segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Navios encalhados no Canal de Itapuã bloqueiam tráfego de seis embarcações

 Tentativas de desencalhe à noite falham, e navio panamenho segue bloqueando acesso ao Rio Guaíba; nova operação está prevista para segunda-feira



Segue encalhado no Canal de Itapuá o navio panamenho Eva Shangai. Tentativas sem sucesso foram realizadas ao longo da noite de sábado, quando o nível do Guaíba estava maio, para remover o navio. Com o nível hídrico novamente em queda, novas tentativas só serão realizadas a partir da tarde de segunda-feira, segundo o diretor de Praticagem da Lagoa dos Patos, Geraldo Almeida.

O navio com bandeira do Panamá está encalhado desde a última sexta-feira em um trecho nas proximidades do navio Mount Taranaki, com bandeira de Hong Kong, entre o Rio Guaíba e a Lagoa dos Patos. O Eva Shangai já estava fundeado no canal, esperando o primeiro ser removido, quando também encalhou. Ele carrega 12 mil toneladas de fertilizante e vinha do porto de Al Jubail, na Arábia Saudita.

Impacto na navegação e navios aguardando

Ainda de acordo com Almeida, o encalhe das duas embarcações causam transtornos para ao menos outros seis navios, que aguardam para seguir viagem. “Tem uma fila de navios. Tem um que está no porto da Capital aguardando, dois que esperam para entrar no Guaíba e outros três no Porto de Rio Grande para liberar o canal e poder subir para a região Metropolitana”, relatou o prático.

Além disso, ele citou que o nível do Rio Guaíba, aliado ao assoreamento estão causando o encalhe dos navios. No momento, o nível do Guaíba no Canal de Itapuã está em menos de 1 metro. “A questão principal é que depende muito do nível da água. Fizemos uma batimetria recentemente. Atualmente, o canal tem 4,16 metros de profundidade, mas precisa somar com o nível da água. Só que o espaço ficou curto para passar”, completou.

Condições do nível do Rio Guaíba e o assoreamento

Conforme a Capitania Fluvial de Porto Alegre, da Marinha do Brasil, o calado oficial do Canal de Itapuã é de 5,18 metros. Entretanto, o dado não foi atualizado oficialmente após as enchentes. Na última semana, o governo do Estado anunciou a liberação de R$ 731 milhões para a dragagem de hidrovias gaúchas, que servirá para restaurar as profundidades dos canais de navegação, incluindo o porto de Rio Grande, a Lagoa dos Patos, o Guaíba e o Delta do Jacuí, os canais do Rio São Gonçalo e trechos dos rios dos Sinos, Caí e Gravataí.

Entre os locais considerados prioritários está o Canal de Itapuã. Questionado sobre a necessidade da dragagem, o governador Eduardo Leite afirmou que o Estado aportará recursos para a execução dos serviços, mas cobrará também a promessa da União em investir no desassoreamento. “Houve uma promessa do governo federal de colocar recursos para a dragagem das hidrovias no RS e nós vamos cobrar. Fizeram muitos anúncios efusivos, cheios de pompa, e até aqui esse recurso não veio e parece que não virá. Se não vier esse recurso, eles têm que assumir que prometeram uma coisa e não entregaram”, salientou Leite.

Encalhes e assoreamento prejudicam navegação e agricultura

Desde as enchentes de maio de 2024, o Rio Grande do Sul tem enfrentado problemas de encalhes de embarcações em suas vias navegáveis. Esses eventos causaram um acúmulo de sedimentos nos rios e canais, agravando o assoreamento. Em julho, por exemplo, um navio-tanque encalhou no Rio Jacuí, na região de Canoas, devido ao acúmulo de sedimentos, bloqueando a passagem de outras embarcações.

Outro caso ocorreu em outubro, quando uma embarcação de 77 metros, arrastada pelas águas das enchentes de maio, permaneceu encalhada em uma fazenda de Triunfo, impedindo o fluxo em um canal de irrigação essencial para lavouras de arroz. Esses incidentes mostram como as condições de navegabilidade do Estado foram prejudicadas, afetando o transporte fluvial e a agricultura.

Para enfrentar essa situação, a empresa pública Portos RS tem intensificado as operações de dragagem, especialmente no Porto de Rio Grande, onde o calado foi reduzido devido ao assoreamento. A dragagem busca restaurar as profundidades adequadas para a navegação e minimizar os impactos econômicos dos encalhes no RS.

