sábado, 30 de novembro de 2024

O dilema entre cortar e não cortar o orçamento

 Governo federal anunciou economia no orçamento, impactando o mercado



Após semanas de muita pressão do mercado financeiro para a divulgação do corte de gastos para os próximos anos, o governo federal anunciou uma redução de R$ 71,9 bilhões no Orçamento de 2025 e 2026, o que já está repercutindo no câmbio e também na Bolsa de Valores. Mas você sabe por que as despesas da União interferem tanto neste cenário?

Existe um dilema entre gastar e economizar. Na teoria, quanto mais se coloca dinheiro em programas sociais, infraestrutura e serviços, mais se estimula o crescimento econômico, pois cresce também a demanda por produtos e prestação de serviços e, por consequência, também aumentam os empregos, estimulando o consumo e mais empregos ainda.

Porém, o risco dessa linha de ação é a elevação da inflação e das taxas de juros. Isso porque, quando o consumo é estimulado, mas a oferta não acompanha, os preços tendem a subir e, com isso, o governo costuma aumentar a Selic para segurar os valores das mercadorias. Outra consequência pode estar relacionada ao incremento da dívida do país.

O professor do Programa de Pós Graduação Profissional de Economia (PPECO) da UFRGS Mauricio Andrade Weiss analisa que o atual contexto não indica alta de preços, pois, embora a taxa de desemprego esteja caindo, quase 40% da população economicamente ativa atua no mercado informal. Além disso, ele observa que a produção industrial tem capacidade de ampliar a produção sem pressionar a inflação por conta da demanda.

Em relação ao endividamento, Weiss argumenta que o maior impacto sobre a dívida é dos juros, uma vez que cada ponto percentual na taxa de juros impacta em R$ 54,7 bilhões na dívida líquida do setor público. Ele observa que, quando a economia cresce, facilita a ampliação da arrecadação e o aumento do PIB, reduzindo o endividamento.

Entretanto, o professor reconhece a pressão no mercado financeiro para cortes de gastos e isso tem efeito de aumento na taxa de câmbio.

“O corte de gastos é necessário para enquadrar na meta de gastos do Novo Arcabouço Fiscal e acalmar os ânimos do mercado financeiro”, salientou o economista Mauricio Andrade Weiss.

Contudo, economizar também tem seus prós e contras. O viés positivo é a melhora da sustentabilidade fiscal, a redução do risco de crises e a criação de espaço para reduzir impostos no futuro. Porém, isso pode desacelerar o crescimento econômico e prejudicar investimentos sociais e produtivos. Cortes podem reduzir o alcance de programas sociais ou subsídios a setores econômicos.

Consequências das decisões do governo

Há setores que defendem um lado ou outro. O mercado financeiro observa que a economia de gastos pode melhorar a percepção de responsabilidade fiscal. Assim, investidores são atraídos, o que tende a reduzir o risco Brasil. Um orçamento mais enxuto pode ajudar a conter a inflação e permitir uma redução nas taxas de juros. Isso tem um impacto direto sobre o custo do crédito e incentiva o crescimento econômico.

O impacto das decisões do governo sobre o orçamento depende de como e onde os cortes ou gastos adicionais são realizados. A relação entre a dívida pública e o PIB é um indicador importante para avaliar essas decisões, pois reflete a capacidade do país de lidar com seus compromissos financeiros. O Brasil deve cumprir a meta fiscal, que prevê um déficit primário de 0% do PIB, equilibrando receitas e despesas antes do pagamento dos juros da dívida.

Correio do Povo

Bots para Geração de Tráfego: Uma Abordagem Crítica

 



A pergunta sobre o "melhor bot para geração de tráfego para Android" levanta algumas questões importantes sobre ética e práticas recomendadas no marketing digital.

Por que a cautela com bots?

  • Violação de termos de serviço: A maioria das plataformas (Google, redes sociais, etc.) proíbe o uso de bots para manipular resultados de pesquisa ou engajamento.
  • Qualidade duvidosa do tráfego: O tráfego gerado por bots geralmente não é orgânico e não representa usuários reais interessados no seu conteúdo. Isso pode prejudicar sua reputação e os resultados de SEO a longo prazo.
  • Punições: O uso de bots pode resultar em penalidades, como a remoção do seu site dos resultados de pesquisa ou a suspensão de suas contas nas redes sociais.

