segunda-feira, 31 de julho de 2017

Volta do Congresso tem análise de denúncia contra Temer e MPs prioritárias

Mariana Jungmann

Da Agência Brasil

Wilson Dian/Agência Brasil

O retorno dos trabalhos legislativos a partir da próxima quarta-feira (2) marcará também o início de uma semana decisiva para o governo no Congresso Nacional. No mesmo dia em que retomam oficialmente as atividades parlamentares, deputados já deverão analisar em plenário a denúncia contra o presidente Michel Temer, por corrupção passiva, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na última sexta-feira (28), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou o compromisso com a data de votação, que foi marcada na véspera do recesso parlamentar que começou em 18 de julho. Maia declarou que votar a denúncia é "a melhor opção para o país" e disse estar confiante de que o quórum necessário para a votação será atingido nessa quarta-feira.

Já os senadores, voltarão ao trabalho com outra tarefa importante: votar a Medida Provisória (MP) 770, que trata de benefícios fiscais para a compra de maquinário e equipamentos para salas de cinema em todo o país, em especial nos municípios de médio porte. A MP já foi aprovada pela Câmara e perderá a validade por decurso de prazo se não for votada até o dia 7. A expectativa, então, é que o Senado analise esse tema na sessão desta quarta-feira.

Pautas prioritárias

Na última semana, o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), também elencou mais duas medidas provisórias como pautas prioritárias para o governo nos primeiros 15 dias após o retorno dos trabalhos no Congresso.

Segundo ele, os parlamentares deverão se dedicar a concluir a votação da MP 777 na comissão especial mista para que ela siga para o plenário da Câmara. Essa MP institui a nova taxa de longo prazo para remunerar os contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A outra prioridade será a medida provisória que trata da reoneração da folha de pagamento de empresas de mais de 50 setores da economia. Ela está pronta para votação no plenário da Câmara, mas antes dela os deputados precisarão votar mais três MPs que já estão na fila. Depois que passar pela Câmara, o texto ainda seguirá para o plenário do Senado.


UOL Notícias



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Brasil não vai reconhecer o resultado da votação na Venezuela, diz Itamaraty

Do UOL, em São Paulo

AFP

O governo brasileiro não vai reconhecer o resultado da votação para a Assembleia Constituinte na Venezuela. A informação foi confirmada ao UOL pelo Itamaraty neste domingo (30), horas antes do fechamento das urnas no país vizinho.

Em nota, a chancelaria brasileira afirma que a nova assembleia constituinte "formaria uma ordem constitucional paralela, não reconhecida pela população, agravando ainda mais o impasse institucional que paralisa a Venezuela".

"O governo brasileiro condena o cerceamento do direito constitucional à livre manifestação e repudia a violenta repressão por parte das forças do Estado e de grupos paramilitares, como a que aconteceu ao longo do dia de hoje", diz o comunicado. "A iniciativa do governo de Nicolás Maduro viola o direito ao sufrágio universal, desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional na Venezuela."

A nota conclui pedindo a suspensão da constituinte e insiste para o diálogo de Maduro com a oposição, abrindo caminho para "uma transição política pacífica e a restaurar a ordem democrática, a independência dos poderes e o respeito aos direitos humanos".

EUA e Argentina também disseram neste domingo que não reconhecerão o resultado. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse que a assembleia é "outro passo para a ditadura" na Venezuela e expressou sua rejeição a um executivo "ilegítimo" nesse país.

Em uma mensagem no Twitter, a diplomata qualificou de "falsas" as eleições convocadas por Maduro sem referendo prévio e a partir das quais mais de 500 membros eleitos da ANC redigirão uma nova Constituição e terão aval para reordenar o Estado. "A eleição falsa de Maduro é outro passo para a ditadura. Não aceitaremos um governo ilegítimo. O povo da Venezuela e sua democracia prevalecerão", escreveu Nikki.

O governo da Argentina disse que a eleição é "ilegal". "O governo argentino lamenta que o governo venezuelano, ignorando os pedidos da comunidade internacional, inclusive dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), tenha prosseguido com a eleição de uma Assembleia Constituinte", disse a chancelaria argentina em um comunicado. Para o governo de Mauricio Macri, a eleição realizada na Venezuela e "não cumpre com os requisitos impostos pela Constituição desse país" e tem a finalidade de "assegurar a continuidade do atual regime".