Correio do Povo

Sertório terá alteração no trânsito a partir desta segunda-feira

 A sinalização viária foi alterada no local

A faixa da esquerda da avenida Sertório, entre as avenidas dos Gaúchos e Assis Brasil, onde funciona atualmente o corredor de ônibus, estará liberada para o trânsito de veículos em ambos os sentidos a partir desta segunda-feira, 11. A sinalização viária foi alterada no local.

A liberação ocorreu depois de uma análise dos técnicos da EPTC na região e tem como objetivo diminuir o conflito no trânsito para aumentar a segurança dos motoristas e também melhorar a fluidez ao ampliar a capacidade do número de veículos. A medida facilitará a conversão à esquerda para a Assis Brasil em direção a Cachoeirinha.


Correio do Povo

COMO AUMENTAR OS GANHOS NA ADSTERRA USANDO O FORMATO DE ANÚNCIO SOCIAL BAR ( BARRA SOCIAL )

 


A dor de não dizer adeus: RS ainda contabiliza 31 desaparecidos em enchentes de 2023 e 2024

 Forças de segurança seguirão em busca da localização dos desaparecidos e identificação dos corpos encontrados; legislação prevê possibilidade de morte presumida sem processo de ausência


Por Rodrigo Thiel

As catástrofes climáticas recentes registradas no Rio Grande do Sul ainda deixam marcas físicas e na memória de famílias que perderam seus entes ou que estão com estes constando como desaparecidos desde então. Conforme o levantamento da Defesa Civil Estadual, 31 pessoas seguem em situação de desaparecimento depois das enchentes de 2023 e 2024 no Estado, sendo 27 do evento de maio deste ano e outras quatro em setembro do último ano, no Vale do Taquari.

Além dos 31 desaparecidos, as tragédias de setembro do ano passado e de maio deste ano resultaram na morte de 237 pessoas, sendo 54 na catástrofe climática do Vale do Taquari em 2023 e 183 em 2024. Apesar da dificuldade de encontrar, a investigação para localizar os desaparecidos segue em aberto. Isso acontece tanto em casos de catástrofes climáticas como em outras situações que resultem em pessoas nesta situação, de acordo com a Polícia Civil.

Segundo o delegado Thiago Lacerda, da Delegacia de Investigação de Pessoas Desaparecidas (Dpid) e diretor da Divisão de Homicídios da Capital, as buscas realizadas in loco são realizadas principalmente por equipes do Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBM-RS) e da Defesa Civil Estadual. Ele conta ainda que a Polícia Civil atua principalmente em ações técnicas, como o cruzamento de dados, verificação e localização dos que tiveram seu desaparecimento registrado.

“Muitos casos foram localizados. Outros foram identificados mediante perícia. Existe ainda um trabalho principalmente da perícia em relação aos demais casos. Os esforços continuam até a localização de todos, mesmo sabendo que, em certas condições, com o avançar do tempo, fica mais desafiador o trabalho de busca”, destacou Lacerda.

Desafios na identificação das vítimas da enchente

Além das dificuldades em encontrar as vítimas desaparecidas, desafios são impostos na hora da identificação dos corpos localizados. Um destes exemplos é o da última pessoa identificada como vítima da tragédia: Josiani Carolini da Silva. Ela constava como desaparecida da cidade de Lajeado, entretanto seu corpo foi encontrado em Cruzeiro do Sul e, até o final de agosto, era considerada como uma “vítima não identificada”.

Atualmente, existem três corpos ainda sem identificação no RS, encontrados nas cidades de Canoas, Roca Sales e Taquari, todos da cheia de maio. Entretanto, o caso de Josiani mostra que não é possível relacionar estes corpos às pessoas desaparecidas em suas respectivas cidades, principalmente em função da força da água na época da enchente.

Conforme o Instituto Geral de Perícias (IGP), os trabalhos de identificação das vítimas fatais da catástrofe climática são baseados em três pilares referenciados pela Interpol: papiloscopia, odontologia legal e genética forense. Para que o reconhecimento da identidade do corpo aconteça, o instituto depende da disponibilidade e da qualidade dos padrões fornecidos. Ainda de acordo com o IGP, as três vítimas ainda não identificadas passaram por um processo de reconhecimento que consiste na coleta de amostras e processamento destas pelo Laboratório de Genética Forense. Além disso, os perfis das vítimas foram incluídos no Banco de Perfis Genéticos.