Alternativas éticas e eficazes:

Em vez de recorrer a bots, que podem trazer mais problemas do que soluções, concentre-se em estratégias de marketing digital legítimas e sustentáveis:

  • Conteúdo de qualidade: Crie conteúdo relevante e valioso para o seu público-alvo.
  • Otimização para mecanismos de busca (SEO): Melhore a visibilidade do seu site nos resultados de pesquisa orgânica.
  • Marketing de conteúdo: Compartilhe seu conteúdo em diferentes canais e promova o engajamento.
  • Marketing nas redes sociais: Construa uma comunidade engajada e promova seu conteúdo de forma autêntica.
  • E-mail marketing: Crie campanhas de e-mail personalizadas para nutrir seus leads.
  • Publicidade paga: Utilize plataformas de publicidade para alcançar um público segmentado.

Conclusão:

Não existe um "melhor bot" para gerar tráfego de forma ética e sustentável. Ao invés disso, invista em estratégias de marketing digital que ofereçam resultados duradouros e ajudem você a construir um negócio online sólido.

Lembre-se: o sucesso a longo prazo depende da construção de relacionamentos autênticos com seus clientes e da entrega de valor real.

Gostaria de saber mais sobre alguma dessas estratégias de marketing digital? Posso fornecer informações mais detalhadas sobre SEO, marketing de conteúdo, redes sociais ou qualquer outro tópico que te interesse.

Importante: Se você tiver alguma dúvida sobre as políticas de uso de bots em plataformas específicas, consulte os termos de serviço dessas plataformas.

Disclaimer: As informações fornecidas aqui são para fins informativos e não constituem aconselhamento profissional.

Navio fundeado há 20 dias no canal de Itapuã desiste de descarregar em Porto Alegre

 Embarcação EVA Shanghai, com carga de fertilizantes, deverá retornar a Rio Grande para a realização do serviço



O navio EVA Shanghai, fundeado há cerca de 20 dias no canal de Itapuã, em Viamão, desistiu de descarregar a carga de fertilizantes em Porto Alegre e retornará a Rio Grande para o serviço, mesmo com a dragagem emergencial sendo realizada desde o começo da semana na área. É avaliado ainda se o graneleiro Mount Taranaki, carregado com cevada, primeira embarcação a encalhar, e depois a ser rebocada para área segura, poderá subir na direção da Capital neste sábado. As informações são da praticagem da Lagoa dos Patos.

Existem três navios aguardando a subida do nível do Guaíba, porém isto não ocorreu naturalmente em novembro. A Portos RS, responsável pela gestão hidroportuária no Estado, e contratante da Ster Engenharia, empresa que realiza a dragagem emergencial, mantém o prazo médio de 90 dias para a conclusão, diante dos 101 dias estabelecidos em contrato, encerrado no começo de março de 2025. A obra tem uma extensão de 2.350 metros de comprimento por 110 metros de largura, abrangendo uma área total de 260 mil metros quadrados e a remoção de 185 mil metros cúbicos de sedimentos.

Ainda de acordo com a Portos RS, a profundidade da dragagem é de seis metros, com objetivo de alcançar um calado operacional de 5,18 metros, algo que pode ser alcançado em metade do canal em cerca de duas semanas. “Esta etapa inicial será um marco importante para viabilizar a retomada da navegação comercial no estado”, avaliou o diretor de Infraestrutura da Portos RS, Lucas Cardoso. A dragagem está sendo realizada com recursos próprios da companhia.

A estratégia foi adotada pela estatal enquanto aguarda a liberação dos R$ 731 milhões prometidos e já aprovados para esta e outras iniciativas, a partir do Fundo de Reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul (Funrigs). Após a conclusão de Itapuã, outros processos de contratação serão feitos nos canais de Pedras Brancas, Leitão, Furadinho e São Gonçalo, que já têm levantamentos hidrográficos e dados sobre volumes de sedimentos. Outros serão contemplados após a conclusão do levantamento batimétrico, atualmente em fase de contratação.

Correio do Povo

Canadá avalia impor tarifas a produtos dos EUA como resposta a Trump

 Trabalho de identificação dos itens já começou



Canadá avalia a imposição de tarifas adicionais sobre alguns produtos americanos caso o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra sua ameaça de aumentar as taxas aduaneiras sobre os produtos canadenses, informou uma fonte do governo.

Ottawa considera todos os cenários, em particular a possibilidade de responder com o aumento de tarifas, explicou uma fonte governamental à AFP sob anonimato, acrescentando que o trabalho de identificação desses produtos já começou.

Nesta sexta-feira (29), primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, deu a entender que não tem dúvidas sobre a intenção de Trump de cumprir sua ameaça de impor tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá quando assumir o cargo em 20 de janeiro.

O anúncio de Trump nesta semana também afetou o México, o outro parceiro do T-MEC, o acordo de livre comércio da América do Norte.

