Texto final traz temas como livre circulação de informações entre países e combate à corrupção
Documento final frisa compromisso por um mercado livre, justo e aberto entre os países | Foto: Alan Santos / PR / Agência Brasil / CP
A versão final do documento com as conclusões da cúpula do G20, ocorrida em Osaka, no Japão, destaca que a recuperação do crescimento da economia global está ameaçada pela intensificação de tensões geopolíticas e comerciais.
O documento atesta que "o crescimento global parece estar se estabilizando, e se estima em geral uma recuperação moderada neste ano e em 2020", mas em seguida reconhece que "o crescimento continua baixo" e que "as tensões geopolíticas e comerciais se intensificaram". O texto afirma o compromisso dos líderes do G20 em "lidar com os riscos e manter-se de prontidão para tomar novas atitudes".
O texto reafirma também o "compromisso de usar todas as ferramentas políticas para alcançar o crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo". Entre os desafios, foi citado o envelhecimento da população mundial, "a exigir mudanças estruturais em políticas fiscais e trabalhistas". Sem citar a palavra "protecionismo", o documento frisa o compromisso por um mercado livre, justo e aberto entre os países.
A reunião do G20 ocorreu em meio a uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o que tem afetado os mercados globais. Após uma reunião entre os presidentes dos dois países, neste sábado, ambos concordaram em retomar negociações, numa aparente trégua na disputa tarifária.
Outros temas de destaque no documento final do G20 foram a livre circulação de informações entre os países, por meio da inovação digital; os investimentos em infraestrutura; o combate à corrupção e o reforço ao empoderamento das mulheres. "A igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres são essenciais para se alcançar um crescimento econômico sustentável e inclusivo", diz o documento.
Meio ambiente
Um dos temas de maior atenção ao longo da cúpula do G20, o aquecimento global também teve grande destaque no documento final, que ressalta a busca por inovações que resultem na redução das emissões de gases e a geração de energia limpa.
O texto reafirma o compromisso dos países do G20 em cumprir o Acordo de Paris relativo às mudanças climáticas. Em um de seus parágrafos, porém, o documento final atesta a posição dos Estados Unidos de se retirar do acordo, sob a alegação de que prejudica seus cidadãos, conforme decisão tomada pelo presidente Donald Trump desde que assumiu o cargo, em 2016.
Agência Brasil e Correio do Povo
AGUARDANDO O REMÉDIO
XVIII- 178/18 - 28.06.2019
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AGUARDANDO O REMÉDIO
Neste final de semana estamos dando adeus ao primeiro semestre de 2019. E, por incrível que possa parecer, o Brasil segue profundamente DEBILITADO, na UTI, com a sua economia entrevada, aguardando que o Congresso Nacional se digne aprovar o poderoso REMÉDIO popularmente conhecido como REFORMA DA PREVIDÊNCIA.
ANDAR SEM AJUDA DE APARELHOS
É sempre importante esclarecer que este importante REMÉDIO, independente da composição, concentração e posologia, não tem capacidade de cura das múltiplas doenças que se espalham pelo corpo todo do nosso empobrecido Brasil. O que o medicamento proporciona, de forma garantida, é a real possibilidade do paciente andar sem a ajuda de aparelhos.
SEGUNDO SEMESTRE
Pois, lamentavelmente, mesmo sabendo que a saúde do DOENTE BRASIL está pra lá de debilitada, nem mesmo os primeiros 180 dias do ano foram suficientes para fazer com que os congressistas aprovassem o necessário e poderoso REMÉDIO. Mais: vamos entrar no SEGUNDO SEMESTRE sem saber se os falidos Estados e Municípios vão entrar no texto da REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Pode?
DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA 2019
Enquanto aguardamos a chegada do padre que está incumbido da EXTREMA-UNÇÃO do terminal paciente Brasil, o Ministério da Economia informou, nesta semana, que o DÉFICIT TOTAL DA PREVIDÊNCIA DE 2019 (somando os trabalhadores da iniciativa privada, que se aposentam pelo INSS, e os servidores públicos -APENAS OS FEDERAIS- civis e militares) será de R$ 314,9 BILHÕES. Ou, 4,4% do PIB. Que tal?
DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL
Como o DÉFICIT (ROMBO) é financiado por emissões de títulos de dívida federal, as projeções para a evolução da DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (DBGG), cuja trajetória de crescimento começou em 2014 (51,5% DO PIB), deve alcançar o pico no atual governo, chegando a 82,2% do PIB em 2022. EM 2018 a dívida ficou em 77,8% e deve encerrar 2019 na casa dos 80%.