Mas, até o momento, não houve vínculo biológico, também chamado de compatibilidade, com os perfis de familiares de pessoas desaparecidas que estão incluídos no banco. “A divulgação da importância do registro do Boletim de Ocorrência e a doação de material genético das famílias que buscam seus entes desaparecidos, intensificando as buscas, é fundamental”, relatou a perita criminal dra. Rosane Pérez Baldasso, que é coordenadora geral da Comissão Permanente de Desastres em Massa do IGP.


Código Civil Brasileiro prevê “morte presumida”

Além da busca constante pela pessoa desaparecida por parte da Polícia Civil, pode haver também uma busca, por parte das famílias, pelo desfecho destas vidas. Isso acontece tanto por questões legais, como pelo apego sentimental com o ente querido que consta como desaparecido, como aponta o professor da Escola de Direito da PUCRS e defensor público estadual, Felipe Kirchner.

“A questão do fechamento do luto é um processo importante, mas complexo. A gente não pode dizer que um decreto jurídico de morte presumida vai implicar nesse fechamento de ciclo, pois isso é muito singular. Mas eu acredito que isso pode sim auxiliar nesse processo o reconhecimento público que aquela pessoa está em uma situação de óbito”, considerou.

Segundo o jurista, o Código Civil Brasileiro prevê este tipo de reconhecimento. Além do caso onde há um atestado de óbito, a legislação reconhece dois tipos de mortes presumidas: a com procedimento de ausência e a sem este procedimento. A segunda opção, cita Kirchner, seria a mais adequada para a situação, pois considera o perigo de vida que a pessoa desaparecida enfrentou em razão das enchentes no RS.

“A lei usa um termo aberto propositalmente para que seja possível incluir várias situações nessa brecha da presunção de morte sem ausência. Entendo que a situação das enchentes pode se caracterizar nisso em razão do perigo de vida e presume-se que a pessoa efetivamente morreu. Pois o procedimento de ausência é custoso e longo que pode demorar mais de 20 anos, se não houver nenhum recurso no meio do caminho, podendo até ser prejudicial no processo de luto das pessoas”, completou.

Apesar da possibilidade da família conseguir tal reconhecimento, a materialidade do fato, que é o desaparecimento da pessoa, ainda segue. Conforme o delegado Thiago Lacerda, a morte por ausência tem aspectos e requisitos legais que devem ser demandados na esfera civil, mas o foco da Dpid é o de busca dos desaparecidos. “Na minha opinião, os familiares que conseguirem a presunção da morte por ausência podem sim ter um efeito emocionalmente no fechamento do ciclo da catástrofe”, acrescentou.

Processo de morte presumida sem ausência

Kirchner completa que o procedimento de morte presumida sem ausência é de jurisdição voluntária e, por isso, mais ágil que o de presunção por ausência, facilitando o acesso também aos demais direitos de familiares. “A família entra com o pedido, o Ministério Público se manifesta no processo e o juiz, na sentença, vai decretar a morte presumida e vai fixar a data em que isso ocorreu. A partir disso, é possível abrir inventário e outros elementos normais após a morte de uma pessoa”, falou.

O professor, que também é defensor público estadual, afirmou que a Defensoria Pública do Estado (DPE) está à disposição das famílias para ajudar neste processo. “As famílias podem nos procurar pois, a partir da defensoria, a gente consegue entrar com esse processo mais célere. Estamos realizando mutirões em algumas cidades, mas os familiares também podem procurar a defensoria de cada município”, finalizou.

De onde são os desaparecidos no RS após enchentes

Catástrofe de maio de 2024

  • Agudo: 1
  • Barros Cassal: 1
  • Bento Gonçalves: 4
  • Canoas: 2
  • Caxias do Sul: 1
  • Cruzeiro do Sul: 5
  • Encantado: 2
  • Estrela: 1
  • Lajeado: 3
  • Marques de Souza: 1
  • Poço das Antas: 1
  • Porto Alegre: 1
  • Relvado: 1
  • Roca Sales: 2
  • São Leopoldo: 1

Total: 27 desaparecidos

Catástrofe de setembro de 2023

  • Arroio do Meio: 1
  • Lajeado: 1
  • Muçum: 2

Total: 4 desaparecidos

Correio do Povo

Meta AI lê minhas conversas no WhatsApp? Entenda o que a IA pode ou não fazer com seus dados

 Uso de informações por ferramenta gera controvérsias



A Meta AI, inteligência artificial (IA) da Meta (dona de WhatsApp, Facebook e Instagram), chegou ao Brasil e gerou muita curiosidade. A ferramenta, que permite aos usuários criar figurinhas, imagens e conversar com um assistente de IA, levantou questões sobre o uso de dados de seus usuários. A principal delas é se a IA consegue ler todas as conversas que acontecem no aplicativo de mensagens. Mas resposta não é tão simples.

