quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Praia do Paquetá é uma das alternativas de lazer para fugir das altas temperaturas em Canoas

 Local é considerado um ponto de encontro para a comunidade sentar-se à beira do rio; a área conta com mesas, churrasqueiras, ampla arborização, sombra e ar fresco


Diante da confirmação da previsão de calor intenso para as primeiras semanas de fevereiro, as famílias que não puderam pegar a estrada em direção às praias gaúchas, buscam na cidade alternativas para driblar as altas temperaturas e a sensação de abafamento. Banho de piscina, de mangueira, um mergulho no rio ou até mesmo um banho de cascata estão entre as muitas opções desfrutadas por moradores que não estão em período de férias e desejam se refrescar sem sair da Região Metropolitana.

Em Canoas, uma das muitas opções de lazer é a Praia de Paquetá, na junção com rios do Sinos e Jacuí, também conhecida como "Prainha". O local oferece um espaço de encontro para a comunidade sentar-se à beira do rio e desfrutar de uma boa conversa e chimarrão. O espaço ainda conta com mesas, churrasqueiras e ampla arborização, com sombra e ar fresco. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do município, no momento o local é impróprio para banho, mas há quem se arrisque a entrar na água para fugir do calor.

A família da Clara Vitória Moraes, que mora no bairro Mato Grande, não pensou duas vezes. Botou as cadeiras de praia no carro e foi em busca de sombra e tranquilidade no Paquetá. “Gostamos daqui porque é um ponto de encontro e um lugar de clima familiar.” Clara Alves, que reside no bairro Harmonia, buscou no Paquetá uma alternativa para fugir do abafamento que é ficar casa. “Aqui é maravilhoso. Tem tudo que precisamos e muita sombra.”

Moradora de Alvorada, Rosane Sales, que veio junto com o marido visitar parentes no bairro Rio Branco, em Canoas, também pôde desfrutar de momentos de lazer no Paquetá na semana com previsão de temperaturas muito acima do normal. A cunhada Neida Marquiotti da Silva garantiu que o espaço é adequado para passar as tardes de verão, mas disse que o local deveria receber mais atenção e manutenção da prefeitura. “Tem muita sujeira.”

Além do Paquetá, segundo informou a prefeitura de Canoas, há muitas outras opções de lazer no município como, por exemplo, a praça Parque Universitário, local arborizado e com os acessos de carros fechados no final de semana. O Parque Getúlio Vargas ideal para prática de esportes e muito utilizado para eventos artísticos e culturais. No mesmo espaço está instalado o Minizoo, local excelente para observar animais nativos da fauna da região. A Praça João Leivas de Carvalho, possui uma vegetação ampla, um lago e um bom espaço para lazer. O Centro Esportivo Igara e Parque dos Lagostins, também entra na lista de parques com uma estrutura com de sombras, local para caminhadas nos finais de tarde.


Correio do Povo

ADPF das Favelas: Barroso diz que STF não pretende criminalizar a PM

 Ministro enfatizou relevância da segurança pública



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, destacou nesta terça-feira (5) que a Corte não pretende criminalizar a Polícia Militar do Rio de Janeiro ao determinar medidas para redução da letalidade durante operações em comunidades da capital fluminense.

O STF começou a julgar definitivamente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, conhecida como ADPF das Favelas. Na ação, que foi protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), a Corte já determinou medidas para reduzir a letalidade durante operações realizadas pela Polícia Militar do Rio contra o crime organizado.

Após a suspensão do julgamento, que será retomado no próximo mês, Barroso ressaltou que a atividade policial é imprescindível.

"Nós, em nenhuma hipótese, queremos criminalizar a polícia, cuja atividade é imprescindível, inclusive para a proteção dos direitos humanos. A segurança pública é um dos componentes importantes da Constituição. Embora a criminalidade tenha causas sociais, causas na pobreza e na desigualdade, é preciso não esquecer que pobre também precisa de segurança pública. Nós temos muitas preocupações de não tornar a polícia inoperante", afirmou.

O ministro Edson Fachin, único a votar na sessão de hoje, também reiterou que o objetivo das medidas é reduzir a letalidade policial e também proteger os policiais.

"Em uma camada mais profunda, na qual só resta o que chamamos esperança, almeja-se que conduzam à consolidação, ainda que gradualmente, de uma nova cultura organizacional com mais transparência, mais eficiência e que reverterá, ao final e ao cabo, em mais segurança pública para todos, incluindo os policiais que arriscam suas vidas todos os dias e os milhões de trabalhadores e trabalhadoras que residem nas comunidades", completou.