Além disso, a Argentina advertiu que a votação "não respeita a vontade de mais de sete milhões de cidadãos venezuelanos que se pronunciaram contra a sua realização". O governo argentino pediu "mais uma vez ao governo de Nicolás Maduro que respeite a vontade popular e a própria Constituição venezuelana dada pelo então presidente (Hugo) Chávez".

Na sexta, a Colômbia já tinha dito que também não reconheceria a votação. "Essa Assembleia Constituinte tem uma origem espúria e, por conseguinte, tampouco poderemos reconhecer os seus resultados", disse o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Ao se referir a "um país vizinho que está vivendo uma época de obscurantismo", o governante insistiu em "uma solução pacífica" na Venezuela, afundada há quatro meses em uma onda de protestos que já deixou mais de cem mortos.

MADURO CELEBRA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE
Manifestantes presos

A ONG Foro Penal Venezuelano (FPV) contabilizou neste domingo 64 detidos até o momento durante os protestos contra as eleições. O FPV apontou através do Twitter que 30 dessas detenções aconteceram no estado Zulia, no noroeste do país, enquanto em Mérida (oeste) e Monagas (este) houve cinco detidos em cada.
No estado de Aragua houve seis apreensões, três na capital venezuelana, três em Carabobo (centro norte), e outras três em Anzoátegui (nordeste) foram detidas em protestos. Em Miranda (centro), Táchira e Trujillo, houve dois em cada estado; em Lara e Cojedes, houve um em cada. No sul do país também há um detido até o momento, no estado Bolívar, segundo a ONG. (Com Efe e AFP)


UOL Notícias

Pode usar sem medo ou dá cólica? Saiba tudo sobre o coletor

Do UOL, em São Paulo


Ultimamente, o coletor menstrual virou assunto entre amigas, e várias mulheres resolveram testá-lo para ver se o aprovam. Por ser uma novidade para muitas, algumas dúvidas ficaram incomodando como uma pulguinha atrás da orelha. Mas fique tranquila, desvendamos os segredos do copinho para você.

Toda mulher pode usar? Sim, só é importante restringir se há suspeita de infecções ou depois do parto normal.

Causa cólica? Mentira! O copinho só recebe o sangue que já saiu de dentro do útero, não justifica o aumento de cólica. Se está doendo, o dispositivo pode estar mal colocado ou do tamanho errado. Quem usa certo nem lembra que está com ele.

Entenda melhor como o coletor menstrual funciona no vídeo acima, com dicas da ginecologista Bárbara Murayama, da clínica da mulher do hospital Nove de Julho, da Nathália Machado Cardoso, médica residente em medicina de família pela Faculdade de Medicina da USP, da ginecologista, sexóloga e obstetra, Teresa Embiruçu, e da Danielle Garcia, usuária e criadora da página Coletor Menstrual.


UOL Notícias


Prazo para saque das contas inativas do FGTS termina nesta segunda-feira (31)


Quem comprovar que não consegue comparecer a uma agência terá uma exceção e prazo poderá ser estendido até o dia 31 de dezembro

Congresso analisa MP que restitui valores indevidos pagos a servidores falecidos

Entre as 22 medidas provisórias que o Congresso tem para a analisar na volta do recesso está a MP 788/2017 que regulamenta a restituição dos valores creditados indevidamente pelo governo a pessoas falecidas, a exemplo de servidores e pensionistas. Editada na última terça-feira (25), a medida faz parte do esforço do governo Temer para reequilibrar as contas públicas.

Pelo texto, o governo informará à instituição financeira o valor exato a ser estornado. Ao receber o requerimento de restituição, caberá ao banco bloquear os valores de imediato e, depois de 45 dias, fazer a devolução ao governo. Caso o governo tenha que comprovar o óbito do beneficiado, a devolução poderá ocorrer em 90 dias.

Saiba Mais

Nos casos em que não houver em conta saldo suficiente para o estorno, inclusive em investimentos de aplicação ou resgate automático, a instituição financeira restituirá o valor disponível e comunicará a insuficiência de saldo ao ente público. Se a instituição financeira constatar erro no requerimento de restituição, por meio do comparecimento do beneficiário ou de prova de vida, ela deverá desbloquear os valores e comunicar ao governo.