A Meta AI foi anunciada em setembro de 2023 com o objetivo de integrar funcionalidades de IA a todos os aplicativos da companhia. Ou seja, ela serviria como um grande chatbot esperto, como o ChatGPT, não apenas para o WhatsApp, mas também para Instagram, Facebook e Messenger.

Para isso, a Meta AI utiliza como "cérebro" um grande modelo de linguagem (LLM) criado pela companhia de Mark Zuckerberg, chamado Llama 3.2. Segundo a companhia, o Llama foi "alimentado" com um conjunto de dados massivo e diversificado, incluindo trilhões de palavras de páginas da web, repositórios de código aberto, livros e artigos científicos, além de informações de páginas da web. Tudo isso é feito para que a a IA aprende padrões de linguagem para oferecer informações relevantes e confiáveis.

Isso já fazia com que a Meta AI apresentasse um bom nível de funcionamento antes mesmo de chegar ao WhatsApp. O problema é que a Meta também usa dados e conteúdos publicados nos serviços da companhia para aprimorar a Meta AI - ou seja, os posts nos feeds do Facebook e do Instagram também são valiosos pontos de apoio para o chatbot.

Isso gerou um impasse com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) antes da estreia do serviço no Brasil. A permissão inicial obtida pela Meta para a coleta de dados dos usuários para fins de treinamento da IA gerou questionamentos sobre a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), culminando na proibição, em julho deste ano, da coleta de dados para esse fim.

Sem a possibilidade do uso dessas informações, a Meta, em resposta à determinação da ANPD, elaborou um plano de conformidade, visando, segundo a empresa, garantir a privacidade dos usuários e a conformidade com a LGPD.

O plano estabeleceu medidas como a notificação transparente aos usuários sobre a coleta de dados, a garantia do direito de oposição e a exclusão de dados de menores de 18 anos do conjunto de dados utilizado para o treinamento da IA.

Após análise do plano, a ANPD suspendeu a proibição em agosto de 2024, autorizando a coleta de dados para o treinamento da IA, desde que mediante o consentimento explícito dos usuários e com a garantia do direito de oposição.

A autoridade liberou então a chegada da Meta AI no Brasil com restrições. A ferramenta poderia apenas coletar dados dos usuários para treinamento de IA utilizando os feeds do Facebook e Instagram que são públicos. Já a situação do WhatsApp é mais complexa.

Criptografia e privacidade

É aí que entra a criptografia. A ferramenta é um mecanismo de segurança que assegura a privacidade das comunicações entre os usuários. Desde abril de 2016, o aplicativo implementa a criptografia de ponta a ponta em todas as formas de comunicação, incluindo mensagens de texto, chamadas de voz, videochamadas e compartilhamento de arquivos.

De acordo com a Meta, ao instalar o aplicativo, ele gera um par de chaves criptográficas exclusivo para o dispositivo: uma chave pública e uma chave privada. A chave pública é compartilhada com os contatos, enquanto a chave privada permanece armazenada no dispositivo do usuário.

Quando uma conversa é iniciada, o WhatsApp troca automaticamente as chaves públicas entre os dispositivos dos participantes. Ao enviar uma mensagem, o aplicativo a criptografa no dispositivo do remetente usando a chave pública do destinatário.

A mensagem criptografada é transmitida pelos servidores do WhatsApp até o dispositivo do destinatário. Durante o percurso, o conteúdo permanece inacessível a terceiros, incluindo o próprio WhatsApp. Ao receber a mensagem, o dispositivo do destinatário utiliza sua chave privada para descriptografá-la.

Resumindo: sua mensagem fica ilegível para qualquer um, tanto para o WhatsApp, quanto a Meta AI, por exemplo. Assim, segundo a Meta, a IA não consegue ler o conteúdo de conversas no aplicativo de mensagens.