Críticas

Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, criticou a ADPF ao dizer que houve aumento da ocupação territorial pelo crime organizado.

“Essa APDF tem um problema grave. A impressão que se tem é que, de um lado, ela serviu de desculpa para aqueles que não querem trabalhar ou não têm competência para fazer valer a autoridade e o monopólio da força do Estado em determinadas áreas do território da cidade. De outro lado, também cria uma sensação de que o Rio de Janeiro virou, sei lá, um resort para delinquentes”, disse o prefeito, em vídeo divulgado hoje em suas redes sociais.

O governador do Rio, Cláudio Castro, disse que a ADPF retira o direito da população à segurança pública.

"Ninguém aqui foge à crítica ou de um processo de melhoria e evolução. Acho positivas as situações em que a ADPF venha melhorar a atividade policial e o reforço na transparência. Os casos complexos são esse critério de extraordinariedade, que vem de encontro à ostensividade, que é o trabalho da polícia. Quando você cria uma ideia de extraordinariedade, tiramos do povo, da comunidade, o direito de ter uma polícia ostensiva”, afirmou o governador, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa.

Agência Brasil e Correio do Povo

Após Trump falar em assumir controle de Gaza, Casa Branca rechaça envio de tropas

 Autoridades buscaram se desvencilhar do plano controverso do republicano



O governo americano tem buscado minimizar os planos de Donald Trump para a Faixa de Gaza, depois de várias críticas de países aliados. A Casa Branca disse que o presidente não se comprometeu a mandar tropas para o terreno e que o deslocamento de palestinos seria temporário. Enquanto o secretário de Estado, Marco Rubio, disse que Trump teria colocado os EUA à disposição para reconstruir o enclave, descrevendo a oferta como "generosa".

Trump sugeriu que os Estados Unidos deveriam assumir o controle da Faixa de Gaza e realocar de forma permanente os palestinos que vivem no enclave - uma população estimada em 2 milhões de pessoas. A proposta foi prontamente rechaçada na comunidade internacional e o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou contra a limpeza étnica.

"Na busca de soluções, não devemos piorar o problema", disse Guterres, em uma reunião anual de um comitê da ONU que protege os direitos dos palestinos. "É fundamental manter-se fiel à base do direito internacional. É essencial evitar qualquer forma de limpeza étnica."

Trump falou das suas intenções para o enclave palestino ao lado do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Washington. Ele sugeriu que os Estados Unidos deveriam assumir a "propriedade" e reconstruir o território devastado pela guerra na "Riviera do Oriente Médio".

No dia seguinte, autoridades da Casa Branca buscaram se desvencilhar do controvertido plano. Questionado pela imprensa, o secretário de Estado Marco Rubio, chefe da diplomacia americana, disse que Trump estava propondo apenas reconstruir a Faixa de Gaza, e não reivindicar a posse indefinida do território palestino.

"Foi uma atitude, creio eu, muito generosa, a oferta de reconstrução, de ser responsável pela reconstrução de um lugar em muitas partes do qual, neste momento, mesmo que as pessoas se mudem de volta, elas não terão onde viver com segurança, porque ainda há munições não detonadas, detritos e escombros", disse Rubio.

"E a única coisa que o presidente Trump fez, de forma muito generosa, na minha opinião, foi oferecer a disposição dos Estados Unidos de intervir, limpar os escombros, limpar o local de toda a destruição que está no chão, limpar todas essas munições não detonadas", insistiu.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, por sua vez, disse que o presidente não se comprometeu como "botas no chão em Gaza", ou seja, com o envio de tropas, mas não explicou como os Estados Unidos poderiam assumir o controle do enclave sem usar a força militar.

A posição é diferente da que foi expressa por Trump no dia anterior. Questionado se enviaria tropas americanas, ele respondeu: "Faremos o que for necessário. E se for necessário, faremos isso. Vamos assumir o controle dessa parte".

Ao comentar o que chamou de "ideia fora da caixa", ela também contradisse as sugestões de Trump de que os residentes da Faixa de Gaza seriam permanentemente realocados em outro lugar. "O presidente deixou claro que eles precisam ser temporariamente realocados para fora de Gaza", disse. "É um local de demolição"

Trump havia dito, contudo, que os palestinos poderiam ser deslocados de forma permanente. "Se pudermos conseguir uma bela área para reassentar as pessoas, permanentemente, em belas casas onde elas possam ser felizes e não sejam baleadas, mortas ou esfaqueadas até a morte, como está acontecendo em Gaza", sugeriu

A proposta foi rechaçada até mesmo por aliados dos Estados Unidos, como a Arábia Saudita. O reino reafirmou sua posição histórica em defesa de um Estado palestino independente. E enfatizou sua rejeição absoluta à violações dos direitos dos palestinos "seja por meio de políticas de assentamento israelenses, anexação de terras palestinas ou esforços para deslocar o povo palestino de suas terras".

