o médium João de Deus, deixe a prisão e migre para o regime domiciliar. Segundo os termos da decisão, ele vai usar tornozeleira eletrônica, deve entregar o passaporte, está proibido de frequentar a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, e de manter contato com vítimas e testemunhas. João de Deus tem 78 anos, e a decisão tem como objetivo evitar o contágio pelo coronavírus. 
A magistrada é responsável pelas duas condenações do médium em razão de crimes sexuais contra pessoas que se submetiam a seus tratamentos na esperança de se curarem de doenças e na busca de assistência espiritual. Em uma das sentenças, ele pegou 19 anos de prisão. Esse caso diz respeito à primeira denúncia recebida na comarca de Abadiânia, em janeiro de 2018, e envolve quatro vítimas, duas por violação sexual e duas por estupro de vulnerável. 
Em outra, foi sentenciado a 40 anos por estupros, cometidos contra cinco mulheres durante atendimentos espirituais. João de Deus responde a 12 denúncias oferecidas pelo Ministério Público Estadual de Goiás.

Agência Estado e Correio do Povo

Folha de pagamento do Estado já sente efeitos do vírus



Governador Eduardo Leite apresentando o balanço das ações. (Foto Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)
Sem ignorar a crise das finanças, que deve se agravar, o governo gaúcho confirmou o inicio do pagamento dos servidores do Executivo nesta terça-feira. Hoje, serão pagos os servidores que recebem até R$ 2,5 mil. Os servidores dos poderes judiciário, legislativo, do Ministério Publico e Defensoria Pública, recebem integralmente hoje.

Cenário futuro é incerto

O governo gaúcho já estima que os cenários analisados para abril indicam forte influência da crise da Covid-19 na arrecadação do Estado. Por conta dessa avaliação, reviu as estimativas de receita, e projetou o calendário da folha de março para dentro de um mês. Até aqui, o governo vinha conseguindo quitar a folha dentro da primeira quinzena do mês seguinte.

Clima e vírus

O ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta alertou ontem para a ligação do surto com o clima das regiões. Segundo ele, no momento a região Sudeste é a mais pressionada. Há um temor de que um surto de gripe venha se somar ao Coronavírus n Região Sul, nos meses de junho e julho

Governador convicto

O governador Eduardo Leite sinalizou ontem que não se deixará pautar pela patrulha de setores da imprensa, interessados em confrontá-lo diretamente com o presidente Jair Bolsonaro. A este segmento, o governador irritou, ao responder que considera razoável que prefeitos flexibilizem o isolamento em municípios onde não exista no momento a circulação do vírus.

Visão lúcida

Na live de ontem, para horror dessa turma, o governador gaúcho definiu sua posição de forma coerente: “queremos sintonia e coordenação de esforços, sem jogo de empurra de responsabilidades e sem medo de tomar medidas antipáticas”.

Ajuda oportunista?

Sem necessariamente intervir no setor, o governo federal precisará ver o que está acontecendo na relação de alguns bancos com as empresas. A ajuda oferecida por alguns bancos, que tiveram o alívio da redução do depósito compulsório ao Banco Central, ao ofertar o adiamento no pagamento de contas de empresas, na verdade têm apresentado novos contratos, onde os juros são mais elevados que o documento original.

Coluna em férias

O colunista entra em férias a partir da quarta-feira dia 1° neste espaço, e na Rádio Pampa. Retornamos em maio, com energias redobradas e torcendo para encontrar um novo cenário social.

O Sul

Hospitais do Vale do Rio Pardo têm apenas 45 leitos de UTI

Segundo autoridades, quantitativo de leitos e respiradores na região pode não ser suficiente em caso de grande contaminação

Os hospitais existentes nos 13 municípios abrangidos pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) têm apenas 45 leitos de UTI e 81 respiradores artificiais para uma população estimada em 350,4 mil pessoas. O baixo número de equipamentos reforça a defesa pela manutenção das orientações de distanciamento social diante das previsões do Ministério da Saúde, que apontam para o aumento de infectados com coronavírus nas próximas semanas.
Nos municípios do Baixo Vale do Rio Pardo há nove hospitais. No entanto, como a maioria atende apenas casos de média complexidade, somente o Santa Cruz e o Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, e o São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires, têm UTI. Embora todos disponham de respiradores, há casos como o Hospital Beneficente Sinimbu, que possui apenas um aparelho.
Em Santa Cruz do Sul, dos 50 respiradores existentes nas três casas de saúde locais, apenas 40 são para uso em adultos, que constituem o grupo de risco da doença, enquanto os demais são para crianças e recém-nascidos. O número de aparelhos cobre menos de 0,5% da população idosa (20,9 mil pessoas). O volume de leitos de UTI também é preocupante: são 35 no total, dos quais dez são para pacientes neonatais ou pediátricos.
A coordenadora regional de Saúde, Mariluce Reis, disse que, embora razoável, o quantitativo de leitos e respiradores na região pode não ser suficiente em caso de uma grande contaminação. “É razoável, mas precisa ser ampliado. Tranquila a situação não está nunca”, disse. Conforme ela, na hipótese de um paciente necessitar de internação em UTI e não houver leitos, ele é cadastrado no sistema de regulação das unidades e transferido para algum município com disponibilidade ou para o Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, que é a referência estadual.
A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul encaminhou ao governo estadual na semana passada um projeto para viabilizar a criação de até 20 novos leitos de UTI e CTI, que seriam divididos entre os hospitais Santa Cruz e Ana Nery.