A MP se aplica inclusive a créditos realizados antes de sua entrada em vigor. As novas regras não se aplicam, entretanto, ao período de antes do falecimento do beneficiado, ou aos recursos do programa Bolsa Família. A expectativa do governo com a MP é recuperar cerca de R$ 600 milhões de créditos indevidos já pagos apenas no âmbito federal. Somente entre março e abril deste ano, R$ 10 milhões teriam sido pagos indevidamente.

Na volta do recesso parlamentar, na semana que vem, a medida provisória será discutida e votada em uma comissão mista que será criada especificamente para esse fim. Depois, o texto segue para análise nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.


Agência Brasil

Polícia Federal aponta falhas nas delações da Odebrecht

Igo Estrela/Folhapress

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Brasília

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Brasília

CAMILA MATTOSO
DE BRASÍLIA


A Polícia Federal identificou falhas nas delações da Odebrecht que, em sua avaliação, dificultam e comprometem as investigações das informações passadas à Procuradoria-Geral da República.

Investigadores da PF que cuidam dos casos que estão no Supremo Tribunal Federal destacam, entre outras coisas, um exagero no número de delatores, a mudança de versão por parte de alguns deles e o fato de até hoje não terem acesso aos sistemas que embasaram as planilhas de repasses de dinheiro, caixa dois ou propina, a parlamentares.

Em relatórios parciais públicos e internos, policiais apontam outros problemas, como a ausência de documentos que comprovem as narrativas dos colaboradores.

Outro ponto criticado é que parte do material apresentado já fora apreendido em fases da Lava Jato. Além disso, alguns dos supostos crimes já estariam prescritos.

Após a investigação da PF, caberá à PGR tomar decisões sobre possíveis denúncias contra os implicados. As delações envolvem oito ministros, 39 deputados e 24 senadores.

A PF e a Procuradoria têm divergido, desde o início da operação, em relação ao formato de delação premiada, tema que virou até ação no Supremo, por autoria do procurador-geral, Rodrigo Janot.

Segundo a Folha apurou com pessoas envolvidas na investigação policial, haverá uma série de manifestações da PF contrárias à concessão de benefícios dada pela PGR aos delatores por falta de eficácia dos relatos.

Um exemplo ocorreu recentemente no caso do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado– a polícia entendeu que, em razão de falta de provas das acusações que fez contra políticos do PMDB, o executivo não deve ser merecedor dos benefícios acordados.

A decisão final sobre a pena dos colaboradores será definida pelo juiz de cada processo. Há casos que ficaram no STF e outros que seguiram para outras instâncias.

Em uma só leva, 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht assinaram colaborações em dezembro de 2016, homologadas pelo STF em janeiro. Como consequência, a pedido da PGR, o Supremo autorizou a abertura de mais de 70 inquéritos.

No ano passado, pela expectativa do que poderiam revelar os funcionários, deu-se o nome de "delação do fim mundo" para o acordo.

Para a polícia, o número de delatores deveria ter se restringido a no máximo seis executivos –entre eles, Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo, Hilberto Mascarenhas, chefe do setor de propina, e Benedicto Júnior, que comandou a Odebrecht Infraestrutura, por terem efetivamente colaborado.

CASOS CONCRETOS

A PF tem o ex-relações institucionais da empreiteira Claudio Melo Filho como um dos exemplos de delator que mudou de versão. À PGR em dezembro ele contou, entre várias histórias, sobre contribuições ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e ao hoje governador de Alagoas, Renan Filho, em 2010 e 2014.

Disse que, apesar de terem sido doações declaradas, poderiam ser entendidas como contrapartidas à atuação em favor da Odebrecht.

Uma das solicitações, em 2014, foi após uma reunião para tratar de assuntos de interesse da Braskem, braço petroquímico do grupo baiano.

"[O pedido de doação do senador] Foi atendido porque a gente estava ali para fazer um pedido para ele e na hora que vem um pedido de volta para cá, é de bom tom para o que você está pedindo tentar equacionar o outro lado", declarou Melo Filho.

Em 9 de junho deste ano, novo depoimento do ex-diretor gerou interpretação contrária na PF. "Que para o declarante a doação foi realmente uma doação eleitoral e não pagamento de propina", consta no termo do depoimento do delator à PF, sobre o repasse a Renan de 2010. "Que Renan não condicionou a sua atuação política à retribuição financeira da Braskem", sobre a doação realizada em 2014.