"A IA só pode ler e responder mensagens que mencionam "@Meta AI" e as mensagens que são parte de uma conversa específica com a Meta AI. As demais mensagens de uma conversa não são lidas pela ferramenta", diz a Big Tech. Ou seja, é impossível que a Meta AI leia ou veja uma mensagem que não foi enviada a ela.

A coleta de dados para o treinamento da IA se restringe, então, apenas aos dados fornecidos pelos usuários durante as interações com a ferramenta, como comandos, perguntas e avaliações, além de informações públicas disponíveis na internet.

"As conversas com inteligência artificial são diferentes das suas conversas pessoais. Quando você usa esses recursos, a Meta recebe seus comandos, as mensagens enviadas à IA e sua avaliação para fornecer respostas relevantes para você e para aprimorar a qualidade dessa tecnologia" diz a empresa.

A companhia também diz que a Meta AI não vincula os dados pessoais da conta do WhatsApp aos dados do usuário em outras plataformas da Meta, como Facebook e Instagram. Segundo a empresa, esses esclarecimentos são feitos aos usuários diretamente no aplicativo antes e durante o uso da Meta AI no WhatsApp.

Armazenagem de dados e remoção da IA

Mas ainda há "zonas cinzentas". Algumas questões nos termos de privacidade da Meta AI ainda geram dúvidas. A principal delas se refere ao uso de dados para o treinamento da IA. Apesar de a Meta afirmar que a coleta de dados para treinamento da IA ocorre apenas com o consentimento dos usuários, a forma como esse consentimento é obtido e a transparência sobre quais dados são coletados e como são utilizados ainda geram questionamentos.

Os termos não deixam claro se tudo o que é falado com a Meta AI é utilizado ou se apenas partes das conversas são usadas. Também não é possível saber se ela tem algum tipo de "memória" que guarda os dados indefinidamente para futuro treinamento dos sistemas.

Dessa forma, apesar da inteligência artificial não ler suas conversas pessoais, escutar seus áudios ou ver suas imagens, ela sempre estará lá, disponível para ser utilizada, sendo impossível removê-la.

Para se proteger, o usuário pode exercer o direito de oposição ao uso de seus dados para treinamento da IA da Meta por meio do preenchimento de um formulário disponibilizado pela própria empresa.

No caso do WhatsApp, a solicitação será válida mediante a confirmação de um número de telefone vinculado à conta. Usuários que tiverem o pedido aceito terão suas mensagens excluídas do treinamento de IAs generativas da Meta, segundo a empresa.

É importante destacar que cada plataforma da Meta possui um formulário próprio, sendo necessário preenchê-los individualmente caso o usuário deseje exercer esse direito no Facebook e Instagram, além do WhatsApp. O Estadão apurou que mesmo negado o uso dos dados, a inteligência artificial continua a funcionar, sem coletar as informações. Ou seja, uma pessoa pode exercer o direito de oposição e usar o assistente ainda assim. A Meta não comentou sobre a questão até o momento da publicação da matéria.

Maldonado explica que a LGPD garante a todos os titulares de dados o direito de oposição ao tratamento de dados pessoais. "As pessoas que não quiserem ter seus dados usados para treinamento da Meta AI, poderão exercer esse direito de oposição por meio dos formulários disponibilizados pela própria empresa. A lei deve garantir aos usuários o direito de oposição à coleta e ao uso de seus dados pessoais."

Perguntada sobre o assunto, a Meta não respondeu se todas informações são utilizadas e por quanto tempo armazena esses dados. Em seu blog, a empresa informa apenas que os dados trocados com a inteligência artificial no WhatsApp são aproveitados para treiná-la e que não recomenda a divulgação de mensagens contendo informações que o usuário não queira compartilhar com a inteligência artificial.

A Meta afirma também que a inteligência artificial é treinada para limitar o compartilhamento de informações sobre pessoas, como nomes, em outras conversas.

De acordo com Lucas Maldonado, especialista em direito digital pela FGV, "todas as informações essenciais quanto ao tratamento de dados devem ser fornecidas pelos controladores de forma clara e acessível para os titulares". Nesse caso, não ficou especificado se todos os dados compartilhados com a IA ou apenas alguns deles selecionados são utilizados para o treinamento da ferramenta.