"Quando Donald Trump faz essas declarações, ele tem a intenção de executá-las", disse Trudeau à imprensa na província de Ilha do Príncipe Eduardo (nordeste).

"Não há dúvidas", acrescentou, enquanto alguns consideram que a declaração de Trump é, sobretudo, uma tática de negociação.

O anúncio representa mais um golpe para Trudeau, que é candidato à reeleição nos próximos meses. O primeiro-ministro liberal está muito atrás nas pesquisas, lideradas com folga pelo seu opositor conservador, Pierre Poilievre.

Em 2023, mais de três quartos das exportações canadenses, totalizando cerca de 423 bilhões de dólares americanos (R$ 2,56 trilhões), tiveram como destino os Estados Unidos.

Durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), os Estados Unidos aplicaram tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio, o que levou Ottawa a responder com taxas aduaneiras em retaliação.

Naquela época, o Canadá mirou produtos específicos, buscando um impacto político mais do que econômico. Assim, foram afetados produtos como o suco de laranja da Flórida e o bourbon de Kentucky, dois estados governados por republicanos como Trump.

AFP e Correio do Povo

Carly Pope: Uma Atriz Canadense Talentosa

 



Carly Pope é uma atriz canadense conhecida por sua versatilidade e por ter participado de diversos projetos ao longo de sua carreira. Nascida em 28 de agosto de 1980, em Vancouver, British Columbia, ela iniciou sua jornada no mundo da atuação ainda jovem e desde então conquistou um lugar especial no coração dos fãs.

Vida Pessoal

Embora Carly seja uma figura pública, ela mantém sua vida pessoal relativamente privada. Não há muitas informações disponíveis sobre sua vida fora dos holofotes. No entanto, sabe-se que ela é uma apaixonada por animais e frequentemente compartilha fotos de seus pets em suas redes sociais.

Obra e Carreira

Carly Pope é conhecida por sua capacidade de se adaptar a diferentes tipos de papéis, transitando entre dramas, comédias e até mesmo filmes de terror. Sua carreira começou nos anos 90, e desde então ela participou de diversas produções para cinema e televisão.

Alguns de seus trabalhos mais conhecidos incluem:

  • Popular: Um dos papéis que a projetou para a fama foi o de Sam McPherson na série de televisão "Popular". A série, que foi ao ar entre 1999 e 2001, acompanhava a vida de dois grupos de amigas em uma escola americana.
  • Disturbing Behavior: Em 1998, Carly participou do filme de terror "Disturbing Behavior", ao lado de nomes como Katie Holmes e Skeet Ulrich.
  • Arrow: Mais recentemente, ela fez uma participação especial na série de super-heróis "Arrow", interpretando Susan Williams.

Momentos importantes de sua carreira:

  • Popular: Sem dúvida, "Popular" foi um marco em sua carreira, abrindo portas para novas oportunidades.
  • Versatilidade: Carly demonstrou sua versatilidade ao interpretar papéis em gêneros diversos, mostrando que é uma atriz completa.
  • Reconhecimento: Ao longo de sua carreira, ela recebeu diversas críticas positivas por suas performances, consolidando seu lugar no cenário artístico.

Curiosidade:

Carly Pope também é conhecida por ser fluente em francês, o que a permitiu participar de projetos em língua francesa.

Previdência quer proibir uso de aposentadorias e pensões em bets

 Ministro diz que proibição é forma de proteger verba de sobrevivência



O Ministério da Previdência Social pode proibir o uso de aposentadorias e pensões em sites de apostas esportivas, as bets. De acordo com o ministro Carlos Lupi, uma alternativa legal ainda está sendo estudada e ele espera colocá-la em prática "o mais rápido possível":

"O benefício da Previdência é para a subsistência da pessoa. O desafio da gente é que a gente não pode intervir no dinheiro privado. Mas como os pagamentos têm subsídio do governo, a nossa equipe jurídica está estudando a proibição baseada nisso, de que tem dinheiro do Tesouro e dinheiro público não foi feito pra entrar no jogo".

Lupi fez uma palestra no Instituto dos Advogados do Brasil, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira e chegou a classificar o mercado das bets como um "sistema mafioso". Em entrevista ao final do evento, também foi enfático: " Eu não quero ser arbitrário, nem autoritário. Eu entendo que é o dinheiro do cidadão, mas eu entendo também que não é para isso que existe aposentadoria e pensão. É para garantir o sistema de sobrevivência da pessoa. E jogo, em nenhuma parte do mundo, é sistema de sobrevivência ".