A PF vai pedir nesta semana para ter acesso ao Drousys e ao MyWebDay, programas utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas, a área de pagamento de propina da empreiteira, para realizar perícia e checar os dados declarados e as datas em que foram inseridos.

A PF se deparou, na investigação sobre o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), com o fato de a doação ter acontecido antes dos sistemas internos existirem, o que levou a uma dúvida sobre qual teria sido o momento de inserção dos dados.

O ex-diretor de relações institucionais Alexandrino Alencar afirmou não ter informações sobre isso e que só recebeu a planilha de repasses no período em que a Odebrecht negociava a colaboração.
Sobre a ausência de documentos, um dos exemplos é o da investigação sobre a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

"Os colaboradores não trouxeram informações, até o momento, que possam indicar a forma como se deu o pagamento do valor que teria sido alcançado a investigada para financiar sua campanha", consta em relatório da PF. Alencar prometeu procurar novos documentos para ajudar a investigação.

OUTRO LADO

Em nota enviada para a reportagem, a Procuradoria-Geral da República afirmou "desconhecer a opinião da Polícia Federal sobre supostas falhas".

"O atual estágio das investigações em decorrência das colaborações dos executivos da Odebrecht não permite ainda fazer juízo definitivo sobre a eficácia dos acordos, por estarem em apuração. Essa análise caberá, em momento devido, ao Judiciário".

A PGR afirmou que recente decisão do Supremo Tribunal Federal conferiu "segurança jurídica aos acordos e garantiu-se o princípio da confiança dos órgãos do Estado que se comprometem com colaboradores da Justiça a conceder premiações, para que se possa desbaratar a organização criminosa".

O órgão escreveu ainda que a investigação policial deve ser feita "em harmonia" com a estratégia do Ministério Público, "pois caberá ao órgão acusador [PGR] decidir sobre a propositura da ação penal e tudo que for ligado a ela até o final do julgamento".

A Odebrecht, por sua vez, afirmou que "está colaborando com as autoridades no esclarecimento de todos os fatos por ela revelados, e reafirma o seu compromisso com a verdade e com uma atuação ética, íntegra e transparente, no Brasil e em todos os países nos quais atua".

O texto diz também que "a efetividade da colaboração da empresa foi reconhecida não apenas pelo Ministério Público, mas por autoridades de outros países –Suíça, Equador, República Dominicana e Estados Unidos. No Brasil, a colaboração tem também o reconhecimento do Judiciário, como demonstram, por exemplo, decisões recentes do juiz Sergio Moro".

Rodrigo Mudrovitsch, advogado de Claudio Melo Filho, disse que não existiu mudança na narrativa e que o cliente, como delator, "possui irrestrito propósito de colaborar com as investigações decorrentes do material probatório por ele disponibilizado".

"A literalidade dos depoimentos prestados comprova isso, até porque todas as suas manifestações refletem a verdade dos fatos de conhecimento do colaborador".

A Folha procurou a assessoria da Polícia Federal, mas não obteve resposta.


Folha de S. Paulo

Após sucesso nos Jogos Olímpicos, segurança pública no Rio vive crise

Os índices de violência no Rio de Janeiro não provocam apenas a sensação de insegurança na população, mas demonstram por números que a cidadania está acuada. “Não é sensação, estamos falando de uma escalada de indicadores de violência, alguns casos muito impactantes. Não é só uma questão de sensação, os números são crescentes. A gente pode definir uma data como o final dos Jogos Olímpicos, quando as coisas passaram a praticamente fugir do controle”, apontou a cientista social e integrante do Centro de Estudos da Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, Sílvia Ramos.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg), foram 424 vítimas de homicídio doloso (quando há intenção de matar) no estado do Rio, em maio deste ano. Isso significa que houve mais 55 vítimas que o mesmo mês no ano anterior, ou seja, um aumento de 14,9%. Quando a comparação é com abril de 2017 foram menos seis vítimas. Mas se a relação fica no acumulado dos cinco primeiros meses do ano a elevação é de 10,9%, que correspondem a mais 230 casos. De janeiro a maio de 2017 foram 2.329 vítimas.