Outro ponto que merece atenção é a impossibilidade de remover a Meta AI do WhatsApp. A ANPD esclareceu ao Estadão que não houve nenhum acordo com a Meta nesse sentido e que a permanência da Meta AI no aplicativo não fere a LGPD, desde que a coleta de dados para treinamento da IA seja feita com o consentimento dos usuários. "Não houve acerto entre a ANPD e a Meta no que se refere a isso", disse a autoridade.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

CPI das Apostas, comissão da Voepass e paraísos fiscais são destaques da pauta do Congresso

 CPI do Senado que investiga manipulações de jogos e de apostas esportivas tem reunião nesta segunda-feira


Na semana após a realização da Cúpula dos Parlamentares do G20, a P20, representantes do Congresso Nacional voltam a se reunir para audiências públicas e reuniões deliberativas nas comissões permanentes das Casas. Durante a P20, realizada entre os dias 6 e 8 de novembro, não houve expediente na Câmara.

No Senado, por ora, não houve suspensão expressa do expediente, mas o andamento de comissões da Casa foi comprometido pela presença de senadores em painéis e reuniões do evento. Na segunda-feira, 11, está prevista reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga manipulações de jogos e de apostas esportivas. Em razão do P20, os trabalhos do grupo foram interrompidos na semana passada.

O adiamento das reuniões rendeu críticas do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), relator do colegiado. O apresentador se queixou do excesso de dias sem atividade no Congresso. "Aqui, a gente quase não trabalha: é recesso parlamentar, é eleição, é segundo turno, segunda ninguém vem, sexta ninguém vem. Então, o que é que vai ter? Me desculpem o desabafo", disse o senador na reunião da CPI em 30 de outubro.

A comissão externa da Câmara dedicada a apurar o acidente do voo 2283 da Voepass se reunirá na terça-feira, 12. Estão confirmadas as presenças de Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, procurador-geral de Justiça de São Paulo, e Luana Lima Duarte Vieira Leal, procuradora do Ministério Público do Trabalho em Campinas. O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, também consta na relação de convidados, mas ainda não confirmou presença.

Nas comissões do Congresso, a modalidade de "convite" não é de comparecimento obrigatório, distinguindo-se da "convocação", de cumprimento compulsório. No mesmo dia, a Câmara também contará com reunião da Comissão de Administração e Serviço Público. Na pauta do colegiado, consta um projeto de lei de autoria do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

O texto proíbe ocupantes de cargo comissionado ou emprego efetivo no governo federal de manter contas bancárias em "paraísos fiscais", como são chamadas as nações que exigem pouca ou nenhuma transparência sobre a origem de recursos financeiros. As contas bancárias abertas em paraísos fiscais são chamadas de "offshores" e, apesar de não se consistirem em ilícito por si só, estão associadas a práticas criminosas, como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

O projeto de Ivan Valente é relatado por Sâmia Bomfim (PSOL-SP), colega de partido e de bancada estadual do autor. O parecer da relatora é pela aprovação do projeto, que está pronto para votação no colegiado. Se aprovado na comissão, o texto seguirá para apreciação do plenário da Casa.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Geladeira Brastemp Frost Free Duplex 375L Branca com - com Compartimento Extrafrio Fresh Zone BRM44HB

 



✅ POR: 2.799,00

OU EM  R$ 2.977,66 em 10x de R$ 297,77 sem juros

🔗 COMPRE AQUI: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/geladeira-brastemp-frost-free-duplex-375l-branca-com-com-compartimento-extrafrio-fresh-zone-brm44hb/p/013085501/ed/ref2/

🚛 Frete grátis para diversas regiões
🔍 Consulte seu CEP para saber a disponibilidade

Sujeito a variação de preço e disponibilidade no site;



Cuba é sacudida por terremoto após furacões e apagões atingirem a ilha

 Terremoto com magnitude preliminar de 6,8 atingiu o leste da ilha



Um terremoto com magnitude preliminar de 6,8 sacudiu o leste de Cuba neste domingo, 10, depois de semanas de furacões e apagões que deixaram muitos na ilha desolados.

O epicentro do terremoto foi localizado a cerca de 40 quilômetros ao sul de Bartolomé Maso, Cuba, de acordo com um relatório do Serviço Geológico dos EUA.

O estrondo foi sentido em toda a região leste da ilha, inclusive em cidades maiores como Santiago de Cuba, bem como Holguin e Guantánamo.