O ministro argumentou que a medida seria semelhante à proibição do uso dos benefícios assistenciais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada - BPC. Lupi acrescentou que os bancos têm mecanismo para evitar que os clientes consigam fazer transferências para os sites de aposta: "O banco separa todos os pagamentos. Se você pega seu extrato está lá: mercado, compras, luz. Se proibir, o próprio sistema consegue coibir isso".

De acordo com Lupi, a equipe jurídica do Ministério está avaliando se a proibição pode ser feita diretamente pelo Instituto Nacional de Seguridade Social, via portaria, ou se precisa ser avaliada pelo Conselho Nacional da Previdência.

Agência Brasil e Correio do Povo

Governo protocola PL de pacote de ajuste fiscal que limita crescimento real do salário mínimo

 A iniciativa faz parte do pacote de ajuste fiscal anunciado esta semana



O governo federal protocolou na Câmara nesta sexta-feira, 29, o projeto de lei que limita o crescimento real do salário mínimo ao máximo permitido pelo arcabouço fiscal, de 2,5% ao ano. A iniciativa faz parte do pacote de ajuste fiscal anunciado esta semana. A expectativa é que essa medida resulte em economia de R$ 2,2 bilhões em 2025 e R$ 9,7 bilhões em 2026.

Pelo texto, assinado pelo líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), o ganho real do salário mínimo não poderá ser superior a 2,5% ao ano, nem inferior a 0,6%. Hoje, a regra de reajuste diz que o mínimo sempre crescerá de acordo com a variação do INPC, acrescido do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

“O projeto de lei tem a finalidade de racionalizar despesas públicas primárias, com vistas a aperfeiçoar o orçamento público e ajustar o ritmo de crescimento do gasto obrigatório ao disposto na LC 200/2023 (arcabouço fiscal), que limita o crescimento real da despesa a 70% da variação da receita, sempre entre 0,6% e 2,5%”, diz o texto.

O PL prevê mudanças nas regras de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), determinando que a renda familiar vai considerar a soma dos rendimentos mensais de membros da família e vedando deduções não previstas em lei. Quem tiver bens ou propriedade que superem o valor de isenção referente ao patrimônio na declaração de Imposto de Renda não poderá usufruir do benefício. O governo espera economizar R$ 2,0 bilhões por ano com a medida.

O texto inclui, também, a obrigatoriedade de cadastro biométrico para concessão, manutenção e renovação de benefícios de seguridade social. O governo pretende economizar R$ 2,5 bilhões por ano com essa medida. Além disso, prevê que o Proagro respeite a disponibilidade orçamentária.

O projeto também muda os parâmetros relativos à permanência no Bolsa Família, incluindo o estabelecimento de índices máximos de famílias unipessoais. A expectativa é que essa iniciativa renda R$ 2,0 bilhões em 2025 e R$ 3,0 bilhões ao ano a partir de 2026. Prevê, ainda, que a despesa federal alocada no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) cresça limitada ao IPCA. Com essa medida, a expectativa é economizar R$ 800 milhões em 2025 e R$ 1,5 bilhão em 2026.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Como Criar um SITE GRÁTIS e PROFISSIONAL no CANVA (PASSO A PASSO COMPLETO)

 



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Conta de luz de dezembro terá bandeira tarifária verde, anuncia Aneel

 Órgão citou como justificativa as condições favoráveis para a geração de energia hidrelétrica no País



Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 29, a bandeira tarifária verde para o mês de dezembro. O órgão citou como justificativa as condições favoráveis para a geração de energia hidrelétrica no País, com repercussão positiva no custo de geração.

Com o retorno da bandeira verde em dezembro, não haverá custo adicional na tarifa de energia no último mês do ano, contribuindo para reduzir o IPCA do mês. A partir da seca histórica neste ano, a Aneel havia acionado a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em setembro - pela primeira vez em mais de três anos.

Além do risco hidrológico (GSF), outro gatilho para o acionamento da bandeira vermelha foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) - valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

"Após a vigência da bandeira amarela em novembro, a expressiva melhora das condições de geração de energia no País permitiu a mudança para a bandeira verde em dezembro, deixando-se de cobrar o adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos", cita a Aneel em nota.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, vai fechar o ano de 2024 com a marca de 61 acionamentos nas classificações amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou, as de maior impacto, que sinalizam "escassez hídrica". O sistema visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Na série histórica o maior período em que a bandeira tarifária ficou verde foi de abril de 2022 até julho deste ano.

Histórico

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no País, e busca atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da "conta Bandeiras".

O sistema de bandeiras tarifárias reflete o custo variável da produção de energia. O acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas, tende a pressionar o custo.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Mercado frustrado com corte e dúvidas com Trump explicam dólar recorde

 Agência Brasil ouviu especialistas sobre alta da moeda norte-americana



dólar chegou a bater R$ 6,11 no início desta sexta-feira (29). Desde quarta-feira (27), a moeda norte-americana tem acumulado recordes de alta.