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Lula: medida do PIX criou confusão - Alexandre Garcia

 


Casal é preso por suspeita de torturar e matar filho de 9 meses em Viamão

 Bebê morreu por traumatismo craniano no final de janeiro



A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira, o pai e mãe de um bebê que morreu no final de janeiro, em Viamão, na Região Metropolitana. A criança, de apenas 9 meses, teria sido vítima de agressões. Os suspeitos vão responder por tortura qualificada.

Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos nesta manhã, em uma ação conjunta entre a 1ª DP e a Delegacia de Homicídios (DHPP) da cidade. A investigação aponta que a vítima sofreu torturas do pai, e com a conivência da mãe, que, mesmo tendo ciência dos fatos, não adotou providências efetivas evitar a morte.

A criança chegou sem vida a uma unidade de pronto-atendimento, no 29 do último mês. A causa do óbito foi traumatismo craniano. De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, que comanda a apuração, o bebê era agredido com regularidade.

"O corpo da criança tinha lesões de coloração diferenciada, além de fraturas, o que demonstra que as agressões ocorriam ao longo do tempo. Os presos submeteram a vítima a agressões físicas, negligência e intenso sofrimento físico e mental”, afirmou a delegada Jeiselaure de Souza.

As ordens de prisão foram deferidas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Viamão, após parecer favorável do Ministério Público. O casal já foi encaminhado ao sistema penitenciário.

Correio do Povo

China formaliza queixa contra tarifaço imposto pelos Estados Unidos

 O país asiático afirma que as medidas violam as obrigações em relação ao status de nação mais favorecida



A China formalizou queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas de 10% anunciadas no final de semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Segundo comunicado da OMC, o país asiático afirma que as medidas tarifárias dos americanos violam as obrigações em relação ao status de nação mais favorecida, com base nas normas da entidade de comércio global.

A queixa inicia uma disputa oficial entre as duas maiores economias do planeta no âmbito da OMC. Nos próximos 60 dias, serão realizadas consultas com as duas partes para discutir o assunto e buscar uma solução satisfatória sem a necessidade de um litígio. Se não houver acordo no período, a China poderá solicitar a decisão de um painel.

Na terça-feira, o Ministério do Comércio da China anunciou medidas em retaliação aos Estados Unidos em importações do país. O governo disse que implementará tarifa de 15% sobre produtos de carvão e gás natural liquefeito e de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e carros de grande cilindrada. As medidas passam a valer em 10 de fevereiro.

No sábado, o presidente americano assinou decretos para impor tarifas de 25% para produtos importados do México e do Canadá e 10% para itens chineses.

A justificativa de Trump para o tarifaço é de que os países vizinhos de empenhavam pouco para conter o tráfico de fentanil e a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. Na segunda-feira, México e Canadá anunciaram que iriam reforçar as operações nas fronteiras e Trump suspendeu o tarifaço por um mês.

No caso da China, o republicano se queixa que o gigante asiático não combate o tráfico de insumos para a produção de fentanil para o Ocidente. Pequim nega diz que esse é um problema americano.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Prazo do crédito consignado do INSS sobe de 84 para 96 meses

 Segundo ministro Carlos Lupi, objetivo é aliviar valor das parcelas



O aposentado e pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganhará mais tempo para quitar os empréstimos consignados. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou nesta quarta-feira (5) o aumento do prazo de pagamento das parcelas de 84 para 96 meses (sete para oito anos).

A decisão também beneficia as famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo o ministro, o INSS igualou o prazo do consignado ao do praticado na mesma modalidade de crédito aos servidores públicos. A mudança, ressaltou o ministro, aliviará o valor das prestações.

“Estamos acompanhando esse prazo e com isso esperamos aliviar um pouco o peso da prestação. Chegamos à decisão no começo deste ano pela quantidade de empréstimos consignados que existe, mais de 16 milhões, e pelo aperto que as pessoas passam”, declarou o ministro em entrevista coletiva.

Nesta quinta-feira (6), o INSS publicará uma instrução normativa com o aumento no prazo. A extensão vale tanto para quem tem o crédito consignado tradicional, o cartão de crédito consignado e o cartão consignado de benefício.

Lupi também explicou que, nos três casos, o segurado poderá renovar o crédito com mais 12 meses de prazo para pagar. O ministro informou que a Previdência e o INSS fizeram simulações e que as novas regras trazem vantagens aos bancos porque a inadimplência é próxima de zero nessa modalidade.