Rio de Janeiro - Exposição Holocausto - Trevas e Luz é aberta no Museu do Amanhã, na zona portuária da capital fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Setor estratégico da economia do Rio, a indústria turística já estaria sendo afetada pelo agravamento da violência, conforme estudo da Confederação Nacional do ComércioTomaz Silva/Agência Brasil

Os indicadores de letalidade violenta, incluindo homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, passaram de 2.528 em 2016 para 2.942 em 2017. Nestes crimes os indicadores não foram afetados pela paralisação dos policiais civis no início do ano, porque os registros desses delitos continuaram a ser feitos nas delegacias. Os dados do ISP são referentes aos registros de ocorrência lavrados mensalmente nas delegacias de Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Turismo afetado

A sensação de insegurança não é apenas da população local. Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) garante que a violência no Rio nos últimos meses contribuiu para uma queda de R$ 320 milhões nas receitas do turismo fluminense. De acordo com a instituição, na comparação com o período entre janeiro e abril de 2016, esse valor é equivalente a 42% do total da perda do faturamento do setor nos primeiros quatro meses deste ano, que ficou em R$ 768,5 milhões.

A CNC apontou ainda que, para cada aumento de 10% na criminalidade, a receita bruta das empresas que compõem a atividade turística do estado recua, em média, 1,8%. Na visão da entidade, embora o turista não seja frequentemente vítima direta da maior parte dos crimes registrados, o avanço da violência e a consequente queda na percepção de segurança contribuíram para a queda no nível de atividade do setor no Estado do Rio de Janeiro.

“Embora outros fatores diretamente relacionados à conjuntura econômica também ajudem a explicar a queda de atividade no turismo fluminense, inegavelmente, o aumento da criminalidade no Rio de Janeiro contribuiu sobremaneira para agravar a perda de dinamismo desse setor no Estado”, destacou o economista da CNC, Fábio Bentes.

Saiba Mais

Serviço de inteligência

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, disse não ter dúvida de que a violência e sua repercussão na mídia nacional e internacional são prejudiciais para qualquer destino turístico, mas preferiu não atribuir as quedas no faturamento do setor a este motivo. Para o dirigente, o cenário é muito mais amplo. Ele lembrou que o setor funciona, atualmente, com uma expansão que somou pelo menos 20 mil novos quartos ao parque hoteleiro desde a preparação para os Jogos Rio 2016.

O presidente acrescentou que o cenário de crise financeira somada à insegurança política, em um momento em que o mercado internacional está tímido e o nacional receoso, ajuda a desaquecer o setor de viagens. “Podem acontecer casos pontuais, que não chegam a impactar nas pesquisas, mas não podemos atribuir a queda dos índices do setor à violência. Isso seria uma maneira muito simplista de avaliar os fatos, apesar de não termos dúvidas do impacto negativo para a imagem da cidade”, completou.

De acordo com Alfredo Lopes, é preciso usar serviços de inteligência para enfrentar o cenário de crime organizado que voltou a invadir o estado, e não apenas colocar mais homens nas ruas. “O que estamos vivendo é uma vergonha! E a indústria turística, assim como cada um de nós, cidadãos que pagamos nossos impostos e lutamos para manter nossas empresas em operação, estamos todos fortemente ameaçados”, disse.

Estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV/ DAPP) mostra que a segurança pública andou na direção contrária, com o desmonte do Sistema Integrado de Metas que funcionava como estímulo para controlar a violência e levava as polícias a trabalharem mais com as informações e colocava o Rio de Janeiro na tendência de policiamento com base em dados.

“A partir do momento em que se corta o pagamento desses bônus [aos policiais] e se para de acompanhar os indicadores pelo Sistema de Metas, há um retrocesso no sentido de que a gente vinha passando por mais eficiência. Frear este processo é ruim porque ele vinha dando resultados positivos, e significa um passo atrás. Voltar a um policiamento mais baseado em instinto”, afirma a pesquisadora da FGV/DAPP, Maria Isabel Couto.

Secretaria de Segurança

Para a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) do Rio de Janeiro, a crise financeira do estado tem provocado impacto significativo nos agentes e em materiais à disposição das forças policiais fluminenses. Segundo o órgão, isso demanda “um esforço enorme de gestão para fazer face a este cenário antagônico”.