Atenção: caso a REFORMA SEJA APROVADA, a trajetória de alta só começará a ser revertida a partir de 2023, ficando em patamares próximos de 71% em 2028.
CONTINUAR INSISTINDO
Pois é, da mesma forma como comecei o ano de 2019 estou encerrando hoje este PRIMEIRO SEMESTRE dando, quase que diariamente, ênfase total na REFORMA DA PREVIDÊNCIA, sempre mostrando -ipisis literis- tudo aquilo que o Ministério da Economia revelou nesta semana. E, pelo visto, vou continuar insistindo na mesma tecla SEGUNDO SEMESTRE afora. Haja paciência...
ESPAÇO PENSAR+
Eis o texto do pensador Percival Puggina - O BRASIL SOB ATAQUE- :
Vários meios de comunicação evidenciam engajamento num trabalho que visa a alterar a percepção e afetar o discernimento do leitor. No Estadão do dia 24/06, um artigo bem típico, indaga: “Há uma luz promissora no horizonte? Claro que não. Sejamos realistas porque o contexto atual é kafkiano. Não se trata de uma fábrica de crises, mas de uma usina de desvarios”... E, mais adiante conclui que nada de bom pode acontecer, restando-nos a longa espera pelo “fim da atual administração”. Mas como? Aos seis meses de mandato? “Usina de desvarios” ante um governo consciente de suas responsabilidades, após sucessivas gestões de Lula e Dilma?
Claro que há um estresse muito grande e incômodo na política nacional. Não esqueçamos, porém, que ele entrou na cena pelas mãos, pés e voz do Partido dos Trabalhadores, seguido de seus anexos e movimentos sociais, numa prática política centrada na desqualificação moral dos adversários. Sou testemunha viva e atenta disso. Durante décadas, em mais de uma centena de debates, denunciei tal conduta, justificada como parte da “luta política”. Em nome dela, aliás, a agressividade não ficava apenas na retórica. Incluía invasão de propriedades, destruição de lavouras e de estações experimentais, bloqueio de transporte, queima de pneus, leniência e justificação ideológica da criminalidade e, ainda, esse gravíssimo subproduto do aparelhamento da Educação brasileira: professores militantes levando alunos a rejeitar a atividade empresarial de seus pais, criando terríveis animosidades nas relações familiares. Isso é violência, que o digam as vítimas.
Pois há, então, quem sinta saudade disso, da corrupção, das “articulações” de Lula e das “habilidades” de Dilma. Há gosto para tudo, mas querer nunca mais conviver com isso é justa e meritória aspiração de uma sociedade que busca recuperar os valores perdidos, e que, quando se mobiliza, o faz de modo ordenado e civilizado. É a autodefesa de uma parcela majoritária da nação que passou a se posicionar politicamente, venceu a eleição de 2018 e sabe o que rejeitar porque convive com as consequências daquilo que rejeita.
Parte da imprensa brasileira ainda não percebeu: quanto mais atacar a Lava Jato e o juiz Sérgio Moro, quanto maior relevo der à atividade criminosa dos hackers a serviço dos corruptos (bandidos sob ordens de bandidos), quanto mais ansiar pelo silêncio das redes sociais, quanto mais desestimular e minimizar as manifestações de rua, mais estará reforçando, aos olhos de muitos, a obrigação cívica de proteger aqueles por quem se mobiliza. É tiro no pé. Principalmente quando salta aos olhos que, na perspectiva de tais veículos, membros do STF podem criticar o Legislativo e o Executivo; membros do Legislativo podem criticar o Executivo e o STF; o Chefe do Executivo a ninguém pode criticar; e os cidadãos têm que cuidar de suas vidas e deixar de incomodar as instituições.
Não há fundamento para o rigor com que o Presidente e o governo vêm sendo tratados. Não há um só ato que tenha causado prejuízo ao país. Bem ao contrário, todos os movimentos e iniciativas visam a diminuir o prejuízo herdado e a fazer as necessárias reformas. Bolsonaro já deixou evidenciado a todos que, se não é o príncipe perfeito com que pretendem aferi-lo alguns formadores de opinião, também não é o ogro que a fantasia destes, de modo maldoso, quis criar e exibir ao mundo.
Por fim, a sociedade entendeu que condutas voltadas a derrotar o governo, desacreditar o governo, derrubar o governo, são funestas ao país e àqueles que mais precisam que tudo dê certo. Não há parto sem dor. Ou as instituições fazem o que devem e o Brasil nasce diferente e melhor em 2020, ou será um lugar muito ruim de viver! A aposta no quanto pior melhor beira à delinquência. Ou à sociopatia.
FRASE DO DIA
Se você espera por condições ideais você nunca fará nada.
Eclesiastes