“A mudança é positiva para o sistema financeiro, porque possibilita uma negociação mais ampla [entre os bancos e os tomadores]”, destacou.

Teto de juros

O aumento no prazo ocorre cerca de um mês após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovar o aumento no teto de juros no crédito consignado do INSS. As taxas para os empréstimos pessoais passaram de 1,66% para 1,8% ao mês. O teto dos juros do cartão de crédito consignado foi mantido em 2,46% ao mês.

O teto foi elevado por causa dos recentes aumentos na Taxa Selic (juros básicos da economia), atualmente em 13,25% ao ano. Com as altas nos juros básicos, os bancos pararam de oferecer o crédito consignado do INSS. As instituições financeiras pediam um teto maior, de 1,99% ao mês.

O ministro da Previdência evitou afirmar se o teto do consignado continuará a subir, mesmo com o Banco Central confirmando mais uma alta de 1 ponto percentual na Selic em março. “Não temos vinculação direta e nunca tivemos com as decisões do Copom. O mercado geral não tem a garantia que é o desconto em folha que o consignado tem. Nosso índice de inadimplência é o mais baixo entre todos os tipos de empréstimos”, afirmou Lupi.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, disse que o aumento do prazo não muda a situação prática, em que a maioria dos tomadores chegam ao fim de um empréstimo contratando outro. Segundo ele, na prática, atualmente ocorre uma prorrogação quase ilimitada de algum financiamento.

“O aumento do prazo não muda esse status. Ele [o segurado do INSS] ter parcela mais barata, que não comprometa a sua sobrevivência, a gente dá uma chance maior de ele não ficar tentado replanejando, reprogramando”, justificou Stefanutto.

Consignado do INSS

Modalidade de crédito controlada pelo Ministério da Previdência Social, o empréstimo consignado do INSS permite o desconto das parcelas diretamente da folha de pagamento do segurado.

Pelas regras atuais, os aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS podem comprometer até 45% do benefício com o consignado, dos quais 35% ao empréstimo pessoal, 5% ao cartão de crédito consignado e 5% ao cartão de benefício.

Responsável por definir o teto de juros do consignado e as condições da modalidade de crédito, o CNPS tem seis representantes do governo federal, três de aposentados e pensionistas, três dos trabalhadores e três dos empregadores.

Agência Brasil e Correio do Povo

Primeiro Concílio de Niceia: O Marco na História do Cristianismo

 

O Concílio de Niceia foi um evento histórico que reuniu bispos cristãos em 325 d.C. para discutir a natureza divina de Jesus Cristo.

O concílio ocorreu em Niceia, na província romana da Bitínia, entre maio e julho de 325 d.C. e contou com a presença de cerca de 300 bispos. O imperador Constantino financiou a reunião e participou ativamente dos debates.

2.1. A Controvérsia Ariana

A principal questão teológica discutida no concílio foi a relação entre Deus Pai e Jesus Cristo. Os arianos, liderados por Ário, defendiam que Cristo era subordinado ao Pai, ou seja, não era Deus em sentido pleno, mas sim um ser criado.

Já os opositores do arianismo, liderados por Atanásio de Alexandria, argumentavam que Cristo era da mesma substância do Pai (homoousios), ou seja, divino e coeterno com Deus.

2.2. O Credo Niceno

Após intensos debates, a maioria dos bispos rejeitou a doutrina de Ário, e o concílio formulou o Credo Niceno, que estabelecia a plena divindade de Cristo. Esse credo afirmava que Jesus Cristo era:

  • Gerado, não criado;
  • Da mesma substância do Pai (homoousios);
  • Verdadeiro Deus de verdadeiro Deus.

Ário e seus seguidores foram condenados e excomungados, e suas obras foram ordenadas a serem queimadas.

2.3. Afixação da Data da Páscoa

Outro tema importante discutido no concílio foi a data da celebração da Páscoa. Antes de Niceia, diferentes comunidades cristãs seguiam calendários distintos para celebrar a ressurreição de Cristo. O concílio estabeleceu que a Páscoa deveria ser comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera, evitando sua coincidência com a Páscoa judaica.

2.4. Outras Decisões do Concílio

Além das decisões doutrinárias, o concílio também promulgou 20 cânones disciplinares, incluindo:

  • A proibição da autocastração entre os clérigos.
  • A restrição da consagração episcopal sem a presença de pelo menos três bispos.
  • A reafirmação da primazia do Bispo de Roma, de Alexandria e de Antioquia.
  • O estabelecimento de regras para a readmissão de hereges à Igreja.