De acordo com informações da Seseg à Agência Brasil, para tentar ultrapassar a barreira econômica, sem custos aos cofres públicos, foram definidas medidas estruturantes como o Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública (Giosp), instalado no Centro Integrado de Segurança Pública (CICC), na Cidade Nova, região central do Rio, para fazer o monitoramento qualificado da criminalidade violenta. Além disso, passou a contar com a delegacia especializada para o combate ao tráfico de armas, a Desarme.

Conforme a Seseg, as suas principais diretrizes são “a preservação da vida e dignidade humana, o controle dos índices de criminalidade e a atuação qualificada e integrada das polícias”. Para isso, o secretário Roberto Sá “mantém interlocução permanente com os comandos das polícias Militar e Civil orientando-os na busca incessante de medidas que impactem na redução dos indicadores de violência, principalmente o de letalidade violenta


Agência Brasil

Autoridade do Legado Olímpico pede que PF apure incêndio ocorrido em velódromo

A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) informou que tomou as medidas legais cabíveis até o momento para as apurações do incêndio que ocorreu na madrugada deste domingo (30), no Velódromo do Parque Olímpico da Barra, na zona oeste do Rio. Segundo o órgão, houve, inclusive, registro de ocorrência na Polícia Federal, porque atingiu uma instalação federal sob a responsabilidade da autarquia.

A Polícia Civil informou que o registro foi realizado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e que deu início às diligências preliminares. Após perícia no local, o caso foi registrado, inicialmente, como incêndio culposo. O procedimento será encaminhado para a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) que irá continuar com a apuração dos fatos.

Saiba Mais

A AGLO acrescentou que a avaliação preliminar de peritos da Polícia Civil que estiveram no local aponta que a causa do incêndio foi externa. Em princípio, também foi descartado qualquer dano de natureza hidráulica ou elétrica e, dessa forma, não há comprometimento do sistema de refrigeração do velódromo. Isso é fundamental para a conservação da instalação esportiva, que segue funcionando com a temperatura adequada à madeira siberiana que compõe a pista de ciclismo.

Ainda conforme as avaliações preliminares da polícia, os danos internos são decorrentes da queima da cobertura do equipamento e da água utilizada para apagar o incêndio. Além da Polícia Civil, a Defesa Civil fez vistoria no local.

Depois dos trabalhos dos bombeiros, o acesso ao velódromo foi liberado pela corporação para que a equipe da AGLO, pudesse coordenar as primeiras ações de limpeza com apoio da Comlurb e de servidores municipais.

A autarquia informou ainda que o campeonato de karatê organizado pela federação da categoria, previsto para hoje no local, foi transferido para o próximo domingo (6) e vai ocorrer na Arena 1 do parque.

A AGLO lembrou que o velódromo foi palco de recordes olímpicos nos Jogos Rio 2016, e em junho passado sediou um campeonato estadual de ciclismo de pista com 120 atletas. Além disso, integrou um evento de passeio ciclístico com mais de 500 ciclistas durante o Rio Bike Fest. O espaço é utilizado, ainda, para treinos de atletas de alto rendimento às terças-feiras, quintas-feiras e finais de semana, e serve para realização de projeto de inclusão social supervisionado.


Agência Brasil

Morre a atriz e diretora francesa Jeanne Moreau

Da Agência EFE

A atriz francesa Jeanne Moreau - Foto Aurellie Audureau/Arquivo Agência Lusa

A atriz francesa Jeanne Moreau - FotoAurellie Audureau - Arquivo Agência Lusa

A atriz e diretora Jeanne Moreau, considerada a grande dama do cinema francês, morreu nesta segunda-feira (31) aos 89 anos de idade, informou a imprensa francesa.

A intérprete, que trabalhou com os maiores diretores da cinematografia francesa, como François Truffaut, Louis Malle e André Téchiné, foi encontrada morta em sua casa em Paris por sua empregada doméstica, segundo a revista Closer.

Moreau, "a melhor atriz do mundo", segundo Orson Welles, é a primeira mulher acadêmica de Belas Artes na história da França, fez parte da "Nouvelle Vage" e foi musa de diretores como Luis Buñuel, com quem trabalhou em Diário de uma Criada de Quarto.

"Essa tristeza não acabará nunca, mas a alegria de lembrá-la sempre estará conosco", escreveu no Twitter o Unifrance, organismo encarregado da promoção do cinema francês no exterior.