A mídia local da Jamaica também informou que a ilha sentiu os tremores. Não houve relatos imediatos de grandes danos ou feridos em Cuba.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Massa de ar frio trará queda de temperatura ao RS, diz MetSul

 Quarta-feira deve anotar mínimas ao redor e abaixo de 5ºC nos pontos mais altos do Estado

Durante o dia, com o sol, rapidamente aquece e as tardes tendem a ser agradáveis 

Uma massa de ar frio vai ingressar no Sul do Brasil nesta semana associada a um centro de alta pressão e será responsável por provocar queda de temperatura com noites frias a amenas e tardes de temperatura agradável, projetam os meteorologistas da MetSul Meteorologia.

Uma frente fria na dianteira da massa de ar frio vai avançar pelos estados do Sul do Brasil entre esta segunda a terça-feira com aumento da cobertura de nebulosidade e chuva.

Embora não se possa afastar tempo severo isolado, o risco de temporais é baixo e caso ocorra alguma tempestade tende a ser isolada.

Na sequência da frente fria, uma massa de ar frio ingressa no Rio Grande do Sul entre o final da segunda-feira e as primeiras horas da terça com queda de temperatura. Ao longo da terça, o ar frio alcança também os estados de Santa Catarina e do Paraná.

O ingresso da massa de ar frio durante a terça-feira deve ser acompanhado por vento do quadrante Sul que pode soprar por vezes moderado com ocasionais rajadas de 50 km/h a 70 km/h no Sul e no Leste gaúcho, mas sem potencial maior de transtornos.

Apesar de frio e geada não serem frequentes no mês de novembro, não chega a ser incomum. Quase todos os anos massas de ar frio e geada são observadas em novembro no Sul do Brasil, entretanto a geada costuma ficar limitada aos locais de maior altitude, normalmente em cotas acima de 1000 metros.

Com ar mais seco, tempo aberto, vento calmo e um centro de alta pressão, quando ingressam essas massas de ar frio, que nesta época em sua esmagadora maioria são de fraca intensidade, as noites tendem a ficar mais frias e locais de altitude podem ter geada.

Aliás, modelos computacionais indicam a possibilidade de formação de geada fraca a moderada isolada, principalmente em zonas de baixadas, no meio da semana. A chance de gear será maior nos locais de maior altitude do Nordeste gaúcho e do Planalto Sul Catarinense.

A madrugada de quarta deve ser a mais fria da semana. Os termômetros podem indicar mínimas ao redor e abaixo de 5ºC nos pontos mais altos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e abaixo de 10ºC em muitas cidades dos dois estados. Porto Alegre pode anotar mínima de 13ºC a 14ºC, que não é baixa no inverno, mas nesta época é inferior ao normal de novembro.

Como é comum nesta época do ano, o frio se limita mais ao período noturno. Durante o dia, com o sol, rapidamente aquece e as tardes tendem a ser agradáveis com vento do quadrante Leste pela presença do ar frio na costa.

Também como é normal nesta altura do calendário, as incursões de ar frio ou ameno têm influência por pouco tempo e logo a temperatura volta a se elevar com acentuado aquecimento. Por isso, a tendência é que o final desta semana termine com calor em muitas cidades do Sul do Brasil e que em algumas áreas pode ser até forte a intenso.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Tempo muda e chuva chega ao RS na segunda-feira

 Até o fim do dia, chove em quase todo o estado, com exceção de pontos mais ao Noroeste e ao Norte gaúcho

O sol aparece em todo o estado, mas a nebulosidade aumenta no decorrer do dia 

O tempo muda no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira. O sol chega a aparecer em todo o estado, entretanto a nebulosidade aumenta no decorrer do dia. Uma frente fria provoca chuva inicialmente em pontos do Oeste e do Sul.

Da tarde para a noite, a instabilidade vai avançar para a maioria das regiões. Até o fim do dia, chove em quase todo o estado, com exceção de pontos mais ao Noroeste e ao Norte gaúcho.

Antes da chuva, a temperatura estará elevada com calor mais forte no Noroeste, no Norte, no Centro do estado, vales, Grande Porto Alegre e Litoral Norte.

Em Porto Alegre, o dia começa parcialmente nublado e chove entre a tarde e a noite. A mínima será de 16ºC e a máxima, de 32ºC.

Mínimas e máximas pelo RS:

Caxias do Sul 15ºC / 30ºC

Santa Rosa 16ºC / 36ºC

Santa Cruz 15ºC / 32ºC

Uruguaiana 17ºC / 27ºC

Pelotas 16ºC / 26ºC

MetSul Meteorologia e Correio do Povo