Para economistas consultados pela Agência Brasil, uma das explicações para esse aumento é a incerteza do cenário internacional marcado, entre outros fatores, pelo futuro governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, que promete taxar concorrentes comerciais. Outro fator predominante foram os anúncios de corte de gastos e de reforma tributária sobre o Imposto de Renda (IR) anunciados pelo governo federal.

Os principais agentes do mercado financeiro esperavam um corte maior que os R$ 70 bilhões em dois anos e os R$ 327 bilhões em cinco anos propostos pelo Executivo, segundo avaliação do diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI) e professor de economia licenciado da Universidade de Brasília (UnB), André Roncaglia.

“O mercado esperava um pacote de cortes e o que veio foi um pacote de contenção do crescimento dos gastos. O mercado ficou frustrado porque esperava um caminho mais austero no sentido de efetivamente reduzir a quantidade de dinheiro gasto no agregado pelo governo e o que o governo entregou foi diminuir o quanto vai aumentar o gasto”, explicou.

O economista e professor da UnB, César Bergo, avaliou à Agência Brasil que é preciso considerar ainda o cenário global marcado por incertezas, em especial, devido a gestão de Donald Trump, eleito presidente dos EUA, que tem prometido aumentar a taxação das importações.

“Sobretudo em função das medidas que Trump vem anunciando, com o protecionismo e a questão da taxação dos comércios e seu discurso de fortalecimento do dólar. Tudo isso tem afetado o preço do dólar. Contribui também a política monetária americana, que na dúvida não reduz a taxa de juros, então também fortalece o dólar no mundo inteiro”, disse.

Instabilidade do real

O professor André Roncaglia também alerta para o fator externo, em especial, a instabilidade do real no mundo que, segundo o especialista, é a terceira moeda mais usada no mercado de derivativos, que é um tipo de ativo financeiro ligado à especulação. O real fica atrás apenas do dólar e do euro nesse mercado.

“Isso faz do real uma moeda excessivamente volátil. Qualquer espirro que aconteça no plano internacional se traduz aqui com um resfriado, uma gripe ou até algo mais grave como uma pneumonia”, explicou.

Para Roncaglia, como há uma incerteza em relação à política dos Estados Unidos, os juros por lá tendem a se manter elevados.

“Quando os juros nos EUA estão altos a gente tende a perder muito mais dólares proporcionalmente aos nossos pares da periferia do sistema por essa característica específica do real. Ou seja, a combinação desses elementos externos faz com que a reação associada ao pacote fiscal interno agrave um processo que já está ocorrendo no plano internacional, que é o dólar se valorizar perante todas as moedas, particularmente as moedas dos países em desenvolvimento”, enfatizou.

Renda dos ricos

Para o economista Paulo Gala, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo (SP) e economista-chefe do Banco Master, além do corte ter sido mais tímido do que o mercado financeiro queria, os agentes entraram em “pânico” quando conheceram a proposta de isentar os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil.

“O ajuste no arcabouço fiscal demorou quatro semanas e quando veio, veio junto com uma medida que pode onerar os cofres públicos em mais R$ 50 bilhões se nenhuma medida compensatória for feita. Ou seja, se misturou um pacote de isenção de tributação, que não estava no radar, e foi uma surpresa. Agora, fica o medo de que nem venha o corte de gastos e, se vier, ele seja compensado com corte de imposto”, destacou em uma rede social.

O governo federal sustenta que toda isenção de IR dos que ganham até R$ 5 mil será compensada com o aumento da tributação dos que ganham acima de R$ 50 mil. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reforma da renda será neutra, ou seja, não terá impacto sobre a arrecadação do governo.

Após a alta do dólar desta sexta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), veio a público afirmar que a isenção do IR dependerá das condições fiscais do país. “Só poderá acontecer se, e somente se, tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer”, disse o senador.

Para o economista André Roncaglia, essa foi uma reação defensiva dos principais agentes de ativos financeiros do mercado que temem ter que pagar mais impostos.

“A mensagem foi mal recebida por parte do mercado financeiro que, de repente, estava pedindo corte de gastos e viu que vai ter que participar do ajuste por meio de um aumento na tributação sobre os rendimentos do topo da pirâmide. Os investidores acabam jogando contra o real, não porque eles querem jogar contra a moeda, mas porque é uma reação defensiva, já que eles não sabem para onde vai a política tributária”, explicou.

Agência Brasil e Correio do Povo