Correio do Povo

Apenas os projetos de contratação do IPE serão votados na Assembleia

Expectativa é de que votação ocorra na próxima quinta-feira, na primeira sessão virtual

Deputados fazem o teste da primeira Sessão Plenária Virtual na tarde de ontem
Deputados fazem o teste da primeira Sessão Plenária Virtual na tarde de ontem 
A Mesa Direta da Assembleia definiu, nesta segunda-feira, que, dentre os projetos de lei integrantes do pacote do Executivo, apenas aqueles que tratam de contratações emergenciais para o IPE Previdência e para o IPE Saúde atendem de interesse público e poderão tramitar durante a suspensão de atividades imposta pelas medidas contra a pandemia. Na semana passada, o governo do Estado realizou a entrega de um total de cinco projetos de lei ordinária e um projeto de lei complementar propondo mudanças na estrutura funcional e administrativa da autarquia para que fossem apreciados em caráter de excepcionalidade durante o período de restrições legislativas devido ao coronavírus.

Com os projetos, o Executivo buscava efetivar a separação administrativa das instituições de previdência e saúde, dividindo o corpo funcional ao meio. Uma das propostas previa a divisão dos atuais 314 cargos vinculados oficialmente ao IPE Previdência, de maneira igualitária, sendo 157 para cada divisão da autarquia. O governo afirma que este manejo não produzirá impacto financeiro para os cofres públicos.

Em outras matérias componentes do pacote, o governo propunha modificar a forma de indicação para a Diretoria do IPE, alterando a lei 15.144, que foi aprovada pelo Parlamento, em 2018, durante o período da administração do governador José Ivo Sartori (MDB). A lei vigente, em seu parágrafo primeiro, diz que os cargos de "Diretor-Presidente e de Diretor Administrativo-Financeiro serão livremente indicados pelo Governador do Estado". E define, em seu parágrafo segundo, que os "Diretores de Relacionamento com Segurados e de Provimento de Saúde serão servidores civis ou militares, ativos ou inativos".

Pela proposta enviada no pacote do governador Eduardo Leite (PSDB), a redação do primeiro parágrafo passará a ser: "O Diretor-Presidente, o Diretor Administrativo-Financeiro e o Diretor de Provimento de Saúde serão livremente indicados pelo Governador do Estado". Já o segundo parágrafo definirá que "O Diretor de Relacionamento com Segurado será servidor civil ou militar, ativo ou inativo, escolhido pelo Governador do Estado entre os indicados em lista tríplice pelo Conselho de Administração (...)".

Estas propostas, na avaliação da Mesa Diretora, não se enquadram nas especificações de atendimento ao interesse público e terão a tramitação suspensa até a retomada da normalidade legislativa. Os dois projetos aceitos, numerados como PL 65 2020 e PL 66 2020, serão submetidos à apreciação do Colégio de Líderes de Bancadas nesta terça-feira, a partir das 10h, que poderá deliberar pelo aceite da emergência e pelo agendamento de uma sessão virtual de votação, a primeira plenária virtual da história da Assembleia.

Teste para sessão

Nesta segunda-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), conduziu um teste de sessão plenária virtual com a participação de 42 deputados.
A possibilidade de deliberar pela via digital foi autorizada por meio de resolução legislativa para evitar aglomeração de pessoas devido ao risco de contágio do coronavírus. Além dos deputados, quatro secretários estaduais foram convidados para atualizar dados sobre o coronavírus: a secretária da Saúde, Arita Bergmann, a secretária do Planejamento, Leany Lemos, o secretario de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal, e o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian.
Deputados relataram as manifestações de preocupação com a economia, transmitidas pelos empresários de suas regiões. No fim da reunião, o preisidente da Assembleia simulou a votação de um projeto de lei em ambiente virtual. Os parlamentares visualizaram na tela uma ferramenta para confirmar presença e, depois, para votar sim ou não à proposta.
Polo informou que há tendência de que a sessão extraordinária, que será a primeira da história do Parlamento em ambiente on-line, seja realizada na quinta-feira dessa semana, com a apreciação de projetos para contratação emergencial de profissionais para o IPE Saúde e IPE Prev e do PDL (projeto de decreto legislativo) que irá referendar pedidos de calamidade pública de 157 municípios gaúchos.

Correio do Povo

Marco Aurélio Mello encaminha notícia-crime à PGR por afastamento de Bolsonaro

Ministro do STF decidiu dar seguimento à ação do deputado federal Reginaldo Lopes contra o presidente

Ministro aguarda manifestação de Augusto Aras sobre a questão
Ministro aguarda manifestação de Augusto Aras sobre a questão 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, encaminhou notícia-crime à Procuradoria-Geral da República que pede o afastamento do presidente, Jair Bolsonaro. Na condição do relator, da ação protocolada pelo deputador federal Reginaldo Lopes (PT-MG), Mello aguardará o posicionamento da PGR para definir o andamento da questão. O presidente poderia ser afastado por até 180 dias e, caso instaurado procedimento de impeachment posterior no Congresso, retirado do cargo.
Marco Aurélio decidiu não arquivar diretamente a questão e, por isso, a PGR terá de se manifestar. Na notícia-crime, o deputado petista alega um histórico recente de "reiteradas e irresponsáveis declarações" de Bolsonaro sobre a Covid-19, ignorando a gravidade da pandemia do novo coronavírus. Além das aparições públicas do mandatário enquanto a recomendação é de isolamento social.
"Para que a conduta irresponsável e tenebrosa e criminosa perpetrada pela maior autoridade pública Nacional, em seus pronunciamentos, não continue a colocar em risco a saúde de todos os cidadãos brasileiros", diz a petição assinada por cinco advogados - Joelson Dias, Thyago B. S. Mendes, Camila Carolina Damasceno Santana, Saraha Campos e Luísa Santos Paulo.

Correio do Povo