A protagonista de Uma Mulher para Dois (1962) e de A Noiva Estava de Preto (1967), de Truffaut, teve ampla trajetória. Entre os filmes que fez, destacam-se também A Noite (1962), de Michelangelo Antonioni, e Duas Almas em Suplício (1960), de Peter Brook, que lhe valeu o prêmio de melhor interpretação feminina em Cannes.

Nascida em 23 de janeiro de 1928, de pai francês e mãe britânica, estreou no teatro em 1947 comLa terrasse de midi, apresentada no Festival de Avignon.

Atriz poliglota e internacional, que se destacou também como cantora, foi prêmio César de melhor atriz em 1992 por La vieille qui marchait dans a mer, de Laurent Heynemann, e presidente do júri de Cannes em 1975 e 1995.

Moreau presidiu também o júri da Seção Oficial do 54º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, em 2006, e deixa uma trajetória cinematográfica composta por mais de uma centena de filmes.

"Com ela desaparece uma artista que encarnou o cinema na sua complexidade, na sua memória, na sua defesa", afirmou hoje a presidência francesa, que a lembrou como uma mulher rebelde contra "a ordem estabelecida e a rotina".

A também cenógrafa, diretora de filmes como No Coração, a Chama (1976), foi casada com Jean-Louis Richard, pai do seu filho Jérôme, e posteriormente com William Friedkin.


Agência Brasil

Estados e prefeituras podem parcelar dívidas com a Previdência até hoje

dinheiro

Agência Brasil

As unidades da Federação e as prefeituras têm até hoje (31) para parcelarem as dívidas com a Previdência Social e os regimes próprios de Previdência com desconto nas multas e nos juros. O programa permite a inclusão de débitos vencidos até 30 de abril deste ano e deve reforçar a arrecadação federal em R$ 6,91 bilhões este ano.
Criado por meio da Medida Provisória 778, o Programa de Regularização de Débitos Previdenciários dos Estados e dos Municípios permite o parcelamento em até 200 meses (16 anos e 8 meses) das contribuições previdenciárias de responsabilidade dos governos locais, com desconto de 80% dos juros e 25% das multas.
Obrigações acessórias e contribuições incidentes sobre o 13º salário também podem ser renegociadas. Os estados e as prefeituras podem parcelar ainda dívidas suspensas pela Justiça, desde que desistam de questionar a cobrança nos tribunais.

A adesão ao programa deve ser formalizada em uma unidade da Receita Federal do domicílio tributário da prefeitura ou do estado.
Débitos parcelados em outros programas de refinanciamento poderão ser incluídos na nova renegociação. Em todos os casos, os governos locais terão o desconto nos juros e nas multas, exceto para as seis primeiras parcelas, que deverão equivaler a 2,4% do total da dívida consolidada e serem pagas em espécie, sem reduções.
As 194 prestações restantes serão retidas nas transferências da União aos Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios. O valor equivale à prestação estabelecida ou a 1% da receita corrente líquida, prevalecendo o menor montante. Caso a parcela seja maior que os repasses retidos, o governo local deverá pagar a diferença todos os meses.

Exclusão

O estado ou a prefeitura pode ser excluído do programa nas seguintes situações: falta de recolhimento da diferença não retida nos fundos de participação por três meses consecutivos ou alternados; falta de pagamento de uma parcela, estando pagas todas as demais; falta de apresentação das informações relativas ao demonstrativo de apuração da receita corrente líquida; ou não quitação integral do pagamento em espécie em 2017.
A medida provisória que criou o Programa de Regularização de Débitos Previdenciários dos Estados e dos Municípios foi assinada em maio, durante a abertura da 20ª Marcha Nacional dos Prefeitos, em Brasília. Uma portaria editada dias depois ampliou a renegociação para os estados.
Atualmente, 2.077 prefeituras têm regimes próprios de Previdência para os servidores municipais. Sem condições de montarem uma Previdência especial para os funcionários, 3.491 prefeituras de menor porte contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em relação às unidades da Federação, os 26 estados e o Distrito Federal têm regimes próprios de Previdência.


Agência Brasil

No SUS falta droga básica para tratar AVC, aponta levantamento

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Concursos públicos têm vagas com salários de até R$ 27,5 mil

Existem oportunidades em diversos cargos, destinadas a candidatos de todos os níveis de escolaridade

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