3. Consequências do Primeiro Concílio de Niceia

As decisões tomadas no concílio tiveram efeitos profundos e duradouros no cristianismo.

3.1. Expansão do Credo Niceno

O Credo Niceno tornou-se um pilar do cristianismo ortodoxo, sendo adotado pela maioria das igrejas cristãs até os dias de hoje. Ele serviu de base para a formulação posterior do Credo Niceno-Constantinopolitano (381 d.C.).

3.2. Perseguição aos Arianos

Apesar da condenação do arianismo, a doutrina não desapareceu imediatamente. Ela continuou a se espalhar, especialmente entre os godos e outros povos germânicos, influenciando a história do cristianismo nos séculos seguintes.

3.3. Fortalecimento da Igreja e do Estado

O concílio também marcou um passo importante na aliança entre a Igreja e o Império Romano. Constantino consolidou o cristianismo como uma força unificadora dentro do império, o que culminaria, em 380 d.C., no Édito de Tessalônica, que oficializou o cristianismo como religião do Império Romano.


4. Conclusão

O Primeiro Concílio de Niceia foi um marco decisivo na história do cristianismo. Ele não apenas definiu a doutrina cristã sobre a natureza de Cristo, mas também estabeleceu um modelo para futuros concílios ecumênicos. Suas decisões influenciaram profundamente o desenvolvimento da teologia cristã, moldando o cristianismo como o conhecemos hoje.

A rejeição ao arianismo e a formulação do Credo Niceno ajudaram a criar um cristianismo mais coeso e estruturado, preparando o caminho para a ascensão da Igreja como uma das instituições mais influentes da história ocidental.

A três dias do Gre-Nal, Inter atualiza situação de jogadores no DM

 Alan Patrick, Fernando, Vitão e Bernabei foram poupados do jogos desta quarta-feira contra o Brasil de Pelotas



Depois de repetir por três vezes consecutivas exatamente a mesma escalação, Roger Machado decidiu preservar quatro titulares para o jogo desta quarta-feira contra o Brasil de Pelotas, às 20h, no Beira-Rio: Alan Patrick, Fernando, Vitão e Bernabei não irá participar do jogo por controle de carga, conforme divulgado pelo clube.

Na mesma nota, foi atualizada a situação de outros jogadores que não devem reunir condições de ficar à disposição para o Gre-Nal de sábado. A novidade é o nome do volante Luiz Otávio. Confira abaixo as informações de cada um deles.

Luis Otávio: Lesão muscular no adutor da coxa direita. Desfalcará a equipe nos próximos compromissos.

Rochet: Apresentando boa evolução. A previsão é de que inicie os trabalhos de campo supervisionados pelo Departamento Médico nos próximos dias.

Clayton Sampaio: Previsão de iniciar a transição com atividades de readaptação ao campo nos próximos dias.

Bruno Tabata: Conclusão das atividades de reforço com o departamento de perfomance do Clube.

Correio do Povo

Moraes critica pena menor para acusados da morte de catador e músico

 Recurso dos militares foi aceito pelo STM em dezembro de 2024



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira (5) a decisão do Superior Tribunal Militar (STM) que reduziu as condenações de oito militares do Exército acusados pela morte de dois homens durante uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, em 2019.

Em dezembro do ano passado, o STM aceitou um recurso apresentado pela defesa dos acusados para reduzir as condenações pelo duplo homicídio do músico Evaldo Santos e do catador de recicláveis Luciano Macedo.

Eles foram mortos durante operação na qual militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford Ka branco. Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo.

Durante o julgamento sobre a letalidade policial no Rio, Moraes disse que Poder Judiciário também tem responsabilidade no controle das operações policiais. O ministro defendeu a punição dos desvios ocorridos nas operações.

"Lamentavelmente, por 8 votos a 7, o Superior Tribunal Militar desclassificou para o tipo culposo 62 tiros. A culpa é da polícia, da operação policial necessária na época? Se a Justiça tivesse feito a sua parte, as próximas operações seriam feitas com mais cautela", afirmou.

Na sessão de hoje, o ministro Edson Fachin votou para manter restrições às operações realizadas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Fachin é relator do processo que trata da letalidade policial na capital fluminense.

A Corte julga definitivamente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, conhecida com ADPF das Favelas. Na ação, que foi protocolada em 2019 pelo PSB, a Corte já determinou medidas para reduzir a letalidade durante operações realizadas pela Polícia Militar do Rio contra o crime organizado nas comunidades da capital fluminense.

Após o voto do relator, o julgamento foi suspenso. Segundo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, o julgamento deverá ser retomado no próximo mês.

Agência Brasil e Correio do Povo